"O cara que eu tava deu em cima de você, foi? E aí você ficou com ele, mas foi uma vez, ok (...) Se quem tava comigo era ele, a culpa dele Quem fez essa bagunça na nossa amizade é ele" Não, pera. Marília Mendonça à parte, esse filme foi despretensiosamente bom de assistir. Minimalista em muitos aspectos: fotografia, personagens, falas (bem espaçadas)... mas, sem ser simplório. Mostra que o pouco diz bastante. Diz, real, e combinando com a trilha boa de ouvir. E, por fim, o meu ponto predileto: a amarraçãozinha da cena na quadra e a cena final - in love por ela.
A narrativa deixa uma inquietação sobre o limite entre o amor incondicional e intransponível e/ou uma possível obessão, ou seja qual for o transtorno, de Will. Mas, deixa também um paradoxo quando se põe no cenário o lado de Aaron: enquanto o que pode nos parecer doentio mantém Emma completamente livre (não pretendo, com isso, uma ode), o que lá aparece aos olhos dos personagens como normal - e assim seria para nós, caso não tivéssemos a onisciência de espectadores - é o que aprisiona a personagem de Bilson. E aí está mais uma questão de fronteiras.
Para além do que é uma ideal expressão do amor, há realmente uma exacerbada romantização do que se passa com Will. Porém, deixa boas possibilidades de entendimento dos diferentes ângulos e algumas lições, sem que se aprofunde nelas.
[spoiler][/spoiler]Eu deveria estar monografando, mas, estou aqui escrevendo comentários sobre filme.
“Me before you” não está entre os melhores dramas que já assisti, mas, nos últimos tempos, foi um dos que mais me deixou emotiva.
Não consegui assisti-lo e analisa-lo ao mesmo tempo em razão das várias questões sensíveis trazidas, não somente em relação ao romance, mas, sobretudo sobre livre-arbítrio, escolhas que resvalam em várias vidas, família, as amarras – que nos prendem, contudo nos sustentam às vezes etc., etc.
Não consegui sucumbir à ideia de que o material pode compensar. Na realidade, o buraco é mais embaixo. O material, os anseios, as metas... todos eles é que são muito vulneráveis diante dos nossos cordões umbilicais invisíveis. Mas, é só um parêntesis, que não tira a beleza do filme, nem diminue as suas boas atuações.
Quando as escolhas por sinopse e caras dos personagens dão certo...
"Requisitos para ser uma pessoal normal" é um filme reflexivo e desconstrutor, só que de uma forma doce e leve, equilibrando muito bem os dramas dos personagens centrais e a comédia - como é difícil de se ver. Muito inteligente ter posto temas que são tão "tabus" com uma normalidade necessária e ao mesmo tempo questionar a ditadura da pseudo-normalidade. Mensagem excelente. A questão dalgumas previsibilidades é que, sei lá, estava na cara das personagens desde as primeiras cenas. Acredito que foram bem construídos. Não passam despercebidas a fotografia alegre e arrumadinha e a trilha sonora é bem gostosa de ouvir. Enfim, é tudo muito bonitinho... Não dá para terminar de assistir e não pensar "ooownt, bebêins".
A forma através da qual é contada a estória – a exemplo da presença de narrador; a fotografia que parece misturar o moderno com o vintage; a excelente trilha sonora; a estória linear com a ordem dos acontecimentos não-lineares; o toque de realidade tão latente no filme; as metáforas; são alguns dos inúmeros destaques positivos que poderia apontar.
O romance em si não traz o desenrolar comum nesse gênero, o que o torna marcante; além de duas formas mais destacadas (no filme) de ver as coisas - apesar de a narração ser centrada em Tom -, e que têm razão de ser nos sentimentos/momentos de cada um, que num dado momento se aproximarão.
Nos faz pensar nos porquês contidos nos comportamentos de cada personagem – sobretudo de Summer e Tom -; em certo ponto, nos faz julgá-los, ou até nos enxergarmos neles; mas, o fato é que o filme joga umas verdades na nossa cara, dizendo: acorda, a vida é feita de encontros/desencontros, compreensões/incompreensões, pode ser o que se formula, mas pode não ser também, por isso também existe o reformular...
O título desse filme martelou no meu juízo durante anos. Presente em quase todas as conversas em que o assunto é “amor e sétima arte”, bem como nas diversas listas de “romances que você não pode deixar de assistir”, “melhores romances” etc. ... Não poderia ser diferente.
Há uns dias, conferi, com uma curiosidade que girava em torno do porquê da sua ampla indicação.
A primeira impressão veio antes de iniciar o filme: fatalmente, o título em português me dava uma previsão do que poderia acontecer na história (se é pra recordar, logo... as partes que protagonizam o casal não ficariam juntas?). Esmoreci um pouco, não pela possibilidade de não haver “happy ending”, mas por deixarem uma possível previsibilidade escancarada no título em português.
O desenrolar: não sei se por ter visto uma grande quantidade de filmes com esse tipo de estória antes dele (muitos na Sessão da Tarde), mas passa a impressão de um compilado de clichês, com reforço de estereótipos bastante utilizados na composição de romances (o cara popular, que apronta todas, que tem “garotas à sua disposição”, que ainda está meio perdido na vida; a garota que foge dos padrões, que nunca despertaria a atenção de tal cara etc.), e outros detalhes voltados à comoção que, se mencionados, terminariam de prever a estória. Destaque para o momento em que “cai a ficha” de Landon em relação ao sentimento que estava sentindo por Jamie (não soltarei o spoiler), outro clichezão.
Apesar dessas impressões, as quais se deram do início ao meio do filme, a sensação de ter valido o tempo no final dele se deu devido à atuação de Mandy Moore, e uma das mensagens deixadas sobre o amor dos dois: certos acontecimentos (da vida, de forma ampla; não só o do filme) não apagam o fato de ter existido o sentimento. Mas, a parte positiva não foi suficiente para apagar a impressão de filme superestimado.
Garotas Inocentes
3.1 228 Assista Agora"O cara que eu tava deu em cima de você, foi?
E aí você ficou com ele, mas foi uma vez, ok
(...) Se quem tava comigo era ele, a culpa dele
Quem fez essa bagunça na nossa amizade é ele"
Não, pera.
Marília Mendonça à parte, esse filme foi despretensiosamente bom de assistir.
Minimalista em muitos aspectos: fotografia, personagens, falas (bem espaçadas)... mas, sem ser simplório. Mostra que o pouco diz bastante. Diz, real, e combinando com a trilha boa de ouvir. E, por fim, o meu ponto predileto: a amarraçãozinha da cena na quadra e a cena final - in love por ela.
[spoiler][/spoiler]
Esperar para Sempre
3.3 995A narrativa deixa uma inquietação sobre o limite entre o amor incondicional e intransponível e/ou uma possível obessão, ou seja qual for o transtorno, de Will. Mas, deixa também um paradoxo quando se põe no cenário o lado de Aaron: enquanto o que pode nos parecer doentio mantém Emma completamente livre (não pretendo, com isso, uma ode), o que lá aparece aos olhos dos personagens como normal - e assim seria para nós, caso não tivéssemos a onisciência de espectadores - é o que aprisiona a personagem de Bilson. E aí está mais uma questão de fronteiras.
Para além do que é uma ideal expressão do amor, há realmente uma exacerbada romantização do que se passa com Will. Porém, deixa boas possibilidades de entendimento dos diferentes ângulos e algumas lições, sem que se aprofunde nelas.
[spoiler][/spoiler]
Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraA cena da briga: muito inusitada. <3
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista Agora[spoiler][/spoiler]Eu deveria estar monografando, mas, estou aqui escrevendo comentários sobre filme.
“Me before you” não está entre os melhores dramas que já assisti, mas, nos últimos tempos, foi um dos que mais me deixou emotiva.
Não consegui assisti-lo e analisa-lo ao mesmo tempo em razão das várias questões sensíveis trazidas, não somente em relação ao romance, mas, sobretudo sobre livre-arbítrio, escolhas que resvalam em várias vidas, família, as amarras – que nos prendem, contudo nos sustentam às vezes etc., etc.
Não consegui sucumbir à ideia de que o material pode compensar. Na realidade, o buraco é mais embaixo. O material, os anseios, as metas... todos eles é que são muito vulneráveis diante dos nossos cordões umbilicais invisíveis. Mas, é só um parêntesis, que não tira a beleza do filme, nem diminue as suas boas atuações.
Requisitos para Ser uma Pessoa Normal
3.9 265Quando as escolhas por sinopse e caras dos personagens dão certo...
"Requisitos para ser uma pessoal normal" é um filme reflexivo e desconstrutor, só que de uma forma doce e leve, equilibrando muito bem os dramas dos personagens centrais e a comédia - como é difícil de se ver.
Muito inteligente ter posto temas que são tão "tabus" com uma normalidade necessária e ao mesmo tempo questionar a ditadura da pseudo-normalidade. Mensagem excelente.
A questão dalgumas previsibilidades é que, sei lá, estava na cara das personagens desde as primeiras cenas. Acredito que foram bem construídos.
Não passam despercebidas a fotografia alegre e arrumadinha e a trilha sonora é bem gostosa de ouvir. Enfim, é tudo muito bonitinho... Não dá para terminar de assistir e não pensar "ooownt, bebêins".
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraComo não amar?
A forma através da qual é contada a estória – a exemplo da presença de narrador; a fotografia que parece misturar o moderno com o vintage; a excelente trilha sonora; a estória linear com a ordem dos acontecimentos não-lineares; o toque de realidade tão latente no filme; as metáforas; são alguns dos inúmeros destaques positivos que poderia apontar.
O romance em si não traz o desenrolar comum nesse gênero, o que o torna marcante; além de duas formas mais destacadas (no filme) de ver as coisas - apesar de a narração ser centrada em Tom -, e que têm razão de ser nos sentimentos/momentos de cada um, que num dado momento se aproximarão.
Nos faz pensar nos porquês contidos nos comportamentos de cada personagem – sobretudo de Summer e Tom -; em certo ponto, nos faz julgá-los, ou até nos enxergarmos neles; mas, o fato é que o filme joga umas verdades na nossa cara, dizendo: acorda, a vida é feita de encontros/desencontros, compreensões/incompreensões, pode ser o que se formula, mas pode não ser também, por isso também existe o reformular...
É bonito sem ser o que se espera.
Um Amor Para Recordar
3.6 3,3K Assista AgoraO título desse filme martelou no meu juízo durante anos. Presente em quase todas as conversas em que o assunto é “amor e sétima arte”, bem como nas diversas listas de “romances que você não pode deixar de assistir”, “melhores romances” etc. ... Não poderia ser diferente.
Há uns dias, conferi, com uma curiosidade que girava em torno do porquê da sua ampla indicação.
A primeira impressão veio antes de iniciar o filme: fatalmente, o título em português me dava uma previsão do que poderia acontecer na história (se é pra recordar, logo... as partes que protagonizam o casal não ficariam juntas?). Esmoreci um pouco, não pela possibilidade de não haver “happy ending”, mas por deixarem uma possível previsibilidade escancarada no título em português.
O desenrolar: não sei se por ter visto uma grande quantidade de filmes com esse tipo de estória antes dele (muitos na Sessão da Tarde), mas passa a impressão de um compilado de clichês, com reforço de estereótipos bastante utilizados na composição de romances (o cara popular, que apronta todas, que tem “garotas à sua disposição”, que ainda está meio perdido na vida; a garota que foge dos padrões, que nunca despertaria a atenção de tal cara etc.), e outros detalhes voltados à comoção que, se mencionados, terminariam de prever a estória. Destaque para o momento em que “cai a ficha” de Landon em relação ao sentimento que estava sentindo por Jamie (não soltarei o spoiler), outro clichezão.
Apesar dessas impressões, as quais se deram do início ao meio do filme, a sensação de ter valido o tempo no final dele se deu devido à atuação de Mandy Moore, e uma das mensagens deixadas sobre o amor dos dois: certos acontecimentos (da vida, de forma ampla; não só o do filme) não apagam o fato de ter existido o sentimento. Mas, a parte positiva não foi suficiente para apagar a impressão de filme superestimado.
O Grito
2.8 998 Assista AgoraGritantemente ruim, só por isso lembrei dele. Fico imaginando o que veio com a sequência...