''Como nossos pais'', a música, interpretada pela Elis Regina é uma das minhas favoritas. Sempre refleti muito sobre as letras, os caminhos que nós traçamos e a paradoxa relação dos pais e filhos. Levando-me a pensar, o que é ser pai/ mãe, afinal? Até que ponto podemos querer ser diferentes dos nossos pais e o quanto disso é de fato - possível? Fato mesmo é que as respostas para tais questionamentos não são fixas, pelo contrário, são muito fluídas. No entanto, ter parte dessa minha eterna reflexão representada no filme foi um grande prazer! A interpretação da Maria está maravilhosa, acredito que o filme é muito sensível e sensato, porém, o seu decorrer (a sua execução) é também por várias vezes - entediante - ou incompleta. Gosto muito da interpretação, do contexto de sociedade brasileira e de relacionamentos que são questionados - contudo, a obra peca um pouco por faltar com o interesse do telespectador - assistimos e é interessante, mas o que nos manteria fixados ali? Nada, apenas permanecemos na sala do cinema e acompanhamos os sentimentos, as narrativas e os instintos expostos. Acredito que se tivesse assistido em casa, teria sempre o risco de levantar para coar o café e esquecer do filme - em algum momento. O mesmo acontece com o final - ser como os nossos pais é nos manter ali, sem respostas, saber somente que a estrutura de relacionamentos atual não funciona, mas incapaz de responder o óbvio: o que funciona, de fato? Como a minha reflexão inicial, o filme é interessante, mas peca pelas ausências de respostas (que talvez não existam por não serem fixas).
00h57min acabei de assistir ao filme... E é de fato incrível em amplos e diversos aspectos. Uma das percepções - minhas - que mais vou levar desse filme é sobre o quão variável pode ser o tamanho do nosso mundo, um quarto de 10m², a nossa casa, a rotina, o trabalho, a sua cidade ou quem sabe: o mundo verídico - porém, assustador - de inúmeras possibilidades - de recomeçarmos, buscarmos a beleza e a felicidade do simples fato de estarmos vivos. Jack é encantador, não tem como não nos apaixonarmos por ele, e a sua mãe é ferozmente forte. A história é em sua essência triste, mas sua abordagem não o é, pois, consegue através de pequenas sutilezas nos trazer frequentes segundos de felicidade - e sorrisos sinceros. O mundo fora das nossas pequenas perspectivas é diariamente assustador - não precisa ser o quarto de jack, mas do tamanho que nós idealizamos - e amedronta mesmo, mas sempre há beleza para fora dele. A claridade exposta e vista completamente cega, no entanto, cadinho em cadinho podemos enxergar melhor através dela. Talvez, buscar a felicidade e a nós mesmos seja uma jornada semelhante, que deve ser feito lento e gradual, até nos encontrarmos de vez.
Numa sexta-feira, sem muitas expectativas, decidi ir ao cinema e assistir a primeira sessão que ali encontrasse, e eis que: me deparo com esse filme. O que dizer? Não sei se a falta de expectativas ou talvez meu até então desconhecimento sobre Paul me influenciaram, mas definitivamente: adorei o filme. Esther é encantadora, e na minha opinião, ela rouba a cena durante o filme, a sinceridade da personagem, a maneira como se deixa levar ou se ver pelo amor - do momento em que perde a sua própria essência e imagem, pois, passa a depender e nutrir-se do amor que idealiza. Idealizam no sentido de que são jovens, e apesar de sinceros, acreditam que poderiam superar e suprir todas as ausências e dores proporcionadas por ambos. Acredito que em muitos momentos o filme pecou em termos de edição, partes desnecessárias e muito longas, que no início me entediaram um pouco, mas depois (do meio ao fim) me mantive completamente absolvida. Afinal: quantas vezes nos inundamos entre presente-passado, e podemos nos ver ali envolvidos por inúmeros remorsos e arrependimentos? Ou traímos àqueles que mais amamos por egoísmo de ver o outro: ou por inocência de acharmos que seremos vistos, é isso que mais me chamou a atenção. Todo o egocentrismo de Paul e toda a inversão de Esther, que pouco a pouco, se perde pelo suposto amor. Ainda assim, o que dizer? Um filme inspirador, definitivamente.
Elena é um filme-documentário que eu não me canso de rever, e toda vez que o faço, é sempre uma experiência incrível. Percebo os detalhes, as sonoridades, tudo parece fluir numa dança além de nós, de qualquer experiência simples e meramente física, então, realmente reflete muito bem a beleza de estarmos superando. Todas as vezes que me sinto triste, eu revejo o documentário e em todas, sem exceção, me sinto encantada, o suficiente para que a tristeza seja quase lírica e poética, obrigando-nos a abraçar o tempo e todas as possibilidades de superações. Obrigada pela sensibilidade, Petra! É realmente o meu filme favorito.
Foi um filme que me agregou muito, lembro de ter assistido e buscado a partir de então morais para a minha própria vida. Não foi desses filmes que me deram puta alegria, mas depois de assisti-lo e ser permeada por diferentes emoções, sensações - tristeza, medos, nostalgias - pude terminá-lo maior do que como comecei. E talvez, seja isso que nos falte em vários momentos, olhar um pouco além do óbvio, perceber no cinema mais do que reprodução e arte, é compreendê-lo. A atuação das atrizes é incrível e contracenou muito bem com todo o cenário melancólico-decadente. Lembro que chorei em muitas cenas, mas foi um choro de despertar, de olhar para o próximo e as personagens de maneira mais sensível. Enfim, é realmente um filme maravilhoso e sensível.
Adorei o filme! Não, não é sobre um roteiro incrível... Não, não tem incríveis efeitos especiais... E não, a história nem sequer é surpreendente, mas sinceramente? Não era para ser mesmo. Comecei a ver por um simples motivo: comédia romântica + keira + chloe, para uma segunda-feira de férias seria mais que o bastante para me distrair e quer saber? Foi bem mais do que isso. Novamente: o filme é permeado de clichês ambulantes e o enredo é muitíssimo simples. Diferente da maioria que comentou, não achei que o foco tenha sido o relacionamento de Megan, na verdade, nem notei qualquer foco específico. Podemos até mesmo resumir de uma maneira óbvia: sobre estarmos constantemente perdidos. Mentiras, erros, comodismo, dúvidas, amizade... Soa bastante real, não? O filme tratou superficialmente de várias inseguranças que nos permeiam em clichês distintos, a moça que se arrastou por um relacionamento supostamente perfeito, o medo de se estar comprometida, a necessidade das aparências, o estranhamento de não pertencimento adolescente e pós-colegial, o pós-divórcio e ainda assim, a nossa necessidade de tentar de novo, recomeçar e se reencontrar. Atuações medianas, enredo comum, trilha sonora não extraordinária, ainda assim, quem disse que na nossa vida entre tantos possíveis medos há algo de tão incrível? Achei todo esse amontoado de clichês bastante real e reconfortante de alguma forma.
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A Cidade do Futuro
3.0 54Quero muito assistir! Na cidade em que eu moro não tem nenhuma sessão ): Alguém tem o link para assistir online?
Como Nossos Pais
3.8 448''Como nossos pais'', a música, interpretada pela Elis Regina é uma das minhas favoritas. Sempre refleti muito sobre as letras, os caminhos que nós traçamos e a paradoxa relação dos pais e filhos. Levando-me a pensar, o que é ser pai/ mãe, afinal? Até que ponto podemos querer ser diferentes dos nossos pais e o quanto disso é de fato - possível? Fato mesmo é que as respostas para tais questionamentos não são fixas, pelo contrário, são muito fluídas. No entanto, ter parte dessa minha eterna reflexão representada no filme foi um grande prazer! A interpretação da Maria está maravilhosa, acredito que o filme é muito sensível e sensato, porém, o seu decorrer (a sua execução) é também por várias vezes - entediante - ou incompleta. Gosto muito da interpretação, do contexto de sociedade brasileira e de relacionamentos que são questionados - contudo, a obra peca um pouco por faltar com o interesse do telespectador - assistimos e é interessante, mas o que nos manteria fixados ali? Nada, apenas permanecemos na sala do cinema e acompanhamos os sentimentos, as narrativas e os instintos expostos. Acredito que se tivesse assistido em casa, teria sempre o risco de levantar para coar o café e esquecer do filme - em algum momento. O mesmo acontece com o final - ser como os nossos pais é nos manter ali, sem respostas, saber somente que a estrutura de relacionamentos atual não funciona, mas incapaz de responder o óbvio: o que funciona, de fato? Como a minha reflexão inicial, o filme é interessante, mas peca pelas ausências de respostas (que talvez não existam por não serem fixas).
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista Agora00h57min acabei de assistir ao filme... E é de fato incrível em amplos e diversos aspectos. Uma das percepções - minhas - que mais vou levar desse filme é sobre o quão variável pode ser o tamanho do nosso mundo, um quarto de 10m², a nossa casa, a rotina, o trabalho, a sua cidade ou quem sabe: o mundo verídico - porém, assustador - de inúmeras possibilidades - de recomeçarmos, buscarmos a beleza e a felicidade do simples fato de estarmos vivos. Jack é encantador, não tem como não nos apaixonarmos por ele, e a sua mãe é ferozmente forte. A história é em sua essência triste, mas sua abordagem não o é, pois, consegue através de pequenas sutilezas nos trazer frequentes segundos de felicidade - e sorrisos sinceros. O mundo fora das nossas pequenas perspectivas é diariamente assustador - não precisa ser o quarto de jack, mas do tamanho que nós idealizamos - e amedronta mesmo, mas sempre há beleza para fora dele. A claridade exposta e vista completamente cega, no entanto, cadinho em cadinho podemos enxergar melhor através dela. Talvez, buscar a felicidade e a nós mesmos seja uma jornada semelhante, que deve ser feito lento e gradual, até nos encontrarmos de vez.
Três Lembranças da Minha Juventude
3.7 11 Assista AgoraNuma sexta-feira, sem muitas expectativas, decidi ir ao cinema e assistir a primeira sessão que ali encontrasse, e eis que: me deparo com esse filme. O que dizer? Não sei se a falta de expectativas ou talvez meu até então desconhecimento sobre Paul me influenciaram, mas definitivamente: adorei o filme. Esther é encantadora, e na minha opinião, ela rouba a cena durante o filme, a sinceridade da personagem, a maneira como se deixa levar ou se ver pelo amor - do momento em que perde a sua própria essência e imagem, pois, passa a depender e nutrir-se do amor que idealiza. Idealizam no sentido de que são jovens, e apesar de sinceros, acreditam que poderiam superar e suprir todas as ausências e dores proporcionadas por ambos. Acredito que em muitos momentos o filme pecou em termos de edição, partes desnecessárias e muito longas, que no início me entediaram um pouco, mas depois (do meio ao fim) me mantive completamente absolvida. Afinal: quantas vezes nos inundamos entre presente-passado, e podemos nos ver ali envolvidos por inúmeros remorsos e arrependimentos? Ou traímos àqueles que mais amamos por egoísmo de ver o outro: ou por inocência de acharmos que seremos vistos, é isso que mais me chamou a atenção. Todo o egocentrismo de Paul e toda a inversão de Esther, que pouco a pouco, se perde pelo suposto amor. Ainda assim, o que dizer? Um filme inspirador, definitivamente.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraElena é um filme-documentário que eu não me canso de rever, e toda vez que o faço, é sempre uma experiência incrível. Percebo os detalhes, as sonoridades, tudo parece fluir numa dança além de nós, de qualquer experiência simples e meramente física, então, realmente reflete muito bem a beleza de estarmos superando. Todas as vezes que me sinto triste, eu revejo o documentário e em todas, sem exceção, me sinto encantada, o suficiente para que a tristeza seja quase lírica e poética, obrigando-nos a abraçar o tempo e todas as possibilidades de superações. Obrigada pela sensibilidade, Petra! É realmente o meu filme favorito.
Grey Gardens: Do Luxo à Decadência
4.0 174 Assista AgoraFoi um filme que me agregou muito, lembro de ter assistido e buscado a partir de então morais para a minha própria vida. Não foi desses filmes que me deram puta alegria, mas depois de assisti-lo e ser permeada por diferentes emoções, sensações - tristeza, medos, nostalgias - pude terminá-lo maior do que como comecei. E talvez, seja isso que nos falte em vários momentos, olhar um pouco além do óbvio, perceber no cinema mais do que reprodução e arte, é compreendê-lo. A atuação das atrizes é incrível e contracenou muito bem com todo o cenário melancólico-decadente. Lembro que chorei em muitas cenas, mas foi um choro de despertar, de olhar para o próximo e as personagens de maneira mais sensível. Enfim, é realmente um filme maravilhoso e sensível.
Encalhados
3.2 360 Assista grátisAdorei o filme! Não, não é sobre um roteiro incrível... Não, não tem incríveis efeitos especiais... E não, a história nem sequer é surpreendente, mas sinceramente? Não era para ser mesmo. Comecei a ver por um simples motivo: comédia romântica + keira + chloe, para uma segunda-feira de férias seria mais que o bastante para me distrair e quer saber? Foi bem mais do que isso. Novamente: o filme é permeado de clichês ambulantes e o enredo é muitíssimo simples.
Diferente da maioria que comentou, não achei que o foco tenha sido o relacionamento de Megan, na verdade, nem notei qualquer foco específico. Podemos até mesmo resumir de uma maneira óbvia: sobre estarmos constantemente perdidos. Mentiras, erros, comodismo, dúvidas, amizade... Soa bastante real, não? O filme tratou superficialmente de várias inseguranças que nos permeiam em clichês distintos, a moça que se arrastou por um relacionamento supostamente perfeito, o medo de se estar comprometida, a necessidade das aparências, o estranhamento de não pertencimento adolescente e pós-colegial, o pós-divórcio e ainda assim, a nossa necessidade de tentar de novo, recomeçar e se reencontrar. Atuações medianas, enredo comum, trilha sonora não extraordinária, ainda assim, quem disse que na nossa vida entre tantos possíveis medos há algo de tão incrível? Achei todo esse amontoado de clichês bastante real e reconfortante de alguma forma.