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Como Nossos Pais
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''Como nossos pais'', a música, interpretada pela Elis Regina é uma das minhas favoritas. Sempre refleti muito sobre as letras, os caminhos que nós traçamos e a paradoxa relação dos pais e filhos. Levando-me a pensar, o que é ser pai/ mãe, afinal? Até que ponto podemos querer ser diferentes dos nossos pais e o quanto disso é de fato - possível? Fato mesmo é que as respostas para tais questionamentos não são fixas, pelo contrário, são muito fluídas. No entanto, ter parte dessa minha eterna reflexão representada no filme foi um grande prazer! A interpretação da Maria está maravilhosa, acredito que o filme é muito sensível e sensato, porém, o seu decorrer (a sua execução) é também por várias vezes - entediante - ou incompleta. Gosto muito da interpretação, do contexto de sociedade brasileira e de relacionamentos que são questionados - contudo, a obra peca um pouco por faltar com o interesse do telespectador - assistimos e é interessante, mas o que nos manteria fixados ali? Nada, apenas permanecemos na sala do cinema e acompanhamos os sentimentos, as narrativas e os instintos expostos. Acredito que se tivesse assistido em casa, teria sempre o risco de levantar para coar o café e esquecer do filme - em algum momento. O mesmo acontece com o final - ser como os nossos pais é nos manter ali, sem respostas, saber somente que a estrutura de relacionamentos atual não funciona, mas incapaz de responder o óbvio: o que funciona, de fato? Como a minha reflexão inicial, o filme é interessante, mas peca pelas ausências de respostas (que talvez não existam por não serem fixas).
Últimos recados
- Nenhum recado para Taline Kihara.
Que incrível! Essa segunda temporada, realmente, me surpreendeu muito! Principalmente, pela reviravolta da história e também pela sensibilidade com que desenvolveram cada personagem principal. Dessa vez, não somos tomados por facetas maniqueístas, pelo contrário, cada qual demonstra as suas forças, fraquezas, erros e acertos. Humanizar tais personagens foi muito esperto, além também, de ter colaborado com a compreensão de como cada um chegou ali - vejo diversas séries e grandes produções que pecam justamente nisso, já que deixam os protagonistas tão rasos e meramente ''bons'' ou ''ruins'' que torna todo o drama superficial. Assim, 3% desenvolve a sua narrativa e o crescimento dos personagens de forma muito bem feita! Fora isso, a atuação da Bianca Comparato e da Vaneza Oliveira estão surreais! E a Joana? Que crescimento incrível! Realmente, muito orgulho do desenvolvimento da história e dos atores, sem dúvidas.