Thales

Uma galera comentando que o filme é super foda e que é umas melhores produções nacionais. Não, não é. É verdade que foi produzido com quase nada de grana (o que justifica parte do meu comentário e avalição) mas não se trata da ausência de recursos audiovisuais ou roteiro, mas sim de má direção.
O foco principal da minha critica se dá pelas atuações tão amadoras que me fez pensar o tempo todo como rolava o "feeling" entre os atores (isso porque tem grandes nomes no meio). Em seguida, os cortes de câmera, pqp! Não podem ser justificados pela falta de verba, não é possível.
Existe sim toda uma poesia que faz (ou tenta fazer) o filme ficar encantador, da trilha sonora ao versos decorados, mas não são suficientes para sustentar a ideia principal do filme e suas consequências.

Que filme lindo! Das atuações espetaculares à fotografia. Trama construída por meio de dilemas existenciais, alteridade e sonhos. Por mais que se passe na década de 30, o tratamento e consequentemente o olhar para pessoas que vivem a condição de Lili é muito contemporâneo. Assim como os quadros de Einar, Lili vai ganhando cor e força.

Particularmente adoro o assunto/tema. Por já ter sido tema de uma monografia, o assunto prostituição desencadeou um olhar mais minucioso sobre a fotografia, o contexto e a história pessoal da personagem. É um filme que parte do livro escrito pela Bruna, portanto estão presentes elementos do próprio, embora de forma bem mais sutil e "boazinha". Atuações nota 10, tanto Deborah quanto o restante do elenco, Drica está maravilhosa. Dou 3,5 estrelas justamente porque faltaram coisas no caminho e acredito que poderiam ter sido melhor abordadas.