Nem parece coisa da Globo, de tão foda que foi. Última vez que vi algo bom havia sido em Capitu.
Notei que ninguém deixa de falar aqui sobre a fotografia, a trilha sonora, as atuações, a cronologia desconstruída, a edição, o roteiro, etc. Portanto, direi apenas que também me chamou a atenção o uso do plano-sequência, e depois dessa todo o meu amor para a Camila Morgado e a Maria Angélica.
Espero desde "Capitu" uma novela bem produzida pela Globo (ou tanto quanto a adaptação da obra de Machado de Assis), e me parece que a espera terminou.
"O Rebu" vem com uma proposta completamente diferente do que eu acredito que tem sido feito na tevê. Me interessou assim que li que seria uma adaptação de uma novela de 74, só que dessa vez em 37 capítulos, ou pouco mais de dois meses, ou seja: curiosidade para saber como é que seria sua montagem. Desde então, tenho acompanhado a trama e me vejo surpreendido a cada ida e vinda dessa cronologia freneticamente desconstruída para os desfechos e as suposições.
A beleza indecente da fotografia que cria a atmosfera de trato formal e exprime paranoias e qualidades soturnas dos personagens dialoga numa relação intrínseca com a personagem Angela Mahler (interpretada por Patricia Pillar) - que embora esteja numa situação de exposição e estresse, não se deixa fragilizar perante aos outros e permanece sendo uma boa e cordata anfitriã.
Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora, que lado-a-lado ao roteiro ilustra os momentos de cada um dos personagens, que quase sempre são de uma instabilidade que beira a loucura.
O elenco é inteiramente ótimo - assim como já falaram -, mas eu vejo que se superam na trama os personagens (agora não me lembro os nomes) de Vera Holtz e Camila Morgado, que desfilam pra lá e pra cá com copos de whisky (quem é que não lembrou da Santana?) como se não fizessem parte do lado ruim da situação, e claro, Gilda (Cassia Kis), que desde o primeiro capítulo acende um cigarro a cada corte de cena.
O que não me agrada neste remake é o fato de usarem os celulares o tempo todo, exatamente porque a festa não me passa a impressão de ser tão popular (mesmo com piloto de fórmula 1 rs), que é o que sugerem as hashtags criadas e os selfies postados. Mas reconheço que esse elemento ficou interessante, visto que deva ser algo completamente oposto ao que aconteceu em 74, não é? Aliás, como é que isso aconteceu em 74? Ou não aconteceu?
Enfim, por todas as qualidades de direção que essa novela tem, vale à pena sentar no sofá e acompanhar.
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O Rebu
4.1 104Aliás, além de Capitu: Amor em 4 atos.
O Rebu
4.1 104Nem parece coisa da Globo, de tão foda que foi. Última vez que vi algo bom havia sido em Capitu.
Notei que ninguém deixa de falar aqui sobre a fotografia, a trilha sonora, as atuações, a cronologia desconstruída, a edição, o roteiro, etc. Portanto, direi apenas que também me chamou a atenção o uso do plano-sequência, e depois dessa todo o meu amor para a Camila Morgado e a Maria Angélica.
O Rebu
4.1 104Espero desde "Capitu" uma novela bem produzida pela Globo (ou tanto quanto a adaptação da obra de Machado de Assis), e me parece que a espera terminou.
"O Rebu" vem com uma proposta completamente diferente do que eu acredito que tem sido feito na tevê. Me interessou assim que li que seria uma adaptação de uma novela de 74, só que dessa vez em 37 capítulos, ou pouco mais de dois meses, ou seja: curiosidade para saber como é que seria sua montagem. Desde então, tenho acompanhado a trama e me vejo surpreendido a cada ida e vinda dessa cronologia freneticamente desconstruída para os desfechos e as suposições.
A beleza indecente da fotografia que cria a atmosfera de trato formal e exprime paranoias e qualidades soturnas dos personagens dialoga numa relação intrínseca com a personagem Angela Mahler (interpretada por Patricia Pillar) - que embora esteja numa situação de exposição e estresse, não se deixa fragilizar perante aos outros e permanece sendo uma boa e cordata anfitriã.
Outro ponto que merece destaque é a trilha sonora, que lado-a-lado ao roteiro ilustra os momentos de cada um dos personagens, que quase sempre são de uma instabilidade que beira a loucura.
O elenco é inteiramente ótimo - assim como já falaram -, mas eu vejo que se superam na trama os personagens (agora não me lembro os nomes) de Vera Holtz e Camila Morgado, que desfilam pra lá e pra cá com copos de whisky (quem é que não lembrou da Santana?) como se não fizessem parte do lado ruim da situação, e claro, Gilda (Cassia Kis), que desde o primeiro capítulo acende um cigarro a cada corte de cena.
O que não me agrada neste remake é o fato de usarem os celulares o tempo todo, exatamente porque a festa não me passa a impressão de ser tão popular (mesmo com piloto de fórmula 1 rs), que é o que sugerem as hashtags criadas e os selfies postados. Mas reconheço que esse elemento ficou interessante, visto que deva ser algo completamente oposto ao que aconteceu em 74, não é? Aliás, como é que isso aconteceu em 74? Ou não aconteceu?
Enfim, por todas as qualidades de direção que essa novela tem, vale à pena sentar no sofá e acompanhar.