Um dos filmes mais belos do cinema brasileiro! A atuação de Fernanda Montenegro, mais uma vez, foi espetacular. A delicadeza e confiança mútua construídos pelas personagens no decorrer das cenas dão um toque terno e aguçam a sensibilidade dos corações atingidos - aqueles que assistem-no. O que fica é aquela eterna saudade de um drama demasiadamente deleitoso, cujo fim sempre esperamos tardar.
Acredito que, apesar de já existir tantos filmes que fazem uma ponte entre o presente (fictício) e dolorosos acontecimentos ocorridos durante a segunda guerra mundial, esse filme não é apenas mais um. Não é só mais um porque, mais do que retratar uma busca por justiça, ele retrata uma busca pelas suas raízes, um anseio incoercível de se reconectar consigo mesmo. Mais do que isso: independentemente de Maria não viver mais na Áustria, a sua busca pelo quadro é uma tentativa de se reconciliar com pátria que nasceu, de reinventar um nacionalismo suportável, translúcido e a sua maneira, que de longe seja possível diferenciá-lo do extremado e nojento nacionalismo da Alemanha nazista, ainda que já se tenha passado meio século e por mais que essa pretensiosa ideia nos pareça fadada fracasso.
A quem assiste o filme uma coisa fica nítida com o desenrolar da trama: talvez, apenas o fato de ter coragem para enfrentar seus medos e lutar pelo seus direitos não seja o suficiente para fazer com que Maria Altmann encontre descanso para as suas aflições e enfim possa aproveitar a sua velhice em paz. Entretanto, sendo suficiente ou não, foi a única maneira possível dela ter as suas saudades materializadas, fazendo dessa vivência um conforto e uma potente arma contra as dilacerantes lembranças que sempre voltam para confrontá-la.
A melhor versão já produzida dessa obra clássica. A poesia das cenas, a entrega e devoção cega dos atores pelos personagens extasiam aqueles que até então, antes de assistir a esse esplêndido filme, estavam carentes por arte e pelo prazer que somente ela pode nos proporcionar. Olivia, você interpretou tão bem a Julieta que por noites seguidas eu sonhei contigo! Leonard, o seu cuidado com cada detalhe do personagem, a paixão e a intensidade na sua entrega pelo personagem fizeram dessa versão, de longe,a mais deleitosa e eterna! Assistiria a esse filme mil vezes e o encantamento e as lágrimas ainda continuariam brotando em meu rosto!
Primeiramente, só tenho elogios a fazer para ambas as atrizes. Foram corajosas nas cenas de sexo explícito - a despeito disso ser trivial, tanto no cinema quanto na nossa realidade - e conseguiram passar toda aquela paixão intensa, admiração e confiança que ambas nutriam. Sinceramente, assim como já foi ressaltado em outros comentários, não gostei muito do final, ficou aquela sensação de estar faltando algo. O que chega até ser irônico para um filme tão longo, ou não.
Impressionou-me positivamente o final de Emma, ela conseguiu ser feliz com outra companheira e constituir uma família, a despeito dessa felicidade não ser completa, pois ela não obtivera tanto sucesso na satisfação sexual - deferentemente da sua relação com Adèle. Isso nos prova, de modo natural, que nem sempre obteremos o mesmo sucesso em todas as esferas de uma relação, que esta envolve muitos outros aspectos e que é demasiadamente complexa para nos ser totalmente compreendida. Em relação ao final de Adèle que reside a minha insatisfação. Embora eu tenha gostado muito de ela não ter um final demasiadamente idealizado, incoerente com a realidade, tive a impressão de que faltava algo...
Acredito que o filme cumpriu o seu objetivo, retratou muito bem essa temática. Mostrou a questão do preconceito - sem focar demais nele, de modo exagerado-, e nos permitiu deleitara ternura e leveza da relação das personagens construídas ao longo das cenas, certamente não em todas. De tudo, acredito que o que de fato me marcou foi a melancolia tão intensa e inerente ao olhar de Adèle. Adèle Exarchopoulos interpretou com maestria sua personagem, por um momento acreditei que tais pesares fosse de fato da atriz. É o tipo de filme que eu veria de novo.
É aquele tipo de filme que deixa aquela dorzinha gostosa depois que acaba. A princípio, identifiquei-me com Berg, é como se tivessem posto um espelho a minha frente. Acredito que todos, assim como eu, que não haviam lido a descrição do filme antes de assisti-lo, a princípio acharam que seria apenas mais uma bela história - todavia, que vem se tornando clichê devido a repetição dessa temática no cinema - de um jovem com um conflito interno que tem um caso com uma mulher mais velha. Qualquer um poderia pressupor que esse envolvimento surtiria algum agravante. De fato houve, porém, o filme tomou um rumo bem diferente do que poderia conceber a minha limitada imaginação. Valeu a pena tê-lo assistido, não somente pelo prazer que toda arte nos proporciona, mas pela perspectiva realista - mas, nem por isso menos bela - pela qual o filme desenvolve a sua trama. Trata-se de um sublime filme cuja marca é indelével.
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Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraUm dos filmes mais belos do cinema brasileiro! A atuação de Fernanda Montenegro, mais uma vez, foi espetacular. A delicadeza e confiança mútua construídos pelas personagens no decorrer das cenas dão um toque terno e aguçam a sensibilidade dos corações atingidos - aqueles que assistem-no. O que fica é aquela eterna saudade de um drama demasiadamente deleitoso, cujo fim sempre esperamos tardar.
A Dama Dourada
4.0 270 Assista AgoraAcredito que, apesar de já existir tantos filmes que fazem uma ponte entre o presente (fictício) e dolorosos acontecimentos ocorridos durante a segunda guerra mundial, esse filme não é apenas mais um. Não é só mais um porque, mais do que retratar uma busca por justiça, ele retrata uma busca pelas suas raízes, um anseio incoercível de se reconectar consigo mesmo. Mais do que isso: independentemente de Maria não viver mais na Áustria, a sua busca pelo quadro é uma tentativa de se reconciliar com pátria que nasceu, de reinventar um nacionalismo suportável, translúcido e a sua maneira, que de longe seja possível diferenciá-lo do extremado e nojento nacionalismo da Alemanha nazista, ainda que já se tenha passado meio século e por mais que essa pretensiosa ideia nos pareça fadada fracasso.
A quem assiste o filme uma coisa fica nítida com o desenrolar da trama: talvez, apenas o fato de ter coragem para enfrentar seus medos e lutar pelo seus direitos não seja o suficiente para fazer com que Maria Altmann encontre descanso para as suas aflições e enfim possa aproveitar a sua velhice em paz. Entretanto, sendo suficiente ou não, foi a única maneira possível dela ter as suas saudades materializadas, fazendo dessa vivência um conforto e uma potente arma contra as dilacerantes lembranças que sempre voltam para confrontá-la.
Romeu e Julieta
4.1 269 Assista AgoraA melhor versão já produzida dessa obra clássica. A poesia das cenas, a entrega e devoção cega dos atores pelos personagens extasiam aqueles que até então, antes de assistir a esse esplêndido filme, estavam carentes por arte e pelo prazer que somente ela pode nos proporcionar. Olivia, você interpretou tão bem a Julieta que por noites seguidas eu sonhei contigo! Leonard, o seu cuidado com cada detalhe do personagem, a paixão e a intensidade na sua entrega pelo personagem fizeram dessa versão, de longe,a mais deleitosa e eterna! Assistiria a esse filme mil vezes e o encantamento e as lágrimas ainda continuariam brotando em meu rosto!
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraPrimeiramente, só tenho elogios a fazer para ambas as atrizes. Foram corajosas nas cenas de sexo explícito - a despeito disso ser trivial, tanto no cinema quanto na nossa realidade - e conseguiram passar toda aquela paixão intensa, admiração e confiança que ambas nutriam. Sinceramente, assim como já foi ressaltado em outros comentários, não gostei muito do final, ficou aquela sensação de estar faltando algo. O que chega até ser irônico para um filme tão longo, ou não.
Impressionou-me positivamente o final de Emma, ela conseguiu ser feliz com outra companheira e constituir uma família, a despeito dessa felicidade não ser completa, pois ela não obtivera tanto sucesso na satisfação sexual - deferentemente da sua relação com Adèle. Isso nos prova, de modo natural, que nem sempre obteremos o mesmo sucesso em todas as esferas de uma relação, que esta envolve muitos outros aspectos e que é demasiadamente complexa para nos ser totalmente compreendida. Em relação ao final de Adèle que reside a minha insatisfação. Embora eu tenha gostado muito de ela não ter um final demasiadamente idealizado, incoerente com a realidade, tive a impressão de que faltava algo...
Acredito que o filme cumpriu o seu objetivo, retratou muito bem essa temática. Mostrou a questão do preconceito - sem focar demais nele, de modo exagerado-, e nos permitiu deleitara ternura e leveza da relação das personagens construídas ao longo das cenas, certamente não em todas.
De tudo, acredito que o que de fato me marcou foi a melancolia tão intensa e inerente ao olhar de Adèle. Adèle Exarchopoulos interpretou com maestria sua personagem, por um momento acreditei que tais pesares fosse de fato da atriz. É o tipo de filme que eu veria de novo.
O Leitor
4.1 1,8K Assista AgoraÉ aquele tipo de filme que deixa aquela dorzinha gostosa depois que acaba. A princípio, identifiquei-me com Berg, é como se tivessem posto um espelho a minha frente. Acredito que todos, assim como eu, que não haviam lido a descrição do filme antes de assisti-lo, a princípio acharam que seria apenas mais uma bela história - todavia, que vem se tornando clichê devido a repetição dessa temática no cinema - de um jovem com um conflito interno que tem um caso com uma mulher mais velha. Qualquer um poderia pressupor que esse envolvimento surtiria algum agravante. De fato houve, porém, o filme tomou um rumo bem diferente do que poderia conceber a minha limitada imaginação. Valeu a pena tê-lo assistido, não somente pelo prazer que toda arte nos proporciona, mas pela perspectiva realista - mas, nem por isso menos bela - pela qual o filme desenvolve a sua trama. Trata-se de um sublime filme cuja marca é indelével.