Victor

Há muito tempo não assistia algo que mexesse tanto comigo. A todo momento, revolta, empatia e dúvida disputavam um espaço maior dentro de mim. Durante os dez episódios eu constantemente ficava com raiva e perplexo com o provável cinismo e falta de escrúpulos do promotor Kratz, a personificação do sistema. Odiei desde o primeiro momento os dois policiais acusados de fraudar a cena do crime, e tenho forte desconfiança em relação a irmão de Teresa. Mas como sempre duvido do óbvio, volta e meia eu me perguntava.."e se, apesar de tudo, Steven Arery estiver enganando a todos nós?". A resposta imediata na minha mente era 'NÃO'.

Apesar do fato de milhões de pessoas já terem assistido, 'Making a Murderer' não é para qualquer um. É preciso estômago forte para ouvir cada telefonema de Steven da prisão. Constantemente eu me colocava no lugar dele, e rapidamente ficava apreensivo. Ser acusado de algo que você alega ser inocente deve ser das sensações mais tristes que existe. Para completar, foi um absurdo o que fizeram com Brendan. Dá pena só de olhar para o garoto.

Mesmo a milhares de quilômetros de distância, volto a dizer que criei empatia com Steven. Impossível que isso não acontecesse. Tomara que ele e sua família encontrem paz.

Making a Murderer é um tremendo soco no estômago. Mas é aquele soco inteligente, que te faz pensar por muito tempo após o final de cada episódio

Uma boa série para quem tem curiosidade em ver o lado alemão durante a II Grande Guerra. E associar isso com a história de cinco amigos, é muito interessante de ver, mesmo que pouco se desenvolva no início sobre a amizade deles. Ainda assim, acompanhar os seus anseios, medos e crenças - antes e durante - a guerra é muito interessante.

Na minha opinião, eles só pecaram feio na caracterização que fizeram dos poloneses. Quem não sabe o mínimo de história e compra tudo que é mostrado pela série vai achar que os poloneses eram antissemitas tanto quanto os alemães. Apesar disso, as excelentes atuações e a possibilidade de ver esse outro lado fazem a série valer muito a pena.

Mas uma coisa é certa em qualquer guerra e que foi dito exaustivamente por Friedhelm:

NÃO É SPOILER

"A Guerra vai mostrar o pior de nós." - isso se aplica a TODOS os envolvidos em uma guerra.

E acontece que How I Met Your Mother não era realmente sobre a história que o nome sugere. Era sobre como Ted sempre foi apaixonado por Robin, e tudo que os cincos amigos tiveram que passar até que os dois ficassem juntos. A busca pela 'mãe' foi apenas a menor das história de HIMYM, acho que por isso que muita gente se sentiu traída.
Para mim, o momento chave desse relacionamento foi quando os dois trocaram olhares no episódio piloto. Quando Ted está no McLaren's discutindo sobre casamento, e Barney questionando como Carl consegue um garota Libanesa, no momento em que ele vê Robin e fala "...e lá estava ela.", para mim ficou explícito que Robin ficaria com Ted no final. Mas quando descobrimos que ela não poderia ter filhos, e como Ted é pai de um casal, todos afastaram a ideia de Robin ser a mãe. Porém, no fundo, sempre senti que era para Mosby e Scherbatsky ficarem juntos, mesmo que os filhos fossem de outra mulher. A meu ver, nunca pareceu certo eles terminarem com outras pessoas. E fico feliz que isso não aconteceu.
E mesmo que muitos fãs tenham achado o final decepcionante, achei coerente com o que a série sempre apresentou. Ora, tivemos Barney do jeito que ele sempre foi (awesome). Toda a evolução do personagem ao longo da série foi importante, mas na minha opinião, ele tinha perdido a essência que o fazia ser um dos melhores personagens cômicos que já vi.
Tivemos também Marshall e Lily grudados, como deveria ser.
E claro, a inesquecível trompeta azul francesa (ou pênis de smurf).

É isso..HIMYM vai deixar saudades, porque foi legen...wait for it...