Adaptação muito bem feita. Aang foi uma das melhores escalações que eu já vi. Ele vai bem em todas as nuances. Como uma criança que era viciada em avatar, me senti voltando a assistir ao desenho. Se houvessem as 3 temporadas eu provavelmente teria maratonado até o final.
A verdade é que essa temporada continua oferecendo muito de sex education. É uma boa dose do que já tinha sido provado. A temporada é muito bem escrita (ela tem muito mais ritmo que as temporadas anteriores) e muito fácil de assistir. Apesar disso ela não mergulha tão a fundo nos personagens, alguns conflitos parecem repetidos, e outros nem parecem somar nos conflitos dos protagonistas (e ainda tem outros que seriam tão bem aproveitados se não fossem esquecidos - da Jean, mãe do Otis). Acho que isso tudo é um resultado não de um final precoce, mas de um final alongado. A série ainda tem alma, mas parece não conhecer tão bem seus personagens (salvo Eric e Jean dessa crítica). Por fim, essa confusão toda acaba ofuscando muito a entrada de alguns personagens que não conseguem ter o impacto necessário, pois estão ali meio perdidos na falta de condução de personagens centrais. Não é um desastre, muito pelo contrário, ela continua acertando muito no que se propõe e faz, inclusive, melhor do que nas outras temporadas, aqui ela eleva a escrita (e ritmo). Mas é impossível não sentir a falta de plots bem elaborados quando a série já nos serviu com isso.
Eu ainda queria muito que Otis e Maeve ficassem juntos, mas a verdade que esse final é comprometido com o cerne da discussão muito mais que um simples final feliz poderia oferecer. Let it be é muito do exercício de toda terapia: a luta, na maioria das vezes, vem da nossa fuga do sofrimento. Aceitar como as coisas tomam forma e entender o que nós realmente podemos mudar é tudo que a gente pode fazer.
É muito claro que boa parte do público (vindo, principalmente do jogo) não entende o produto que consome, e nem falo apenas sobre a série, falo sobre ip inteira THE LAST OF US. O tema central sempre foi essa relação entre pessoas, perda e solidão. Ambos os personagens principais lidam exatamente com a mesma situação mas reagem de maneiras diferentes. Esse episódio acrescenta muito no tema central (muito mais que a participação do Bill no game), e empurra ainda mais o protagonista nos conflitos dele. E eu vou dizer porque esse episódio acrescente MUITO na trama (spoilers apenas do ep. 3):
Bill, mesmo antes do apocalipse, é um cara isolado, desconfiado de tudo e todos, e precavido. No apocalipse construiu uma grande base, e cercou ela de armadilhas pra que ninguém conseguisse atingir ele. Até a chegada de Frank, que é recebido com uma armadilha. Aqui já está claro que é (também) uma metáfora. Bill então cede. Apesar de receber Frank com armadilhas, o ajuda a escapar dela e permite que ele acesse o interior da base. Nesse ponto Bill já estava solitário, e aqui a gente percebe que Bill tinha uma visão errada sobre si, ele precisava de pessoas, e Frank foi essa pessoa. Na primeira cena de sexo, onde Frank pergunta se Bill já tinha feito aquilo, e ele responde que apenas com uma mulher. Bill cede a uma necessidade urgente de companhia, evidenciando ainda mais que essa é sua tentativa de resolução de seu conflito interno. E isso atinge o coração do tema, se tratando de solidão e necessidade de conexões. Os dois formam um casal muito sólido. Frank, então, precisa de novas companhias/amizades, e encontra Tess e Joel. Aqui Bill e Joel são muito semelhantes: ambos são leais, uma maneira de expressarem sua necessidade de conexão, mas são desconfiados, os dois tem muita dificuldade de se mostrarem vulneráveis. Eventualmente isso muda, e os dois, apesar de abertamente não cederem a carinhos verbais, sempre lembrando que não gostavam muito um do outro, demonstram o contrário: Bill, quando leva o tiro, diz para frank procurar Joel e ficar com ele, e Joel, apesar de ter menos espaço no episódio, demonstra ao reagir a notícia da morte de Bill. Mas a cena mais importante disso é, quando Joel chega a base, e não é recebido pelos amigos, entra com a senha do portão. Não existem armadilhas pra Joel. E, novamente, o tema sendo trabalhado. Mas tudo isso precisa não só trabalhar o tema, ainda precisa trabalhar a trama. O protagonista precisa ser empurrado nos conflitos, aquilo precisa atingir ele. E atinge: quando chega a base, logo depois de ter perdido a maior conexão dele (Tess), ele percebe que tá mais sozinho do que pensava, os amigos também se foram. E pior, foram juntos. Bill morreu com Frank. Frank morreu com Bill. E Joel deixou a Tess morrer sozinha. E então Joel vai pra rua, com a carta na mão, olha para o céu, resiste a dor, e não chora. Mas sofre. Ele não chora porque ainda não chegou no limite, mas tá caminhando pra lá. A trama está andando. Ele entra na casa, e entre as coisas que diz para Ellie ele reafirma: sem perguntas pessoais. Essa resistência que ele apresenta, é a demonstração de contradição: ele necessita de conexões (perdeu todas, só resta o irmão, que pode estar morto), mas evita as aproximações de Ellie. Joel ainda é humano, e a reação dele é puramente uma tentativa de fuga do sofrimento. Ter conexões é ter a possibilidade de perda, e perder é sofrer. Joel só quer parar de sofrer, como qualquer pessoa. Não assume a verdade óbvia que já se conectou a Ellie, e, em algum ponto, vai precisar encarar o conflito da separação, que só deve aparecer na perda, na solidão.
Mas esse não entendimento (sobre o tema) já é bem conhecido, o próprio tlou 2, mal recebido por esses mesmos que criticam, mostra que eles só se atraíram em um homem de meia idade matando tudo e todos que o ameaçassem reprimindo a maioria dos sentimentos. Infelizmente quase nada deve ter sido absorvido por eles.
Esse rumo que a saga toda tá começando a tomar anima qualquer pessoa, ainda acho que uma levantanda na faixa etária faria um bem muito grande, principalmente referente a violência e alguns personagens parecem caricatos demais (parece que para simplificá-los). Esse último é um pouco mais grave, afeta diretamente o desenrolar do tema. Os personagens do império estão parando, e devem parar, de não serem humanizados. Essa apresentação clichê do "mal" sempre ser demonizado só cria um afastamento do público de qualquer traço de reconhecimento, mas a verdade é que a "bondade" ou "justiça" é um exercício quase diário de autocrítica, quem é bom não nasceu bom e será sempre bom, e o contrário tem o mesmo peso. Estar de um lado não é praticar o errado, mas defender o que acha certo. Definir esse tom torna todo o universo mais coeso e, na minha opinião, uma crítica muito mais pesada a realidade. A série é boa, espero que consertem algumas falhas, e que ganhem mais dinheiro pra maquiarem personagens não-humanos e derem mais importância na trama, é muito estranho ver tanto humano a todo momento, star wars nunca foi isso.
É muito óbvio que a série foi criada a partir da ideia de realizar a cena do episódio final, e não da pra negar que ficou lindo demais. O problema é que o enredo não sustenta a narrativa, os argumentos são muito fracos. Toda a arquitetura montada não convence, tu precisa assistir a série e relevar a maioria das coisas que acontecem para que as coisas possam seguir. A Disney devia fazer um cheque gordo pro Jon Favreau e entregar todo o universo de Star Wars pra ele, e também tem a obrigação de embalar no soco o jj abrams e essa galerinha q produziu obi wan pq tem gente querendo nos prejudicar.
série muito boa esperava uma apelação emocional maior mas consigo me satisfazer assistindo tributos no youtube, o unico ponto que nao vi ninguem comentar é que se assistir muitos episódios seguidos pode acabar sonhando com o Phill te obrigando a beijar um pombo, não é legal nem engraçado
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Avatar: O Último Mestre do Ar (1ª Temporada)
3.8 167 Assista AgoraAdaptação muito bem feita. Aang foi uma das melhores escalações que eu já vi. Ele vai bem em todas as nuances.
Como uma criança que era viciada em avatar, me senti voltando a assistir ao desenho. Se houvessem as 3 temporadas eu provavelmente teria maratonado até o final.
Sex Education (4ª Temporada)
3.5 237 Assista AgoraA verdade é que essa temporada continua oferecendo muito de sex education. É uma boa dose do que já tinha sido provado. A temporada é muito bem escrita (ela tem muito mais ritmo que as temporadas anteriores) e muito fácil de assistir.
Apesar disso ela não mergulha tão a fundo nos personagens, alguns conflitos parecem repetidos, e outros nem parecem somar nos conflitos dos protagonistas (e ainda tem outros que seriam tão bem aproveitados se não fossem esquecidos - da Jean, mãe do Otis). Acho que isso tudo é um resultado não de um final precoce, mas de um final alongado. A série ainda tem alma, mas parece não conhecer tão bem seus personagens (salvo Eric e Jean dessa crítica).
Por fim, essa confusão toda acaba ofuscando muito a entrada de alguns personagens que não conseguem ter o impacto necessário, pois estão ali meio perdidos na falta de condução de personagens centrais.
Não é um desastre, muito pelo contrário, ela continua acertando muito no que se propõe e faz, inclusive, melhor do que nas outras temporadas, aqui ela eleva a escrita (e ritmo). Mas é impossível não sentir a falta de plots bem elaborados quando a série já nos serviu com isso.
Eu ainda queria muito que Otis e Maeve ficassem juntos, mas a verdade que esse final é comprometido com o cerne da discussão muito mais que um simples final feliz poderia oferecer. Let it be é muito do exercício de toda terapia: a luta, na maioria das vezes, vem da nossa fuga do sofrimento. Aceitar como as coisas tomam forma e entender o que nós realmente podemos mudar é tudo que a gente pode fazer.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (1ª Temporada)
4.2 183 Assista AgoraBotaram uma arma na cabeça do ricky gervais quando ele escreveu isso não é possível
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraÉ muito claro que boa parte do público (vindo, principalmente do jogo) não entende o produto que consome, e nem falo apenas sobre a série, falo sobre ip inteira THE LAST OF US. O tema central sempre foi essa relação entre pessoas, perda e solidão. Ambos os personagens principais lidam exatamente com a mesma situação mas reagem de maneiras diferentes. Esse episódio acrescenta muito no tema central (muito mais que a participação do Bill no game), e empurra ainda mais o protagonista nos conflitos dele. E eu vou dizer porque esse episódio acrescente MUITO na trama (spoilers apenas do ep. 3):
Bill, mesmo antes do apocalipse, é um cara isolado, desconfiado de tudo e todos, e precavido. No apocalipse construiu uma grande base, e cercou ela de armadilhas pra que ninguém conseguisse atingir ele. Até a chegada de Frank, que é recebido com uma armadilha. Aqui já está claro que é (também) uma metáfora. Bill então cede. Apesar de receber Frank com armadilhas, o ajuda a escapar dela e permite que ele acesse o interior da base. Nesse ponto Bill já estava solitário, e aqui a gente percebe que Bill tinha uma visão errada sobre si, ele precisava de pessoas, e Frank foi essa pessoa. Na primeira cena de sexo, onde Frank pergunta se Bill já tinha feito aquilo, e ele responde que apenas com uma mulher. Bill cede a uma necessidade urgente de companhia, evidenciando ainda mais que essa é sua tentativa de resolução de seu conflito interno. E isso atinge o coração do tema, se tratando de solidão e necessidade de conexões. Os dois formam um casal muito sólido.
Frank, então, precisa de novas companhias/amizades, e encontra Tess e Joel. Aqui Bill e Joel são muito semelhantes: ambos são leais, uma maneira de expressarem sua necessidade de conexão, mas são desconfiados, os dois tem muita dificuldade de se mostrarem vulneráveis. Eventualmente isso muda, e os dois, apesar de abertamente não cederem a carinhos verbais, sempre lembrando que não gostavam muito um do outro, demonstram o contrário: Bill, quando leva o tiro, diz para frank procurar Joel e ficar com ele, e Joel, apesar de ter menos espaço no episódio, demonstra ao reagir a notícia da morte de Bill. Mas a cena mais importante disso é, quando Joel chega a base, e não é recebido pelos amigos, entra com a senha do portão. Não existem armadilhas pra Joel. E, novamente, o tema sendo trabalhado.
Mas tudo isso precisa não só trabalhar o tema, ainda precisa trabalhar a trama. O protagonista precisa ser empurrado nos conflitos, aquilo precisa atingir ele. E atinge: quando chega a base, logo depois de ter perdido a maior conexão dele (Tess), ele percebe que tá mais sozinho do que pensava, os amigos também se foram. E pior, foram juntos. Bill morreu com Frank. Frank morreu com Bill. E Joel deixou a Tess morrer sozinha.
E então Joel vai pra rua, com a carta na mão, olha para o céu, resiste a dor, e não chora. Mas sofre. Ele não chora porque ainda não chegou no limite, mas tá caminhando pra lá. A trama está andando. Ele entra na casa, e entre as coisas que diz para Ellie ele reafirma: sem perguntas pessoais. Essa resistência que ele apresenta, é a demonstração de contradição: ele necessita de conexões (perdeu todas, só resta o irmão, que pode estar morto), mas evita as aproximações de Ellie. Joel ainda é humano, e a reação dele é puramente uma tentativa de fuga do sofrimento. Ter conexões é ter a possibilidade de perda, e perder é sofrer. Joel só quer parar de sofrer, como qualquer pessoa. Não assume a verdade óbvia que já se conectou a Ellie, e, em algum ponto, vai precisar encarar o conflito da separação, que só deve aparecer na perda, na solidão.
Mas esse não entendimento (sobre o tema) já é bem conhecido, o próprio tlou 2, mal recebido por esses mesmos que criticam, mostra que eles só se atraíram em um homem de meia idade matando tudo e todos que o ameaçassem reprimindo a maioria dos sentimentos. Infelizmente quase nada deve ter sido absorvido por eles.
Andor (1ª Temporada)
4.2 173 Assista AgoraEsse rumo que a saga toda tá começando a tomar anima qualquer pessoa, ainda acho que uma levantanda na faixa etária faria um bem muito grande, principalmente referente a violência e alguns personagens parecem caricatos demais (parece que para simplificá-los).
Esse último é um pouco mais grave, afeta diretamente o desenrolar do tema. Os personagens do império estão parando, e devem parar, de não serem humanizados. Essa apresentação clichê do "mal" sempre ser demonizado só cria um afastamento do público de qualquer traço de reconhecimento, mas a verdade é que a "bondade" ou "justiça" é um exercício quase diário de autocrítica, quem é bom não nasceu bom e será sempre bom, e o contrário tem o mesmo peso.
Estar de um lado não é praticar o errado, mas defender o que acha certo. Definir esse tom torna todo o universo mais coeso e, na minha opinião, uma crítica muito mais pesada a realidade.
A série é boa, espero que consertem algumas falhas, e que ganhem mais dinheiro pra maquiarem personagens não-humanos e derem mais importância na trama, é muito estranho ver tanto humano a todo momento, star wars nunca foi isso.
Obi-Wan Kenobi
3.4 312 Assista AgoraÉ muito óbvio que a série foi criada a partir da ideia de realizar a cena do episódio final, e não da pra negar que ficou lindo demais. O problema é que o enredo não sustenta a narrativa, os argumentos são muito fracos. Toda a arquitetura montada não convence, tu precisa assistir a série e relevar a maioria das coisas que acontecem para que as coisas possam seguir. A Disney devia fazer um cheque gordo pro Jon Favreau e entregar todo o universo de Star Wars pra ele, e também tem a obrigação de embalar no soco o jj abrams e essa galerinha q produziu obi wan pq tem gente querendo nos prejudicar.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3Kachei show de bola e chorei no final
Loki (1ª Temporada)
4.0 489 Assista Agorasimplesmente a melhor coisa que a Marvel fez até agora
Euphoria (2ª Temporada)
4.0 540a prova de que algo visualmente rico nao significa necessariamente um conteúdo interessante
Família Moderna (11ª Temporada)
4.3 209 Assista Agorasérie muito boa esperava uma apelação emocional maior mas consigo me satisfazer assistindo tributos no youtube, o unico ponto que nao vi ninguem comentar é que se assistir muitos episódios seguidos pode acabar sonhando com o Phill te obrigando a beijar um pombo, não é legal nem engraçado