Viviane Roesil

A filmografia do diretor dispensa apresentações e, assim como outros grandes nomes do cinema mundial - Truffaut e A Noite Americana; 8½ de Fellini e Tornatore com Cinema Paradiso, tem-se em Os Fabelmans mais uma ode máxima à sétima arte.

O plot é engendrado minuciosamente e traz à baila o fazer cinematográfico em uma metalinguagem irresistível, deliciosa e claramente autobiográfica. Ao final, o espectador é presenteado com uma justíssima homenagem que enche os olhos e traz alento para o peito.

Se para Gertrude Stein "Uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa”, pode-se dizer que para Spielberg "Um cinema é um cinema é um cinema é um cinema".

Um soco no estômago desde a epígrafe. Desconfortável, indigesto e trepidante - very Farhadi meets Bergman.
A premissa moral imanente do plot se espalha em cada segundo da narrativa e só reforça a alta qualidade do cinema iraniano, que se consagra como uma escola única e que deixa seu legado através das obras de grandes realizadores.