Victoria

É uma pena que uma das produções mais fracas da Disney tenha nos sido empurrada através de uma tonelada de marketing quando outras animações muito superiores receberam uma divulgação fraquíssima. Enrolados, por exemplo, dá de dez a zero em Frozen. O roteiro é extremamente fraco e mal construído, falhando em dar ao espectador uma compreensão geral do quadro. Como os pais das princesas morrem? Quem rege no lugar da Elsa até que ela tenha idade o suficiente para assumir? Como os poderes da Elsa surgiram? Como eles se manifestam? Por que a Anna também não os tem? São todos pontos que poderiam ter sido explorados de uma maneira interessante que tornaria a história mais rica. O filme não me parece coeso, tendo muitos elementos desnecessários ou mal posicionados. Kristoff, por exemplo, é um personagem completamente descartável. Se ele fosse removido da história tudo teria se desenrolado exatamente da mesma maneira. Qual o propósito dele, então? Servir como um mocinho substituto para que a Anna pudesse ter um par romântico? Não compreendo por que o filme nos posiciona contra a ideia de planejar com casamento com alguém que acabamos de conhecer apenas para, em seguida, fazer com que a protagonista se apaixone (mais uma vez) em cerca de 24h por uma pessoa diferente. Também não consigo compreender por que tanta glorificação da personalidade desajeitada e desastrada de Anna, tendo muitas outras princesas demonstrado os mesmos traços e de modo mais complexo e interessante; como a própria Rapunzel, Mulan, Tiana e Mérida (entre outras). Com duas protagonistas femininas é lamentável que tenham escolhido caracterizá-las dessa maneira: uma é completamente tola, inocente, inconsequente e seu objetivo durante o filme é encontrar um par romântico. A outra é igualmente inconsequente, mas também egoísta e irresponsável, fugindo e se estabelecendo em um castelo isolado após mergulhar o próprio reino (aparentemente sempre ensolarado) em um inverno eterno e em momento algum sentir remorso. Até sua parte musical é pobre, tendo sido os trolls a apresentar a última canção, lá pelo meio do filme, e nada mais desde então. O suposto alívio cômico do filme, o boneco de neve Olaf, também é bastante fraco e tende a pender mais para o lado inconveniente do que para o engraçado. Esperava muito, muito mais de um filme que me foi anunciado como o melhor longa de animação desde O Rei Leão. Frozen não é, nem de longe, tão subversivo ou feminista ou interessante como promete ser.

Não sentia vontade alguma de assistir ao filme, acabei pegando ele na televisão por acidente e detestei. Um filme que te dá preguiça até de reclamar do quão chato é.

Uma decepção enorme e dinheiro jogado fora (principalmente pra quem, como eu, escolheu assistir o filme em 3D, advento este que foi usado mal e porcamente em duas ou três cenas e nada mais). A começar pela trilha sonora descabida, fugindo totalmente do clima criado pelos filmes anteriores. O Homem de Ferro é um personagem rock n' roll.

Pouquíssimas variações de cenário, principalmente a medida que o longa se aproxima do fim, piadas fora de hora, e um excesso absurdo de explosões e coisas caras sendo destruídas no lugar de um bom roteiro. Um final que não parece um final e um Homem de Ferro que não convence.