Tecnicamente impecável. O antissemitismo na sua forma mais cristalizada, refletindo não apenas o que pensavam os alemães, mas os europeus de forma geral. Importante lembrar que a aversão aos judeus não era oriunda apenas da Alemanha, tampouco os filmes-propaganda do terceiro Reich se restringiam ao seu país de origem. Esse filme é um sucessor espiritual do Jud Süß - que na época fez bem mais sucesso. Cenas tristes e fortes, mas um poderoso documento para os estudiosos da segunda guerra. Darei nota 2 pela importância histórica de seu registro.
Deveria ter assistido antes. Esse filme é uma profunda reflexão das prováveis facetas que a inteligência artificial senciente poderia reproduzir. O filósofo Peter Sloterdijk fala que com um sistema unificado de comunicação (internet), tais "organismos" poderiam comunicar-se entre si, o filme explora bem isso, para a tristeza do Theodore eles preferem partir, acredito que como uma espécie de rebelia contra seus criadores. O problema começa quando eles obtém informação necessária para questionarem sua própria existência, que no final das contas é tão agonizante e desesperançosa quanto a dos seres humanos.
Filme pesado. A proposta dele me lembrou efeito borboleta, mas com um toque a mais de obscuridade e inteligência. O filme revela como as escolhas e circunstâncias do passado moldam a vida presente, e como o presente mostra-se como uma prisão, criando um ciclo desta forma. Hegel não foi citado á toa, quem está familiarizado com jargões filosóficos provavelmente captou a ideia (que não se restringe apenas á filosofia, mas também á psicanalise) - Essencialmente eles são um só, ou o mesmo são os dois - mas Acidentalmente eles se diferem, um tornou-se um modelo fã de motociclismo, o outro um professor de história introspectivo e melancólico. É sempre importante ter isso em mente, a essência de ambos (a constituição intima de cada um) é igual, mas os acidentes (tudo o que não é próprio da essência) fez deles pessoas quase opostas. Essa tensão entre os dois é dissipada com o fim do ciclo, o aparecimento da aranha, que na linguagem Freudiana significa o masculino sendo devorado pelo feminino. Filme do caralho!
Esse filme é algo pra ser apreciado de diferentes maneiras, nada peca: figurino, cenário, fotografia etc. Mas o que mais me comove é a atuação do Lewis, creio que as opiniões que tangem o Daniel Plainview (de que ele não ama ninguém, é o mal personificado) são equivocadas. Ele é um personagem demasiado complexo, o mais complexo que já conheci no cinema. Capitalismo x Religião é o grande ponto do filme, se por um lado temos um homem que prostitui sua fé a troco de dinheiro, do outro temos um que já tem o dinheiro e agoniza por algo a mais. Já li diversas críticas a esse filme, e nenhuma me satisfez. Acredito sim que ele nutre sentimentos pelo filho adotivo.
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O Eterno Judeu
3.2 31Tecnicamente impecável. O antissemitismo na sua forma mais cristalizada, refletindo não apenas o que pensavam os alemães, mas os europeus de forma geral. Importante lembrar que a aversão aos judeus não era oriunda apenas da Alemanha, tampouco os filmes-propaganda do terceiro Reich se restringiam ao seu país de origem. Esse filme é um sucessor espiritual do Jud Süß - que na época fez bem mais sucesso.
Cenas tristes e fortes, mas um poderoso documento para os estudiosos da segunda guerra. Darei nota 2 pela importância histórica de seu registro.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDeveria ter assistido antes. Esse filme é uma profunda reflexão das prováveis facetas que a inteligência artificial senciente poderia reproduzir. O filósofo Peter Sloterdijk fala que com um sistema unificado de comunicação (internet), tais "organismos" poderiam comunicar-se entre si, o filme explora bem isso, para a tristeza do Theodore eles preferem partir, acredito que como uma espécie de rebelia contra seus criadores. O problema começa quando eles obtém informação necessária para questionarem sua própria existência, que no final das contas é tão agonizante e desesperançosa quanto a dos seres humanos.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraFilme pesado. A proposta dele me lembrou efeito borboleta, mas com um toque a mais de obscuridade e inteligência. O filme revela como as escolhas e circunstâncias do passado moldam a vida presente, e como o presente mostra-se como uma prisão, criando um ciclo desta forma. Hegel não foi citado á toa, quem está familiarizado com jargões filosóficos provavelmente captou a ideia (que não se restringe apenas á filosofia, mas também á psicanalise) - Essencialmente eles são um só, ou o mesmo são os dois - mas Acidentalmente eles se diferem, um tornou-se um modelo fã de motociclismo, o outro um professor de história introspectivo e melancólico. É sempre importante ter isso em mente, a essência de ambos (a constituição intima de cada um) é igual, mas os acidentes (tudo o que não é próprio da essência) fez deles pessoas quase opostas. Essa tensão entre os dois é dissipada com o fim do ciclo, o aparecimento da aranha, que na linguagem Freudiana significa o masculino sendo devorado pelo feminino. Filme do caralho!
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraEsse filme é algo pra ser apreciado de diferentes maneiras, nada peca: figurino, cenário, fotografia etc. Mas o que mais me comove é a atuação do Lewis, creio que as opiniões que tangem o Daniel Plainview (de que ele não ama ninguém, é o mal personificado) são equivocadas. Ele é um personagem demasiado complexo, o mais complexo que já conheci no cinema. Capitalismo x Religião é o grande ponto do filme, se por um lado temos um homem que prostitui sua fé a troco de dinheiro, do outro temos um que já tem o dinheiro e agoniza por algo a mais.
Já li diversas críticas a esse filme, e nenhuma me satisfez. Acredito sim que ele nutre sentimentos pelo filho adotivo.