Quando vocês perceberem que todos os episódios de Black Mirror se passam num mesmo universo, porém alguns mais no futuro, outros menos, vocês vão enxergar a genialidade que essa série reproduz.
O monstro é a personificação dos medos da Eleven. Ele é criado junto com ela e toma força à medida em que a garota descobre seus próprios poderes. Ela quer ser uma pessoa comum, comer waffle e ir ao Baile da Bola de Neve, mas para que isso aconteça precisa abrir mão dos poderes, pois sabe que enquanto eles existirem, haverá pessoas “más” atrás dela, aqueles que a observam por conta de suas anormalidades.
A cena em que ela destrói o monstro e deixa de existir, é o momento em que ela acredita, com base nas promessas inquebráveis dos amigos, que finalmente será feliz. No fundo Stranger Things mexe tanto conosco porque nos identificamos com tudo, cada pedacinho dos personagens é uma parte de nós. O espírito aventureiro das crianças, que deixamos para trás conforme crescemos, mas que jamais abandonamos por completo. O medo de perder alguém querido, como a mãe do Will e a necessidade de proteger aqueles que nos sãos caros, como o Jhonatan faz.
A confusão de não saber o que nos aguarda no futuro mesmo enquanto as marcas do passado são tão fortes, e mesmo assim, acreditar que ser feliz é possível enquanto temos ao nosso lado as pessoas certas é algo forte, e necessário para seguir em frente.
Parabéns Netflix. Você produziu um clássico, e deixou um vazio no meu coração.
A fotografia e a beleza que a câmera consegue captar os pratos e os detalhes do restaurante é incrível! Você se sente lá, jantando com os e as chefs, tendo uma noite de papo com os mestre-cucas.
Os produtores tomaram um rumo diferente na segunda temporada. Enquanto que na primeira o foco era no clima e na mensagem que os pratos e as técnicas de elaboração passavam para nós, espectadores, na segunda as coisas mudam totalmente, há uma preocupação em mostrar os melhores restaurantes como valorizadores da cultura do local em que eles se encontram. Desde o primeiro episódio o foco é: "O que o seu prato representa?", enquanto que na primeira, seria algo como: "Qual é a ideia que o seu prato quer transmitir?". É quase igual, eu sei, mas há uma valorização nacional na segunda temporada que me encantou.
Ainda há a falha de não ser equilibrado o número de chefes mulheres x chefes homens. Sim, netflix, igualem isso. Se são 6 episódios, 3 chefs deveriam ser mulher e 3 chefs deveriam ser homens. Ok, pode até ser que no mundo existam mais chefs homens, mas igualar a visibilidade é uma forma de mudar esse fato não é mesmo?
Com a segunda temporada, a série já abordou 12 dos melhores restaurantes do mundo, e até agora, nenhum deles se dedica exclusivamente aos veganos, ou ao vegetarianos. Espero que na terceira temporada isso mude. Eu, como vegetariano, fico incomodado com a falta de visibilidade, que a série até agora não procurou abordar. Essa pra mim é até o momento a principal falha, tanto da primeira quanto da segunda temporada.
Apesar das falhas, aconselho a qualquer um que aprecie a arte da culinária. Realmente abre a mente para a culinária, além de fazer você querer pular do sofá para a cozinha e tentar elaborar qualquer coisinha que um daqueles chefs fazem, e você não vai conseguir chegar nem perto, de tão fantástico que eles são. O primeiro episódio da segunda temporada já abaixa a sua auto estima. Quem não ficou impressionado com a sobremesa que o prato é a sua mesa de jantar?
Assistam, vale a pena, a nota aqui não mente. Bom apetite! No bom e velho português mesmo, nada de francês. O segundo episódio, com o Alex Atala, consegue aumentar a nossa auto estima gastronômica com a valorização do que temos aqui no Brasil, sem precisar recorrer à cozinha francesa ou italiana. Pois então, façamos isso com a língua também. Bom apetite, aprecie!
Black Mirror: White Christmas
4.5 452Quando vocês perceberem que todos os episódios de Black Mirror se passam num mesmo universo, porém alguns mais no futuro, outros menos, vocês vão enxergar a genialidade que essa série reproduz.
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraO monstro é a personificação dos medos da Eleven. Ele é criado junto com ela e toma força à medida em que a garota descobre seus próprios poderes. Ela quer ser uma pessoa comum, comer waffle e ir ao Baile da Bola de Neve, mas para que isso aconteça precisa abrir mão dos poderes, pois sabe que enquanto eles existirem, haverá pessoas “más” atrás dela, aqueles que a observam por conta de suas anormalidades.
A cena em que ela destrói o monstro e deixa de existir, é o momento em que ela acredita, com base nas promessas inquebráveis dos amigos, que finalmente será feliz.
No fundo Stranger Things mexe tanto conosco porque nos identificamos com tudo, cada pedacinho dos personagens é uma parte de nós. O espírito aventureiro das crianças, que deixamos para trás conforme crescemos, mas que jamais abandonamos por completo. O medo de perder alguém querido, como a mãe do Will e a necessidade de proteger aqueles que nos sãos caros, como o Jhonatan faz.
A confusão de não saber o que nos aguarda no futuro mesmo enquanto as marcas do passado são tão fortes, e mesmo assim, acreditar que ser feliz é possível enquanto temos ao nosso lado as pessoas certas é algo forte, e necessário para seguir em frente.
Parabéns Netflix. Você produziu um clássico, e deixou um vazio no meu coração.
Chef's Table (2ª Temporada)
4.6 28 Assista AgoraA fotografia e a beleza que a câmera consegue captar os pratos e os detalhes do restaurante é incrível! Você se sente lá, jantando com os e as chefs, tendo uma noite de papo com os mestre-cucas.
Os produtores tomaram um rumo diferente na segunda temporada. Enquanto que na primeira o foco era no clima e na mensagem que os pratos e as técnicas de elaboração passavam para nós, espectadores, na segunda as coisas mudam totalmente, há uma preocupação em mostrar os melhores restaurantes como valorizadores da cultura do local em que eles se encontram. Desde o primeiro episódio o foco é: "O que o seu prato representa?", enquanto que na primeira, seria algo como: "Qual é a ideia que o seu prato quer transmitir?". É quase igual, eu sei, mas há uma valorização nacional na segunda temporada que me encantou.
Ainda há a falha de não ser equilibrado o número de chefes mulheres x chefes homens. Sim, netflix, igualem isso. Se são 6 episódios, 3 chefs deveriam ser mulher e 3 chefs deveriam ser homens. Ok, pode até ser que no mundo existam mais chefs homens, mas igualar a visibilidade é uma forma de mudar esse fato não é mesmo?
Com a segunda temporada, a série já abordou 12 dos melhores restaurantes do mundo, e até agora, nenhum deles se dedica exclusivamente aos veganos, ou ao vegetarianos. Espero que na terceira temporada isso mude. Eu, como vegetariano, fico incomodado com a falta de visibilidade, que a série até agora não procurou abordar. Essa pra mim é até o momento a principal falha, tanto da primeira quanto da segunda temporada.
Apesar das falhas, aconselho a qualquer um que aprecie a arte da culinária. Realmente abre a mente para a culinária, além de fazer você querer pular do sofá para a cozinha e tentar elaborar qualquer coisinha que um daqueles chefs fazem, e você não vai conseguir chegar nem perto, de tão fantástico que eles são. O primeiro episódio da segunda temporada já abaixa a sua auto estima. Quem não ficou impressionado com a sobremesa que o prato é a sua mesa de jantar?
Assistam, vale a pena, a nota aqui não mente. Bom apetite! No bom e velho português mesmo, nada de francês. O segundo episódio, com o Alex Atala, consegue aumentar a nossa auto estima gastronômica com a valorização do que temos aqui no Brasil, sem precisar recorrer à cozinha francesa ou italiana. Pois então, façamos isso com a língua também. Bom apetite, aprecie!