Um dos filmes mais agradáveis e poéticos que já vi. São 2 horas de cenários deliciosos, diálogos perfeitos, viagens maravilhosas. Já é um dos meus favoritos!
Só fiquei triste de saber da morte do Massimo Troisi 12 horas após de terminar as gravações... um ator tão envolvente que se foi tão cedo... o universo tem seu próprio timing, e deu-lhe a oportunidade de entregar uma obra dessas enquanto durou sua passagem por aqui! Grande...
Fico feliz de o destino vez ou outra colocar um romance desses na minha vida; fico triste por hoje eles serem descartáveis, fogo de palha, rapidinho se apagam, e toda essa conversa, ao invés de se dar em Viena, tem se dado no Whatsapp. Tempos líquidos...
A ideia é boa mas a construção é meio massante, no início parece ótima mas depois fica repetitiva. Eles brisam um pouco na hora de falar de religião, ainda bem que é curto pois ficaria cansativo. Creio que como exercício de retórica ficou bom, mas no quesito criatividade e construção fílmica, o filme "Amantes Eternos" mostra como essa ideia poderia ter sido melhor abordada. Ele acaba esbarrando na própria limitação da vida - como criar um personagem eterno se nenhum de nós é eterno? Como ele poderia nos surpreender se as pessoas que o construíram também são meras mortais? Apesar de ter uma boa retórica, o personagem acaba se tornando antipático, sem personalidade.
Fica a indicação: https://filmow.com/amantes-eternos-t59849/
Quando eu estava perdido, sem entender direito o que aconteceu, e num magistral jogo de câmera aparece um homem, em outro cômodo, de toalha, que diz olhando para a câmera: "Ela era metade judia, isso explica", não consegui esconder um sorriso.
Também é maravilhoso pensar que uma das primeiras cenas do filme ele diz que gostaria de fazer mais pela família, sua razão para fazer tudo, e pensar como esse desejo se encaixou com as demais ideias construídas ao longo do filme, chegando ao final trágico... incrível!
A relação não é lá das mais bonitas ou elaboradas. Ela, linda e evasiva, vive uma vida cigana, se aproveitando de homens aqui e ali para livrar-se de problemas. Ele é um livreiro desocupado, buscando motivações externas para empreender o sonho de escrever um livro. Encontra naquele rostinho bonito uma ocupação e uma motivação, tornando-se o que línguas menos refinadas poderiam chamar de "zé buceta". A relação, como eles mesmos constatam, é pautada na necessidade, não no amor, e ele se engana, tentando prolongá-la o máximo que pode e por vezes até acreditando que o óbvio fim não chegaria. O que não chega a ser problema nenhum também, pois como na frase que ela cita deitada em seu peito, "as melhores musas são as de carne e osso", e ele pôde viver uma história de amor com sua musa, tão palpável e intensa que o desfecho não precisou ser acompanhado da morte. "Pois associar a morte a sentimentos é muito do amor romântico, e nós precisamos de outro tipo de amor no século XXI, não acha?".
Não é um filme que vá mudar a vida de ninguém e talvez o tempo poderia ser aplicado em coisas mais construtivas, mas a ode ao objeto físico do livro, à literatura, à poesia e às livrarias, enredada em um romance leve de pessoas bonitas, pode ser algo bom para desligar a cabeça.
Comentário técnico: não sei se o set era pequeno por ser uma livraria, ou se o diretor realmente é péssimo de enquadramento, mas como é desagradável a câmera metida na cara deles, e pior, em suas nucas, o tempo todo. O primeiro beijo, talvez o momento de maior intensidade para os personagens, fica escondido atrás de uma nuca mal iluminada. A câmera treme e está frequentemente tombada para um lado. Qualquer adolescente filmaria melhor um filme.
Poucas vezes um filme me emocionou tanto por tantos motivos. Ele é longo e intenso, construindo e mergulhando profundamente em todo tipo de emoção. A história é simples e previsível, o que não torna o espetáculo menos rico: é visualmente incrível, trilha sonora deliciosa e sentimentos explodindo por toda a parte. No início, o menino sofre tanto que é de partir o coração, precisa-se ser forte para continuar assistindo... mas conforme o filme evolui somos tomados por uma alegria que faz tudo ter valido a pena.
(Para quem quiser um filme parecido, indico fortemente este aqui: https://filmow.com/mucize-t212711/)
Que alegria! Cada passo nessa história é triste, mas sempre com um sorriso enternecedor que nos leva a sorrir também por todo o caminho. As lindíssimas estradas e montanhas da China, a belíssima trilha sonora e o humor cadavérico e inusitado deixam tudo perfeito nesse filme.
"Se minha pátria fosse uma estrada, eu seria um carro contente dirigindo por ela. Se minha pátria fosse uma árvore, eu seria uma folhinha balançando alegremente em seu tronco. Ah! Eu sou tão feliz!"
Doida essa relação sobre o que um pai deveria sentir versus o que o pai realmente sente. Mas o que mais choca mesmo é que tinham 4 adultos envolvidos na situação e todos foram burros o suficiente para concordar em trocar de filho sem se perguntar como as crianças se sentiriam.
Assisti esse curta ontem e foi uma experiência mt agradável. Esteticamente lindo, construção curiosa, diálogos pretensiosos e clichês, como sempre são os diálogos dos apaixonados, e personagens profundos e problemáticos que conseguem transmitir tanto dizendo pouco. É tudo clichê, é tudo batido, mas é bom também, por que nem tudo precisa ser revolucionário: às vezes, tudo q a gnt precisa é se distrair com um romance batido.
Ele acompanha, por dois dias, o romance de dois desconhecidos. Retrata aquele alinhamento cósmico raro, que ocorre poucas vezes numa vida mas é o suficiente para nos fazer acreditar no amor: qnd o flerte dá certo, qnd o sexo é memorável, o beijo encaixa e seus braços parecem feitos para abrigar o corpo da pessoa. Os personagens se deixam levar por inteiros, se declaram como se fossem adolescentes, fazem juras de eternidade, "Isso é tão importante pq nós não temos controle; não somos nós que fazemos acontecer esse amor... somos suas vítimas"
Pena que, como todo amor intenso e fugaz, tem um fim trágico, um retorno brusco e doloroso à realidade, no qual um dos membros não sabe lidar com a quebra de expectativa e o outro não sabe lidar com o excesso dela.
Tudo que eu poderia querer agora: o blasé dos franceses, a elegância de Paris, discussões sobre sentimentos e formas de amor inusitadas. Se posto em análise junto com os demais da trilogia, mostra uma continuidade interessante e agradável. Gostei muito. E que gracinha é essa Esther Garrel, meu deus. Genética abençoada...
o filme não tinha solução, pq numa ditadura não tem solução - está todo mundo enrascado mesmo. nesses casos, nada como um atropelamento para um clímax forçado, não é mesmo? me lembrou um pouco meninas malvadas
o que pensar de um ser humano que está ok em deixar um cachorro agonizando embaixo do chão por dias? eu teria quebrado aquele chão em menos de 20 minutos
Por que as superproduções americanas sempre precisam ter um clímax com aquele joguinho básico de duas histórias "apostando corrida" enquanto tem um monte de tiroteio e mentirada acontecendo? Meu Deus, não existe a menor pretensão de fazer algo diferente, fazer algo respeitável - tudo pela bilheteria, tudo repetitivo, tudo já visto antes. A mesma trilha sonora tum tum tum tum tum tum orquestrando com as mesmas cenas de luta, com as mesmas mentiras, com o mesmo clímax falso. Os mesmos inimigos dando milhões de tiros e não acertando nenhum. O mesmo mocinho loiro de olhos claros que faz malabares e consegue, sozinho, matar um exército inteiro e salvar o mundo.
Lindo, lindo! Fotografia maravilhosa, história envolvente, bem feita, cheia de cultura. Uma aula sobre a Turquia. Me lembrou, bem pouquinho, um filme chamado Viagem à Palilula, em que um pediatra é enviado para uma cidade do interior da Sérvia sem crianças. Nesta, um professor é enviado para uma cidade no interior da Turquia sem escola. Este é bem mais divertido, quente, e tem um ritmo mais dinâmico. Maravilhoso até dizer chega. E que fotografia, QUE FOTOGRAFIA! Se a história não fosse deslumbrante (e verídica), já valeria a pena só pela fotografia.
Eu levava tanto tempo pra digerir a magnificência da trilha sonora orquestrada com tantas imagens lindas, que nem sobrava tempo para prestar atenção nas ótimas brisas filosóficas. Um filme para ser visto várias vezes, e em todas captar novas sutilezas estéticas, com especial atenção à trilha sonora, que é de outro mundo.
Ouvi dizerem "um Cães de Aluguel com as roupas do Django" antes de assistir e isso me motivou ainda mais - pra mim, os melhores filmes do Tarantino. Bom filme, fotografia impecável, trilha sonora espetacular, mas senti que faltou uma certa dinâmica no roteiro. É tudo bem simples - caubóis se ameaçando e, quando alguém se irrita, alguém morre. Quando a história emperrava, surgia outro personagem e matava mais algumas pessoas. E por aí vai. Não é um filme para se mudar uma vida - mas foram 2 horas interessantes, com muito sangue ao melhor estilo Tarantino.
Quando o Louis falou que tinha feito personagens "femininos" já imaginei a rapaziada do politicamente correto torcendo o nariz. Assistindo ao filme, notei que ela tinha mesmo motivos para torcer o nariz, e não era pelo que Louis dissera - até se expressara bem. De fato, os personagens são construídos remetendo à imagem feminina de amizade, com confidências, cumplicidade e afeição (muitas vezes físicas) que são incomuns em homens no cinema. Ele pegou um roteiro clássico (dois amigos afim de uma mina) e abordou de uma forma inversa do clichê. Por vezes, me lembrou um pouco 500 dias com ela por essa inversão - homens super sentimentais sofrendo pela mina que só quer curtir a amizade e o sexo.
As feministas, no entanto, reclamarão do "assédio" que os caras faziam na mina. De fato, quem quisesse encontrar problema aí, encontraria. Mas quem não quisesse, nem notaria. Os personagens estão apaixonados e correm atrás de sua paixão. Há quem chame romance, há quem chame assédio. Clément é meio idiota, mas quem não é idiota apaixonado do jeito que ele estava?
Por fim, acho maneiro o constante diálogo entre os amigos, quase opostos - Clément é tudo o que um cara não "deve" ser em um relacionamento, Louis é tudo o que deve. Enquanto um é atabalhoado, impulsivo, muitas vezes burro e chato, postura que só se intensifica a cada rejeição, o outro é impessoal, despreocupado e egocêntrico.
O filme não é sobre o romance. É sobre os amigos. A mina? Tanto faz. Não sabemos sequer o que ela fez para ser presa. A relação deles, demonstrando personagens masculinos que fogem do clichê, transparentes, impulsivos, apaixonados - é aí que se encontra toda a riqueza. Os diálogos oscilam, mas tem boa intenção. Quem ver procurando defeito, vai achar. Mas, no cinema francês, quem não acha?
O Carteiro e o Poeta
4.2 300 Assista AgoraUm dos filmes mais agradáveis e poéticos que já vi. São 2 horas de cenários deliciosos, diálogos perfeitos, viagens maravilhosas. Já é um dos meus favoritos!
Só fiquei triste de saber da morte do Massimo Troisi 12 horas após de terminar as gravações... um ator tão envolvente que se foi tão cedo... o universo tem seu próprio timing, e deu-lhe a oportunidade de entregar uma obra dessas enquanto durou sua passagem por aqui! Grande...
People Mountain People Sea
3.4 1Um saco. Falta história, sobram takes desnecessariamente longos.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraFico feliz de o destino vez ou outra colocar um romance desses na minha vida; fico triste por hoje eles serem descartáveis, fogo de palha, rapidinho se apagam, e toda essa conversa, ao invés de se dar em Viena, tem se dado no Whatsapp. Tempos líquidos...
O Homem da Terra
4.0 456 Assista AgoraA ideia é boa mas a construção é meio massante, no início parece ótima mas depois fica repetitiva. Eles brisam um pouco na hora de falar de religião, ainda bem que é curto pois ficaria cansativo. Creio que como exercício de retórica ficou bom, mas no quesito criatividade e construção fílmica, o filme "Amantes Eternos" mostra como essa ideia poderia ter sido melhor abordada. Ele acaba esbarrando na própria limitação da vida - como criar um personagem eterno se nenhum de nós é eterno? Como ele poderia nos surpreender se as pessoas que o construíram também são meras mortais? Apesar de ter uma boa retórica, o personagem acaba se tornando antipático, sem personalidade.
Fica a indicação: https://filmow.com/amantes-eternos-t59849/
Trinta Anos Esta Noite
4.3 142achei de uma coincidência desconcertante esse filme ter caído na minha vida dia 23 de julho, o dia do aniversário do cara.
365 dias no ano e eu o assisto no aniversário de sua morte.
O Cremador
4.2 51 Assista AgoraQuando eu estava perdido, sem entender direito o que aconteceu, e num magistral jogo de câmera aparece um homem, em outro cômodo, de toalha, que diz olhando para a câmera: "Ela era metade judia, isso explica", não consegui esconder um sorriso.
Também é maravilhoso pensar que uma das primeiras cenas do filme ele diz que gostaria de fazer mais pela família, sua razão para fazer tudo, e pensar como esse desejo se encaixou com as demais ideias construídas ao longo do filme, chegando ao final trágico... incrível!
Severina
3.4 52 Assista AgoraA relação não é lá das mais bonitas ou elaboradas. Ela, linda e evasiva, vive uma vida cigana, se aproveitando de homens aqui e ali para livrar-se de problemas. Ele é um livreiro desocupado, buscando motivações externas para empreender o sonho de escrever um livro. Encontra naquele rostinho bonito uma ocupação e uma motivação, tornando-se o que línguas menos refinadas poderiam chamar de "zé buceta". A relação, como eles mesmos constatam, é pautada na necessidade, não no amor, e ele se engana, tentando prolongá-la o máximo que pode e por vezes até acreditando que o óbvio fim não chegaria. O que não chega a ser problema nenhum também, pois como na frase que ela cita deitada em seu peito, "as melhores musas são as de carne e osso", e ele pôde viver uma história de amor com sua musa, tão palpável e intensa que o desfecho não precisou ser acompanhado da morte. "Pois associar a morte a sentimentos é muito do amor romântico, e nós precisamos de outro tipo de amor no século XXI, não acha?".
Não é um filme que vá mudar a vida de ninguém e talvez o tempo poderia ser aplicado em coisas mais construtivas, mas a ode ao objeto físico do livro, à literatura, à poesia e às livrarias, enredada em um romance leve de pessoas bonitas, pode ser algo bom para desligar a cabeça.
Comentário técnico: não sei se o set era pequeno por ser uma livraria, ou se o diretor realmente é péssimo de enquadramento, mas como é desagradável a câmera metida na cara deles, e pior, em suas nucas, o tempo todo. O primeiro beijo, talvez o momento de maior intensidade para os personagens, fica escondido atrás de uma nuca mal iluminada. A câmera treme e está frequentemente tombada para um lado. Qualquer adolescente filmaria melhor um filme.
Como Estrelas na Terra
4.4 794Poucas vezes um filme me emocionou tanto por tantos motivos. Ele é longo e intenso, construindo e mergulhando profundamente em todo tipo de emoção. A história é simples e previsível, o que não torna o espetáculo menos rico: é visualmente incrível, trilha sonora deliciosa e sentimentos explodindo por toda a parte. No início, o menino sofre tanto que é de partir o coração, precisa-se ser forte para continuar assistindo... mas conforme o filme evolui somos tomados por uma alegria que faz tudo ter valido a pena.
(Para quem quiser um filme parecido, indico fortemente este aqui: https://filmow.com/mucize-t212711/)
Indo Para Casa
4.2 28 Assista AgoraQue alegria! Cada passo nessa história é triste, mas sempre com um sorriso enternecedor que nos leva a sorrir também por todo o caminho. As lindíssimas estradas e montanhas da China, a belíssima trilha sonora e o humor cadavérico e inusitado deixam tudo perfeito nesse filme.
"Se minha pátria fosse uma estrada, eu seria um carro contente dirigindo por ela.
Se minha pátria fosse uma árvore, eu seria uma folhinha balançando alegremente em seu tronco.
Ah! Eu sou tão feliz!"
Os Sete Samurais
4.5 404Um samurai nunca bebe o suficiente para perder sua destreza.
Gutland
3.2 8tirando os cenários bucólicos, tudo deixa a desejar nesse filme. personagens, história e ideias muito mal desenvolvidas.
Pais e Filhos
4.3 212 Assista AgoraDoida essa relação sobre o que um pai deveria sentir versus o que o pai realmente sente. Mas o que mais choca mesmo é que tinham 4 adultos envolvidos na situação e todos foram burros o suficiente para concordar em trocar de filho sem se perguntar como as crianças se sentiriam.
Porto, Uma História de Amor
3.1 17Assisti esse curta ontem e foi uma experiência mt agradável. Esteticamente lindo, construção curiosa, diálogos pretensiosos e clichês, como sempre são os diálogos dos apaixonados, e personagens profundos e problemáticos que conseguem transmitir tanto dizendo pouco. É tudo clichê, é tudo batido, mas é bom também, por que nem tudo precisa ser revolucionário: às vezes, tudo q a gnt precisa é se distrair com um romance batido.
Ele acompanha, por dois dias, o romance de dois desconhecidos. Retrata aquele alinhamento cósmico raro, que ocorre poucas vezes numa vida mas é o suficiente para nos fazer acreditar no amor: qnd o flerte dá certo, qnd o sexo é memorável, o beijo encaixa e seus braços parecem feitos para abrigar o corpo da pessoa. Os personagens se deixam levar por inteiros, se declaram como se fossem adolescentes, fazem juras de eternidade, "Isso é tão importante pq nós não temos controle; não somos nós que fazemos acontecer esse amor... somos suas vítimas"
Pena que, como todo amor intenso e fugaz, tem um fim trágico, um retorno brusco e doloroso à realidade, no qual um dos membros não sabe lidar com a quebra de expectativa e o outro não sabe lidar com o excesso dela.
Amante Por Um Dia
3.4 20Tudo que eu poderia querer agora: o blasé dos franceses, a elegância de Paris, discussões sobre sentimentos e formas de amor inusitadas. Se posto em análise junto com os demais da trilogia, mostra uma continuidade interessante e agradável. Gostei muito. E que gracinha é essa Esther Garrel, meu deus. Genética abençoada...
A Vida dos Outros
4.3 645o filme não tinha solução, pq numa ditadura não tem solução - está todo mundo enrascado mesmo. nesses casos, nada como um atropelamento para um clímax forçado, não é mesmo? me lembrou um pouco meninas malvadas
Amores Brutos
4.2 818 Assista Agorao que pensar de um ser humano que está ok em deixar um cachorro agonizando embaixo do chão por dias? eu teria quebrado aquele chão em menos de 20 minutos
Febre do Rato
4.0 6575 estrelas a esse filme fazem algumas 5 estrelas que eu dei parecerem 4. Ele alargou os parâmetros.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraPor que as superproduções americanas sempre precisam ter um clímax com aquele joguinho básico de duas histórias "apostando corrida" enquanto tem um monte de tiroteio e mentirada acontecendo? Meu Deus, não existe a menor pretensão de fazer algo diferente, fazer algo respeitável - tudo pela bilheteria, tudo repetitivo, tudo já visto antes. A mesma trilha sonora tum tum tum tum tum tum orquestrando com as mesmas cenas de luta, com as mesmas mentiras, com o mesmo clímax falso. Os mesmos inimigos dando milhões de tiros e não acertando nenhum. O mesmo mocinho loiro de olhos claros que faz malabares e consegue, sozinho, matar um exército inteiro e salvar o mundo.
Aí quando tudo fica bem (o final mais previsível do universo) o cara ainda faz sexo com uma loira que era princesa de um país. Lolwut?
Mucize
4.1 51Lindo, lindo! Fotografia maravilhosa, história envolvente, bem feita, cheia de cultura. Uma aula sobre a Turquia. Me lembrou, bem pouquinho, um filme chamado Viagem à Palilula, em que um pediatra é enviado para uma cidade do interior da Sérvia sem crianças. Nesta, um professor é enviado para uma cidade no interior da Turquia sem escola. Este é bem mais divertido, quente, e tem um ritmo mais dinâmico. Maravilhoso até dizer chega. E que fotografia, QUE FOTOGRAFIA! Se a história não fosse deslumbrante (e verídica), já valeria a pena só pela fotografia.
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agora"Eu queria mostrar pra vocês a foto do meu filho"
Silêncio.
Frango Com Ameixas
4.1 162 Assista Agora"Nenhum violino nunca mais o daria prazer, Nasser Ali decidiu morrer."
A Arte da Felicidade
4.0 8Eu levava tanto tempo pra digerir a magnificência da trilha sonora orquestrada com tantas imagens lindas, que nem sobrava tempo para prestar atenção nas ótimas brisas filosóficas. Um filme para ser visto várias vezes, e em todas captar novas sutilezas estéticas, com especial atenção à trilha sonora, que é de outro mundo.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraOuvi dizerem "um Cães de Aluguel com as roupas do Django" antes de assistir e isso me motivou ainda mais - pra mim, os melhores filmes do Tarantino. Bom filme, fotografia impecável, trilha sonora espetacular, mas senti que faltou uma certa dinâmica no roteiro. É tudo bem simples - caubóis se ameaçando e, quando alguém se irrita, alguém morre. Quando a história emperrava, surgia outro personagem e matava mais algumas pessoas. E por aí vai. Não é um filme para se mudar uma vida - mas foram 2 horas interessantes, com muito sangue ao melhor estilo Tarantino.
Dois Amigos
3.2 66 Assista AgoraQuando o Louis falou que tinha feito personagens "femininos" já imaginei a rapaziada do politicamente correto torcendo o nariz. Assistindo ao filme, notei que ela tinha mesmo motivos para torcer o nariz, e não era pelo que Louis dissera - até se expressara bem. De fato, os personagens são construídos remetendo à imagem feminina de amizade, com confidências, cumplicidade e afeição (muitas vezes físicas) que são incomuns em homens no cinema. Ele pegou um roteiro clássico (dois amigos afim de uma mina) e abordou de uma forma inversa do clichê. Por vezes, me lembrou um pouco 500 dias com ela por essa inversão - homens super sentimentais sofrendo pela mina que só quer curtir a amizade e o sexo.
As feministas, no entanto, reclamarão do "assédio" que os caras faziam na mina. De fato, quem quisesse encontrar problema aí, encontraria. Mas quem não quisesse, nem notaria. Os personagens estão apaixonados e correm atrás de sua paixão. Há quem chame romance, há quem chame assédio. Clément é meio idiota, mas quem não é idiota apaixonado do jeito que ele estava?
Por fim, acho maneiro o constante diálogo entre os amigos, quase opostos - Clément é tudo o que um cara não "deve" ser em um relacionamento, Louis é tudo o que deve. Enquanto um é atabalhoado, impulsivo, muitas vezes burro e chato, postura que só se intensifica a cada rejeição, o outro é impessoal, despreocupado e egocêntrico.
O filme não é sobre o romance. É sobre os amigos. A mina? Tanto faz. Não sabemos sequer o que ela fez para ser presa. A relação deles, demonstrando personagens masculinos que fogem do clichê, transparentes, impulsivos, apaixonados - é aí que se encontra toda a riqueza. Os diálogos oscilam, mas tem boa intenção. Quem ver procurando defeito, vai achar. Mas, no cinema francês, quem não acha?