Tem uma pegada meio Lars Von Trier de mostrar de maneira crua e fria o ambiente da URSS. Mas é meio massante, chatinho. Acho curioso pensar que o alcoolismo sempre foi um problema na Rússia, em especial na época da União Soviética. A doença chegou a afetar 30% da população, que bebia diariamente na década de 80. O primeiro desafio do Gorbatchev foi tentar diminuir os índices de alcoolismo. Mas é claro - quando as pessoas são solitárias, sem internet, e a única diversão é beber em casa, não tinha escapatória. Essa ambientação, passar dois dias na vida da Natasha, é interessante, quase um documentário.
caraca amei demais esse filme <3 estou tirando férias pela primeira vez na vida após 8 anos trabalhando. sempre "ah nao tenho companhia", "ah vou guardar pra quando tiver uma viagem", e ai mudo de emprego sem tirar e nao aproveito. tirar férias é uma pressão grande. tirei minha primeira numa pandemia, que aí não tem FOMO. mas em dias livres, com a praia disponível, mas sozinho, vou me deslocar até lá? e ela, tadinha, não vai com qualquer um - é meio solitária, mas não por não se interessarem por ela; ela que nao se interessa por relações superficiais.
Achei muito triste! A menina tão fofa, insegura, inocente, imprescindivelmente escorpiana, sendo defrontada com a dureza da vida amorosa - num romance que, em 2020, pela existência do celular, duraria menos de uma semana ou um episódio de how i met your mother. As pessoas ao redor, tentando ajudar, só atrapalham - a mãe que aprofunda sua insegurança e a melhor amiga que, por ser estonteante, tem uma vida muito mais fácil. O crush, egocêntrico, dissimulado e unicamente preocupado em ter a consciência tranquila, só consegue se sentir à vontade pra falar um A quando está atrás da mesa do escritório. E nesse sistema, que poderia se passar perfeitamente hoje, comigo, com uma amiga, a forma inocente e poética de ver o amor vai se diluindo à medida que vamos amadurecendo. Curioso, bonitinho, triste, me incomoda que chamem a Sabine de doida, pois me vi jovem nela e adorei.
Eu amo a pegada do neorealismo italiano de mostrar tudo como era, sem atuação, sem drama, mas queria muito saber o que acontece com a família no final.
Um olhar estarrecedor para a vida no campo. Do cu que sai o cocô da cabra, sai o prazer sexual. 30 anos, nunca tocaram mulher. Contentam-se com a cabra. Que loucura.
"Patrão uma ova! E danem-se o pai e o sangue. Muitos me ajudaram mais que você nos últimos anos. Vocês, patriarcas, só fazem duas coisas na vida: Antes, obedecem...E depois comandam"
É um filme que obviamente não vai agradar ao espectro da população que se considera de centro ou de direita. É caricato justamente por essa vontade de ser épico - precisa ter seus polos muito bem definidos. Fala sobre o início do momento em que se parou de ter medo e vergonha de ser comunista. Ela vai e vem. Vai dizer que o discurso final de Olmo não fala exatamente do Bolsonaro e da elite brasileira? Que o personagem fascista não é exatamente os nossos minions?
Tá explicadinho. Quem não entende, é porque não quer entender.
P.S.1: Que genial a "luta de classes" ser ilustrada por duas crianças brigando, e que continuam brigando até o fim de suas vidas...
P.S2.: Um filme com De Niro, Depardie e Bertolucci fazendo um tratado comunista de 5 horas é algo notável. Eu me sentiria terrível se estivesse "do lado de lá".
É a clássica história da novidade chegando em um local remoto, com seus habitantes, cada um mais peculiar que o outro, reagindo às mudanças. Ilustrada por duas analogias que correm em paralelo: como a criação de mitos espelha as características das sociedades que os criam, e como nós, por nossa vez, somos resultados diretos da terra de que viemos.
Curioso como ele reforça a todo instante a imagem dos animais vivendo suas vidas em paralelo à dos habitantes. A familiaridade entre eles, o peso de igualdade. A aranha, a cobra, a lagartixa - todos coexistem como se fossem iguais aos humanos. Mas os humanos criam mitos e são tentados pelos desejos, e isto produz a quebra.
ao meu ver, a maior tristeza de todas é a moça não querer a visita da filha. envelhecer, ok. mas envelhecer numa solidão claustrofóbica pq sua filha se tornou uma CHATA de galocha, isso sim é problemático. espero que seja característico da burguesia a qual eles pertencem, cujas relações familiares repousam muito mais no interesse do que no afeto. espero que na minha velhice eu seja cercado de familiares que amem estar por perto. de crianças correndo de um lado pro outro, de pelo menos 3 cachorros, etc.
com 5 minutos de filme vc sabe tudo que vai acontecer: um bêbado ignorante constrangendo todo mundo o tempo todo, só pra no final fazer as pazes em um jantar de família. são 2 horas de constrangimento previsível. estamos em março e já é o filme mais chato que eu verei esse ano.
não, agora sério: filme dolorosamente paulista. fosse no Rio, não tinha metade dessa dor. como é cinza a cidade. enclausurante. está todo mundo preso a tudo. acho que serve como consolo, principalmente para as moças, se ligarem desse papo de que a vida da mulher, nesse país, é uma, duas, três, vinte lutas por dia. às vezes, tudo parece ruir e não há absolutamente para onde fugir.
mto bonito. cenários incríveis, momentos emocionantes. e um microcosmo que explica o mundo como um todo: o vizinho que só traz problema; o capitalista que por ganância torna o modelo insustentável; o pai que só quer alimentar os filhos; e talvez a parte mais discreta e ao mesmo tempo enternecedora: a solidão da mulher feia.
Paris, Texas
4.3 701 Assista AgoraAs crianças da década de 70/80 tinham mesmo que ficar tudo maluca.
A Colecionadora
3.8 49 Assista AgoraDevia ser muito difícil ser uma menina minimamente sensata na década de 60.
Tomates, Molho e Wagner
3.8 1bonito&inspirador. que um dia eu possa plantar meus tomates.
Pauline na Praia
3.9 64queria escrever histórias assim
DAU. Natasha
3.1 5Tem uma pegada meio Lars Von Trier de mostrar de maneira crua e fria o ambiente da URSS. Mas é meio massante, chatinho. Acho curioso pensar que o alcoolismo sempre foi um problema na Rússia, em especial na época da União Soviética. A doença chegou a afetar 30% da população, que bebia diariamente na década de 80. O primeiro desafio do Gorbatchev foi tentar diminuir os índices de alcoolismo. Mas é claro - quando as pessoas são solitárias, sem internet, e a única diversão é beber em casa, não tinha escapatória. Essa ambientação, passar dois dias na vida da Natasha, é interessante, quase um documentário.
O Raio Verde
4.1 87caraca amei demais esse filme <3 estou tirando férias pela primeira vez na vida após 8 anos trabalhando. sempre "ah nao tenho companhia", "ah vou guardar pra quando tiver uma viagem", e ai mudo de emprego sem tirar e nao aproveito. tirar férias é uma pressão grande. tirei minha primeira numa pandemia, que aí não tem FOMO. mas em dias livres, com a praia disponível, mas sozinho, vou me deslocar até lá? e ela, tadinha, não vai com qualquer um - é meio solitária, mas não por não se interessarem por ela; ela que nao se interessa por relações superficiais.
Um Casamento Perfeito
3.7 24Achei muito triste! A menina tão fofa, insegura, inocente, imprescindivelmente escorpiana, sendo defrontada com a dureza da vida amorosa - num romance que, em 2020, pela existência do celular, duraria menos de uma semana ou um episódio de how i met your mother. As pessoas ao redor, tentando ajudar, só atrapalham - a mãe que aprofunda sua insegurança e a melhor amiga que, por ser estonteante, tem uma vida muito mais fácil. O crush, egocêntrico, dissimulado e unicamente preocupado em ter a consciência tranquila, só consegue se sentir à vontade pra falar um A quando está atrás da mesa do escritório. E nesse sistema, que poderia se passar perfeitamente hoje, comigo, com uma amiga, a forma inocente e poética de ver o amor vai se diluindo à medida que vamos amadurecendo. Curioso, bonitinho, triste, me incomoda que chamem a Sabine de doida, pois me vi jovem nela e adorei.
Somewhere I Have Never Travelled
3.8 2 Assista AgoraSensível pra caramba, várias brincadeirinhas aqui e ali, fofo e bonitinho.
A Árvore dos Tamancos
3.9 33Eu amo a pegada do neorealismo italiano de mostrar tudo como era, sem atuação, sem drama, mas queria muito saber o que acontece com a família no final.
Pai Patrão
3.9 35Um olhar estarrecedor para a vida no campo. Do cu que sai o cocô da cabra, sai o prazer sexual. 30 anos, nunca tocaram mulher. Contentam-se com a cabra. Que loucura.
"Patrão uma ova! E danem-se o pai e o sangue. Muitos me ajudaram mais que você nos últimos anos. Vocês, patriarcas, só fazem duas coisas na vida: Antes, obedecem...E depois comandam"
1900
4.3 104 Assista AgoraÉ um filme que obviamente não vai agradar ao espectro da população que se considera de centro ou de direita. É caricato justamente por essa vontade de ser épico - precisa ter seus polos muito bem definidos. Fala sobre o início do momento em que se parou de ter medo e vergonha de ser comunista. Ela vai e vem. Vai dizer que o discurso final de Olmo não fala exatamente do Bolsonaro e da elite brasileira? Que o personagem fascista não é exatamente os nossos minions?
Tá explicadinho. Quem não entende, é porque não quer entender.
P.S.1: Que genial a "luta de classes" ser ilustrada por duas crianças brigando, e que continuam brigando até o fim de suas vidas...
P.S2.: Um filme com De Niro, Depardie e Bertolucci fazendo um tratado comunista de 5 horas é algo notável. Eu me sentiria terrível se estivesse "do lado de lá".
Azougue Nazaré
3.9 34Vamos cumprir nossa missão, irmã?
Só Nos Resta Chorar
3.4 10Esse filme poderia ser uma série, uma novela, eu queria ver tanto mais dele...
Que horas são?
3.9 9É bonito. E tal. Mas eu esperava um pouco mais. É como montar um time galático e todos jogarem de maneira burocrática.
Estamos Todos Bem
4.2 54Gente do céu, onde eu assisto esse filme?
Cyrano Mon Amour
3.9 31 Assista AgoraNão sou eu que tem amante, é meu eu-lírico.
A Revolução em Paris
3.4 35Tua hora ta chegando, Bolsonaro! Não aceito menos.
O Profundo Desejo dos Deuses
4.3 10É a clássica história da novidade chegando em um local remoto, com seus habitantes, cada um mais peculiar que o outro, reagindo às mudanças. Ilustrada por duas analogias que correm em paralelo: como a criação de mitos espelha as características das sociedades que os criam, e como nós, por nossa vez, somos resultados diretos da terra de que viemos.
Curioso como ele reforça a todo instante a imagem dos animais vivendo suas vidas em paralelo à dos habitantes. A familiaridade entre eles, o peso de igualdade. A aranha, a cobra, a lagartixa - todos coexistem como se fossem iguais aos humanos. Mas os humanos criam mitos e são tentados pelos desejos, e isto produz a quebra.
Tudo isso com uma fotografia espetacular.
Amor
4.2 2,2K Assista Agoraao meu ver, a maior tristeza de todas é a moça não querer a visita da filha. envelhecer, ok. mas envelhecer numa solidão claustrofóbica pq sua filha se tornou uma CHATA de galocha, isso sim é problemático. espero que seja característico da burguesia a qual eles pertencem, cujas relações familiares repousam muito mais no interesse do que no afeto. espero que na minha velhice eu seja cercado de familiares que amem estar por perto. de crianças correndo de um lado pro outro, de pelo menos 3 cachorros, etc.
O Castelo de Vidro
3.8 269 Assista Agoracom 5 minutos de filme vc sabe tudo que vai acontecer: um bêbado ignorante constrangendo todo mundo o tempo todo, só pra no final fazer as pazes em um jantar de família. são 2 horas de constrangimento previsível. estamos em março e já é o filme mais chato que eu verei esse ano.
Como Nossos Pais
3.8 445não, agora sério: filme dolorosamente paulista. fosse no Rio, não tinha metade dessa dor. como é cinza a cidade. enclausurante. está todo mundo preso a tudo. acho que serve como consolo, principalmente para as moças, se ligarem desse papo de que a vida da mulher, nesse país, é uma, duas, três, vinte lutas por dia. às vezes, tudo parece ruir e não há absolutamente para onde fugir.
Como Nossos Pais
3.8 445não vi ninguém comendo pai nenhum
Honeyland
4.1 152mto bonito. cenários incríveis, momentos emocionantes. e um microcosmo que explica o mundo como um todo: o vizinho que só traz problema; o capitalista que por ganância torna o modelo insustentável; o pai que só quer alimentar os filhos; e talvez a parte mais discreta e ao mesmo tempo enternecedora: a solidão da mulher feia.
Ford vs Ferrari
3.9 716 Assista AgoraHerbie, meu fusca turbinado