Cheio de referências/homenagens a Hollywood clássica, uma ode ao jazz, "reinventa" um gênero ultra datado, tem um final agridoce incrível, atuações perfeitas, fotografia e arte que é um puro gozo estético, me identifico pra caralho com os conflitos internos dos personagens (Sacrifício de bem estar financeiro, amoroso em nome da arte, etc). Meu preferido de 2016 junto com Neon Demon e The Lobster.
Festival trash disfarçado de Art House (E é do caralho)
Em primeiro lugar, esse filme conseguiu ser o mais experimental do Refn até o momento. Ele já dedicou seu filme anterior (Only God Forgives), ao Jodorowsky, mas Neon Demon é muito mais "Jodoroskyano". Nada no filme (Ou pouquíssimo) é literal. A crítica a estética vem inteira por meio de metáforas, na película que é curiosamente a que tem o maior refinamento estético da carreira de Refn.
Esse é de longe o roteiro mais estranho que NWR já filmou. O primeiro ato aparentemente normal muda de direcionamento várias vezes durante o decorrer do filme, terminando de maneira que por muitos críticos fora considerado um final "bizarro e incoerente", discordo (Mais tarde falo sobre). Tirando a parte estrutural de plot, mais duas coisas me chamaram a atenção no roteiro: Os diálogos e a maneira com que se desenvolve os personagens.
Pra um filme do Refn, é estranho a quantidade de diálogos presentes nesse filme. Todos os personagens falam bastante, porém, falam sempre sem chegar a lugar nenhum. Apela-se bastante ao esteriótipo de que quem vive no mundo da beleza é unilateral e só consegue dialogar sobre isso e viver preso a esse sistema. Porém, a unilateralidade das personagens funciona no caso de Neon Demon, pois elas não são personagens literais, e sim veículo para toda a parábola estética. Prova disso é o quanto tais personagens são descartáveis para a trama, tirando o protagonismo da Elle Fanning, não espere um grande desenvolvimento dos coadjuvantes, pois eles são reflexo do mundo estético em que vivemos: Produzidos, artificiais e facilmente substituíveis.
Quanto ao terceiro ato, ele só é incoerente pra quem leva o argumento de forma literal, quando analisado apenas de forma metafórica, ele faz sentido. O Clímax da modelo se matando (Morri de gargalhar quando ela cospe o olho no chão) é a apoteose da crítica almejada pelo Refn: O sacrifício estético no final, não tem nenhum resultado positivo e é facilmente descartado.
As atuações são impecáveis, todo o elenco atua de forma coerente com seus personagens, com destaque pra Elle Fanning (Jesse) e Jena Malone (Ruby), que seguram bem os papéis mais "viscerais" do filme e que necessitam de um range maior de atuação. O resto do elenco trabalha de forma unilateral, como já havia mencionado.
A fotografia conseguiu ser a mais bela já vista em um filme do Refn (E a fotografia mais bela que vi no ano). Supera fácil Drive e Only God Forgives, o que é um feitio estrondoso, visto que ambos os filmes são de cair o queixo. Uma coisa a se atentar é que Refn filma bastante deste filme por meio do uso de espelhos. Essa escolha do diretor serve para passar duas mensagens: A da superficialidade e a do ego. Modelos tendem a viver sua vida inteira tendo que se acostumar com seu próprio reflexo, com as lentes, visões de empresários etc. Sobra pouco tempo para refletir sobre seu "interior", para as modelos, elas são exatamente o que refletem no espelho: uma visão plana e bidimensional, visão essa que é linda esteticamente e ao mesmo tempo melancólica. Resta então suprir esse vazio por meio do ego, ou pelas palavras do caça talentos que contrata a Jesse: "Beleza não é tudo, é a única coisa que existe."
Vale atentar que exatamente na metade do filme a personagem principal muda sua personalidade ao se olhar no espelho tridimensional e se beijar. Espelho esse que muda da cor azul, para a vermelha, reforçando essa mudança.
Gabriel Mascaro se arriscou em todos os aspectos na construção desse filme. O que não maioria das vezes pode resultar em um completo desastre. Não foi o caso. O Roteiro distante de uma estrutura clássica corre o risco de se tornar vazio, mas não acontece pela sensibilidade do diretor na construção dos personagens, da batalha entre seus desejos e seus arquétipos. A mulher tem arquétipo "masculino", o homem deseja ser costureiro, etc. Só pela visão peculiar de Mascaro em contar a sua fábula, o filme já merece todos os louros possíveis. Mas não parou por aí. A escolha estética conseguiu ser ainda mais arriscada que o argumento. O estilo "ArtHouse Neon" de filmes como Drive e Only God Fogives, tinha tudo pra parecer jogado e masturbatório, mas novamente, a sensibilidade do diretor pega esses aspectos e os aplica de forma soberba, ressaltando a sua versão "fantasiosa" e "vouyeristica" do sertão.
Perda de tempo. Um dos filmes mais superestimados do ano. A indústria Hollywoodiana cansou de fazer filmes de mesma estrutura e que todo mundo já viu, e teve a brilhante ideia de continuar fazendo os mesmos filmes só que com piadinhas metalinguísticas. Deadpool é um roteiro preguiçoso e clichê disfarçado com seu humor pseudo-inteligente.
Sinceramente, eu não consigo entender as críticas quanto ao filme ser lento. Ele tem o ritmo perfeito para o que a história quer contar. Há filme que precisam de um ritmo agitado e frenético. Não é o caso de Foxcacther, a estranheza de Du Pont e a agonia do filme só foram possíveis pela escolha de um ritmo mais lento que também capacita Steve Carrel, Channing Tatum e Mark Rufallo brilharem.
Perturbado, divertido, surtado e com um final espetacular, Super não é um filme fácil de entender e por esse motivo eu acho que será um futuro clássico cult.
Fraco, um dos piores filmes já escritos pelo Seth Rogen, as piadas com o King Jong-un são fracas e manjado bromance do Franco e Rogen já cansou. Só a piada do Eminem saindo do armário e a atuação do James Franco salvam esse filme.
Documentário bonito e delicado, retratando tanto a vida do casal quanto a sua arte, o ritmo é meio lento mas a fotografia e a direção artística compensam.
Sinceramente, eu não entendo com tem gente que consegue achar esse filme "bom". É ridículo a quantidade de furos no roteiro desse filme. A sequência em que a Abigail joga tinta pra fora do carro é extremamente forçada e o pior ainda é a polícia perseguir o carro durante mais de 10 minutos e não conseguir parar o cidadão. O roteirista chama o espectador de burro, sem falar no clímax do filme
Onde a protagonista simplesmente ao invés de ligar para a polícia (ou então para o seu noivo já que não queria chamar atenção) decide ir sozinha ao cativeiro do vilão e salva a principal de maneira exagerada e tosca. Agora eu entendo porque filmes como transformers são tão cultuados, hoje em dia ninguém liga mais para roteiro.
Ao meu ver o que torna Citzen Kane um dos melhores filmes de todos os tempos é a sua construção de personagens. O Charlie Kane não é do bem, nem é do mal. Ele é um ser humano.
A explicação de Rosebud no final mostra a genialidade no roteiro: O Kane passa o filme inteiro procurando o amor de uma figura feminina e isso devido ao que aconteceu com sua mãe no passado
Filmaço, começa despretensioso, mas com o tempo Jim Rash e Nat Faxon fazem uma ótima construção de personagens com que nós nos afeiçoamos a cada um, culminando a um final bonito e tocante, vale muito a pena assistir.
Boa estreia de Joseph Gordon-Levitt como cineasta. Seu roteiro perspicaz aliado a sua atuação e direção ágil fazem com que esse filme se torne uma das melhores comédias de 2013.
A sequência é melhor que o primeiro filme e Peter Jackson consegue retratar a terra média como ninguém. Ao meu ver o único erro foi a duração, da mesma forma que o filme antecessor, o corte ficou extenso demais.
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La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraCheio de referências/homenagens a Hollywood clássica, uma ode ao jazz, "reinventa" um gênero ultra datado, tem um final agridoce incrível, atuações perfeitas, fotografia e arte que é um puro gozo estético, me identifico pra caralho com os conflitos internos dos personagens (Sacrifício de bem estar financeiro, amoroso em nome da arte, etc). Meu preferido de 2016 junto com Neon Demon e The Lobster.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraFestival trash disfarçado de Art House (E é do caralho)
Em primeiro lugar, esse filme conseguiu ser o mais experimental do Refn até o momento. Ele já dedicou seu filme anterior (Only God Forgives), ao Jodorowsky, mas Neon Demon é muito mais "Jodoroskyano". Nada no filme (Ou pouquíssimo) é literal. A crítica a estética vem inteira por meio de metáforas, na película que é curiosamente a que tem o maior refinamento estético da carreira de Refn.
Esse é de longe o roteiro mais estranho que NWR já filmou. O primeiro ato aparentemente normal muda de direcionamento várias vezes durante o decorrer do filme, terminando de maneira que por muitos críticos fora considerado um final "bizarro e incoerente", discordo (Mais tarde falo sobre). Tirando a parte estrutural de plot, mais duas coisas me chamaram a atenção no roteiro: Os diálogos e a maneira com que se desenvolve os personagens.
Pra um filme do Refn, é estranho a quantidade de diálogos presentes nesse filme. Todos os personagens falam bastante, porém, falam sempre sem chegar a lugar nenhum. Apela-se bastante ao esteriótipo de que quem vive no mundo da beleza é unilateral e só consegue dialogar sobre isso e viver preso a esse sistema. Porém, a unilateralidade das personagens funciona no caso de Neon Demon, pois elas não são personagens literais, e sim veículo para toda a parábola estética. Prova disso é o quanto tais personagens são descartáveis para a trama, tirando o protagonismo da Elle Fanning, não espere um grande desenvolvimento dos coadjuvantes, pois eles são reflexo do mundo estético em que vivemos: Produzidos, artificiais e facilmente substituíveis.
Quanto ao terceiro ato, ele só é incoerente pra quem leva o argumento de forma literal, quando analisado apenas de forma metafórica, ele faz sentido. O Clímax da modelo se matando (Morri de gargalhar quando ela cospe o olho no chão) é a apoteose da crítica almejada pelo Refn: O sacrifício estético no final, não tem nenhum resultado positivo e é facilmente descartado.
As atuações são impecáveis, todo o elenco atua de forma coerente com seus personagens, com destaque pra Elle Fanning (Jesse) e Jena Malone (Ruby), que seguram bem os papéis mais "viscerais" do filme e que necessitam de um range maior de atuação. O resto do elenco trabalha de forma unilateral, como já havia mencionado.
A fotografia conseguiu ser a mais bela já vista em um filme do Refn (E a fotografia mais bela que vi no ano). Supera fácil Drive e Only God Forgives, o que é um feitio estrondoso, visto que ambos os filmes são de cair o queixo. Uma coisa a se atentar é que Refn filma bastante deste filme por meio do uso de espelhos. Essa escolha do diretor serve para passar duas mensagens: A da superficialidade e a do ego. Modelos tendem a viver sua vida inteira tendo que se acostumar com seu próprio reflexo, com as lentes, visões de empresários etc. Sobra pouco tempo para refletir sobre seu "interior", para as modelos, elas são exatamente o que refletem no espelho: uma visão plana e bidimensional, visão essa que é linda esteticamente e ao mesmo tempo melancólica. Resta então suprir esse vazio por meio do ego, ou pelas palavras do caça talentos que contrata a Jesse: "Beleza não é tudo, é a única coisa que existe."
Vale atentar que exatamente na metade do filme a personagem principal muda sua personalidade ao se olhar no espelho tridimensional e se beijar. Espelho esse que muda da cor azul, para a vermelha, reforçando essa mudança.
Quanto a trilha sonora: Cliff Martinez, ponto.
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraGabriel Mascaro se arriscou em todos os aspectos na construção desse filme. O que não maioria das vezes pode resultar em um completo desastre. Não foi o caso. O Roteiro distante de uma estrutura clássica corre o risco de se tornar vazio, mas não acontece pela sensibilidade do diretor na construção dos personagens, da batalha entre seus desejos e seus arquétipos. A mulher tem arquétipo "masculino", o homem deseja ser costureiro, etc. Só pela visão peculiar de Mascaro em contar a sua fábula, o filme já merece todos os louros possíveis. Mas não parou por aí. A escolha estética conseguiu ser ainda mais arriscada que o argumento. O estilo "ArtHouse Neon" de filmes como Drive e Only God Fogives, tinha tudo pra parecer jogado e masturbatório, mas novamente, a sensibilidade do diretor pega esses aspectos e os aplica de forma soberba, ressaltando a sua versão "fantasiosa" e "vouyeristica" do sertão.
El Topo
4.0 219Jornada de auto conhecimento brilhante.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraPerda de tempo. Um dos filmes mais superestimados do ano. A indústria Hollywoodiana cansou de fazer filmes de mesma estrutura e que todo mundo já viu, e teve a brilhante ideia de continuar fazendo os mesmos filmes só que com piadinhas metalinguísticas. Deadpool é um roteiro preguiçoso e clichê disfarçado com seu humor pseudo-inteligente.
Sinédoque, Nova York
4.0 477Obra-prima. Palavras não conseguem expressar o que eu assisti vendo esse filme, especialmente nos 20 minutos finais. Estou em extase.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraAlguns filmes de ação que foram divisores de águas no gênero:
Duro de Matar;
Terminator 2;
Matrix;
Mad Max: Fury Road.
Conflito das Águas
4.0 94 Assista Agora"Fuckin' great man!"
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraPena que não dá pra dar 6 estrelas. Poesia pura.
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 809 Assista AgoraSinceramente, eu não consigo entender as críticas quanto ao filme ser lento. Ele tem o ritmo perfeito para o que a história quer contar. Há filme que precisam de um ritmo agitado e frenético. Não é o caso de Foxcacther, a estranheza de Du Pont e a agonia do filme só foram possíveis pela escolha de um ritmo mais lento que também capacita Steve Carrel, Channing Tatum e Mark Rufallo brilharem.
Super
3.4 603Perturbado, divertido, surtado e com um final espetacular, Super não é um filme fácil de entender e por esse motivo eu acho que será um futuro clássico cult.
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraFraco, um dos piores filmes já escritos pelo Seth Rogen, as piadas com o King Jong-un são fracas e manjado bromance do Franco e Rogen já cansou. Só a piada do Eminem saindo do armário e a atuação do James Franco salvam esse filme.
Cutie and the Boxer
3.9 14Documentário bonito e delicado, retratando tanto a vida do casal quanto a sua arte, o ritmo é meio lento mas a fotografia e a direção artística compensam.
Chamada de Emergência
3.7 1,5K Assista AgoraSinceramente, eu não entendo com tem gente que consegue achar esse filme "bom". É ridículo a quantidade de furos no roteiro desse filme. A sequência em que a Abigail joga tinta pra fora do carro é extremamente forçada e o pior ainda é a polícia perseguir o carro durante mais de 10 minutos e não conseguir parar o cidadão. O roteirista chama o espectador de burro, sem falar no clímax do filme
Onde a protagonista simplesmente ao invés de ligar para a polícia (ou então para o seu noivo já que não queria chamar atenção) decide ir sozinha ao cativeiro do vilão e salva a principal de maneira exagerada e tosca. Agora eu entendo porque filmes como transformers são tão cultuados, hoje em dia ninguém liga mais para roteiro.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraRoteiro. Direção. Efeitos Visuais. E a música. Tudo desenvolvido com perfeição. Obra-prima máxima!
Cidadão Kane
4.3 990 Assista AgoraAo meu ver o que torna Citzen Kane um dos melhores filmes de todos os tempos é a sua construção de personagens. O Charlie Kane não é do bem, nem é do mal. Ele é um ser humano.
A explicação de Rosebud no final mostra a genialidade no roteiro: O Kane passa o filme inteiro procurando o amor de uma figura feminina e isso devido ao que aconteceu com sua mãe no passado
O Som ao Redor
3.8 1,1K Assista AgoraFantástico, silencioso, claustrofóbico e cativante. Parabéns ao Kleber Mendoça por nos trazer essa obra-prima.
O Verão da Minha Vida
3.7 591 Assista AgoraFilmaço, começa despretensioso, mas com o tempo Jim Rash e Nat Faxon fazem uma ótima construção de personagens com que nós nos afeiçoamos a cada um, culminando a um final bonito e tocante, vale muito a pena assistir.
É o Fim
3.0 2,0K Assista AgoraMichael. Cera.
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraBoa estreia de Joseph Gordon-Levitt como cineasta. Seu roteiro perspicaz aliado a sua atuação e direção ágil fazem com que esse filme se torne uma das melhores comédias de 2013.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraA sequência é melhor que o primeiro filme e Peter Jackson consegue retratar a terra média como ninguém. Ao meu ver o único erro foi a duração, da mesma forma que o filme antecessor, o corte ficou extenso demais.