Um filme extremamente comum, pra tanto alarde. Talvez por ser dirigido por John Frankenheimer, o filme tenha esse pedigree. Têm alguns shots interessantes (acho que vi um ou dois split diopter - um plano que me ganha e salva qualquer filme de uma ruindade absoluta), mas nada que justifique o status que possui.
E tenho a impressão que o Robert De Niro ativou o modo automático a partir daqui.
Adoro Godard, um dos meus diretores preferidos, o cineasta que (re)inventou o cinema moderno na década de 60. Mas seus filmes das décadas seguintes são obras bem radicais, algumas parece que fez para si próprio e mais ninguém. Particularmente acho essa fase de seu cinema bem desinteressante, se salvando um ou outro.
"Eu Vós saúdo, Maria" é um desses poucos. Amém.
Uma provocação certeira, mas no fundo, só ofende a quem procura pelo em ovo.
Tava indo tudo muito bem até ver "brasileiros" falando espanhol em plena Amazônia (que não tem cara de Amazônia, claro). Parece que toda pessoa que trabalha nos Estados Unidos tem preguiça até pra abrir uma Wikipedia sobre o Brazil pra descobrir o idioma falado no país.
Mas até que é Eternos bem bom. Gosto quando o já saturado MCU entrega um trabalho mais sério e menos piadista que de costume. E tenho a impressão que quando isso acontece, o filme é duramente criticado. É um crime fazer filme sério (sem aspas) dentro da Marvel.
E que beijo fofo. Honesto, natural e singelo. Só ofende a quem vive na terra plana.
Um filme pedante que se acha mais do que é (o que mais tem por aí é filme de família perturbada por tragédia).
Um filme de terror que se nega a ser o que é (para alguns cineastas "sérios", terror é um gênero inferior e por isso certos filmes mais "sérios" do gênero não deveriam ser rotulados como tal).
Um filme que abusa de trilha sonora "arrepiante" pra tentar passar uma atmosfera sinistra mas que não sai do lugar nenhum (um truque barato para quem não sabe passar tensão visualmente).
Enfim, um filme comum, como praticamente todo pós-terror metido a espertão.
Acredito que passaria despercebido pelo público se não fosse a etiqueta de grife que apresenta: o logo da A24.
A24 é o Starbucks do cinema. Lá, você não compra café. Você compra uma marca, pois agrega status, gera likes no Instagram se postar foto do copo de plástico. Mas, no fim, é só um copo de café, como qualquer outro. Porém, tem grife. Exaltar a A24 faz você ser "descolado" nas rodinhas cinéfilas. Agrega status, gera likes no Filmow se fizer lista com os melhores filmes dela. Mas, no fim, é uma produtora qualquer, como qualquer outra. Porém, tem grife.
Um filme que não se arrisca, que não sai da sua zona de conforto. Considerando os outros dois últimos filmes da série, o mínimo que se esperava era algo superior. A sensação de déjà vu bateu forte.
Ainda é divertido, porém, igualmente frustrante. Acerto de Contas pt.1 é pouco inspirado. A cena mais famosa do filme, divulgada a rodo nos posters, trailers e making of, acaba que nem é o momento mais empolgante do filme.
Fora que é desnecessariamente longo.
Que a parte 2 não cometa esse erro de entregar um filme morno.
Um Nolan mais seguro, mais discreto, menos presunçoso e alarmista (querer filmar cenas maiores que a vida cansa). Seu melhor filme.
Cillian Murphy e Downey Jr. roubam a cena sem fazer muito esforço - tenho pra mim que o ator de Vingadores se sai bem melhor sendo coadjuvante, não por acaso boa parte dos seus melhores trabalhos não são como protagonista.
Ancine e leis de incentivo à cultura, sempre defendi vocês.
Mas aqui fica difícil...
Obs: assistido numa sessão dupla com o último episódio de The Idol, no HBO Max. Escolhi um filme aleatório pra tirar o amargo dessa série. Era melhor ter desligado a tv e dormir.
Que filme inútil. Que filme desnecessário. Que duração longa desnecessária. Que filme cansativo. Que cgi artificial. Que decepção (vindo de um fã que considera Indiana Jones a maior trilogia de ação do cinema, isso chega a doer).
Que falta faz Spielberg na direção.
De repente, O Reino da Caveira de Cristal se tornou um ótimo filme...
É curioso ver como O Incrível Hulk se desloca totalmente do MCU, seja do início onde tudo era mato ou atualmente, onde nada é novidade (e na maioria das vezes apenas maçante). De certa forma, acho que isso dá a ele o posto de um dos melhores da franquia, ainda que não seja um grande filme - por pouco não é.
E dificilmente seria feito hoje. A primeira e única vez que um ator (e não o produtor) peitou como seria um filme da Marvel Studios.
Diferente de muita gente, eu gosto bastante do Hulk/Banner de Mark Ruffalo, assim como me diverti muito vendo a série da Mulher-Hulk (e também rindo dos nerdolas espumando pelo fato dela simplesmente existir). Mas a encarnação perfeita de ambos os personagens (o doutor, o monstro) ainda pertence a Edward Norton. E dificilmente vai ser superada.
Bem basicão. Mas vale pelos depoimentos pessoais de quem o conhecia mais proximamente e de músicos da época que o admiravam, como Eric Clapton e Pete Townshend, ou que deram uma oportunidade antes do estrelato, como Little Richard (Hendrix foi guitarrista da banda de Richard em suas apresentações).
O filme ganharia mais pontos se não fosse esse sentimentalismo típico dos filmes hollywoodianos dos anos 90, com aquela trilha sonora chorosa. Algo que ao meu ver envelheceu super mal.
As cenas do clímax com a Jodie Foster seriam excelentes se não fosse isso.
É o tipo de coisa que só Steven Spielberg sabe usar na dose certa - e Zemeckis, um dos seus vários protegidos, só faz exagerar no açúcar. Nada surpreendente vindo de quem fez Forrest Gump.
Um Paul Thomas Anderson muito seguro aqui, mas mais preocupado em impressionar e mostrar que sabe fazer um filme excelente, entretanto, sem soar autêntico. Vemos elementos bem explícitos de Scorsese e Altman. Não necessariamente algo ruim, até porque o filme é uma obra-prima. Mas temos que assumir: todos os filmes que ele fez entre 2002 e 2021 são trabalhos mais autorais, sem necessariamente tentar soar como outro diretor (ok, Sangue Negro lembra Kubrick e Tarkovsky em várias cenas, mas perceba como as referências são mais sutis neste caso). Não apenas autorais, como a maior parte dos filmes desse período também são melhores - incluindo o subestimado Embriagado de Amor.
Mas como falei antes, ainda que imperfeito, Magnólia é uma obra-prima (e obras-primas não precisam ser perfeitas). Um dos 10 melhores filmes daquele ano especial que foi 1999.
Outro grande mérito do diretor e saber tirar leite de pedra de seu elenco. Principalmente Tom Cruise, que entrega a performance da sua vida.
Parece um quadro do Pollock. E eu nunca gostei de suas pinturas.
Não que o filme seja exatamente ruim. Mas aquela poluição visual me incomodou bastante. Funcionou no primeiro filme. No segundo já fica desgastado, com excessos, inchado. E ainda vem o terceiro...
Não é o máximo quando filmes de hq se parecem com uma hq de fato e não uma tentativa de algo "sério, sombrio e realista"? Não? Então tá...
The Flash já nasceu como o filme de super-herói mais subestimado de todos (ou pelo menos do finado DCEU). É divertido pra caralho.
E nada me preparava para "aquela" participação inesperada. Sem dúvidas, o melhor fanservice já feito. Bom, pelo menos para alguém (eu) que gosta da obra que originou essa participação. Saber rir de si mesmo é uma dádiva pra poucos.
Num mundo justo, seria considerado o melhor filme sobre multiverso.
Ronin
3.6 205 Assista AgoraUm filme extremamente comum, pra tanto alarde. Talvez por ser dirigido por John Frankenheimer, o filme tenha esse pedigree. Têm alguns shots interessantes (acho que vi um ou dois split diopter - um plano que me ganha e salva qualquer filme de uma ruindade absoluta), mas nada que justifique o status que possui.
E tenho a impressão que o Robert De Niro ativou o modo automático a partir daqui.
Eu Vos Saúdo, Maria
3.5 105Adoro Godard, um dos meus diretores preferidos, o cineasta que (re)inventou o cinema moderno na década de 60. Mas seus filmes das décadas seguintes são obras bem radicais, algumas parece que fez para si próprio e mais ninguém. Particularmente acho essa fase de seu cinema bem desinteressante, se salvando um ou outro.
"Eu Vós saúdo, Maria" é um desses poucos. Amém.
Uma provocação certeira, mas no fundo, só ofende a quem procura pelo em ovo.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraTava indo tudo muito bem até ver "brasileiros" falando espanhol em plena Amazônia (que não tem cara de Amazônia, claro). Parece que toda pessoa que trabalha nos Estados Unidos tem preguiça até pra abrir uma Wikipedia sobre o Brazil pra descobrir o idioma falado no país.
Mas até que é Eternos bem bom. Gosto quando o já saturado MCU entrega um trabalho mais sério e menos piadista que de costume. E tenho a impressão que quando isso acontece, o filme é duramente criticado. É um crime fazer filme sério (sem aspas) dentro da Marvel.
E que beijo fofo. Honesto, natural e singelo. Só ofende a quem vive na terra plana.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agora"Toque em meus amigos de novo e eu furo seus olhos."
Beau Tem Medo
3.2 411Mais uma bola fora desse diretor. Até quando?
Saudades do tempo em que Lars Von Trier era a única enganação do cinema "de arte".
Um filme ser "surtado", "diferente", "original" ou seja lá o adjetivo que for, não necessariamente significa que isso traga uma garantia de qualidade.
Ari Aster ainda tem que comer muito arroz e feijão pra chegar no mesmo nível de Luis Buñuel ou David Lynch.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraUm filme pedante que se acha mais do que é (o que mais tem por aí é filme de família perturbada por tragédia).
Um filme de terror que se nega a ser o que é (para alguns cineastas "sérios", terror é um gênero inferior e por isso certos filmes mais "sérios" do gênero não deveriam ser rotulados como tal).
Um filme que abusa de trilha sonora "arrepiante" pra tentar passar uma atmosfera sinistra mas que não sai do lugar nenhum (um truque barato para quem não sabe passar tensão visualmente).
Enfim, um filme comum, como praticamente todo pós-terror metido a espertão.
Acredito que passaria despercebido pelo público se não fosse a etiqueta de grife que apresenta: o logo da A24.
A24 é o Starbucks do cinema.
Lá, você não compra café. Você compra uma marca, pois agrega status, gera likes no Instagram se postar foto do copo de plástico.
Mas, no fim, é só um copo de café, como qualquer outro. Porém, tem grife.
Exaltar a A24 faz você ser "descolado" nas rodinhas cinéfilas. Agrega status, gera likes no Filmow se fizer lista com os melhores filmes dela.
Mas, no fim, é uma produtora qualquer, como qualquer outra. Porém, tem grife.
Missão: Impossível 7 - Acerto De Contas - Parte 1
3.9 393 Assista AgoraUm filme que não se arrisca, que não sai da sua zona de conforto. Considerando os outros dois últimos filmes da série, o mínimo que se esperava era algo superior. A sensação de déjà vu bateu forte.
Ainda é divertido, porém, igualmente frustrante. Acerto de Contas pt.1 é pouco inspirado. A cena mais famosa do filme, divulgada a rodo nos posters, trailers e making of, acaba que nem é o momento mais empolgante do filme.
Fora que é desnecessariamente longo.
Que a parte 2 não cometa esse erro de entregar um filme morno.
Efeito Fallout é o filme a ser superado!
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraUm beijo pros olavetes e terraplanistas do "quem lacra não lucra". Tão se mordendo, né?
Mas fiquem tranquilos: o "outro filme" também é muito bom. Tão bom quanto o filme de boneca.
Oppenheimer
4.0 1,1KUm Nolan mais seguro, mais discreto, menos presunçoso e alarmista (querer filmar cenas maiores que a vida cansa). Seu melhor filme.
Cillian Murphy e Downey Jr. roubam a cena sem fazer muito esforço - tenho pra mim que o ator de Vingadores se sai bem melhor sendo coadjuvante, não por acaso boa parte dos seus melhores trabalhos não são como protagonista.
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 455"De repente, eu descobri o que queria ser: eu queria ser negro e voador."
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraO primeiro incel a gente nunca esquece.
Máquina do Desejo: Os 60 Anos do Teatro Oficina
4.1 12Vivi pra ver Zé Celso criar um poema concreto relacionando a palavra "cultura" com "cu".
Cassiopéia
3.0 28Não deve em nada ao tal do Toy Story. Tão bom quanto.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraO "A Vida é Bela" dos anos 80, só que razoavelmente melhor e igualmente superestimado.
E olha que adoro filmes sobre cinema/metalinguagem. Mas esse não é um deles.
É Fada!
2.0 314Ancine e leis de incentivo à cultura, sempre defendi vocês.
Mas aqui fica difícil...
Obs: assistido numa sessão dupla com o último episódio de The Idol, no HBO Max. Escolhi um filme aleatório pra tirar o amargo dessa série. Era melhor ter desligado a tv e dormir.
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 636 Assista AgoraMelhor que o primeiro. O que não quer dizer muita coisa.
Pelo menos é curto.
Indiana Jones e a Relíquia do Destino
3.2 331 Assista AgoraQue filme inútil.
Que filme desnecessário.
Que duração longa desnecessária.
Que filme cansativo.
Que cgi artificial.
Que decepção (vindo de um fã que considera Indiana Jones a maior trilogia de ação do cinema, isso chega a doer).
Que falta faz Spielberg na direção.
De repente, O Reino da Caveira de Cristal se tornou um ótimo filme...
O Incrível Hulk
3.1 881 Assista AgoraÉ curioso ver como O Incrível Hulk se desloca totalmente do MCU, seja do início onde tudo era mato ou atualmente, onde nada é novidade (e na maioria das vezes apenas maçante). De certa forma, acho que isso dá a ele o posto de um dos melhores da franquia, ainda que não seja um grande filme - por pouco não é.
E dificilmente seria feito hoje. A primeira e única vez que um ator (e não o produtor) peitou como seria um filme da Marvel Studios.
Diferente de muita gente, eu gosto bastante do Hulk/Banner de Mark Ruffalo, assim como me diverti muito vendo a série da Mulher-Hulk (e também rindo dos nerdolas espumando pelo fato dela simplesmente existir). Mas a encarnação perfeita de ambos os personagens (o doutor, o monstro) ainda pertence a Edward Norton.
E dificilmente vai ser superada.
Jimi Hendrix
4.3 13 Assista AgoraBem basicão. Mas vale pelos depoimentos pessoais de quem o conhecia mais proximamente e de músicos da época que o admiravam, como Eric Clapton e Pete Townshend, ou que deram uma oportunidade antes do estrelato, como Little Richard (Hendrix foi guitarrista da banda de Richard em suas apresentações).
Contato
4.1 804 Assista AgoraO filme ganharia mais pontos se não fosse esse sentimentalismo típico dos filmes hollywoodianos dos anos 90, com aquela trilha sonora chorosa. Algo que ao meu ver envelheceu super mal.
As cenas do clímax com a Jodie Foster seriam excelentes se não fosse isso.
É o tipo de coisa que só Steven Spielberg sabe usar na dose certa - e Zemeckis, um dos seus vários protegidos, só faz exagerar no açúcar. Nada surpreendente vindo de quem fez Forrest Gump.
Magnólia
4.1 1,3K Assista AgoraUm Paul Thomas Anderson muito seguro aqui, mas mais preocupado em impressionar e mostrar que sabe fazer um filme excelente, entretanto, sem soar autêntico. Vemos elementos bem explícitos de Scorsese e Altman. Não necessariamente algo ruim, até porque o filme é uma obra-prima. Mas temos que assumir: todos os filmes que ele fez entre 2002 e 2021 são trabalhos mais autorais, sem necessariamente tentar soar como outro diretor (ok, Sangue Negro lembra Kubrick e Tarkovsky em várias cenas, mas perceba como as referências são mais sutis neste caso). Não apenas autorais, como a maior parte dos filmes desse período também são melhores - incluindo o subestimado Embriagado de Amor.
Mas como falei antes, ainda que imperfeito, Magnólia é uma obra-prima (e obras-primas não precisam ser perfeitas). Um dos 10 melhores filmes daquele ano especial que foi 1999.
Outro grande mérito do diretor e saber tirar leite de pedra de seu elenco. Principalmente Tom Cruise, que entrega a performance da sua vida.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso
4.3 522 Assista AgoraParece um quadro do Pollock. E eu nunca gostei de suas pinturas.
Não que o filme seja exatamente ruim. Mas aquela poluição visual me incomodou bastante. Funcionou no primeiro filme. No segundo já fica desgastado, com excessos, inchado. E ainda vem o terceiro...
The Flash
3.1 749 Assista AgoraNão é o máximo quando filmes de hq se parecem com uma hq de fato e não uma tentativa de algo "sério, sombrio e realista"?
Não? Então tá...
The Flash já nasceu como o filme de super-herói mais subestimado de todos (ou pelo menos do finado DCEU). É divertido pra caralho.
E nada me preparava para "aquela" participação inesperada. Sem dúvidas, o melhor fanservice já feito. Bom, pelo menos para alguém (eu) que gosta da obra que originou essa participação.
Saber rir de si mesmo é uma dádiva pra poucos.
Num mundo justo, seria considerado o melhor filme sobre multiverso.
Chão
4.2 27Infeliz quem chama sem-terra de vagabundo. Não dá pra entender.