Resolvi assistir por apenas dois motivos: Jim Jarmusch e Tilda Swinton. Por ser sobre vampiros, já imaginei um filme boring. Mas, sem expectativa nenhuma, fui surpreendida de uma forma tão sublime que eu gostaria de assistir este filme over, and over, and over..., como num loop infinito! Fui fisgada pela atmosfera, pela condução do filme - que me foi outra surpresa, não achei nada desconexo e isso foi incrível -, a fotografia intimista, as referências e a trilha sonora que, porra, envolve e dá aquela conectada no filme, entrelaça a história. Só sei que vale a pena cada segundo vendo este filme.
Apaixonada demais por esse filme! Figurino, maquiagem, fotografia e trilha sonora impecáveis. Eu adoro os filmes da Sofia Coppola, mas demorei a ver este em razão das críticas que ouvi. Mas não tem jeito, é quase impossível eu não gostar de um filme dela e este realmente me encantou. <3
Estou gostando muito do que a Petra tem feito no cinema. Essa mistura de ficção com realidade, e de forma profundamente poética, me parece ser uma de suas principais marcas como cineasta. Mas, mais importante que nos deixar positivamente confusos quanto ao que é real e o que é ficção, Olmo e a gaivota, tal como Elena, desperta-nos para a reflexão, nos convida a pensar no íntimo do ser humano, nesse caso, no íntimo de uma mulher e a tão difícil fase da gravidez, que pode ser um momento lindo para algumas, mas também um momento assustador para outras. Entre mil e uma outras sensações e sentimentos. Mas o que é certo é que não há um sentimento universal sobre ser mãe, estar grávida, como muitos tentam atestar. Cada mulher vivencia esse momento de uma forma. E pensar isso por meio do cinema foi o grande acerto da Petra. Eu vi a vida na arte e arte na vida nesse filme, é difícil dissociar uma coisa da outra.
Um dos filmes mais lindos que vi recentemente. Uma proposta cinematográfica diferente, principalmente no cinema brasileiro. Uma linha profunda e poética entre o passado e o presente. O cinema pode ser libertador. A arte pode ser libertadora, e certamente o foi para Petra.
Eu achei simplesmente sensacional. Embora trate, aparentemente, de forma superficial a questão dos imigrantes na França e suas dificuldades, o drama vivido por eles é bem exposto, é nítido. Acredito que o diretor opte pelo distanciamento dessa problemática geral justamente porque o foco do filme é o personagem Samba e sua história, que não engloba apenas a sua condição como imigrante. O filme é também sobre as relações que o personagem estabelece com as pessoas a sua volta, e isso é tratado com muita leveza e certa dose de humor, que é a forma como ele procura encarar a vida. Charlotte Gainsbourg também tem seu enfoque na história, considerando seu atual estado psicológico e o modo como se apega a Samba, encontrando nele alguma empolgação para seguir adiante. Gosto dessa atriz porque ela sempre introduz certo mistério e circunspecção a seus personagens. Tudo isso é combinado com uma trilha sonora que dá o pano de fundo perfeito para o desenrolar da(s) história(s). Por fim, o nome de Samba é utilizado, em algumas situações, de forma bastante divertida e apaixonante:
“Samba: Tenho medo de um dia esquecer quem eu sou. Alice: Eu certamente não esquecerei. Se um dia esquecer, é só gritar seu nome. Todos vão pensar que você quer dançar.”
Aquela temática, aquela atmosfera cinematográfica que te faz refletir: como a existência e o ser humano são frágeis. Basta um momento, um sopro, um estalo... e a vida se esvai. A vida é mistério, passo incerto.
Eu realmente gostei de como o filme foi conduzido. De forma sutil e com o típico clima lento dos filmes franceses (pelo menos uma boa parte deles), seguimos tensos. No entanto, sendo isso positivo ou não,
É provável, quem sabe, que a principal mensagem de Miyazaki nesse filme seja retratar a relação desastrosa entre o ser humano e a natureza, direcionando uma forte crítica à forma como exploramos e destruímos o meio ambiente pensando apenas em nossas vaidades, levando o mundo a um total desequilíbrio. No entanto, o que me deixa mais apaixonada por esse filme é o protagonismo feminino retratado, em que duas mulheres exercem papéis de liderança e de importância indiscutível.
O documentário te coloca mais pertinho de Manoel, de tal forma que é possível enxergar a impossibilidade de se dissociar o humano Manoel da poesia, os dois coexistem de forma que um não sobrevive sem o outro. A mistura de depoimentos, belas imagens e poemas emergindo na tela são uma combinação poética que cabe lado a lado com a arte do poeta. Em se tratando de Manoel de Barros, seus poemas carregam uma simplicidade unida a uma profundidade de tal forma que algo mais não se faz necessário, sua poesia fala por si só e nos preenche de encantamento. É tanta doçura em um ser que tudo que por ele é feito só causa amor e contemplação. Certamente, Manoel não será esquecido, sua poesia é além mundo, é além vida!
Que filme sensacional! Mesmo partindo de fragmentos de uma vida, ele é bastante completo ao passar a essência dylanesca contraditória e mutante, sempre com muita poesia. No que diz respeito às atuações, a da Cate Blanchett é de longe a melhor e mais convincente, impecável e sem palavras suficientes para definir.
Esse não é um filme de poucas palavras, no entanto, sei que não importa o que eu diga. A atriz é linda e interpreta belamente e com sucesso essa personagem que vive e existe entre a linha tênue da vida e da morte. É um filme certamente romântico e poético, principalmente na forma em que retrata o assunto da necrofilia (é baseado também em um poema, claro que é poético, mas poderia não ter atingido ao que se propunha, conforme alguns tem como opinião, mas que eu discordo). Vale muito a pena ser visto. Levanta questões sobre o que é a morte, o amor, a vida e do que é ou pode ser o humano. É nítido para mim que a Sandra se relacionava com a morte e com o que somos após ela. Fiquei inclusive pensando a respeito, porque o filme pode levantar dúvidas acerca disso. Pensei em obsessão, é sim uma obsessão, mas que nada tem a ver com controle ou posse material, a conexão dela se dá pelo corpo porque é o único instrumento mais próximo da morte que ela tem.
E no momento em que ela teve um contato com o amor em vida, percebe-se que a plenitude e completude só se deu com a morte de Matt, tanto que ele sabia disso e só via possibilidade de ser amado cometendo suicídio.
Mais interessante ainda é a forma em que ele se viu envolvido por Sandy, o que nos faz refletir no humano, tanto ele quanto ela tem a excentricidade do que pode ser o ser e de como talvez não tenhamos limites. Esse filme não deixa espaço para conservadorismos e tradicionalismos!
Perfeito para conhecer um pouco sobre o grande artista e cineasta que o Woody é! É realmente grande a gama de filmes que ele dirigiu, os roteiros criados e muitas outras façanhas que completam sua carreira artística e o consagram.
Uma das animações mais lindas que eu já vi. Traduz de forma doce alguns aspectos da cultura japonesa! Também adorei as menções à "Alice no País das Maravilhas", de Carrol. Um filme prazeroso de assistir em qualquer dia e a qualquer hora!
Vale ressaltar, o humor negro é um dos grandes pontos positivos do filme, que mesmo tenso provoca risadas exaltadas pela própria loucura da personagem Glória Polk.
A cena da gata caminhando pelo tapete e pela estante até chegar ao banheiro, onde Glória está imersa na banheira
, tem uma atmosfera tensa e misteriosa que só um felino podia causar. Os diálogos são todos muito intensos, cheios de profundidade e muito ressentimento por parte da personagem de Regina Duarte, a qual tem um quê de Senhora D. A insanidade é um tema que me intriga muito, nesse filme a loucura é evidente mas, mesmo assim, surpreende com um final impensado. Uma ótima estreia de Rafael Primot, e devidamente recomendada!
O filme é simplesmente sensacional! Ver o Matthew, ator que fez uma maioria de papéis em comédias românticas por vezes chochas, atuando com tanta maestria é pura satisfação, foi de derramar água dos olhos, sem contar sua transformação física assustadora. Jared Leto foi outro brilhantismo, desempenhou o papel de travesti com tamanha qualidade que era impossível olhar e não vê-lo como tal. O filme tem umas situações que ocasionalmente causam riso, o que torna o filme ilusoriamente mais leve, pois na verdade trata-se de um drama de dar nó na garganta. Acho que nem precisava dizer que os prêmios dados aos atores foram mais que merecidos.
O melhor filme que vi esse ano! O roteiro, a fotografia e os flashes das lembranças da personagem Theodore são incríveis. Eu tive a sensação de que cada cena, cada parte do filme foi pensada com muita particularidade, muito minuciosamente. Joaquin Phoenix está impecável como nunca o vi em outro filme, sua personagem, creio eu, está totalmente diferente de todas que por ele já foram interpretadas, tem uma simpatia, uma delicadeza que conquista o espectador, sem contar a linda combinação de roupas que casou perfeitamente com a caráter e personalidade de Theodore. As reflexões suscitadas durante o filme são infinitas. Creio que dizer que o filme é uma crítica às novas tecnologias é simplificar demais. Não penso que Spike Jonze quis apenas nos chamar a atenção para o possível isolamento que essas tecnologias podem causar, mas também nos fazer pensar sobre o que é real e o que não é. Até que ponto uma boa parte de nossas vidas é pura imaginação, apenas um produto de nosso cérebro? Bom, eu não sei, mas o amor e o prazer tenho certeza de que podem ocorrer de e por diversas formas, a começar por um sistema operacional. Valeu a pena cada segundo desse filme. Creio que ele faturará algumas estatuetas nesse domingo, embora isso não seja de fato algo que comprove a qualidade de um filme.
Não gostei muito do começo, tudo estava indo muito rápido, até um pouco sufocante. No entanto, o filme foi atingindo uma velocidade agradável e desenrolando seu tema, a meu ver, principal: a amizade entre Frances e Sophie, que foi o que mais me tocou no filme, o sentimento verdadeiro que Frances nutria pela amiga e que, a sua maneira, era correspondido por Sophie.
Uma das cenas mais marcantes corresponde ao momento, após a apresentação de dança, em que Frances e Sophie trocam olhares, momento em que podemos ler nos olhos de cada uma a amizade intensa que as une. Uma cena de tirar lágrimas. A última cena do filme também é encantadora: nos dizendo porque Frances Ha!
"Todos os prédios, todos mesmo, tem um lado inútil. Não serve para nada, não dá para a frente nem para o fundo. As medianeras, superfícies que nos dividem e lembram a passagem do tempo, a poluição e a sujeira da cidade. As medianeras mostram nosso lado mais miserável. Revelam a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias. É a sujeira que escondemos embaixo do tapete. Só nos lembramos delas às vezes, quando submetidas ao rigor do tempo, elas aparecem sob os anúncios."
Destaque para as referências, ou quem sabe homenagens, aos cineastas Woody Allen e Tim Burton, possíveis inspirações para o diretor.
Um filme que fala de nossa inevitável herança contemporânea, inciada nos tempos modernos: a solidão, o confinamento em frente às telas. Mas...ele nos dá uma certa dose de esperança com o encontro de Martin e Mariana. ♥ Talvez reste-nos saber utilizar a tecnologia a nosso favor, sem nos rendermos impiedosamente a ela.
Admiro a capacidade do Lars Von Trier de abordar temas polêmicos sem deixar de lado seu caráter artístico. É exatamente isso que ele faz nesse filme sensacional, de fotografia impecável e diálogos riquíssimos. Está muito longe de ser um filme de pornografia, tal como fora afirmado por alguns, muito pelo contrário, ele te choca e emociona muito mais pelo caráter existencial e sentimental da personagem Joe do que pelas cenas de sexo que a envolvem. Primeira parte do filme aprovadíssima! Agora: ansiosa pelo final!
Um filme prazeroso de assistir, com diálogos que instigam à reflexão sobre os sentimentos amor e paixão e sobre a linha tênue entre a ficção e a realidade e o quanto um pode ou não influenciar o outro. Uma película mista de teatro, televisão, cinema e muito romance.
É interessante ressaltar e reconhecer que o filme, contradizendo a história lendária de "Tristão e Isolda" e a personagem Pedro, não apresenta um final trágico, e sim um "the end" feliz.
No entanto, tal como afirma a personagem Danilo, a morte é o único final previsível na vida e de tristeza já estamos repletos. Bom, eu gosto, um tanto, de me iludir com o amor e, como diz Pedro, é mais fácil esquecer uma mentira do que a própria realidade, pois então, permitamo-nos certa dose de ilusão!
Amantes Eternos
3.8 783 Assista AgoraResolvi assistir por apenas dois motivos: Jim Jarmusch e Tilda Swinton. Por ser sobre vampiros, já imaginei um filme boring. Mas, sem expectativa nenhuma, fui surpreendida de uma forma tão sublime que eu gostaria de assistir este filme over, and over, and over..., como num loop infinito! Fui fisgada pela atmosfera, pela condução do filme - que me foi outra surpresa, não achei nada desconexo e isso foi incrível -, a fotografia intimista, as referências e a trilha sonora que, porra, envolve e dá aquela conectada no filme, entrelaça a história. Só sei que vale a pena cada segundo vendo este filme.
Maria Antonieta
3.7 1,3K Assista AgoraApaixonada demais por esse filme! Figurino, maquiagem, fotografia e trilha sonora impecáveis. Eu adoro os filmes da Sofia Coppola, mas demorei a ver este em razão das críticas que ouvi. Mas não tem jeito, é quase impossível eu não gostar de um filme dela e este realmente me encantou. <3
Acossado
4.1 510 Assista AgoraSabe o que eu mais adoro nesse filme? A fotografia e a Jean Seberg ❤️
Olmo e a Gaivota
3.9 149Estou gostando muito do que a Petra tem feito no cinema. Essa mistura de ficção com realidade, e de forma profundamente poética, me parece ser uma de suas principais marcas como cineasta.
Mas, mais importante que nos deixar positivamente confusos quanto ao que é real e o que é ficção, Olmo e a gaivota, tal como Elena, desperta-nos para a reflexão, nos convida a pensar no íntimo do ser humano, nesse caso, no íntimo de uma mulher e a tão difícil fase da gravidez, que pode ser um momento lindo para algumas, mas também um momento assustador para outras. Entre mil e uma outras sensações e sentimentos. Mas o que é certo é que não há um sentimento universal sobre ser mãe, estar grávida, como muitos tentam atestar. Cada mulher vivencia esse momento de uma forma. E pensar isso por meio do cinema foi o grande acerto da Petra.
Eu vi a vida na arte e arte na vida nesse filme, é difícil dissociar uma coisa da outra.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraUm dos filmes mais lindos que vi recentemente. Uma proposta cinematográfica diferente, principalmente no cinema brasileiro.
Uma linha profunda e poética entre o passado e o presente.
O cinema pode ser libertador. A arte pode ser libertadora, e certamente o foi para Petra.
Samba
3.8 336Eu achei simplesmente sensacional.
Embora trate, aparentemente, de forma superficial a questão dos imigrantes na França e suas dificuldades, o drama vivido por eles é bem exposto, é nítido. Acredito que o diretor opte pelo distanciamento dessa problemática geral justamente porque o foco do filme é o personagem Samba e sua história, que não engloba apenas a sua condição como imigrante. O filme é também sobre as relações que o personagem estabelece com as pessoas a sua volta, e isso é tratado com muita leveza e certa dose de humor, que é a forma como ele procura encarar a vida.
Charlotte Gainsbourg também tem seu enfoque na história, considerando seu atual estado psicológico e o modo como se apega a Samba, encontrando nele alguma empolgação para seguir adiante. Gosto dessa atriz porque ela sempre introduz certo mistério e circunspecção a seus personagens.
Tudo isso é combinado com uma trilha sonora que dá o pano de fundo perfeito para o desenrolar da(s) história(s).
Por fim, o nome de Samba é utilizado, em algumas situações, de forma bastante divertida e apaixonante:
“Samba: Tenho medo de um dia esquecer quem eu sou.
Alice: Eu certamente não esquecerei. Se um dia esquecer, é só gritar seu nome. Todos vão pensar que você quer dançar.”
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Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraAquela temática, aquela atmosfera cinematográfica que te faz refletir: como a existência e o ser humano são frágeis. Basta um momento, um sopro, um estalo... e a vida se esvai. A vida é mistério, passo incerto.
Caché
3.8 384 Assista AgoraEu realmente gostei de como o filme foi conduzido. De forma sutil e com o típico clima lento dos filmes franceses (pelo menos uma boa parte deles), seguimos tensos. No entanto, sendo isso positivo ou não,
senti-me decepcionada por não saber, ao final do filme, quem enviava as fitas.
Bom, talvez isso tenha mais relação com a minha necessidade de saber do que com a qualidade do filme.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraÉ provável, quem sabe, que a principal mensagem de Miyazaki nesse filme seja retratar a relação desastrosa entre o ser humano e a natureza, direcionando uma forte crítica à forma como exploramos e destruímos o meio ambiente pensando apenas em nossas vaidades, levando o mundo a um total desequilíbrio. No entanto, o que me deixa mais apaixonada por esse filme é o protagonismo feminino retratado, em que duas mulheres exercem papéis de liderança e de importância indiscutível.
Só Dez Por Cento é Mentira
4.6 144O documentário te coloca mais pertinho de Manoel, de tal forma que é possível enxergar a impossibilidade de se dissociar o humano Manoel da poesia, os dois coexistem de forma que um não sobrevive sem o outro. A mistura de depoimentos, belas imagens e poemas emergindo na tela são uma combinação poética que cabe lado a lado com a arte do poeta.
Em se tratando de Manoel de Barros, seus poemas carregam uma simplicidade unida a uma profundidade de tal forma que algo mais não se faz necessário, sua poesia fala por si só e nos preenche de encantamento. É tanta doçura em um ser que tudo que por ele é feito só causa amor e contemplação. Certamente, Manoel não será esquecido, sua poesia é além mundo, é além vida!
Não Estou Lá
3.9 497 Assista AgoraQue filme sensacional! Mesmo partindo de fragmentos de uma vida, ele é bastante completo ao passar a essência dylanesca contraditória e mutante, sempre com muita poesia.
No que diz respeito às atuações, a da Cate Blanchett é de longe a melhor e mais convincente, impecável e sem palavras suficientes para definir.
Kissed - Cerimônia de Amor
3.7 11Esse não é um filme de poucas palavras, no entanto, sei que não importa o que eu diga.
A atriz é linda e interpreta belamente e com sucesso essa personagem que vive e existe entre a linha tênue da vida e da morte.
É um filme certamente romântico e poético, principalmente na forma em que retrata o assunto da necrofilia (é baseado também em um poema, claro que é poético, mas poderia não ter atingido ao que se propunha, conforme alguns tem como opinião, mas que eu discordo).
Vale muito a pena ser visto. Levanta questões sobre o que é a morte, o amor, a vida e do que é ou pode ser o humano.
É nítido para mim que a Sandra se relacionava com a morte e com o que somos após ela. Fiquei inclusive pensando a respeito, porque o filme pode levantar dúvidas acerca disso. Pensei em obsessão, é sim uma obsessão, mas que nada tem a ver com controle ou posse material, a conexão dela se dá pelo corpo porque é o único instrumento mais próximo da morte que ela tem.
E no momento em que ela teve um contato com o amor em vida, percebe-se que a plenitude e completude só se deu com a morte de Matt, tanto que ele sabia disso e só via possibilidade de ser amado cometendo suicídio.
Mais interessante ainda é a forma em que ele se viu envolvido por Sandy, o que nos faz refletir no humano, tanto ele quanto ela tem a excentricidade do que pode ser o ser e de como talvez não tenhamos limites.
Esse filme não deixa espaço para conservadorismos e tradicionalismos!
Woody Allen: Um Documentário
4.2 134Perfeito para conhecer um pouco sobre o grande artista e cineasta que o Woody é! É realmente grande a gama de filmes que ele dirigiu, os roteiros criados e muitas outras façanhas que completam sua carreira artística e o consagram.
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraQue delícia ser transportada para o Rock anos 70! Sensacional!
Meu Amigo Totoro
4.3 1,3K Assista AgoraUma das animações mais lindas que eu já vi. Traduz de forma doce alguns aspectos da cultura japonesa! Também adorei as menções à "Alice no País das Maravilhas", de Carrol. Um filme prazeroso de assistir em qualquer dia e a qualquer hora!
Gata Velha Ainda Mia
3.6 97 Assista AgoraVale ressaltar, o humor negro é um dos grandes pontos positivos do filme, que mesmo tenso provoca risadas exaltadas pela própria loucura da personagem Glória Polk.
Gata Velha Ainda Mia
3.6 97 Assista AgoraUm filme sensacional! Desde as atuações à fotografia.
A cena da gata caminhando pelo tapete e pela estante até chegar ao banheiro, onde Glória está imersa na banheira
Os diálogos são todos muito intensos, cheios de profundidade e muito ressentimento por parte da personagem de Regina Duarte, a qual tem um quê de Senhora D.
A insanidade é um tema que me intriga muito, nesse filme a loucura é evidente mas, mesmo assim, surpreende com um final impensado. Uma ótima estreia de Rafael Primot, e devidamente recomendada!
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraO filme é simplesmente sensacional! Ver o Matthew, ator que fez uma maioria de papéis em comédias românticas por vezes chochas, atuando com tanta maestria é pura satisfação, foi de derramar água dos olhos, sem contar sua transformação física assustadora.
Jared Leto foi outro brilhantismo, desempenhou o papel de travesti com tamanha qualidade que era impossível olhar e não vê-lo como tal.
O filme tem umas situações que ocasionalmente causam riso, o que torna o filme ilusoriamente mais leve, pois na verdade trata-se de um drama de dar nó na garganta.
Acho que nem precisava dizer que os prêmios dados aos atores foram mais que merecidos.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraPorque a trilha sonora é perfeita e Christian Bale arrasa do começo ao fim!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraO melhor filme que vi esse ano! O roteiro, a fotografia e os flashes das lembranças da personagem Theodore são incríveis. Eu tive a sensação de que cada cena, cada parte do filme foi pensada com muita particularidade, muito minuciosamente.
Joaquin Phoenix está impecável como nunca o vi em outro filme, sua personagem, creio eu, está totalmente diferente de todas que por ele já foram interpretadas, tem uma simpatia, uma delicadeza que conquista o espectador, sem contar a linda combinação de roupas que casou perfeitamente com a caráter e personalidade de Theodore.
As reflexões suscitadas durante o filme são infinitas. Creio que dizer que o filme é uma crítica às novas tecnologias é simplificar demais. Não penso que Spike Jonze quis apenas nos chamar a atenção para o possível isolamento que essas tecnologias podem causar, mas também nos fazer pensar sobre o que é real e o que não é. Até que ponto uma boa parte de nossas vidas é pura imaginação, apenas um produto de nosso cérebro? Bom, eu não sei, mas o amor e o prazer tenho certeza de que podem ocorrer de e por diversas formas, a começar por um sistema operacional.
Valeu a pena cada segundo desse filme. Creio que ele faturará algumas estatuetas nesse domingo, embora isso não seja de fato algo que comprove a qualidade de um filme.
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraNão gostei muito do começo, tudo estava indo muito rápido, até um pouco sufocante. No entanto, o filme foi atingindo uma velocidade agradável e desenrolando seu tema, a meu ver, principal: a amizade entre Frances e Sophie, que foi o que mais me tocou no filme, o sentimento verdadeiro que Frances nutria pela amiga e que, a sua maneira, era correspondido por Sophie.
Uma das cenas mais marcantes corresponde ao momento, após a apresentação de dança, em que Frances e Sophie trocam olhares, momento em que podemos ler nos olhos de cada uma a amizade intensa que as une. Uma cena de tirar lágrimas.
A última cena do filme também é encantadora: nos dizendo porque Frances Ha!
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista Agora"Todos os prédios, todos mesmo, tem um lado inútil. Não serve para nada, não dá para a frente nem para o fundo. As medianeras, superfícies que nos dividem e lembram a passagem do tempo, a poluição e a sujeira da cidade. As medianeras mostram nosso lado mais miserável. Revelam a inconstância, as rachaduras, as soluções provisórias. É a sujeira que escondemos embaixo do tapete. Só nos lembramos delas às vezes, quando submetidas ao rigor do tempo, elas aparecem sob os anúncios."
Destaque para as referências, ou quem sabe homenagens, aos cineastas Woody Allen e Tim Burton, possíveis inspirações para o diretor.
Um filme que fala de nossa inevitável herança contemporânea, inciada nos tempos modernos: a solidão, o confinamento em frente às telas. Mas...ele nos dá uma certa dose de esperança com o encontro de Martin e Mariana. ♥ Talvez reste-nos saber utilizar a tecnologia a nosso favor, sem nos rendermos impiedosamente a ela.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraAdmiro a capacidade do Lars Von Trier de abordar temas polêmicos sem deixar de lado seu caráter artístico. É exatamente isso que ele faz nesse filme sensacional, de fotografia impecável e diálogos riquíssimos. Está muito longe de ser um filme de pornografia, tal como fora afirmado por alguns, muito pelo contrário, ele te choca e emociona muito mais pelo caráter existencial e sentimental da personagem Joe do que pelas cenas de sexo que a envolvem. Primeira parte do filme aprovadíssima! Agora: ansiosa pelo final!
Romance
4.0 573Um filme prazeroso de assistir, com diálogos que instigam à reflexão sobre os sentimentos amor e paixão e sobre a linha tênue entre a ficção e a realidade e o quanto um pode ou não influenciar o outro. Uma película mista de teatro, televisão, cinema e muito romance.
É interessante ressaltar e reconhecer que o filme, contradizendo a história lendária de "Tristão e Isolda" e a personagem Pedro, não apresenta um final trágico, e sim um "the end" feliz.
Bom, eu gosto, um tanto, de me iludir com o amor e, como diz Pedro, é mais fácil esquecer uma mentira do que a própria realidade, pois então, permitamo-nos certa dose de ilusão!