Consumo consciente. Eu poderei resumir para vocês assim. Não é sobre largar mão de tudo e simplesmente virar um franciscano. O consumo consciente te desperta para ter controle das suas próprias vontades e não da vontade que o mercado, que os fast fashions, querem que você tenha.
Não importa o quanto tenhamos, nada compra um propósito na vida. E como saber qual é o seu propósito? Encontrar o seu propósito, aquilo que te move a ser alguém melhor, a tornar o mundo melhor, passa pela libertação da escravidão do consumismo, das rédeas de ter alguém ditando o que é melhor pra você. Ter sempre algo novo, ter sempre mais, trabalhar para ter um carro mais luxuoso, uma casa maior...
Gostei da mensagem do documentário, apesar de arrastado em alguns momentos. O cerne da questão foi bem passado: tenha consciência do que você realmente precisa, do que realmente é útil comprar, e busque aquilo que te faz feliz de verdade, que não passa na próxima estação do ano, ou no próximo modelo novo.
Inevitavelmente está sujeito aos mesmos haters que preguiçosamente reclamaram de “A Bruxa” por não haver sustos gratuitos.
A trilha sonora bem trabalhada e que não usa de jumpscares, pode fadigar quem não imergir na atmosfera proposta, mas foi uma escolha que mexeu comigo especialmente na cena onde Peter
escuta somente o pisca-alerta do carro, e mantem-se paralisado, envolto em sombras, após perceber o que tinha acontecido à Charlie.
O filme usa do medo humano, do ilógico, já na introdução que causa desconfiança e incômodo no espectador... e continua usando do medo de não se ter respostas para tudo e buscar no sobrenatural alguma resposta, do medo de se perder a razão... Vocês perceberam a luz vista por Charlie e por Peter? A luz, no caso, é a razão e, quando ela está perdida, nada pode ser feito em busca da verdade.
Annie, a mãe, tem uma condição hereditária, que acompanhamos durante o filme: histórico de distúrbios mentais da família, sonambulismo severo e indícios de dissociação de identidade, como a avó também tinha.
Vivem em miniatura, com forças maiores a reger tudo? É o pavor da dúvida que o filme não explica. Mas dá indícios de um culto a um demônio, pelo simbolo que aparece e pelos nomes nas paredes indicando invocação. Paimon é
o demônio cultuado e veio em Charlie. Uma das características deste demônio é o apreço pela arte, o que pode explicar a relação e o talento que Annie e filha, Charlie, têm com a escultura e pintura. Inclusive, esta pode ser mais uma característica considerada, como hereditária delas. Além disso, as alergias de Charlie, e suas manias estranhas, também podem remeter aos distúrbios mentais da avó - outra característica hereditária.
A morte de Charlie, não foi acidente, Paimon controlava tudo, seu símbolo aparece no poste onde ela morreu. Ele, Paimon, precisa se fortalecer vindo num corpo masculino, e o escolhido é Peter, desde o início a avó não o entregou ao demônio, porque ela e Annie nãos e falavam, como dito no início por Annie. Só Charlie que a avó podia cuidar, até ficar obsessiva ao ponto de querer amamentar a menina. Charlie é hospedeira do demônio desde o início.
‘Incapaz de definir a Tua forma, eu o vejo ao meu redor. Tua presença preenche meus olhos com teu amor, acalanta meu coração, pois Tu está em todos os lugares'.
"Neste instante, talvez você não queira sentir nada. Talvez você nunca quis sentir algo. Mas fazer com que não se sinta nada, que desperdício! Nossos corações e nossos corpos nos são dados apenas uma vez. E antes que você note, seu coração está exausto." <3
Greta não decepciona! E o filme é tão leve, tão real... A cena onde ela conversa sobre o quer em um relacionamento, e depois toda sua descrição do que é o amor, se encaixa tão perfeitamente na cena final
A cada cena, uma tela! Chorei na história, no capricho, nos detalhes e principalmente por ter tido oportunidade de ver de perto algumas obras desse gênio! Mais de 100 pintores participaram da criação de mais de 60.000 mil quadros para esta animação ficar com os traços do impressionismo de Van Gogh... Mais de 100 pessoas para tentar recriar o que só esse mestre fazia! Incrível!
Espero que de alguma forma ele saiba, que sim, sentimos daqui, o quanto "ele sentiu profundamente, ele sentiu ternamente..."
Amei as metáforas, e a construção angustiante das cenas, especialmente pela câmera em cima da Mãe, criando sufoco e confusão. A natureza sempre se renova, apesar da intervenção destrutiva humana... <3
Que sorte ter visto esse filme pouco depois de ouvir sobre sua relação com Her... Os diretores dos dois filmes foram casados. Seus filmes após o fim do casamento abordam o mesmo tema: solidão e suas perspectivas do fim.
Dentre as várias camadas que os filmes podem ter, eu me atentei a essa especificamente por caber no meu momento pessoal. Cada um sente a arte cinematográfica de forma diferente, e essa percepção, de link entre os filmes, saltou aos meus olhos.
Sob o olhar do diretor Spike, Her aborda seu ponto de vista na personagem de Theodore e suas conversas pós-divórcio: um homem que não queria que sua ex fosse perfeita ou uma "L.A. Wife", mas sabe que várias vezes a afastou por não saber lidar com seus próprios sentimentos... e cai num limbo de lembranças dos bons e maus momentos com ela.
Ao ver Lost in Translation, percebi suas similaridades com Her. Na verdade, Her, feito 10 anos depois, é que se assemelha com LIT: mantém o mesmo enquadramento nos momentos de solidão, e cenas com a câmera na mão, além de manter a mesma sensação estranha de quando se acaba um relacionamento.
LIT me fez notar muitas cenas onde Charlotte, personagem que representa a diretora Sofia, está desconectada de seu marido, apesar desse não ser o enfoque do filme... Ela quer conversar com ele, mas ele está sempre pensando no seu trabalho e não a escuta. Ela se sente cada vez mais sozinha e perdida, sem saber o que quer fazer do futuro, e busca entender esse momento com ajuda da amizade que constrói com Bob, um home experiente, com bom trabalho, mas igualmente solitário.
Os dois estão em Tóquio, incompreendidos externa e internamente... Lost in Translation, ou Perdidos na Tradução, aborda esse estar em um ambiente estranho: não só se refere à cidade japonesa em si, onde eles claramente não se encaixam, mas refere-se também às crises de auto descoberta, de meia idade, de solidão...
Um sentimento de transição paira no filme todo, onde ela e Bob estão juntos nessa solidão que ambos enfrentam em seus relacionamentos, questionando-se se fica mais fácil com o passar do tempo... E ao final do filme, é notório que eles se ajudaram a perceber a mudança que sofreram e como isso muda seus caminhos. O final permite que nós preenchamos a lacuna de como ficaram seus relacionamentos após essa experiência. Eu me arrisco a dizer que terminaram, já que nem Charlotte sentia mais nada pelo marido (vide a cena onde ela liga para amiga querendo desabafar que não sabe com quem casou ou a cena onde olha fotos deles juntos e suas feições denotam distância), e nem Bob conseguia se fazer necessário para a esposa (vida as cenas onde nas ligações deles, ela sempre tem algo mais importante a fazer do que se preocupar em como ele está).
Um filme feito com tanta honestidade de vivências que foi impossível não me identificar nessa sensação de abandono no relacionamento e nessa busca por si mesmo.
“Quanto mais você sabe quem é e o que quer, menos deixa que as coisas o perturbem.”
Fico pensando em como o nome do filme casou tanto com a obra. A escuridão da vida de Selma literal e não literalmente, contrastando com sua paixão por musicais, onde nada nunca dá errado, e ela pode "ver" uma "luz" que não tem ao seu redor. Quase não consigo terminar o filme... Tanto pelas cenas brutais de como o ser humano pode ser mau, tanto pela cenas onde ele pode ser bom, porque na realidade isso nos inquieta, os extremos que podemos alcançar.
Muito marcante pra mim essa obra, sua desconstrução de musicais e de filmagens, seus personagens... e a esperança.
a mulher dele, Carolyn, já começa o filme cortando o que representa a beleza. Flores cortadas na mesa, na sala, na casa toda, mostrando que ali morreu o que era belo. As pétalas de rosas mostram o desejo dele de deflorar Angela, algo que o fez redescobrir a beleza de viver, mesmo sem consumar o ato.
eu tô apaixonada por esse filme! bem teatral, bem forte e de uma profundidade nas personagens que valorizo mais que a parte técnica (impecável, por sinal).
Aí ela volta para o convento, mostrando que para ela não há nada melhor ou maior que Deus e seus caminhos como freira, nem mesmo o futuro pintado pelo rapaz.
onde seu ex, no desenrolar do livro, mostra como ele é a personagem de Jake e ela é o Ray... e ele finalmente cria coragem, finalmente não é mais aquele cara sem ação, e atira em Ray, como se matasse ela na vida real, os dois se ferem... numa relação que acabou tão mal, não tinha como alguém sair ileso. Ele cresceu como pessoa, e mostrou a ela que havia realmente "a matado" quando a deixou esperando no restaurante.
Amei o diálogo final entre ele e Randi, emoções tão difíceis de pôr em tela, e foi tão bem feito e tão tocante... A neve que ele toda vida tenta tirar, é como o passado que insiste em voltar. O antagonismo com o fogo, mostra bem as intensas vivências da personagem de Casey. O seu sobrinho que finalmente chega para preencher a tela, onde antes só passava Casey no canto, solitário. Essa união e a dualidade das personagens, geram ótimas cenas de emoções profundas, que realmente cativam, mas afastam o telespectador mais apressado.
Filme certo, para o público errado. Tive que rever o filme para compreender. O primeiro motivo é a vasta simbologia que faz este filme fugir dos arquétipos de terror... Simbologias satânicas. Não estamos acostumados, olhamos para os lados e temos igrejas, santos, bíblias... Se o filme trouxesse os símbolos religiosos que vemos, seria de fácil compreensão. Mas não. O corvo, o bode, o coelho, a capa vermelha, a própria bruxa, a floresta, a liberdade, o rompimento com a igreja, os lobos, o roubo da pureza... Tudo isso traz mensagens subliminares que ao meu primeiro olhar não pude apreciar e ousei dizer que não gostei do filme...
O segundo motivo é que nesse filme o roteiro não leva à culpa um demônio ou um psicopata...
É a religião doentia. Ela leva a pureza embora, simbolizada pelo desaparecimento do bebê. Outro ponto é o incesto entre os irmãos: Thomasin e Caleb. A cena onde ele parece não saber lidar com o prazer e a culpa, leva o espectador a crer que houve relações entre eles, fora a cena do rio, e a cena onde a própria mãe fala que via ela se insinuando para ele...
O terceiro motivo é Thomasin, vivida por Anya, me deixou confusa várias vezes, até que prestei atenção na segunda vez que vi o filme:
sim, ela era um bruxa since always, ela não se tornou por influência de Black Philip, ela já mostrava sua relutância em várias cenas iniciais, como ser a última a seguir o pai após o julgamento, ela está consciente e livre em sua sexualidade, coisa vista antigamente como bruxaria, e ela não atribui nada à vontade de Deus como toda a família.
A atuação de Anya me deixou bem em dúvidas quanto ao caráter da personagem, mas na verdade, ela quis mostrar o quão confortável a personagem estava em ser ela mesma. Tão confortável que não precisava esconder.
O final, que demorei a interpretar, tive que ler muita coisa para entender que
a partir da cena do corvo, remetendo à aproximação de morte, e consequente morte de todos, leva a personagem de Anya, um desprendimento e necessidade de saber sobre os próximos passos, então ela vai ao Black Philip em busca de respostas e o telespectador também vai junto... A morte da mãe, única provocada por ela, e onde a mãe morre de forma sugestiva em cima da barriga de Thomasin, mostra a troca de papéis e confirma que Thomasin tinha a liberdade que sua mãe queria mas nunca conseguiu obter... Ela diz ao bode que quer ver o mundo após isso, e em mais um simbologia, onde o conhecimento traz mudanças, como comer o fruto proibido, leva Thomasin ao ritual, passagem, lilith e liberdade... Ela flutua, livre agora das amarras da religião, como o satanismo fala.
Sensacional. A personagem de Jake, Louis, passa uma imagem de fragilidade, andando curvado, olhos sempre atentos... O físico não transparece o psicológico, tão bem abordado no filme: um cara sombrio e solitário, tudo é uma troca, não existe para ele envolvimento sentimental com nada. Um filme é bom quando as personagens são profundas, porque as boas técnicas, muitos filmes conseguem obter, mas profundidade não. E esse, got it.
Surpresa, porque eu gostei, e julguei super esse filme antes Achei que ia ter as mesmas piadas vulgares e batidas da maioria dos filmes de comédia americanos, mas eu RI PACAS.
Minimalismo: Um Documentário Sobre Coisas Importantes
3.5 195Consumo consciente. Eu poderei resumir para vocês assim.
Não é sobre largar mão de tudo e simplesmente virar um franciscano.
O consumo consciente te desperta para ter controle das suas próprias vontades e não da vontade que o mercado, que os fast fashions, querem que você tenha.
Não importa o quanto tenhamos, nada compra um propósito na vida. E como saber qual é o seu propósito?
Encontrar o seu propósito, aquilo que te move a ser alguém melhor, a tornar o mundo melhor, passa pela libertação da escravidão do consumismo, das rédeas de ter alguém ditando o que é melhor pra você. Ter sempre algo novo, ter sempre mais, trabalhar para ter um carro mais luxuoso, uma casa maior...
Gostei da mensagem do documentário, apesar de arrastado em alguns momentos. O cerne da questão foi bem passado: tenha consciência do que você realmente precisa, do que realmente é útil comprar, e busque aquilo que te faz feliz de verdade, que não passa na próxima estação do ano, ou no próximo modelo novo.
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraInevitavelmente está sujeito aos mesmos haters que preguiçosamente reclamaram de “A Bruxa” por não haver sustos gratuitos.
A trilha sonora bem trabalhada e que não usa de jumpscares, pode fadigar quem não imergir na atmosfera proposta, mas foi uma escolha que mexeu comigo especialmente na cena onde Peter
escuta somente o pisca-alerta do carro, e mantem-se paralisado, envolto em sombras, após perceber o que tinha acontecido à Charlie.
O filme usa do medo humano, do ilógico, já na introdução que causa desconfiança e incômodo no espectador... e continua usando do medo de não se ter respostas para tudo e buscar no sobrenatural alguma resposta, do medo de se perder a razão... Vocês perceberam a luz vista por Charlie e por Peter? A luz, no caso, é a razão e, quando ela está perdida, nada pode ser feito em busca da verdade.
E quem perdeu a razão?
Annie, a mãe, tem uma condição hereditária, que acompanhamos durante o filme: histórico de distúrbios mentais da família, sonambulismo severo e indícios de dissociação de identidade, como a avó também tinha.
Vivem em miniatura, com forças maiores a reger tudo? É o pavor da dúvida que o filme não explica. Mas dá indícios de um culto a um demônio, pelo simbolo que aparece e pelos nomes nas paredes indicando invocação. Paimon é
o demônio cultuado e veio em Charlie. Uma das características deste demônio é o apreço pela arte, o que pode explicar a relação e o talento que Annie e filha, Charlie, têm com a escultura e pintura. Inclusive, esta pode ser mais uma característica considerada, como hereditária delas. Além disso, as alergias de Charlie, e suas manias estranhas, também podem remeter aos distúrbios mentais da avó - outra característica hereditária.
Outras situações como:
A morte de Charlie, não foi acidente, Paimon controlava tudo, seu símbolo aparece no poste onde ela morreu.
Ele, Paimon, precisa se fortalecer vindo num corpo masculino, e o escolhido é Peter, desde o início a avó não o entregou ao demônio, porque ela e Annie nãos e falavam, como dito no início por Annie. Só Charlie que a avó podia cuidar, até ficar obsessiva ao ponto de querer amamentar a menina. Charlie é hospedeira do demônio desde o início.
E o final do filme é isso mesmo:
a possessão do menino por Paimon, liderado pelo culto da avó e seus membros, é conseguida finalmente depois de anos.
A Forma da Água
3.9 2,7K‘Incapaz de definir a Tua forma, eu o vejo ao meu redor.
Tua presença preenche meus olhos com teu amor, acalanta meu coração,
pois Tu está em todos os lugares'.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista Agora"Neste instante, talvez você não queira sentir nada. Talvez você nunca quis sentir algo. Mas fazer com que não se sinta nada, que desperdício! Nossos corações e nossos corpos nos são dados apenas uma vez. E antes que você note, seu coração está exausto." <3
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraGreta não decepciona! E o filme é tão leve, tão real...
A cena onde ela conversa sobre o quer em um relacionamento, e depois toda sua descrição do que é o amor, se encaixa tão perfeitamente na cena final
com a Sophie: conversando com outras pessoas, mas o olhar se cruza e aí ela sabe - aquela é a sua pessoa na vida!
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraA cada cena, uma tela! Chorei na história, no capricho, nos detalhes e principalmente por ter tido oportunidade de ver de perto algumas obras desse gênio!
Mais de 100 pintores participaram da criação de mais de 60.000 mil quadros para esta animação ficar com os traços do impressionismo de Van Gogh... Mais de 100 pessoas para tentar recriar o que só esse mestre fazia! Incrível!
Espero que de alguma forma ele saiba, que sim, sentimos daqui, o quanto "ele sentiu profundamente, ele sentiu ternamente..."
Vem Oscar!
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAmei as metáforas, e a construção angustiante das cenas, especialmente pela câmera em cima da Mãe, criando sufoco e confusão.
A natureza sempre se renova, apesar da intervenção destrutiva humana... <3
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraSó eu fiquei com o questionamento um pouco além do filme, que é:
será que foi uma crítica também para pensarmos se a vida dos fetos da Segunda valiam mais que a vida das mulheres mortas?
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraQue sorte ter visto esse filme pouco depois de ouvir sobre sua relação com Her... Os diretores dos dois filmes foram casados. Seus filmes após o fim do casamento abordam o mesmo tema: solidão e suas perspectivas do fim.
Dentre as várias camadas que os filmes podem ter, eu me atentei a essa especificamente por caber no meu momento pessoal. Cada um sente a arte cinematográfica de forma diferente, e essa percepção, de link entre os filmes, saltou aos meus olhos.
Sob o olhar do diretor Spike, Her aborda seu ponto de vista na personagem de Theodore e suas conversas pós-divórcio: um homem que não queria que sua ex fosse perfeita ou uma "L.A. Wife", mas sabe que várias vezes a afastou por não saber lidar com seus próprios sentimentos... e cai num limbo de lembranças dos bons e maus momentos com ela.
Ao ver Lost in Translation, percebi suas similaridades com Her. Na verdade, Her, feito 10 anos depois, é que se assemelha com LIT: mantém o mesmo enquadramento nos momentos de solidão, e cenas com a câmera na mão, além de manter a mesma sensação estranha de quando se acaba um relacionamento.
LIT me fez notar muitas cenas onde Charlotte, personagem que representa a diretora Sofia, está desconectada de seu marido, apesar desse não ser o enfoque do filme... Ela quer conversar com ele, mas ele está sempre pensando no seu trabalho e não a escuta. Ela se sente cada vez mais sozinha e perdida, sem saber o que quer fazer do futuro, e busca entender esse momento com ajuda da amizade que constrói com Bob, um home experiente, com bom trabalho, mas igualmente solitário.
Os dois estão em Tóquio, incompreendidos externa e internamente... Lost in Translation, ou Perdidos na Tradução, aborda esse estar em um ambiente estranho: não só se refere à cidade japonesa em si, onde eles claramente não se encaixam, mas refere-se também às crises de auto descoberta, de meia idade, de solidão...
Um sentimento de transição paira no filme todo, onde ela e Bob estão juntos nessa solidão que ambos enfrentam em seus relacionamentos, questionando-se se fica mais fácil com o passar do tempo... E ao final do filme, é notório que eles se ajudaram a perceber a mudança que sofreram e como isso muda seus caminhos. O final permite que nós preenchamos a lacuna de como ficaram seus relacionamentos após essa experiência. Eu me arrisco a dizer que terminaram, já que nem Charlotte sentia mais nada pelo marido (vide a cena onde ela liga para amiga querendo desabafar que não sabe com quem casou ou a cena onde olha fotos deles juntos e suas feições denotam distância), e nem Bob conseguia se fazer necessário para a esposa (vida as cenas onde nas ligações deles, ela sempre tem algo mais importante a fazer do que se preocupar em como ele está).
Um filme feito com tanta honestidade de vivências que foi impossível não me identificar nessa sensação de abandono no relacionamento e nessa busca por si mesmo.
“Quanto mais você sabe quem é e o que quer, menos deixa que as coisas o perturbem.”
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraFico pensando em como o nome do filme casou tanto com a obra. A escuridão da vida de Selma literal e não literalmente, contrastando com sua paixão por musicais, onde nada nunca dá errado, e ela pode "ver" uma "luz" que não tem ao seu redor.
Quase não consigo terminar o filme... Tanto pelas cenas brutais de como o ser humano pode ser mau, tanto pela cenas onde ele pode ser bom, porque na realidade isso nos inquieta, os extremos que podemos alcançar.
Muito marcante pra mim essa obra, sua desconstrução de musicais e de filmagens, seus personagens... e a esperança.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraAs rosas...
a mulher dele, Carolyn, já começa o filme cortando o que representa a beleza.
Flores cortadas na mesa, na sala, na casa toda, mostrando que ali morreu o que era belo.
As pétalas de rosas mostram o desejo dele de deflorar Angela, algo que o fez redescobrir a beleza de viver, mesmo sem consumar o ato.
Gratidão pela música final! <3
O Ditador
3.2 1,8K Assista Agoraeu não lembro quando eu ri mais na minha vida
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista Agoraeu tô apaixonada por esse filme!
bem teatral, bem forte e de uma profundidade nas personagens que valorizo mais que a parte técnica (impecável, por sinal).
Café Com Amor
2.9 483 Assista Agoragente é um lixo
Ida
3.7 439E o que mais? - Ela pergunta.
Aí ela volta para o convento, mostrando que para ela não há nada melhor ou maior que Deus e seus caminhos como freira, nem mesmo o futuro pintado pelo rapaz.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraDO COMEÇO AO FIM UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL.
E esse final,
onde seu ex, no desenrolar do livro, mostra como ele é a personagem de Jake e ela é o Ray... e ele finalmente cria coragem, finalmente não é mais aquele cara sem ação, e atira em Ray, como se matasse ela na vida real, os dois se ferem... numa relação que acabou tão mal, não tinha como alguém sair ileso. Ele cresceu como pessoa, e mostrou a ela que havia realmente "a matado" quando a deixou esperando no restaurante.
Sem fôlego.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraAmei o diálogo final entre ele e Randi, emoções tão difíceis de pôr em tela, e foi tão bem feito e tão tocante...
A neve que ele toda vida tenta tirar, é como o passado que insiste em voltar. O antagonismo com o fogo, mostra bem as intensas vivências da personagem de Casey. O seu sobrinho que finalmente chega para preencher a tela, onde antes só passava Casey no canto, solitário. Essa união e a dualidade das personagens, geram ótimas cenas de emoções profundas, que realmente cativam, mas afastam o telespectador mais apressado.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraFilme certo, para o público errado.
Tive que rever o filme para compreender.
O primeiro motivo é a vasta simbologia que faz este filme fugir dos arquétipos de terror... Simbologias satânicas. Não estamos acostumados, olhamos para os lados e temos igrejas, santos, bíblias... Se o filme trouxesse os símbolos religiosos que vemos, seria de fácil compreensão. Mas não. O corvo, o bode, o coelho, a capa vermelha, a própria bruxa, a floresta, a liberdade, o rompimento com a igreja, os lobos, o roubo da pureza... Tudo isso traz mensagens subliminares que ao meu primeiro olhar não pude apreciar e ousei dizer que não gostei do filme...
O segundo motivo é que nesse filme o roteiro não leva à culpa um demônio ou um psicopata...
É a religião doentia. Ela leva a pureza embora, simbolizada pelo desaparecimento do bebê. Outro ponto é o incesto entre os irmãos: Thomasin e Caleb. A cena onde ele parece não saber lidar com o prazer e a culpa, leva o espectador a crer que houve relações entre eles, fora a cena do rio, e a cena onde a própria mãe fala que via ela se insinuando para ele...
O terceiro motivo é Thomasin, vivida por Anya, me deixou confusa várias vezes, até que prestei atenção na segunda vez que vi o filme:
sim, ela era um bruxa since always, ela não se tornou por influência de Black Philip, ela já mostrava sua relutância em várias cenas iniciais, como ser a última a seguir o pai após o julgamento, ela está consciente e livre em sua sexualidade, coisa vista antigamente como bruxaria, e ela não atribui nada à vontade de Deus como toda a família.
O final, que demorei a interpretar, tive que ler muita coisa para entender que
a partir da cena do corvo, remetendo à aproximação de morte, e consequente morte de todos, leva a personagem de Anya, um desprendimento e necessidade de saber sobre os próximos passos, então ela vai ao Black Philip em busca de respostas e o telespectador também vai junto... A morte da mãe, única provocada por ela, e onde a mãe morre de forma sugestiva em cima da barriga de Thomasin, mostra a troca de papéis e confirma que Thomasin tinha a liberdade que sua mãe queria mas nunca conseguiu obter... Ela diz ao bode que quer ver o mundo após isso, e em mais um simbologia, onde o conhecimento traz mudanças, como comer o fruto proibido, leva Thomasin ao ritual, passagem, lilith e liberdade... Ela flutua, livre agora das amarras da religião, como o satanismo fala.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraSensacional.
A personagem de Jake, Louis, passa uma imagem de fragilidade, andando curvado, olhos sempre atentos... O físico não transparece o psicológico, tão bem abordado no filme: um cara sombrio e solitário, tudo é uma troca, não existe para ele envolvimento sentimental com nada.
Um filme é bom quando as personagens são profundas, porque as boas técnicas, muitos filmes conseguem obter, mas profundidade não. E esse, got it.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista Agorademorei pra gostar do final, mas agora faz todo sentido ela ter feito aquilo,
porque mostra a decisão dela de tratar a ninfomania, ter matado o Seligman fez isso ficar bem claro.
o pecado do final do filme foi
não ter deixado o Seligman assexuado até o fim.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraBach e o paralelo com Cantus Firmus: <3
Celeste e Jesse Para Sempre
3.6 478 Assista Agora"Quando não conseguimos mudar uma situação, somos desafiados a mudar nós mesmos."
quem diria que a melhor frase do filme ia vir do personagem mais nada a ver.
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraSurpresa, porque eu gostei, e julguei super esse filme antes Achei que ia ter as mesmas piadas vulgares e batidas da maioria dos filmes de comédia americanos, mas eu RI PACAS.
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista Agora"O homem não pode mudar suas paixões, Esposito! Pode mudar tudo, mas não se muda de paixão!" <3