Um dos melhores filmes desse ano, roteiro bem amarradinho, personagens carismáticos , cenas de ação muito empolgantes, humor na medida certa e reviravoltas interessantes.
Tom Cruise cada vez melhor e mais à vontade na pele de Ethan Hunt, Rebecca Ferguson entrega uma excelente personagem feminina e Simon Pegg segue muito bem no papel de Benji, sendo o excelente alívio cômico do filme. O personagem de Alec Baldwin tem uma participação curta, mas decisiva e curti bastante. Jeremy Renner e Ving Rhames continuam bem na franquia e Sean Harris faz um vilão realmente amedrontador.
Como destaque cito a já tradicional "cena de assalto" e a perseguição de motos, cenas muito boas. A tão falada cena do avião foi bem legal também, mas o filme foi tão bom que ela ficou até pequena diante de tudo. O plano para revelar o Sindicato eu deduzi antes, mas mesmo assim curti bastante.
Por fim, trilha sonora muito boa, sabiam encaixar a música-tema nos momentos certos, deixando tudo ainda mais empolgante. Grudei na cadeira e nem senti as duas horas passarem.
Estava com esperança que esse filme fosse bom, principalmente pelo tom sério de sci-fi que alguns trailers prometiam, achava que poderia ser legal um filme de super-heróis com um outro tom.
Infelizmente, o filme ficou só no potencial. A primeira parte, com a amizade entre Ben e Reed e o recrutamento desse para o experimento de teleporte até funciona um pouco, a cena do acidente também é interessante, mas após isso o filme desanda e fica cada vez mais terrível.
O maior problema é Victor Von Doom, além do visual terrível, a motivação consegue ser pior ainda.
Ele simplesmente quer governar um mundo devastado, destruindo toda a Terra e ficando sozinho e apenas isso. Outra coisa lamentável é ele conseguir explodir várias pessoas com o pensamento, mas os heróis são apenas arremessados longe ou tem objetos jogados neles.
Outra coisa ruim foi a passagem de tempo no meio do filme.
Depois da tensa cena do acidente temos Ben preso em forma rochosa, com Johnny e Sue desacordados e sem controle sobre os poderes, aí passa um ano e está tudo sob controle.
Uma vez li que passagem de tempo é o recurso preferido de roteiristas ruins para mostrar evolução de personagem, já que dá menos trabalho, e isso ocorre aqui.
Falando nos personagens, não os senti como uma família, nem uma equipe. Ben mal interage com os outros além de Reed, fora que Sue e Johnny não parecem irmãos, pois além de não serem da mesma etnia, não exploram a relação deles. Forçam bem a barra na cena final de ação que, para mim, funcionou bem pouco.
Por fim, algo que me incomodou e é um sinal de como o filme foi feito nas coxas é a peruca da Kate Mara, que além de ser ridícula, mudava de uma cena para outra. Em uma cena cabelo normal, na seguinte a peruca surgia para logo na cena posterior desaparecer e voltar o cabelo normal.
Gostei bastante desse filme, segue a fórmula do estúdio, mas traz um frescor com três elementos: o tema (filme de assalto), a ação explorando os poderes do herói e o elenco de apoio, principalmente pela participação de Michael Peña e seu personagem Luis.
Falando nele, as cenas dele contando como fica sabendo da dica e de alguém procurando o Homem-Formiga, aliado às atuações dos participantes da história, é uma das coisas mais divertidas e criativas que já vi.
E, falando em criatividade, gostei de todas as cenas envolvendo os poderes do Homem-Formiga, principalmente a
luta com o vilão no tapete de brinquedos, mostrando uma destruição gigante que, vista de fora, era algo aparentemente insignificante.
O filme tem suas referências, mas ao contrário do que ocorre em Vingadores: Era de Ultron, não incha o filme e nem se preocupa mais com os filmes futuros do que com si próprio. O filme tem sua história fechada e as referências surgem organicamente nessa história, a preocupação com o futuro fica na pós-créditos, como se deve.
Falando em referências, lista de elenco não é considerada spoiler, mas foi muito bom não saber que
o Falcão ia aparecer, a luta foi uma ótima surpresa e faz todo sentido na historia.
Michael Douglas e seu Hank Pym funcionou muito bem, inclusive sua história pregressa, que me surpreendeu e foi melhor do que imaginei. A relação dele com a filha também ficou interessante, assim como a relação de Scott Lang com a dele. Aliás, falando em Scott, Paul Rudd mandou muito bem como protagonista, tem muito carisma e é bom sabe que já o veremos novamente ano que vem.
Acho que o único ponto fraco acabou sendo o vilão. Fraca motivação e a interpretação um tanto forçada, mas o forte da Marvel Studios não são seus vilões, com exceção de Loki, todos são meio assim, mas funcionam o bastante dentro da história.
Por fim, filme muito bom, melhor que os filmes do Thor e o segundo Vingadores. Fez bonito!
Circunstâncias da vida me fizeram assistir 50 Tons de Cinza ontem e, olha, há muito tempo eu não odiava um filme em níveis tão profundos.
Um é sociopata pedante e a outra uma idiota submissa. Não entendo qual charme existe em um sujeito que controla todos os aspectos da vida da mulher, incluindo o que comer, não deixando nem ela andar livremente, pois até uma visita para a mãe é vista com reprovação, e aparecendo em todos os lugares como uma sombra. Tampouco não entendo que tipo de identificação existe com uma personagem totalmente apagada, que parece existir totalmente em função do cara e com o intuito de satisfazê-lo, não exatamente em se satisfazer.
O Grey pergunta porque ela escolheu literatura, ela não sabe responder, daí ele dá as alternativas para ela escolher, aí só assim Ana consegue responder e, segundo Grey, ainda responde errado. Fora o machismo de "o homem pode ser o comedor, mas a mulher tem que ser virgem", como se ela ter alguma experiência anterior a manchasse para ele.
Enfim, péssimo, dei meia estrela porque se não desse nenhuma ia parecer que esqueci de avaliar essa bomba.
Os Mercenários 3 chegou e, apesar de ainda divertir, vem com menos força do que os dois filmes anteriores.
Acredito que o principal motivo dessa franquia ter conquistado tantas pessoas foi o fator nostálgico, pois trazer aqueles velhos astros de ação dos anos 80 e juntá-los a um time de astros atuais, como Jason Statham, mas seguindo aquele estilo antigo atingiu em cheio uma geração inteira. Os dois primeiros filmes, antes de qualquer coisa, eram uma grande homenagem aos "cinema dos brucutus" e isso divertia por si só.
Esse terceiro filme perde um pouco isso, pois não tem mais tanta essa cara de homenagem. Claro, ainda dá aquela sensação boa rever Stallone, Schwarzenegger, Dolph Lundgren, Harrison Ford e Mel Gibson em um filme desses, mas não passa muito disso, eles não tem tantas cenas memoráveis, apenas algumas piadas que funcionam, outras já não muito. Ainda por cima, depois do primeiro ato a equipe original se desfaz e uma nova surge, que inclui a lutadora Ronda Rousey, mas isso não ajuda o filme, pelo contrário, cai bastante o ritmo, pois como frisei antes a grande graça é a nostalgia, algo que os recém-chegados não trazem de forma alguma.
Felizmente todos acabam se unindo, retomando um bom ritmo para o filme e a adição de Antonio Banderas ajuda muito, pois seu personagem acaba divertindo demais, sendo o mais eficiente alívio cômico da história. As piadas iniciais com Wesley Snipes e sua condição de ex-presidiário na vida real também funcionam, assim como as alfinetas no ausente Bruce Willis, que diverte aqueles que estão por dentro dos problemas de bastidores. Mel Gibson também acerta em cheio na concepção do seu vilão, acho que foi o melhor até o momento.
Algo a se lamentar, no entanto, é o potencial desperdiçado da rivalidade entre os personagens de Snipes e Statham, pois ambos somem durante um bom pedaço do filme, além de Terry Crews, que é um ator muito engraçado e contribui bastante para a ação e acabou retirado da história logo no primeiro ato.
No fim das contas, o filme possui ainda boas cenas de ação e continua sendo uma boa pedida de diversão, mas infelizmente menor do que poderia ser.
A primeira coisa que queria falar sobre Guardiões da Galáxia é que ele ensina muita gente por aí como se deve fazer um bom trailer. Quando vi os trailers, criei boas expectativas e imaginei uma direção que a história tomaria que nada tem a ver com o que foi apresentado, mas o que vi no filme em si foi ainda melhor do que tinha imaginado.
De cara, digo que ele entrou para meu TOP 3 de filmes do Marvel Studios, junto com Vingadores e Capitão América 2, e isso por ter conseguido algo que sempre digo que faltam em muitos filmes da Marvel: equilíbrio entre o humor e o drama. Sim, irônico dizer isso do filme mais engraçado do estúdio até o momento, onde se dá risada quase do começo ao fim, mas é a verdade.
Começando logo naquela cena de marejar os olhos entre o pequeno Peter Quill e sua mãe, ainda no prólogo. Além disso, os momentos dramáticos ocasionados quando o vilão Ronan surge realmente convence que os heróis estão sob uma ameaça grande demais para que possam enfrentar, sozinhos ou mesmo em grupo.
Falando no grupo, os trailers também me deixaram com a impressão errônea que Rocket iria roubar o filme todo para si, mas estava errado. Todos os personagens são extremamente carismáticos e possuem a mesma importância e mesma quantidade de cenas marcantes. Peter Quill sendo o anti-herói em sua jornada em busca de reconhecimento, Rocket sendo um sacana badass, Groot com sua brutalidade e inocência, Drax com sua ira e sua incapacidade de compreender metáforas e Gamora com sua própria jornada de redenção. Embora eu tenha uma tendência em prol de Rocket e Groot, acho muito difícil escolher um favorito.
E, por mais clichê que possa ser um grupo que se detesta e é quase inimigo no começo acabar trabalhando junto (usam até o motivacional de uma fuga para isso, um clichê gigante), a genialidade do filme é subverter vários desses, trazendo algo novo. Como a cena manjada de todos decidirem se unir e ir levantando-se, até que um deles acaba zoando com isso, ou até a clássica caminhada em câmera lenta dos heróis, onde um boceja quase entediado e outro coça a virilha.
As cenas de ação são todas excelentes, coadjuvantes muito bons, efeitos especiais perfeitos, principalmente na criação de Rocket e Groot. Conexão com o restante do universo cinemático são poucas, o filme é quase isolado, mas a conexão principal é a mais importante: jóias do infinito. Mais uma é apresentada e sabemos mais a respeito do que elas são, além de uma pequena, mas substancial, aparição de Thanos.
Por fim, um grande destaque desse filme é o seu clima anos 80. Quem tem mais de 30 anos com certeza se identificou com isso, lembrando-se de grandes filmes espaciais antigos, cheios de aventura, drama e diversão, além de referências velhas como Footlose e, claro, a excepcional trilha sonora que empolgou todo mundo que foi assistir. Realmente é uma Awesome Mix que muita gente vai querer ter, para ouvir e ouvir sem parar.
Ah, para um fã de Star Wars e Indiana Jones como eu, com certeza Rocket e Groot lembraram muito Han Solo e Chewbacca, pois são muito semelhantes em diversos aspectos, desde personalidade e atitudes ao longo do filme ao modo como se comunicam, e Peter Quill lembra um pouco nosso querido arqueólogo aventureiro, sobretudo na primeira cena.
Quem não viu, veja Guardiões da Galáxia, um forte candidato a melhor blockbuster do ano. Diversão e drama, finalmente, na medida certa.
Estava com boas expectativas para Planeta dos Macacos: O Confronto, pois ele é a sequência de um filme que gostei muito, o ótimo Planeta dos Macacos: A Origem, então fiquei bem feliz em ver essas expectativas supridas.
Caesar agora é o líder de uma bem-sucedida e pacífica comunidade de macacos, além de ser pai de dois filhos. O contato com humanos é inexistente, pois como o eficiente prólogo deixa claro, o vírus apresentado no filme anterior aniquilou quase toda a humanidade.
Quando a necessidade de tentar reativar uma usina elétrica faz um grupo de humanos entrar no reino de Caesar a tensão começa. Sim, essa é uma característica forte desse filme, ele é muito tenso. Desde esse primeiro contato até o clímax a gente sente que algo ruim pode acontecer a qualquer momento, seja de um lado ou do outro.
Além dessa tensão, gosto muito das camadas que o filme possui. Nem todos os humanos são bons, nem todos são maus e isso se aplica também aos macacos, portanto, não se pode generalizar, nem julgar pela espécie, mas pelas atitudes de um indivíduo. Infelizmente não é isso que ocorre no filme, nem o que ocorre na vida real, afinal, basta trocar "humanos" e "macacos" por vários tipos de exemplo, passados e presentes.
Os personagens são muito bons, com destaque para Caesar e Koba. O primeiro tenta o máximo que consegue manter a paz, pois conhece os dois lados da humanidade, já o segundo se esforça para criar a guerra, pois acredita que a sobrevivência dos macacos só é possível com a aniquilação dos humanos. A loucura dele desperta nossa raiva, mas se pararmos para pensar que ele sofreu a vida inteira nas mãos de humanos, conseguimos até compreender. Lembra um pouco Magneto dos X-Men nesse aspecto. Ah, essa complexidade vem muito da interpretação de Andy Serkis e Toby Kebbell, que dão vida aos dois personagens.
Os efeitos de captação de movimento estão ainda melhores, ficando evidentes nos detalhes das expressões dos macacos e em seus olhares. Atentem, por exemplo, no encontro de Caesar com seu filho em sua antiga casa e quando Koba simula ser um macaco comum para dois humanos. Excepcional!
Na parte humana do filme, Malcolm surge como o pacifista, em uma representação sem grandes destaques, mas correta, enquanto o personagem de Gary Oldman seria o equivalente ao Koba, mas sem a mesma força e aparecendo menos do que merecia.
O filme faz jus a clássica franquia, pavimentando muito bem o caminho para a sociedade símia que vimos no filme original de 1968.
Tinha deixado passar esse filme, mas com tantos elogios ao segundo resolvi conferir esse antes de ir ao cinema e achei ótimo. Personagens extremamente cativantes, desde o protagonista Soluço e seu parceiro Banguela até mesmo os coadjuvantes. Como não se encantar com um nerd tratando tudo como uma partida de RPG?
A história possui uma mensagem poderosa, começando pela relação entre pai e filho. Uma cena emblemática é quando o Stoick senta para conversar com Soluço e os dois simplesmente não tinham assunto. Como seria diferente os rumos da história se houvesse diálogo entre eles, não?
Outra mensagem importante é sobre superar preconceitos. Muitas vezes temos ideias pré-concebidas sobre algo ou alguém, mas quando nos propomos a conhecer verdadeiramente aquilo, muitas vezes essas ideias mudam. Soluço tinha como objetivo matar dragões e ser como todo mundo, mas quando ele conseguiu ver além e resolveu conhecer, viu que nada era como parecia e um novo mundo se abriu.
E foi através do carismático Banguela que ele descobriu esse novo mundo. E que personagem fascinante, não? Que olhos tão vivos, que movimentos tão naturais! Cativante do começo ao fim, não tem como não se apaixonar por Banguela e querer ter um em casa.
Por fim, depois de gerações vivendo da mesma forma, sem conseguir ir além, a aldeia viking descobre uma nova forma de se viver, quebrando paradigmas. Um filme muito bonito, com várias camadas.
As cenas de ação são fabulosas, muito bem feitas mesmo. E um detalhe bonito foi a consequência da batalha para Soluço, que o torna mais semelhante ainda ao Banguela, selando uma ligação maior ainda entre eles. Primeiro um foi ajudado pelo outro e agora era hora de retribuir. Emocionante!
Recomendado demais, agora ansioso para conferir o segundo.
Conferi hoje e achei muito bom. Primeiro que sempre gosto desse conceito de universos paralelos, principalmente quando exploram essa ideia de diferentes decisões gerando mundos diversos e isso foi muito bem usado aqui.
Em segundo lugar, utilizaram um grupo de vilões que, particularmente, gosto bastante, que é o Sindicato do Crime. Para quem não sabe, eles são uma espécie de contraparte maligna da Liga da Justiça, o que sempre rende uns confrontos interessantes.
O plot aqui é bem simples, o Lex Luthor do mundo do Sindicato, que é um herói, viaja ao universo da Liga da Justiça buscando ajuda para livrar seu mundo da opressão dos vilões. A partir disso vemos diversas lutas muito bacanas, mas em um roteiro que possui não só uma ameaça maior, mas alguns conceitos filosóficos de se imaginar. A reflexão feita pelo vilão Coruja sobre o livre-arbítrio e as múltiplas Terras é bem curiosa.
Falando nele, de longe ele é o melhor personagem do Sindicato do Crime, acompanhado de perto pela Super-Mulher. Enquanto ele exala perigo o tempo inteiro de uma maneira assustadora, ela o faz de forma mais sedutora. Infelizmente, Ultraman, Anel Energético e Johnny Quick não tiveram desenvolvimento semelhante, apesar de serem adversários excepcionais.
E do lado da Liga o grande destaque ficou para o Batman, que lidou muito bem com a ameaça maior de um dos membros do Sindicato e ainda neutralizou outro de forma dissimulada. Talvez alguns reclamem que outros membros da Liga deveriam ter participado mais da resolução, mas como gosto do personagem, isso não me incomodou. Destaque para sua citação de Nietzsche para o Coruja, que foi genial.
Outro que teve um desenvolvimento curioso foi o J'onn J'onzz, que conectou-se lindamente com a filha do presidente. Aliás, a identidade do presidente e de sua filha é um bônus que nos faz sorrir quando os reconhecemos e faz pensar o que mais é diferente.
Por fim, o satélite da Liga parece estar em construção, vemos coisas como a origem do jato invisível e a entrada de alguns membros. Como esse é o primeiro longa animado que vejo da Liga não sei se existe uma cronologia como existia nas séries animadas, mas estou ansioso para descobrir.
Vilões costumam ser interessantes na ficção e quando uma história promete trazer um pouco mais de tridimensionalidade para eles, melhor ainda e é o que ocorre aqui. A jornada da Malévola de Angelina Jolie é o principal ponto forte do filme, nos convencendo e impactando com seu carisma.
Testemunhamos sua inocência e pureza inicial, como e porque isso lhe é roubado e sua jornada que oscila entre a vilania e heroísmo, amor e ódio, vingança e perdão. Muito interessante de se ver.
A conexão que a personagem faz com a princesa Aurora acaba sendo inesperada, tomando rumos muito mais interessantes e trazendo um desfecho que, assim como Valente e Frozen, foge do lugar comum e mostra que as heroínas da Disney tomaram outra postura.
Sobre os coadjuvantes, as três fadas me desagradaram bastante, trazendo um humor que não funciona muito bem e são responsáveis por alguns furos no roteiro, já que elas cuidando de Aurora e adversárias de Malévola não faz muito sentido com o contexto do filme, já que o rei era inimigo do reino mágico. Por outro lado, o corvo Diaval funciona muito bem, tanto em suas interações com Malévola, quase como uma consciência, quanto em suas participações na ação em formas diversas. Personagem muito bom!
Por fim, ponto positivo para os efeitos, visual e maquiagem. Os efeitos de poderes, voo, rajadas de energia e de criaturas ficou muito bom. Já o visual ficou bem interessante, principalmente ao ser usado para refletir o estado de espírito dos personagens, basta reparar o quanto as cores mudam no reino de Malévola quando ela se torna vingativa ou como o castelo do Rei Stefan fica sombrio quando ele se aprofunda na paranoia. E a maquiagem não precisa nem comentar, ficou excelente.
Achei o filme legal, com uma premissa já usada anteriormente em outras obras, mas bem utilizada aqui. Apesar de usar muitas vezes as mesmas cenas, tomava sempre o cuidado de mostrar coisas novas em cada retorno e, além disso, muitas vezes algo era mostrado para nós pela primeira vez, mas o protagonista já tinha vivenciado aquilo, o que era interessante, pois nos surpreendia em até que ponto ele já sabia das coisas.
Cruise está bem no papel do Major Cage, evoluindo bastante ao longo do filme e Emily Blunt como a Rita Vrataski funciona bem como parceira/amor, mas principalmente para nos apresentar aos elementos da trama, sem soar didática demais.
O filme só peca em dois aspectos, o primeiro é a equipe de militares que só é um bando de estereótipos, mas acho que o filme ganharia mais com Cage formando uma ligação com eles em combate. No terceiro ato tentam forçar que ele formou essa ligação, mas em todas as viagens Cage só era mostrado com Rita.
E o segundo, e maior, problema é o final. O filme caminha muito bem, todas as cenas bem construídas, tudo fazendo seu sentido dentro da história do filme, mas eis que sacam um final feliz. Não tenho problemas com finais felizes, desde que eles funcionem organicamente na história, mas não é o que ocorre aqui. O final feliz existe graças à um fato que não faz o menor sentido.
Apesar do final enfraquecer o filme, ele ainda assim vale a pena. Aliás, o humor está presente e, em grande parte, funciona e não fica exagerado. Por fim, ponto positivo para o desembarque na praia, que faz uma referência oportuna ao Dia D, que fez aniversário semana passada.
Conferi o filme ontem, gostei e, apesar de alguns problemas que ele possui, está bem na disputa com os outros filmes de heróis desse ano. Minha irmã perguntou qual dos três gostei mais e até disse que era ele, mas acho difícil comparar filmes com propostas tão diferentes.
Uma coisa que gostei bastante foi o equilíbrio entre os personagens, pois ao contrário do que os posteres mostravam, o Wolverine tem uma grande importância, mas está longe de ser o protagonista, funcionando mais como instrumento para impulsionar os outros personagens.
Agora o grande problema do filme é a tal viagem no tempo, pois o futuro destruído é consequência dos eventos de 1973, mas a situação de Xavier e Magneto lá só muda com a viagem no tempo do Wolverine, porém essa faz o futuro mudar. E, além disso, é impossível tentar encaixar com a trilogia antiga e, ao contrário do prometido, não soluciona os problemas cronológicos da forma que imaginávamos. Quando se chega no final você percebe que a trilogia antiga e os filmes do Wolverine simplesmente não existem mais.
Porém, apesar de furada, eu adoro o tema viagem no tempo e, talvez por isso, tenha gostado tanto. No futuro eu gostei da ideia utilizada com Bishop, achei muito boa a aplicação do poder da Blink (jogadores de Portal piraram) e foi demais o Homem de Gelo aparecendo de verdade. Só achei meio bizarro o novo poder da Kitty, nem por ser diferente da HQ, mas por nunca ter sido mencionado nos filmes anteriores. E toca aqui quem viu Nate Grey (ou Cable, vai saber) andando em meio a destruição.
Já no passado a grande cena, talvez a melhor, foi a do Mercúrio. Quem diria que o mais criticado personagem durante a divulgação do filme seria tão lembrado e até querido agora, hein?! O Mercúrio de Vingadores vai precisar se provar. O restante também foi bom, gostei muito de terem, novamente, associado a História com o filme, colocando morte do Kennedy e Vietnã. Além disso, os personagens estão bacanas, o drama de Xavier, Magneto lembrando o Ultimate na cena dos Sentinelas. Não curti muito o "Fera-Hulk", pois acho que ele devia estar transformado todo o tempo.
Sobre a Mística, gostei da personagem e de sua motivação, mas acho que o grande problema é ela ser a Jennifer Lawrence. Explico, na trilogia antiga a Mística se aceitava plenamente como mutante (vide o diálogo com Noturno), então ela ficava o tempo inteiro como Mística e só mudava de forma para se disfarçar. Em First Class ela ficava o tempo inteiro como Jennifer Lawrence, por assim dizer, mas porque ela tinha todo aquele problema de aceitar-se, quando isso ocorre ela fica azul o tempo inteiro. Porém, nesse filme ela sempre se disfarça de Jennifer Lawrence, até em um momento em que ela vira um militar e quando abandona o disfarce dele ela vira a Jennifer Lawrence militar. Não faz sentido ela assumir essa persona tantas vezes, na minha opinião, mas ela vende muito hoje em dia.
Por fim, lamento que Peter Dinklage não possa ter mostrado o ator excepcional que é com seu Bolívar Trask e adorei a cena pós-créditos. O próximo filme, com esse adversário e com a tábula rasa que a franquia ficou, promete algo diferente. E a Blink me fez pensar como seria legal um filme dos Exilados (ou não...rs).
Gostei bastante do novo filme do Aranha. Antes de mais nada, queria elogiar os efeitos. Se o herói saltando entre os prédios era legal na trilogia original e no primeiro Espetacular, nesse está um tapa na cara de tão bom. Você viaja junto com o herói em seus movimentos, em vários ângulos muito bem feitos e que ficam ainda melhores no 3D. Sim, esse vale a pena (finalmente). Além disso, excelentes as cenas de ação e os efeitos dos poderes do Electro.
Sobre o filme o grande destaque vai para a química e a interação entre Gwen e Peter, que são um casal que funciona muito bem juntos. No entanto, o roteiro também é bacana, curti a forma como solucionaram os três vilões do filme, que tem seu tempo de tela construído de forma harmoniosa e se encaixando bem. O mistério do Richard Parker finalmente é revelado e, apesar de uma coincidência meio deus ex machina, gostei e funciona bem no filme.
Acho que os dois maiores pontos negativos são Tia May e Harry Osborn. A primeira por ser muito apagadinha no filme, se ela fosse cortada nem faria tanta falta, já o segundo até funcionou como vilão, mas não consegui comprar a amizade dele com o Peter, quiseram forçá-los como "melhores amigos" e não colou de jeito nenhum.
O grande momento emocional do filme, de fazer chorar, foi a morte da Gwen, sem sombra de dúvida. Eu e muitos torcemos, ficamos tensos e lamentamos o que houve. Particularmente, fiquei dividido, querendo que ela não abrisse os olhos por saber a importância desse momento, para não falar da coragem em fazê-lo, mas ao mesmo tempo querendo que fosse tudo um engano, tamanho meu apego pela personagem. Isso só mostra como acertaram na construção dela. Aliás, ótimo ter sido ela a fazer o Peter tentar seguir em frente com seu lindo discurso na formatura.
Por fim, gostei das referências, Smithe, Ravencroft e, principalmente, o Jameson (achei demais o WRONG no e-mail, a cara dele). Acho que é o personagem que mais sinto falta da trilogia anterior, mas acho uma decisão acertada não o trazerem, pois não poderia ser o mesmo ator e ele é perfeito.
Conferi hoje o segundo filme do Capitão América e gostei, achei o melhor dessa segunda fase da Marvel nos cinemas.
Acredito que a grande estrela desse filme não é Steve Rogers, Soldado Invernal ou Nick Fury, mas a trama. Achei um roteiro muito bem amarradinho, com uma ideia muito boa, ampliando o que foi apresentado no primeiro filme, entrelaçando SHIELD e Hidra de uma maneira muito criativa, com uma trama conspiratória de espionagem, que trás consequências para todo o Universo Marvel dos cinemas e Tv.
As cenas de ação foram todas muito bem feitas, sobretudo aquelas em que o Soldado Invernal aparece. Aliás, muito bem adaptada aos cinemas a história dele e, em uma nota pessoal, foi muito bom ver não-leitores da hq surpreendendo-se com sua identidade, como sempre defendi que mereciam.
Gostei de todos os personagens. Alexander Pierce, que era o vilão óbvio nos trailers, surpreendeu em como exerceu sua vilania e tinha motivações muito boas, lembrando um pouco Ozymandias, de Watchmen. O Falcão achei um pouco aleatório, mas funcionou bem, sobretudo na ação. Capitão, Viúva, Nick Fury e Hill continuam mandando bem, em maior ou menor escala.
Um tema interessante que o tema aborda, sobretudo em tempos que se fala tanto em ditadura, é o quanto é válida ou não a perda da liberdade em prol da segurança. No fim, inocentes sempre sofrem com essas "soluções".
Muito engraçada a cena do Stan Lee, como sempre, o que me leva ao fato desse filme ser o menos engraçadinho da Marvel, o que me agradou. As cenas pós-créditos, dessa vez, foram ambas proveitosas, bem mais a primeira, claro.
Por fim, 3D desnecessário e mercenário. Quem puder, vai no 2D.
Assisti e, sinceramente, não entendo quem não gostou, acho que foi muita má vontade de gente que ficou muito presa ao filme original.
Esse filme, assim como a versão do Paul Verhoeven, extrapola uma visão do mundo atual em um ambiente futurista, fazendo uma ótima crítica de seu próprio tempo. Padilha, que já tinha tratado de maneira brilhante violência urbana, drogas e política nos dois Tropa de Elite, agora alfineta a política internacional norte-americana, a imprensa manipuladora, indústria da guerra, corrupção e até aborda, de leve, o livre-arbítrio.
Sobre o Robocop, uma coisa que eu sempre dizia vendo os trailers era que não parecia um homem-máquina, como o original, mas um homem de armadura, porém, Padilha foi muito feliz ao, logo no começo,
apresentá-lo todo desmontado, mostrando claramente o que restava do Murphy,
tirando imediatamente a imagem de homem de armadura e fazendo-me comprar esse novo homem-máquina.
Aliás, muito boa a jornada do Murphy de máquina para humano (ou vice-versa?), feita de maneira diferente do original, mas com uma interpretação muito legal do ator Joel Kinnaman. Falando em boa interpretação, Samuel L. Jackson arrebentou, roubando a cena toda vez que aparecia e sua última fala é ótima, com uma ironia brilhante do roteiro. Gary Oldman e Michael Keaton também estavam muito bem.
Além do roteiro repleto de nuances, o filme possui cenas de ação extremamente empolgantes e uma curva dramática muito boa, deixando ao menos eu e minha turma grudados na cadeira, na expectativa do que poderia acontecer.
Por fim, o filme não esqueceu suas origens e honrou o original com várias referências. Estavam ali a Diretiva 4, o "pago um dólar por isso", frases do Robocop, Lewis (agora um parceiro), o ED-209 e, minha favorita, a música-tema.
Valeu muito a pena assistir e honrar esse ótimo trabalho do Padilha.
Filme divertido, muito pela loucura da comunidade e as reações do personagem do Paul Rudd a elas. Acabei me identificando muito com ele, pois acho que reagiria de forma parecida em muitos momentos.
Vale a conferida, até porque gosto muito dos atores principais.
Mais uma ótima parceria DiCaprio/Scorsese. Filme muito bem feito, com foco total em Jordan Belfort, muito bem interpretado por DiCaprio, que apresenta um personagem corrupto, viciado em poder e muito canalha, mas tão carismático que me prendeu, fazendo com que me importasse com seu destino.
Destaco a eficiente interpretação de Kyle Chandler no papel de Agente do FBI, aquela cena dele no metrô diz muito de maneira sutil. Também muito bem está Matthew McConaughey, que em sua única cena manda muito bem e inicia a caminhada de Jordan no mundo corrupto de Wall Street.
Por fim, todas as honras para Leonardo DiCaprio, que apresenta mais um trabalho excelente e cheio de nuances. Os seus discursos motivacionais para a equipe de vendas empolgavam a ponto de me fazer torcer por ele, para no instante seguinte uma expressão dele ou um olhar me lembrar o canalha que está ali.
O filme é tão bom que, sinceramente, não percebi as suas três horas de duração.
Pensei nisso durante o filme e, quando acabou, minha irmã falou que "é um Titanic", no que complementei "com um vulcão no lugar". Mas é bem isso mesmo, por conta de alguns detalhes na trama.
Rapaz pobre e moça rica que se amam, um rico arrogante que a quer de qualquer jeito e uma tragédia sem precedentes, totalmente ao acaso, que acaba vitimando todos. A diferença que, dessa vez, a "Rose" foi junto com o "Jack".
Mas não me entendam mal, gostei sim do filme, principalmente pela mensagem que passa, de que nada importa diante da fúria da natureza. Existem lá suas tramas políticas, mas todos se tornam iguais diante da tragédia provocada pelo vulcão. Aliás, gostei do final, bem corajoso
eles não pouparem ninguém, não se renderem ao final feliz e a cena final foi muito triste e bonita.
As lutas foram muito boas e bem coreografadas, porém a cena da representação da batalha do Senador, apesar de excelente, é uma cópia muito grande de Gladiador, inclusive no resultado, o que incomodou um pouco. O romance também achei meio repentino, mas ok, parece que as mocinhas de Hollywood sempre se apaixonam a primeira vista. Por fim, muito bom o personagem do Adewale Akinnuoye-Agbaje (valeu, Crtl-C), torci muito por ele e mandou muito bem, com uma cena final muito digna.
E, como quase sempre ocorre, o 3D era desnecessário.
Filme bem sessão da tarde, divertido até. O ponto fraco, infelizmente, é o protagonista. Outro ator ou, quem sabe, o personagem escrito de outra forma pudesse tornar o filme melhor.
O Balthazar, personagem do Nicolas Cage, é bacana e o vilão do Alfred Molina é muito legal e rouba o filme. Altamente indicado para ver com crianças, pois elas vão adorar as lutas cheia de efeitos especiais, que estão muito bem feitos.
Bem, assisti o filme no último dia 28 e gostei, porém, ficou muito claro que três filmes realmente é muito e dois estava de bom tamanho. Diferente da trilogia Senhor dos Anéis, aqui as alterações, em sua maioria, não visam valorizar a história e/ou os personagens, mas apenas aumentar a quantidade de cenas e deixar o filme mais longo.
A elfa Tauriel, que está muito linda, não acrescenta em nada na história a não ser um triângulo amoroso, que além de um recurso clichê, ainda é repentino demais. O tão falado Smaug ficou muito bem feito, tanto em sua aparência, como em sua interpretação, porém, a necessidade de criar uma "lutinha" que não existe no livro, na minha opinião, enfraquece o personagem em vez de valorizá-lo, fora que a tal luta é mal feita, tem um desfecho nada a ver que não faz diferença alguma na história e, para ferrar de vez, no momento do ápice o filme simplesmente acaba.
Por fim, uma alteração que estava achando muito bem vinda em relação ao livro era mostrar a missão solo do Gandalf, que estava realmente muito interessante. Porém, conseguiram estragar isso, com o mago deixando aquela magia sutil de lado (mandando bola de energia, inclusive) e com a revelação da identidade do Necromante.
Enfim, um bom filme, com muitos momentos legais (aranhas, corredeiras, o diálogo de Bilbo e Smaug), mas o seu lado caça-níquel incomoda bastante. Acho que o maior defeito do Hobbit é tentar ser épico como Senhor dos Anéis, mas na minha opinião essa necessidade em ser grande o está encolhendo. Teria me ganhado (e muitos outros) com um pouco mais de simplicidade.
Missão: Impossível - Nação Secreta
3.7 805 Assista AgoraUm dos melhores filmes desse ano, roteiro bem amarradinho, personagens carismáticos , cenas de ação muito empolgantes, humor na medida certa e reviravoltas interessantes.
Tom Cruise cada vez melhor e mais à vontade na pele de Ethan Hunt, Rebecca Ferguson entrega uma excelente personagem feminina e Simon Pegg segue muito bem no papel de Benji, sendo o excelente alívio cômico do filme. O personagem de Alec Baldwin tem uma participação curta, mas decisiva e curti bastante. Jeremy Renner e Ving Rhames continuam bem na franquia e Sean Harris faz um vilão realmente amedrontador.
Como destaque cito a já tradicional "cena de assalto" e a perseguição de motos, cenas muito boas. A tão falada cena do avião foi bem legal também, mas o filme foi tão bom que ela ficou até pequena diante de tudo. O plano para revelar o Sindicato eu deduzi antes, mas mesmo assim curti bastante.
Por fim, trilha sonora muito boa, sabiam encaixar a música-tema nos momentos certos, deixando tudo ainda mais empolgante. Grudei na cadeira e nem senti as duas horas passarem.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraEstava com esperança que esse filme fosse bom, principalmente pelo tom sério de sci-fi que alguns trailers prometiam, achava que poderia ser legal um filme de super-heróis com um outro tom.
Infelizmente, o filme ficou só no potencial. A primeira parte, com a amizade entre Ben e Reed e o recrutamento desse para o experimento de teleporte até funciona um pouco, a cena do acidente também é interessante, mas após isso o filme desanda e fica cada vez mais terrível.
O maior problema é Victor Von Doom, além do visual terrível, a motivação consegue ser pior ainda.
Ele simplesmente quer governar um mundo devastado, destruindo toda a Terra e ficando sozinho e apenas isso. Outra coisa lamentável é ele conseguir explodir várias pessoas com o pensamento, mas os heróis são apenas arremessados longe ou tem objetos jogados neles.
Outra coisa ruim foi a passagem de tempo no meio do filme.
Depois da tensa cena do acidente temos Ben preso em forma rochosa, com Johnny e Sue desacordados e sem controle sobre os poderes, aí passa um ano e está tudo sob controle.
Falando nos personagens, não os senti como uma família, nem uma equipe. Ben mal interage com os outros além de Reed, fora que Sue e Johnny não parecem irmãos, pois além de não serem da mesma etnia, não exploram a relação deles. Forçam bem a barra na cena final de ação que, para mim, funcionou bem pouco.
Por fim, algo que me incomodou e é um sinal de como o filme foi feito nas coxas é a peruca da Kate Mara, que além de ser ridícula, mudava de uma cena para outra. Em uma cena cabelo normal, na seguinte a peruca surgia para logo na cena posterior desaparecer e voltar o cabelo normal.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraGostei bastante desse filme, segue a fórmula do estúdio, mas traz um frescor com três elementos: o tema (filme de assalto), a ação explorando os poderes do herói e o elenco de apoio, principalmente pela participação de Michael Peña e seu personagem Luis.
Falando nele, as cenas dele contando como fica sabendo da dica e de alguém procurando o Homem-Formiga, aliado às atuações dos participantes da história, é uma das coisas mais divertidas e criativas que já vi.
E, falando em criatividade, gostei de todas as cenas envolvendo os poderes do Homem-Formiga, principalmente a
luta com o vilão no tapete de brinquedos, mostrando uma destruição gigante que, vista de fora, era algo aparentemente insignificante.
O filme tem suas referências, mas ao contrário do que ocorre em Vingadores: Era de Ultron, não incha o filme e nem se preocupa mais com os filmes futuros do que com si próprio. O filme tem sua história fechada e as referências surgem organicamente nessa história, a preocupação com o futuro fica na pós-créditos, como se deve.
Falando em referências, lista de elenco não é considerada spoiler, mas foi muito bom não saber que
o Falcão ia aparecer, a luta foi uma ótima surpresa e faz todo sentido na historia.
Michael Douglas e seu Hank Pym funcionou muito bem, inclusive sua história pregressa, que me surpreendeu e foi melhor do que imaginei. A relação dele com a filha também ficou interessante, assim como a relação de Scott Lang com a dele. Aliás, falando em Scott, Paul Rudd mandou muito bem como protagonista, tem muito carisma e é bom sabe que já o veremos novamente ano que vem.
Acho que o único ponto fraco acabou sendo o vilão. Fraca motivação e a interpretação um tanto forçada, mas o forte da Marvel Studios não são seus vilões, com exceção de Loki, todos são meio assim, mas funcionam o bastante dentro da história.
Por fim, filme muito bom, melhor que os filmes do Thor e o segundo Vingadores. Fez bonito!
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraEu e um amigo gravamos um podcast sobre o filme, quem quiser ouvir, taí:
https://soundcloud.com/radar-nerd/radar-nerd5-vingadores-era-de-ultron
;)
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraCircunstâncias da vida me fizeram assistir 50 Tons de Cinza ontem e, olha, há muito tempo eu não odiava um filme em níveis tão profundos.
Um é sociopata pedante e a outra uma idiota submissa. Não entendo qual charme existe em um sujeito que controla todos os aspectos da vida da mulher, incluindo o que comer, não deixando nem ela andar livremente, pois até uma visita para a mãe é vista com reprovação, e aparecendo em todos os lugares como uma sombra. Tampouco não entendo que tipo de identificação existe com uma personagem totalmente apagada, que parece existir totalmente em função do cara e com o intuito de satisfazê-lo, não exatamente em se satisfazer.
O Grey pergunta porque ela escolheu literatura, ela não sabe responder, daí ele dá as alternativas para ela escolher, aí só assim Ana consegue responder e, segundo Grey, ainda responde errado. Fora o machismo de "o homem pode ser o comedor, mas a mulher tem que ser virgem", como se ela ter alguma experiência anterior a manchasse para ele.
Enfim, péssimo, dei meia estrela porque se não desse nenhuma ia parecer que esqueci de avaliar essa bomba.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraMeu podcast sobre o filme: https://soundcloud.com/radar-nerd/radar-nerd2-guardioes-da-galaxia
Os Mercenários 3
3.2 915 Assista AgoraOs Mercenários 3 chegou e, apesar de ainda divertir, vem com menos força do que os dois filmes anteriores.
Acredito que o principal motivo dessa franquia ter conquistado tantas pessoas foi o fator nostálgico, pois trazer aqueles velhos astros de ação dos anos 80 e juntá-los a um time de astros atuais, como Jason Statham, mas seguindo aquele estilo antigo atingiu em cheio uma geração inteira. Os dois primeiros filmes, antes de qualquer coisa, eram uma grande homenagem aos "cinema dos brucutus" e isso divertia por si só.
Esse terceiro filme perde um pouco isso, pois não tem mais tanta essa cara de homenagem. Claro, ainda dá aquela sensação boa rever Stallone, Schwarzenegger, Dolph Lundgren, Harrison Ford e Mel Gibson em um filme desses, mas não passa muito disso, eles não tem tantas cenas memoráveis, apenas algumas piadas que funcionam, outras já não muito. Ainda por cima, depois do primeiro ato a equipe original se desfaz e uma nova surge, que inclui a lutadora Ronda Rousey, mas isso não ajuda o filme, pelo contrário, cai bastante o ritmo, pois como frisei antes a grande graça é a nostalgia, algo que os recém-chegados não trazem de forma alguma.
Felizmente todos acabam se unindo, retomando um bom ritmo para o filme e a adição de Antonio Banderas ajuda muito, pois seu personagem acaba divertindo demais, sendo o mais eficiente alívio cômico da história. As piadas iniciais com Wesley Snipes e sua condição de ex-presidiário na vida real também funcionam, assim como as alfinetas no ausente Bruce Willis, que diverte aqueles que estão por dentro dos problemas de bastidores. Mel Gibson também acerta em cheio na concepção do seu vilão, acho que foi o melhor até o momento.
Algo a se lamentar, no entanto, é o potencial desperdiçado da rivalidade entre os personagens de Snipes e Statham, pois ambos somem durante um bom pedaço do filme, além de Terry Crews, que é um ator muito engraçado e contribui bastante para a ação e acabou retirado da história logo no primeiro ato.
No fim das contas, o filme possui ainda boas cenas de ação e continua sendo uma boa pedida de diversão, mas infelizmente menor do que poderia ser.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraA primeira coisa que queria falar sobre Guardiões da Galáxia é que ele ensina muita gente por aí como se deve fazer um bom trailer. Quando vi os trailers, criei boas expectativas e imaginei uma direção que a história tomaria que nada tem a ver com o que foi apresentado, mas o que vi no filme em si foi ainda melhor do que tinha imaginado.
De cara, digo que ele entrou para meu TOP 3 de filmes do Marvel Studios, junto com Vingadores e Capitão América 2, e isso por ter conseguido algo que sempre digo que faltam em muitos filmes da Marvel: equilíbrio entre o humor e o drama. Sim, irônico dizer isso do filme mais engraçado do estúdio até o momento, onde se dá risada quase do começo ao fim, mas é a verdade.
Começando logo naquela cena de marejar os olhos entre o pequeno Peter Quill e sua mãe, ainda no prólogo. Além disso, os momentos dramáticos ocasionados quando o vilão Ronan surge realmente convence que os heróis estão sob uma ameaça grande demais para que possam enfrentar, sozinhos ou mesmo em grupo.
Falando no grupo, os trailers também me deixaram com a impressão errônea que Rocket iria roubar o filme todo para si, mas estava errado. Todos os personagens são extremamente carismáticos e possuem a mesma importância e mesma quantidade de cenas marcantes. Peter Quill sendo o anti-herói em sua jornada em busca de reconhecimento, Rocket sendo um sacana badass, Groot com sua brutalidade e inocência, Drax com sua ira e sua incapacidade de compreender metáforas e Gamora com sua própria jornada de redenção. Embora eu tenha uma tendência em prol de Rocket e Groot, acho muito difícil escolher um favorito.
E, por mais clichê que possa ser um grupo que se detesta e é quase inimigo no começo acabar trabalhando junto (usam até o motivacional de uma fuga para isso, um clichê gigante), a genialidade do filme é subverter vários desses, trazendo algo novo. Como a cena manjada de todos decidirem se unir e ir levantando-se, até que um deles acaba zoando com isso, ou até a clássica caminhada em câmera lenta dos heróis, onde um boceja quase entediado e outro coça a virilha.
As cenas de ação são todas excelentes, coadjuvantes muito bons, efeitos especiais perfeitos, principalmente na criação de Rocket e Groot. Conexão com o restante do universo cinemático são poucas, o filme é quase isolado, mas a conexão principal é a mais importante: jóias do infinito. Mais uma é apresentada e sabemos mais a respeito do que elas são, além de uma pequena, mas substancial, aparição de Thanos.
Por fim, um grande destaque desse filme é o seu clima anos 80. Quem tem mais de 30 anos com certeza se identificou com isso, lembrando-se de grandes filmes espaciais antigos, cheios de aventura, drama e diversão, além de referências velhas como Footlose e, claro, a excepcional trilha sonora que empolgou todo mundo que foi assistir. Realmente é uma Awesome Mix que muita gente vai querer ter, para ouvir e ouvir sem parar.
Ah, para um fã de Star Wars e Indiana Jones como eu, com certeza Rocket e Groot lembraram muito Han Solo e Chewbacca, pois são muito semelhantes em diversos aspectos, desde personalidade e atitudes ao longo do filme ao modo como se comunicam, e Peter Quill lembra um pouco nosso querido arqueólogo aventureiro, sobretudo na primeira cena.
Quem não viu, veja Guardiões da Galáxia, um forte candidato a melhor blockbuster do ano. Diversão e drama, finalmente, na medida certa.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraEstava com boas expectativas para Planeta dos Macacos: O Confronto, pois ele é a sequência de um filme que gostei muito, o ótimo Planeta dos Macacos: A Origem, então fiquei bem feliz em ver essas expectativas supridas.
Caesar agora é o líder de uma bem-sucedida e pacífica comunidade de macacos, além de ser pai de dois filhos. O contato com humanos é inexistente, pois como o eficiente prólogo deixa claro, o vírus apresentado no filme anterior aniquilou quase toda a humanidade.
Quando a necessidade de tentar reativar uma usina elétrica faz um grupo de humanos entrar no reino de Caesar a tensão começa. Sim, essa é uma característica forte desse filme, ele é muito tenso. Desde esse primeiro contato até o clímax a gente sente que algo ruim pode acontecer a qualquer momento, seja de um lado ou do outro.
Além dessa tensão, gosto muito das camadas que o filme possui. Nem todos os humanos são bons, nem todos são maus e isso se aplica também aos macacos, portanto, não se pode generalizar, nem julgar pela espécie, mas pelas atitudes de um indivíduo. Infelizmente não é isso que ocorre no filme, nem o que ocorre na vida real, afinal, basta trocar "humanos" e "macacos" por vários tipos de exemplo, passados e presentes.
Os personagens são muito bons, com destaque para Caesar e Koba. O primeiro tenta o máximo que consegue manter a paz, pois conhece os dois lados da humanidade, já o segundo se esforça para criar a guerra, pois acredita que a sobrevivência dos macacos só é possível com a aniquilação dos humanos. A loucura dele desperta nossa raiva, mas se pararmos para pensar que ele sofreu a vida inteira nas mãos de humanos, conseguimos até compreender. Lembra um pouco Magneto dos X-Men nesse aspecto. Ah, essa complexidade vem muito da interpretação de Andy Serkis e Toby Kebbell, que dão vida aos dois personagens.
Os efeitos de captação de movimento estão ainda melhores, ficando evidentes nos detalhes das expressões dos macacos e em seus olhares. Atentem, por exemplo, no encontro de Caesar com seu filho em sua antiga casa e quando Koba simula ser um macaco comum para dois humanos. Excepcional!
Na parte humana do filme, Malcolm surge como o pacifista, em uma representação sem grandes destaques, mas correta, enquanto o personagem de Gary Oldman seria o equivalente ao Koba, mas sem a mesma força e aparecendo menos do que merecia.
O filme faz jus a clássica franquia, pavimentando muito bem o caminho para a sociedade símia que vimos no filme original de 1968.
Como Treinar o seu Dragão
4.2 2,4K Assista AgoraTinha deixado passar esse filme, mas com tantos elogios ao segundo resolvi conferir esse antes de ir ao cinema e achei ótimo. Personagens extremamente cativantes, desde o protagonista Soluço e seu parceiro Banguela até mesmo os coadjuvantes. Como não se encantar com um nerd tratando tudo como uma partida de RPG?
A história possui uma mensagem poderosa, começando pela relação entre pai e filho. Uma cena emblemática é quando o Stoick senta para conversar com Soluço e os dois simplesmente não tinham assunto. Como seria diferente os rumos da história se houvesse diálogo entre eles, não?
Outra mensagem importante é sobre superar preconceitos. Muitas vezes temos ideias pré-concebidas sobre algo ou alguém, mas quando nos propomos a conhecer verdadeiramente aquilo, muitas vezes essas ideias mudam. Soluço tinha como objetivo matar dragões e ser como todo mundo, mas quando ele conseguiu ver além e resolveu conhecer, viu que nada era como parecia e um novo mundo se abriu.
E foi através do carismático Banguela que ele descobriu esse novo mundo. E que personagem fascinante, não? Que olhos tão vivos, que movimentos tão naturais! Cativante do começo ao fim, não tem como não se apaixonar por Banguela e querer ter um em casa.
Por fim, depois de gerações vivendo da mesma forma, sem conseguir ir além, a aldeia viking descobre uma nova forma de se viver, quebrando paradigmas. Um filme muito bonito, com várias camadas.
As cenas de ação são fabulosas, muito bem feitas mesmo. E um detalhe bonito foi a consequência da batalha para Soluço, que o torna mais semelhante ainda ao Banguela, selando uma ligação maior ainda entre eles. Primeiro um foi ajudado pelo outro e agora era hora de retribuir. Emocionante!
Recomendado demais, agora ansioso para conferir o segundo.
Liga da Justiça: Crise em Duas Terras
3.7 185 Assista AgoraConferi hoje e achei muito bom. Primeiro que sempre gosto desse conceito de universos paralelos, principalmente quando exploram essa ideia de diferentes decisões gerando mundos diversos e isso foi muito bem usado aqui.
Em segundo lugar, utilizaram um grupo de vilões que, particularmente, gosto bastante, que é o Sindicato do Crime. Para quem não sabe, eles são uma espécie de contraparte maligna da Liga da Justiça, o que sempre rende uns confrontos interessantes.
O plot aqui é bem simples, o Lex Luthor do mundo do Sindicato, que é um herói, viaja ao universo da Liga da Justiça buscando ajuda para livrar seu mundo da opressão dos vilões. A partir disso vemos diversas lutas muito bacanas, mas em um roteiro que possui não só uma ameaça maior, mas alguns conceitos filosóficos de se imaginar. A reflexão feita pelo vilão Coruja sobre o livre-arbítrio e as múltiplas Terras é bem curiosa.
Falando nele, de longe ele é o melhor personagem do Sindicato do Crime, acompanhado de perto pela Super-Mulher. Enquanto ele exala perigo o tempo inteiro de uma maneira assustadora, ela o faz de forma mais sedutora. Infelizmente, Ultraman, Anel Energético e Johnny Quick não tiveram desenvolvimento semelhante, apesar de serem adversários excepcionais.
E do lado da Liga o grande destaque ficou para o Batman, que lidou muito bem com a ameaça maior de um dos membros do Sindicato e ainda neutralizou outro de forma dissimulada. Talvez alguns reclamem que outros membros da Liga deveriam ter participado mais da resolução, mas como gosto do personagem, isso não me incomodou. Destaque para sua citação de Nietzsche para o Coruja, que foi genial.
Outro que teve um desenvolvimento curioso foi o J'onn J'onzz, que conectou-se lindamente com a filha do presidente. Aliás, a identidade do presidente e de sua filha é um bônus que nos faz sorrir quando os reconhecemos e faz pensar o que mais é diferente.
Por fim, o satélite da Liga parece estar em construção, vemos coisas como a origem do jato invisível e a entrada de alguns membros. Como esse é o primeiro longa animado que vejo da Liga não sei se existe uma cronologia como existia nas séries animadas, mas estou ansioso para descobrir.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraVilões costumam ser interessantes na ficção e quando uma história promete trazer um pouco mais de tridimensionalidade para eles, melhor ainda e é o que ocorre aqui. A jornada da Malévola de Angelina Jolie é o principal ponto forte do filme, nos convencendo e impactando com seu carisma.
Testemunhamos sua inocência e pureza inicial, como e porque isso lhe é roubado e sua jornada que oscila entre a vilania e heroísmo, amor e ódio, vingança e perdão. Muito interessante de se ver.
A conexão que a personagem faz com a princesa Aurora acaba sendo inesperada, tomando rumos muito mais interessantes e trazendo um desfecho que, assim como Valente e Frozen, foge do lugar comum e mostra que as heroínas da Disney tomaram outra postura.
Sobre os coadjuvantes, as três fadas me desagradaram bastante, trazendo um humor que não funciona muito bem e são responsáveis por alguns furos no roteiro, já que elas cuidando de Aurora e adversárias de Malévola não faz muito sentido com o contexto do filme, já que o rei era inimigo do reino mágico. Por outro lado, o corvo Diaval funciona muito bem, tanto em suas interações com Malévola, quase como uma consciência, quanto em suas participações na ação em formas diversas. Personagem muito bom!
Por fim, ponto positivo para os efeitos, visual e maquiagem. Os efeitos de poderes, voo, rajadas de energia e de criaturas ficou muito bom. Já o visual ficou bem interessante, principalmente ao ser usado para refletir o estado de espírito dos personagens, basta reparar o quanto as cores mudam no reino de Malévola quando ela se torna vingativa ou como o castelo do Rei Stefan fica sombrio quando ele se aprofunda na paranoia. E a maquiagem não precisa nem comentar, ficou excelente.
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraAchei o filme legal, com uma premissa já usada anteriormente em outras obras, mas bem utilizada aqui. Apesar de usar muitas vezes as mesmas cenas, tomava sempre o cuidado de mostrar coisas novas em cada retorno e, além disso, muitas vezes algo era mostrado para nós pela primeira vez, mas o protagonista já tinha vivenciado aquilo, o que era interessante, pois nos surpreendia em até que ponto ele já sabia das coisas.
Cruise está bem no papel do Major Cage, evoluindo bastante ao longo do filme e Emily Blunt como a Rita Vrataski funciona bem como parceira/amor, mas principalmente para nos apresentar aos elementos da trama, sem soar didática demais.
O filme só peca em dois aspectos, o primeiro é a equipe de militares que só é um bando de estereótipos, mas acho que o filme ganharia mais com Cage formando uma ligação com eles em combate. No terceiro ato tentam forçar que ele formou essa ligação, mas em todas as viagens Cage só era mostrado com Rita.
E o segundo, e maior, problema é o final. O filme caminha muito bem, todas as cenas bem construídas, tudo fazendo seu sentido dentro da história do filme, mas eis que sacam um final feliz. Não tenho problemas com finais felizes, desde que eles funcionem organicamente na história, mas não é o que ocorre aqui. O final feliz existe graças à um fato que não faz o menor sentido.
Apesar do final enfraquecer o filme, ele ainda assim vale a pena. Aliás, o humor está presente e, em grande parte, funciona e não fica exagerado. Por fim, ponto positivo para o desembarque na praia, que faz uma referência oportuna ao Dia D, que fez aniversário semana passada.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraConferi o filme ontem, gostei e, apesar de alguns problemas que ele possui, está bem na disputa com os outros filmes de heróis desse ano. Minha irmã perguntou qual dos três gostei mais e até disse que era ele, mas acho difícil comparar filmes com propostas tão diferentes.
Uma coisa que gostei bastante foi o equilíbrio entre os personagens, pois ao contrário do que os posteres mostravam, o Wolverine tem uma grande importância, mas está longe de ser o protagonista, funcionando mais como instrumento para impulsionar os outros personagens.
Agora o grande problema do filme é a tal viagem no tempo, pois o futuro destruído é consequência dos eventos de 1973, mas a situação de Xavier e Magneto lá só muda com a viagem no tempo do Wolverine, porém essa faz o futuro mudar. E, além disso, é impossível tentar encaixar com a trilogia antiga e, ao contrário do prometido, não soluciona os problemas cronológicos da forma que imaginávamos. Quando se chega no final você percebe que a trilogia antiga e os filmes do Wolverine simplesmente não existem mais.
Porém, apesar de furada, eu adoro o tema viagem no tempo e, talvez por isso, tenha gostado tanto. No futuro eu gostei da ideia utilizada com Bishop, achei muito boa a aplicação do poder da Blink (jogadores de Portal piraram) e foi demais o Homem de Gelo aparecendo de verdade. Só achei meio bizarro o novo poder da Kitty, nem por ser diferente da HQ, mas por nunca ter sido mencionado nos filmes anteriores. E toca aqui quem viu Nate Grey (ou Cable, vai saber) andando em meio a destruição.
Já no passado a grande cena, talvez a melhor, foi a do Mercúrio. Quem diria que o mais criticado personagem durante a divulgação do filme seria tão lembrado e até querido agora, hein?! O Mercúrio de Vingadores vai precisar se provar. O restante também foi bom, gostei muito de terem, novamente, associado a História com o filme, colocando morte do Kennedy e Vietnã. Além disso, os personagens estão bacanas, o drama de Xavier, Magneto lembrando o Ultimate na cena dos Sentinelas. Não curti muito o "Fera-Hulk", pois acho que ele devia estar transformado todo o tempo.
Sobre a Mística, gostei da personagem e de sua motivação, mas acho que o grande problema é ela ser a Jennifer Lawrence. Explico, na trilogia antiga a Mística se aceitava plenamente como mutante (vide o diálogo com Noturno), então ela ficava o tempo inteiro como Mística e só mudava de forma para se disfarçar. Em First Class ela ficava o tempo inteiro como Jennifer Lawrence, por assim dizer, mas porque ela tinha todo aquele problema de aceitar-se, quando isso ocorre ela fica azul o tempo inteiro. Porém, nesse filme ela sempre se disfarça de Jennifer Lawrence, até em um momento em que ela vira um militar e quando abandona o disfarce dele ela vira a Jennifer Lawrence militar. Não faz sentido ela assumir essa persona tantas vezes, na minha opinião, mas ela vende muito hoje em dia.
Por fim, lamento que Peter Dinklage não possa ter mostrado o ator excepcional que é com seu Bolívar Trask e adorei a cena pós-créditos. O próximo filme, com esse adversário e com a tábula rasa que a franquia ficou, promete algo diferente. E a Blink me fez pensar como seria legal um filme dos Exilados (ou não...rs).
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraGostei bastante do novo filme do Aranha. Antes de mais nada, queria elogiar os efeitos. Se o herói saltando entre os prédios era legal na trilogia original e no primeiro Espetacular, nesse está um tapa na cara de tão bom. Você viaja junto com o herói em seus movimentos, em vários ângulos muito bem feitos e que ficam ainda melhores no 3D. Sim, esse vale a pena (finalmente). Além disso, excelentes as cenas de ação e os efeitos dos poderes do Electro.
Sobre o filme o grande destaque vai para a química e a interação entre Gwen e Peter, que são um casal que funciona muito bem juntos. No entanto, o roteiro também é bacana, curti a forma como solucionaram os três vilões do filme, que tem seu tempo de tela construído de forma harmoniosa e se encaixando bem. O mistério do Richard Parker finalmente é revelado e, apesar de uma coincidência meio deus ex machina, gostei e funciona bem no filme.
Acho que os dois maiores pontos negativos são Tia May e Harry Osborn. A primeira por ser muito apagadinha no filme, se ela fosse cortada nem faria tanta falta, já o segundo até funcionou como vilão, mas não consegui comprar a amizade dele com o Peter, quiseram forçá-los como "melhores amigos" e não colou de jeito nenhum.
O grande momento emocional do filme, de fazer chorar, foi a morte da Gwen, sem sombra de dúvida. Eu e muitos torcemos, ficamos tensos e lamentamos o que houve. Particularmente, fiquei dividido, querendo que ela não abrisse os olhos por saber a importância desse momento, para não falar da coragem em fazê-lo, mas ao mesmo tempo querendo que fosse tudo um engano, tamanho meu apego pela personagem. Isso só mostra como acertaram na construção dela. Aliás, ótimo ter sido ela a fazer o Peter tentar seguir em frente com seu lindo discurso na formatura.
Por fim, gostei das referências, Smithe, Ravencroft e, principalmente, o Jameson (achei demais o WRONG no e-mail, a cara dele). Acho que é o personagem que mais sinto falta da trilogia anterior, mas acho uma decisão acertada não o trazerem, pois não poderia ser o mesmo ator e ele é perfeito.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraConferi hoje o segundo filme do Capitão América e gostei, achei o melhor dessa segunda fase da Marvel nos cinemas.
Acredito que a grande estrela desse filme não é Steve Rogers, Soldado Invernal ou Nick Fury, mas a trama. Achei um roteiro muito bem amarradinho, com uma ideia muito boa, ampliando o que foi apresentado no primeiro filme, entrelaçando SHIELD e Hidra de uma maneira muito criativa, com uma trama conspiratória de espionagem, que trás consequências para todo o Universo Marvel dos cinemas e Tv.
As cenas de ação foram todas muito bem feitas, sobretudo aquelas em que o Soldado Invernal aparece. Aliás, muito bem adaptada aos cinemas a história dele e, em uma nota pessoal, foi muito bom ver não-leitores da hq surpreendendo-se com sua identidade, como sempre defendi que mereciam.
Gostei de todos os personagens. Alexander Pierce, que era o vilão óbvio nos trailers, surpreendeu em como exerceu sua vilania e tinha motivações muito boas, lembrando um pouco Ozymandias, de Watchmen. O Falcão achei um pouco aleatório, mas funcionou bem, sobretudo na ação. Capitão, Viúva, Nick Fury e Hill continuam mandando bem, em maior ou menor escala.
Um tema interessante que o tema aborda, sobretudo em tempos que se fala tanto em ditadura, é o quanto é válida ou não a perda da liberdade em prol da segurança. No fim, inocentes sempre sofrem com essas "soluções".
Muito engraçada a cena do Stan Lee, como sempre, o que me leva ao fato desse filme ser o menos engraçadinho da Marvel, o que me agradou. As cenas pós-créditos, dessa vez, foram ambas proveitosas, bem mais a primeira, claro.
Por fim, 3D desnecessário e mercenário. Quem puder, vai no 2D.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraAssisti e, sinceramente, não entendo quem não gostou, acho que foi muita má vontade de gente que ficou muito presa ao filme original.
Esse filme, assim como a versão do Paul Verhoeven, extrapola uma visão do mundo atual em um ambiente futurista, fazendo uma ótima crítica de seu próprio tempo. Padilha, que já tinha tratado de maneira brilhante violência urbana, drogas e política nos dois Tropa de Elite, agora alfineta a política internacional norte-americana, a imprensa manipuladora, indústria da guerra, corrupção e até aborda, de leve, o livre-arbítrio.
Sobre o Robocop, uma coisa que eu sempre dizia vendo os trailers era que não parecia um homem-máquina, como o original, mas um homem de armadura, porém, Padilha foi muito feliz ao, logo no começo,
apresentá-lo todo desmontado, mostrando claramente o que restava do Murphy,
Aliás, muito boa a jornada do Murphy de máquina para humano (ou vice-versa?), feita de maneira diferente do original, mas com uma interpretação muito legal do ator Joel Kinnaman. Falando em boa interpretação, Samuel L. Jackson arrebentou, roubando a cena toda vez que aparecia e sua última fala é ótima, com uma ironia brilhante do roteiro. Gary Oldman e Michael Keaton também estavam muito bem.
Além do roteiro repleto de nuances, o filme possui cenas de ação extremamente empolgantes e uma curva dramática muito boa, deixando ao menos eu e minha turma grudados na cadeira, na expectativa do que poderia acontecer.
Por fim, o filme não esqueceu suas origens e honrou o original com várias referências. Estavam ali a Diretiva 4, o "pago um dólar por isso", frases do Robocop, Lewis (agora um parceiro), o ED-209 e, minha favorita, a música-tema.
Valeu muito a pena assistir e honrar esse ótimo trabalho do Padilha.
Viajar é Preciso
2.8 586 Assista AgoraFilme divertido, muito pela loucura da comunidade e as reações do personagem do Paul Rudd a elas. Acabei me identificando muito com ele, pois acho que reagiria de forma parecida em muitos momentos.
Vale a conferida, até porque gosto muito dos atores principais.
Madagascar 3: Os Procurados
3.5 1,4K Assista AgoraVi algumas críticas negativas para esse filme e pensei que seria um lixo, mas até que me diverti. Engraçadinho, mas de longe o mais fracos dos três.
O Lobo de Wall Street
4.1 3,4K Assista AgoraMais uma ótima parceria DiCaprio/Scorsese. Filme muito bem feito, com foco total em Jordan Belfort, muito bem interpretado por DiCaprio, que apresenta um personagem corrupto, viciado em poder e muito canalha, mas tão carismático que me prendeu, fazendo com que me importasse com seu destino.
Destaco a eficiente interpretação de Kyle Chandler no papel de Agente do FBI, aquela cena dele no metrô diz muito de maneira sutil. Também muito bem está Matthew McConaughey, que em sua única cena manda muito bem e inicia a caminhada de Jordan no mundo corrupto de Wall Street.
Por fim, todas as honras para Leonardo DiCaprio, que apresenta mais um trabalho excelente e cheio de nuances. Os seus discursos motivacionais para a equipe de vendas empolgavam a ponto de me fazer torcer por ele, para no instante seguinte uma expressão dele ou um olhar me lembrar o canalha que está ali.
O filme é tão bom que, sinceramente, não percebi as suas três horas de duração.
Pompeia
2.7 873 Assista AgoraPensei nisso durante o filme e, quando acabou, minha irmã falou que "é um Titanic", no que complementei "com um vulcão no lugar". Mas é bem isso mesmo, por conta de alguns detalhes na trama.
Rapaz pobre e moça rica que se amam, um rico arrogante que a quer de qualquer jeito e uma tragédia sem precedentes, totalmente ao acaso, que acaba vitimando todos. A diferença que, dessa vez, a "Rose" foi junto com o "Jack".
Mas não me entendam mal, gostei sim do filme, principalmente pela mensagem que passa, de que nada importa diante da fúria da natureza. Existem lá suas tramas políticas, mas todos se tornam iguais diante da tragédia provocada pelo vulcão. Aliás, gostei do final, bem corajoso
eles não pouparem ninguém, não se renderem ao final feliz e a cena final foi muito triste e bonita.
As lutas foram muito boas e bem coreografadas, porém a cena da representação da batalha do Senador, apesar de excelente, é uma cópia muito grande de Gladiador, inclusive no resultado, o que incomodou um pouco. O romance também achei meio repentino, mas ok, parece que as mocinhas de Hollywood sempre se apaixonam a primeira vista. Por fim, muito bom o personagem do Adewale Akinnuoye-Agbaje (valeu, Crtl-C), torci muito por ele e mandou muito bem, com uma cena final muito digna.
E, como quase sempre ocorre, o 3D era desnecessário.
Jogo de Amor em Las Vegas
3.2 1,1K Assista AgoraEngraçadinho, mas como minha esposa disse é bem previsível. Vale ver na Tv, mas não valeria uma locação ou ver no cinema, na minha opinião.
O Aprendiz de Feiticeiro
3.0 1,4K Assista AgoraFilme bem sessão da tarde, divertido até. O ponto fraco, infelizmente, é o protagonista. Outro ator ou, quem sabe, o personagem escrito de outra forma pudesse tornar o filme melhor.
O Balthazar, personagem do Nicolas Cage, é bacana e o vilão do Alfred Molina é muito legal e rouba o filme. Altamente indicado para ver com crianças, pois elas vão adorar as lutas cheia de efeitos especiais, que estão muito bem feitos.
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraBem, assisti o filme no último dia 28 e gostei, porém, ficou muito claro que três filmes realmente é muito e dois estava de bom tamanho. Diferente da trilogia Senhor dos Anéis, aqui as alterações, em sua maioria, não visam valorizar a história e/ou os personagens, mas apenas aumentar a quantidade de cenas e deixar o filme mais longo.
A elfa Tauriel, que está muito linda, não acrescenta em nada na história a não ser um triângulo amoroso, que além de um recurso clichê, ainda é repentino demais. O tão falado Smaug ficou muito bem feito, tanto em sua aparência, como em sua interpretação, porém, a necessidade de criar uma "lutinha" que não existe no livro, na minha opinião, enfraquece o personagem em vez de valorizá-lo, fora que a tal luta é mal feita, tem um desfecho nada a ver que não faz diferença alguma na história e, para ferrar de vez, no momento do ápice o filme simplesmente acaba.
Por fim, uma alteração que estava achando muito bem vinda em relação ao livro era mostrar a missão solo do Gandalf, que estava realmente muito interessante. Porém, conseguiram estragar isso, com o mago deixando aquela magia sutil de lado (mandando bola de energia, inclusive) e com a revelação da identidade do Necromante.
Enfim, um bom filme, com muitos momentos legais (aranhas, corredeiras, o diálogo de Bilbo e Smaug), mas o seu lado caça-níquel incomoda bastante. Acho que o maior defeito do Hobbit é tentar ser épico como Senhor dos Anéis, mas na minha opinião essa necessidade em ser grande o está encolhendo. Teria me ganhado (e muitos outros) com um pouco mais de simplicidade.