"Uma Ideia de Você" é um filme de comédia romântica dirigido por Michael Showalter a partir de um roteiro que ele co-escreveu com Jennifer Westfeldt, baseado no romance homônimo de Robinne Lee. Estrelado por Anne Hathaway e Nicholas Galitzine, o longa-metragem estreou no South by Southwest em 16 de março de 2024 e foi lançado pela Amazon MGM Studios como um filme original do Prime Video em 2 de maio de 2024.
Embora a tentativa de Michael Showalter de ressuscitar a comédia romântica seja admirável, "Uma Ideia de Você" é muito leve e maçante para provocar qualquer mudança de paradigma.
"Uma Ideia de Você" acompanha a personagem Solène, uma mulher divorciada de 40 anos, que não consegue perceber a diferença de um trailer e um banheiro. O seu aniversário de 40 anos parece um velório. Às vezes é difícil acreditar na sua idade, já que em muitos momentos ela se comporta como uma adolescente. Anne Hathaway age como se sua vida dependesse disso, seu desempenho não é ruim, apenas parece que não vem naturalmente, e não ajuda muito quando a atriz chora o filme inteiro.
A atriz tem química com Nicholas Galitzine, especialmente na primeira metade do filme. O jovem e arrojado ator, por sinal, também parece muito consciente de sua boa aparência e charme. O ator consegue entregar charme e tatuagens maneiras, mas convence pouco sobre a maturidade de seu personagem.
"Uma Ideia de Você" acerta ao escolher um assunto que não é abordado muito no cinema, a diferença de idade. Aqui quem carrega o assunto é o papel feminino mais maduro e essa visão não é tão comum de ser vista em filmes. Mesmo o longa-metragem, dando a entender que a noção idílica de alguém é normalmente mais sedutora do que a realidade, nunca é verdadeiramente explorado.
O filme se desenrola lentamente na tela, principalmente no começo. Depois as coisas aceleram com o casal se divertindo muito em uma turnê mundial, onde eles transam apaixonadamente em vários países. O terceiro ato entrega muitas complicações cheias de sentimentalismo e chororô.
"Uma Ideia de Você" é fofo, igual as músicas interpretadas pela sua fictícia boy band, mas extremamente chato e maçante. O filme fará você revirar os olhos diante de toda a pseudo-nostalgia, e em alguns momentos, você zombará das tentativas cringe desse relacionamento.
Olhando para trás, "Dumbo" é decente, mas longe de ser uma das maiores conquistas da Disney. O filme tem 64 minutos e nem sempre parece um filme completo. A animação também não é tão inovadora ou inventiva quanto "Branca de Neve". O longa-metragem é apenas uma imagem animada, sólida e um tanto discreta, despojada sem babados reais ou grandes deleites visuais. Foi intencionalmente filmado dessa forma para recuperar o dinheiro perdido em "Fantasia", e feito com perfeição.
Há uma pequena história agradável, muito pathos misturado com as grandes doses de humor, muita boa música e a habitual habilidade da Disney na técnica. Os seus defeitos são alguns pontos decididamente lentos e episódicos.
No entanto, o personagem Dumbo é um dos mais populares da Disney, talvez seja simplesmente pela história do azarão que ressoa. Toda criança que sente que não se encaixa pode facilmente se conectar com o pequeno Dumbo.
"Dumbo" pode não ser a animação favorita de todos da Disney, mas é um clássico consagrado pelo tempo, cheio de amor, felicidade e emoção. Com um herói animal genuinamente fofo e um enredo apelativo em sentimentalismo, o filme é ideal para crianças mais novas, com o seu humor, charme e um final reconfortante.
Lembrando que "Eu Não Sou Seu Negro" conta uma parte da história dos negros dentro do Estados Unidos da América. Não é uma história global, mas de fatos e acontecimentos de um país específico.
Às vezes, Baldwin parece estar comentando diretamente sobre coisas que aconteceram há apenas um ou dois anos. Suas observações sobre a vida americana são tão penetrantes e relevantes hoje quanto de quando ele as escreveu. Este foi um grande escritor e um cidadão muito útil.
Embora as relações raciais passadas e atuais sejam claramente desenhadas, "Eu Não Sou Seu Negro" de Peck, nunca é sombrio. Isso se deve principalmente à presença da tela carismática de Baldwin, sua paixão por argumentos fundamentados e pelo poder de sua retórica.
Jackson é um bom narrador, mas ele não é James Baldwin. Baldwin tinha uma voz profunda, ressonante, fala rápida e precisa, com uma dicção particular que soava como ninguém. Jackson nos dá um Baldwin fora do tempo, falando devagar e sobriamente, como se proferisse as verdades em um vazio.
Como um retrato de James Baldwin, o documentário é limitado em seu escopo, mas mostra que ele é mais apaixonado e provavelmente enviará pessoas para seus livros. Através das palavras de Baldwin, de imagens, arquivos e dias modernos, o cineasta nos apresenta uma espécie de boletim sobre o estado da nação.
Nós vimos como algumas coisas melhoraram, mas outros aspectos do país pioraram. Os comentários de Baldwin sobre o efeito destruidor da alma da missão da televisão a cabo de excitação ininterrupta, e seu potencial para minar a democracia, aterrissam com força particular. "Eu Não Sou Seu Negro" é um documentário inabalável que faz um ponto poderoso sobre os erros repetidos do passado.
"Thor: Amor e Trovão", dirigido por Taika Waititi, está longe de ser o pior dos grandes espetáculos da Marvel nas telonas. É rápido e direto, mas também insustentável e raso. O filme anterior assumiu sua infantilidade e isso foi ótimo, eu acho que tentaram fazer isso nessa sequência também, porém tudo ficou bobo, sem graça e bagunçado.
Há uma simplicidade e clareza refrescantes na história, para as crianças acompanharem sem problemas, mas os muito pequenos enredo se perdem em meio aos diversos tons que o filme tem. Começando um drama pesado e mudando para uma tentativa de entregar um romance, "Thor: Amor e Trovão" ainda tenta ter humor e ação, mas falha em tudo.
"Thor: Amor e Trovão" é recheado de estrelas, e destaca vários dos atores dramáticos mais talentosos que trabalham atualmente, mas trata-os como recortes de papelão de si mesmos, desprovidos de qualquer senso de presença e da autoridade que entrega.
"Thor: Amor e Trovão" enfrenta problemas desde o início, com um prólogo sombrio nos apresentando a Gorr e deixando claro por que ele quer matar deuses. Gorr é interpretado por Christian Bale, com uma infeliz monotonia que reflete a psicologia unifatorial do roteiro e do personagem.
A última vez que vimos Thor, em "Vingadores: Ultimato", ele decidiu se juntar aos Guardiões da Galáxia para algumas aventuras espaciais após a derrota de Thanos. O Deus do Trovão volta como uma criança birrenta e mimada, é um personagem de videogame já dominado, a escolha é resetar e começar de novo. Chris Hemsworth sabe brincar com seu personagem bobão, mas eu acho que seria melhor ter se aposentado do que reiniciar a história de Thor.
Grande parte da história de fundo gira em torno do retorno de Jane Foster (Natalie Portman), e por que ela se transformou em uma Poderosa Thor, que está mergulhada em pathos. É difícil sentir empatia por uma personagem que nem sequer apareceu no último filme. O roteiro tenta acender a relação de Thor e Jane novamente, mas não funciona, é difícil comprar o amor entre os personagens.
Para piorar, Jane está doente e sua doença é um mero pretexto para o reencontro sentimental do casal, e para depois servir com uma lição de vida: "nunca parar de lutar". Quando a personagem morre no final, é difícil se importar, afinal ela já estava morta antes.
Com sua infinidade de computação gráfica, o filme muitas vezes parece mais próximo da animação do que de um longa live-action. Algumas das piadas são apenas preguiçosas, e algumas delas perdem a força por esbarrar em um tom sombrio com o filme que insiste em carregar. E "Thor: Amor e Trovão" pode ser o filme mais visivelmente baseado na fé do Universo Cinematográfico Marvel.
A melhor coisa que se pode dizer sobre "Thor: Amor e Trovão" é que, por mais difícil que seja a experiência, ela não é nem de longe tão ruim quanto "Thor: O Mundo Sombrio". O longa-metragem não se inclina ao estilo de seu diretor ou maximiza o potencial dramático de seu elenco, parecendo mais um mashup raso e insatisfatório, mas ainda é uma entrada divertida e boba no cânone do MCU.
Se tem uma coisa em que a produtora de animação da "luminária feliz e saltitante" sabe fazer é trabalhar com o imaginário dos pequenos. Quem nunca parou no quintal e ficou observando as formigas e imaginando como seria o seu mundo? Quando eu era criança imaginava isso. A Pixar vai além de simplesmente fazer bons filmes, ela sabe transformar o imaginário em algo real.
"Vida de Inseto" é o segundo filme da Pixar esquecido por muitos, uma pena, pois ainda assim ele é um dos melhores filme da "luminária saltitante". O esquecimento não é injusto, em 1998 foi lançado outro filme sobre formigas o "FormiguinhaZ" da Dreamworks, que também é um ótimo filme. "Vida de Inseto" não teve sua glória ofuscada por motivo de outro lançamento com o mesmo tema, mas por ele ser simples e sútil, por isso fácil de esquecer.
Ao assistir ao filme hoje percebe-se o quanto ele estava a frente do seu tempo. Lançado no final dos anos 90, "Vida de Inseto" faz uma forte crítica à sociedade arcaica e primitiva. Ele ainda vai mais além com temas sobre a opressão com os mais fracos, alienação e como sociedade enxerga a tecnologia como um monstro e não como algo que pode facilitar a vida, lembrando que este filme é de 1998 onde a tecnologia era ainda muito mal vista por muitos.
O filme não tem altas pretensões e é muito focado na construção da pequena história da colônia de formigas. E essa talvez seja a grande especialidade de Lassester em sua direção. Os pequenos ambientes e as pequenas histórias são o foco de sua trama sutil, ressoando a magnitude na essência dramática da história.
O universo onde a história acontece é muito rico, isso a Pixar faz muito bem. O formigueiro e a dinâmica das formigas é muito bem expressada no longa assim como a lixeira representado a cidade grande onde Flik encontra a turma do circo ou o deserto árido com o chapéu mexicano onde se refulgia as cigarras. A Pixar sabe mergulhar em seus mundos e trazer isso para uma realidade convincente.
O roteiro do filme não tem nada que surpreenda, ele é fraco e até certo ponto previsível. O roteiro ficou na responsabilidade de Andrew Stanton, Don McEnery e Bob Shaw. Mas o forte do filme é o visual e os personagens cativantes e carismáticos que tem.
Se você é assim como eu, torce o nariz quando o assunto é insetos, não se preocupe, o filme não causará nojo. Alan Barillaro ficou responsável pela equipe de animadores que por sua vez pesquisaram muito sobre os insetos. O design dos personagens, como por exemplo as formigas, tiveram que ser construídos para parecerem agradáveis. A equipe tirou mandíbulas e projetou as formigas para ficar de pé, substituindo suas normais seis pernas com dois braços e duas pernas. Os gafanhotos, ao contrário, receberam um par de apêndices extras para parecer menos atraentes. E assim "Vida de Inseto" transparece uma leveza em sua aparência sem causar medo nos pequenos e nojo nos mais adultos.
Flik é um personagem clichê que não se encaixa dentro da colônia, por ser criativo. Visto como a ovelha negra da família ele é rejeitado por todos. O grande trunfo do filme está nos cativantes personagens secundários que arrancam boas risadas como Heimlich, uma lagarta que anseia ser uma borboleta ou Francis, uma joaninha de temperamento curto que se confunde constantemente com uma fêmea. Os personagens são muito pouco explorados e abordados de uma maneira simples e superficial.
A fotografia, sob responsabilidade de Sharon Calahan beneficiou-se de uma ideia de Lasseter, que sugeriu a construção de uma mini-câmera apelidada de "Bugcam" em cima de um carrinho feito de Lego para que fosse possível ver o mundo literalmente a partir dos olhos de um inseto. Lasseter ficou intrigado com a forma como a grama, as folhas e as pétalas de flores formaram um dossel translúcido, como se os insetos vivessem sob um teto de vitrais. E assim nasce a beleza que o filme tem com sua paleta de cores pastel.
A trilha sonora do filme foi composta e conduzida por Randy Newman. A única música cantada é chamada de "The Time of Your Life" escrita e interpretada por Newman, enquanto todas as outras 19 faixas são somente instrumentais. A trilha é tão simples e ao mesmo tempo grandiosa assim como o filme.
Com uma ótima mensagem otimista, "Vida de Inseto" é um filme divertido tanto para crianças quanto para os adultos, com sua simplicidade e sua originalidade inventiva o filme é maravilhoso de ver. Um ótimo entretenimento para as crianças e diversas mensagens legais para os adultos. "Vida de Inseto" é um dos melhores filmes da Pixar.
E finalmente Thor assume sua verdadeira mentalidade. Ele volta após dois filmes com uma personalidade definida e finalmente com uma trama que é legal e principalmente bem humorada de se acompanhar, uma pena que último da franquia, justo agora, que ele conseguiu se tornar um ótimo filme de super herói.
"Thor: Ragnarok" assumiu que seu público são as crianças e apresentou um filme muito mais humorado e colorido. O humor de Thor neste terceiro filme tem piadas irônicas e ácidas entre os personagens e em alguns momentos o humor dá espaço para aquele humor físico bem pastelão. Isso pode até soar negativo, mas não, o humor funciona muito bem, ele é engraçado para os menores e funciona para os adultos.
O lado escuro e sombrio de Thor ficou para trás, graças a Deus. O filme está mais colorido e visualmente mais bonito. Outro ponto super positivo para "Thor: Ragnarok".
O elenco está funcional. Não há grandes atuações, até porque o filme não exige muito. Todo o elenco funciona muito bem no humor e sabem transitar pelas emoções do filme com muito equilíbrio.
A nova personalidade do filme tem quase todo o mérito para o diretor Taika Waititi, que soube o que fazer com o filme. A Marvel até relutou em sua fórmula, mas percebeu que comédia e cor, somam muito para filmes de super heróis que não tem um seu psicológico como principal. Infelizmente a DC ainda não conseguiu perceber isso.
A ação de "Thor: Ragnarok" em suas cenas de lutas são muito bem feitas e legal de assistir, mais interessante ainda, são feitas a luz do dia, o que a DC erra e muito em apresentar suas cenas de ação a noite e muito escura, outro ponto positivo para Thor.
Não é exagerar em falar que "Thor: Ragnarok" é dos filmes de super herói até o momento, não é o melhor, mas é um dos... Thor muda sua personalidade e se assume como um filme de comédia que funciona e entretém.
Eu aguentei o começo, as atuações eram boas o suficientes e eu esperava que progredisse, mas isso não aconteceu. Os últimos 20 minutos são alguns dos momentos mais confusos, ridículos e decepcionantes que você verá em um filme.
Muita gritaria, gritos e mais gritos, a maioria deles sem muito motivo ou propósito. 'Satânico' tem aquele típico sentimento, onde ficamos satisfeitos quando os personagens morrem, eles são chatos, desinteressantes e param de gritar quando batem as botas. O enredo não tem sobre o que escrever, pois ele não existe.
O filme foi muito mediano e chato. As atuações fazem o filme começar bem, mas os atores não conseguem sair da linha do mediano. Os efeitos CGI são previsíveis e ruins. Pode não ser o pior filme sobre rituais satânicos que você verá, mas não é definitivamente um dos melhores. Faça um favor e pule esse filme quando ele aparecer na sua frente.
Depois de passar o primeiro filme, ficamos na sede de que em "Thor: O Mundo Sombrio" chegasse chegando! SQN! O filme conseguiu ser pior que o primeiro.
Vamos começar pela atuação que está horrível, e nem a premiada Portman escapa desta. Todos os atores são simplesmente caricatos ou extremamente preguiçosos para atuar. Todo elenco está ruim nesse filme. Sim, o roteiro do filme não ajuda em nada, mas no primeiro filme o roteiro também era ruim, e nem por isso a galera atuou de qualquer jeito.
"Thor: O Mundo Sombrio" é sombrio demais. Assim como no primeiro e em outros filmes de super herói, o personagem Thor ainda não se achou, sua personalidade não está definida. Nem é um bom entretenimento para os adultos e tão pouco divertido para os menores.
O filme não é completamente horroroso, ele tem um ótimo efeito especial, mas é só isso que ele tem de bom. "Thor: O Mundo Sombrio" é um filme que você esquece dele logo que ele termina.
"Emoji: O Filme" é uma versão de "Detona Ralph" onde conhecemos o mundo dos emojis, que na minha época se chamava emoticons. Um filme que conta a historia do mundo dentro de um smartphone funciona?
O filme não é para adultos, o seu público é infantil. Mas ao assistir o filme ficamos na esperança, de sei lá, de repente a Sony faz como a Pixar, onde conseguem satisfazer tanto um público infantil como os adultos. Mas isso não acontece e oferecem um filme superficial.
Até que para um filme sobre emojis os roteiristas Tony Leondis, Mike White com a colaboração de John Hoffman conseguem montar uma história convincente. O que tem de ruim no filme são as piadas com os trocadilhos sobre os emojis. É tanto trocadilho durante o filme que no decorrer da história as piadas passam a ficar sem graça. A trama é previsível, no meio do filme já conseguimos imaginar o que irá acontecer.
O filme tenta levantar questões de feminismo, tecnologia, a forma como a modernidade se socializa e tal. Mas nada vai muito a fundo, tudo é tratado com superficialidade e algumas são bem desnecessárias, o filme se perde nele mesmo. Um outro exemplo disso é que o mundo do smartphone parece ser mais explorado do que a Textopolis, o filme se perde em sua proposta.
Uma adaptação até certo ponto sem sentido, mas ao ver ícones como Instagram e Candy Crush, em alguns momentos cenas de aventura são vividas dentro desses aplicativos como por exemplo Just Dance. Já se pode imaginar que publicidade é uma das grandes oportunidades deste filme. Um filme feito para crianças com menos de 10 anos ou adultos com problemas cognitivos.
O "fracasso" de "Thor" começa no nível da história, com um roteiro que liga essencialmente efeitos especiais. Alguns dos diálogos são falsos e outros são ironicamente idiotas. Outro problema: Thor não é um personagem interessante.
Os deuses da mitologia grega, romana e nórdica compartilham o mesmo problema, que é o que você vê é o que você obtém. A construção dos personagens, principalmente dos heróis neste filme, são definidos por seus atributos, não por suas personalidades.
No grande cenário de filme de super herói que estamos, em Thor nada emocionante acontece, nada de interesse é dito, os efeitos especiais evocam não um lugar ou um tempo, mas simplesmente um mundo fabricado em um computador.
"Thor" é bem produzido, dirigido com competência por Kenneth Branagh, mas que não empolga em momento algum. As melhores cenas surgem, quase sempre, devido a piadas ou aparições de personagens do universo Marvel.
O longa-metragem comete o erro de quase todos os outros filmes de super heróis, ele não se assume. Ele nem consegue ser totalmente divertido para as crianças e nem consegue entreter por completo os adultos.
O filme funciona e cumpri sua promessa em apresentar o personagem para o público, mas "Thor" não passa de uma apresentação. Talvez para aproveitar mais da história e do personagem nos próximos filmes da franquia, mas "Thor" não empolga e não emociona se tornando um filme limitado.
"Abigail" é um filme de terror dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett a partir de um roteiro escrito por Stephen Shields e Guy Busick. As filmagens principais começaram em 15 de maio em Dublin, Irlanda, mas foram suspensas devido à greve do SAG-AFTRA de 2023, as filmagens foram retomadas em novembro e encerradas em dezembro de 2023. Este foi o último filme do ator Angus Cloud, que faleceu em 31 de julho de 2023, pouco depois de terminar suas filmagens, o filme inclusive é dedicado a ele.
"Abigail" poderia funcionar como uma reimaginação do filme "A Filha do Drácula" de 1936, e realmente contém alguns elementos básicos desse filme. O longa-metragem também poderia funcionar como uma sequência espiritual de "Casamento Sangrento", também dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. O fato é que o filme não funciona, o seu roteiro é repetitivo e tedioso de uma ideia promissora.
O roteiro tem o seus momentos de humor, que eu confesso que funcionou para mim. Os personagens fazem referência a "True Blood" e "Crepúsculo", marcando a lista de itens que precisarão enfrentar Abigail, por exemplo, estacas de madeira, crucifixos e alho. Há uma cena em que mostra a personagem Sammy (Kathryn Newton) voltando triunfalmente da cozinha com um saco de alho, apenas para Frank informar que são cebolas.
As vítimas em "Abigail" não apenas morrem, elas explodem! Rios espessos de sangue e pedaços de vísceras chove em algumas cenas do filme. É de se admirar a proficiência da equipe que fez esses fogos de artifício de sangue humano acontecerem. Porém o longa-metragem não funciona como um todo, somente em partes separadas.
A heroína é Melissa Barrera (Pânico), uma mãe solteira de fala doce que se juntou a um bando de criminosos desconhecidos para realizar um trabalho perigoso. Ela é sortuda, engenhosa e muita amiga do deus ex machina, enquanto vive um jogo mortal de esconde-esconde.
O restante do elenco composto por, Dan Stevens, Kathryn Newton, o falecido Angus Cloud, Kevin Durand e William Catlett recebem o trabalho de dar vida a personagens particularmente mal desenhados. Como os clichês de tantos outros filmes de terror, eles recebem um ou dois traços de personalidade, uma vez que o derramamento de sangue começa, eles são propensos a dizer coisas estúpidas, gritar uns com os outros, vagar sozinhos e finalmente cumprir a importância de seus papéis, morrer.
Depois do que parece uma eternidade do terceiro ato, "Abigail" se estabelece em uma longa sequência de ação de lealdades e rivalidades jogando inúmeras reviravoltas na história deixando a experiência ainda mais sem noção e sem sentido. "Abigail" pode encontrar seu público amante de filmes B feitos com um grande orçamento, mas também pode decepcionar aqueles que esperam mais do que foi divulgado.
'Shazam!' foi o filme responsável em trazer esperança ao DCU, um filme infantil que funcionou super bem, mas a sua sequência joga os fãs novamente para um nimbo indefeso cinematográfica da DC. 'Shazam! Fúria dos Deuses' é confuso e muito preso ao formato comercial cinematográfico, foi difícil criar qualquer afeição real por ele.
'Shazam! Fúria dos Deuses' traz um pesado CGI incompreensível e mais do mesmo. Tudo no filme, desde dragões até uma caneta mágica fará qualquer um lembrar de já ter visto algo parecido em algum outro filme ou série, o longa-metragem não traz nada de novo.
O filme nos empurra para um enredo complicado misturando a mitologia grega antiga. 'Shazam! Fúria dos Deuses' investe pouca energia em seus personagens humanos e gasta pouco tempo em um mundo real reconhecível, então basicamente, não há nada do que se importar aqui.
Há coisas legais no filme, o humor bobo do primeiro filme se encontra na sequência. Assistir Helen Mirren espancar Zachary Levi foi muito divertido de assistir. Jack Dylan Grazer, que ganhou muita atenção como o irmão adotivo inteligente e brincalhão de Billy Batson no primeiro filme, é o único ator que dá vida a um personagem humano com tempo significativo na tela, que entrega um monte de momentos divertidos.
O diretor David F. Sandberg e seus escritores Henry Gayden e Chris Morgan não tiveram espaço para o filme realmente se estabelecer. O humor diverte, mas muitas das piadas são sobre outras propriedades da Warner Bros. (puro marketing) ou seus rivais na Disney. Os responsáveis por 'Shazam! Fúria dos Deuses' também optam pela terrível ideia de vender espaço publicitário do filme, uma cena importante é apenas uma propaganda da Skittles.
Tudo o que fez o primeiro filme ser tão especial, 'Shazam! Fúria dos Deuses' coloca tudo a perder. A venda de espaço publicitário empobreceu demais essa obra cinematográfica, o enredo é super lotado com um CGI pesado. O filme consegue divertir, mas é pouco real e original, não há nada aqui para de fato alguém se importar.
Tom McCarthy que dirigiu e o co-roteirista Stephan Pastis (que escreveu os livros nos quais este filme se baseia) gerenciam essa alquimia divertida, peculiar e infantil. McCarthy mostra uma quantidade surpreendente de estilo ao que certamente era um assunto de orçamento médio, deixando sua câmera ser tão divertida quanto o roteiro.
“Timmy Fiasco: Errar é Humano” é mais atraente quando se baseia no realismo da vida de Timmy, um aluno do quinto ano aprendendo a ver o mundo através de outros olhos que não o seu. Timmy é uma criação deliciosamente divertida, o tipo de garoto que absorveu muitos filmes de crimes fervorosos e decidiu traduzir isso para a sua vida real.
O filme acaba sendo um pouco episódico demais. Mas esse é o ponto; através de todas as suas aventuras, Timmy pode ter que aprender a escapar de sua indiferença imaginativa e se abrir para outras pessoas, seja o conselheiro da escola ou o novo namorado de sua mãe.
Uma grande parte do orçamento de 40 milhões de dólares do filme foi dedicada à realização digital do parceiro imaginário do protagonista, um urso polar de 1.500 quilos que de alguma forma nunca parece muito tangível nem no mundo de Timmy nem ao seu redor. Responsável pela palhaçada, a fera em CGI causa dúvidas: estamos na cabeça de nosso jovem herói ou entre seus espectadores confusos?
Não há o suficiente em boas piadas ou referências inteligentes a investigadores de outrora para tornar o filme atraente, e a uniformidade da entrega de Timmy, que deveria ser digitalizada como inexpressiva, não contém nuances suficientes para fazer grande parte do filme.
As virtudes de “Timmy Fiasco: Errar é Humano” são uma sagacidade seca, habilmente oferecida, que funciona tanto para crianças quanto para adultos, e uma série de performances adoráveis. Os encantos infantis aterrados do filme servem em qualquer dia.
Depois de anos assistindo aos heróis carrancudos da DC nos cinemas, a empresa finalmente deixa de lado o seu estilo sério e escuro, para apresentar um dos seus heróis, não tão conhecidos, com um estilo mais colorido e muito mais engraçado.
Como a indústria do entretenimento em grande escala, os filmes de quadrinhos têm confrontado o privilégio branco e masculino no coração do gênero, elevando as super-heroínas ao status de destaque e expandindo a cor e a cultura e 'Shazam!' acena nessa direção.
O filme, que foi escrito por Henry Gayden e dirigido por David F. Sandberg, é quase bobo demais, mas é um filme para crianças e sua bobice funciona muito bem aqui. A comédia funciona principalmente por causa da habilidade de Zachary Levi para efetivamente canalizar o espanto de Billy. Apesar de seu físico, Shazam ainda é um adolescente aprendendo a trabalhar seu novo corpo, junto com seus recém-adquiridos poderes divinos.
Mark Strong interpreta um adequadamente vilão Dr. Thaddeus Sivana, mas é na trajetória de sua história, que 'Shazam!' fica atolado no mundo enigmático de monstros, magia e histórias em quadrinhos. Não é tão interessante, nem tão divertido quanto a jornada quase pastelão representada no resto do longa-metragem.
'Shazam!' é uma história de origem, algo familiar na obra de filmes de super-heróis. Um pouco irregular, oscilando muito entre o alto e baixo, felizmente, o poder mais predominante que o filme possui é seu senso de humor, que funciona muito bem.
"Persuasão" é um filme de romance histórico e drama estadunidense de 2022, dirigido por Carrie Cracknell e com roteiro de Ronald Bass e Alice Victoria Winslow. O longa-metragem é baseado no livro da escritora britânica Jane Austen de 1817 e foi lançado inicialmente nos cinemas dos Estados Unidos em 8 de julho de 2022, uma semana antes de seu lançamento mundial em streaming em 15 de julho de 2022 pela Netflix.
O livro "Persuasão" é um belo material para se trabalhar, mas Carrie Cracknell foi e fez uma coisa estranha com o livro: ela tentou modernizá-lo, utilizando da quebra da quarta parede e escalando uma estrela americana de espírito livre, Dakota Johnson, como Anne.
Nada contra Johnson, mas ela não é a atriz certa para esse papel, ela foi totalmente mal direcionada. No romance, o senso de propriedade de fala mansa de Anne prolonga sua miséria, enquanto aqui, ela é uma narradora afiada e sem filtros, entregando julgamentos mordazes de sua família por toda parte. Ela regularmente olha diretamente para a câmera e lança ao público um olhar cúmplice, como se dissesse: "Viu o que eu quero dizer?"
O elenco diversificado ao estilo “Bridgerton” deste filme indiscutivelmente se envolve com os temas históricos do romance de direitos imperiais, propriedades nas Índias Ocidentais, pilhagem naval e corsário. Mas há algo de presunçoso, mal concebido e pouco persuasivo em tudo isso.
A abordagem modernizada que "Persuasão" adota ainda esbarra em algumas questões. Há trechos de diálogo que se esforçam demais para trazer a história de 1817 para 2022. Bass e Winslow podem estar tentando encontrar um novo ângulo para trazer para a história clássica, mas tudo o que eles fazem é destacar o quão fora do tom "Persuasão" está.
Transformar o livro em uma história anacrônica girlpower exigiria mais ambição e esforço do que este filme mostra, mas poderia ser feito. Em vez disso, "Persuasão" está preso em um limbo estranho, mesmo em suas melhores partes. Essa versão da Netflix é uma adaptação decepcionante de um dos grandes romances de Jane Austen.
'Diários de Intercâmbio' há vários momentos onde a comédia assume um certo grau do absurdo, mas a sensibilidade de Bruno Garotti para converter o lúdico com coesão na narrativa é algo realmente bem feito, pois tudo faz sentido e traz uma certa unidade à narrativa do filme.
No filme temos como destaque todo o carisma de Larissa Manoela, mas é Thati Lopes quem rouba a cena, é ela quem faz a personagem mais interessante e proporciona alguns dos momentos mais engraçados e com os melhores diálogos do filme, mas o desempenho dos atores não consegue ser suficiente para encobrir as imprecisões de 'Diários de Intercâmbio'.
A narrativa da amizade entre as duas protagonistas é a única coisa bem desenvolvida com uma certa preocupação e há uma leveza nesse desenrolar, com uma comicidade minimamente agradável e talvez essa seja uma abordagem minimamente original.
O longa apresenta uma linguagem bastante infantil para um filme com uma atmosfera adolescente bem evidente, o tom não muito bem definido não parece combinar com a história. Não fica evidente se estamos lidando com uma produção adolescente, infantil ou infanto-juvenil.
'Diários de Intercâmbio' tem um monte de narrativas mal construídas dentro de um roteiro fraco, é um típico filme teen onde sabemos tudo o que vai acontecer, há muita coisa acontecendo com diálogos artificiais e personagens terrivelmente apresentados. O roteiro de Sylvio Gonçalves e Bruno Garotti é simplório e a direção do mesmo Garotti não traz nada de inovador.
Apesar de todo o caos narrativo, 'Diários de Intercâmbio' pode ser uma rápida diversão, mas já que temos uma porção de produções do tipo, inclusive no vasto catálogo na Netflix. Se você busca algum diferencial, aqui não é o lugar que você encontrará.
Se você conhece a tradição da Marvel, é tudo sobre o multiverso, que está passando rapidamente de uma ideia atraente para algo preguiçoso e sem graça. Um dos pontos negativos dos filmes da Marvel é que tudo está ligado, fazendo os consumidores assistirem a tudo para entender o que está por vir. Então, se você não está acompanhando o Universo Cinematográfico da Marvel, nem perca seu tempo com este longa-metragem.
Geralmente a maioria dos filmes da Marvel são legais por conta do seu grandioso elenco talentoso e repleto de estrelas. Além de Rudd, 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' traz Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Jonathan Majors, Corey Stoll e Bill Murray. Kathryn Newton ofusca todos. Ela interpreta Cassie Lang, filha de Scott Lang (Rudd), ou Homem-Formiga, e ela é a melhor coisa do filme.
O longa-metragem traz outra coisa de legal que é Kang, um vilão com potencial. Ele é um ser multidimensional que existe fora do tempo. O papel não exige muito de Jonathan Majors, mas há momentos interessantes e há algo frio e ocasionalmente assustador na maneira quase entediada como ele se comporta.
Enquanto os filmes anteriores extraíam comédia do charme descontraído de Paul Rudd, as piadas de 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' tendem a consistir na repetição de frases na cadência da improvisação deliberadamente malfeita, as várias criaturas encontradas pelos heróis são filtradas por sua imaginação vulgar, como um ser gelatinoso que inveja abertamente os orifícios dos humanos (!?!?!).
'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' é um exemplo do que acontece com a arte quando os efeitos especiais assumem o controle. No Reino Quântico há terreno arenoso e rochoso. Há oceanos e plantas que lembram cogumelos translúcidos. A paleta é marrom escuro e azul, tudo é escuro com pontos fluorescentes, há cenas que não dá para entender o que está acontecendo, e o CGI nem sempre é bom.
Sem enredo, sem emoção e sem graça, 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' boia em seu mar de esquisitices em CGI. Se o filme parecer confuso para você, não se culpe, porque ele é. Sem história e desenvolvimento insatisfatório, o que resta são os efeitos especiais feitos a pressas, difícil de entender em mistura de visuais muito escuros.
A estreia na direção de Anthony Mandler, a partir de um roteiro de Radha Blank, Colen C. Wiley e Janece Shaffer, 'Monstro' estreou no Festival de Cinema de Sundance em 2018. Demorou muito para o filme finalmente ser lançado e não é difícil entender por quê. Baseado no livro de Walter Dean Myers, o longa é uma oportunidade perdida de contar uma história coesa e emocionalmente comovente sobre a injustiça racial.
'Monstro' pode ter a melhor das intenções, mas é pesado, emocionalmente plano e agressivamente estagnado. É um drama monótono de tribunal que desperdiça o talento de seu elenco, cujos esforços para elevar o material são frustrados devido ao diálogo fraco e à execução estereotipada.
A narração de Harrison Jr. pretende infundir profundidade ao filme enquanto captura emoção, mas tudo soa um tanto vazio. As locuções são feitas para adicionar à história que já está sendo contada visualmente, mas aparece sufocante e sem sentido, ocupando espaço sem oferecer muito em termos de análise e desenvolvimento adicionais.
As cenas do filme mudam entre a vida de Steve antes e depois de sua prisão, mostrando como sua vida mudou drasticamente. Sua vida, antes cheia de esperança e entusiasmo pelo que o futuro pode trazer, é vibrante, valiosa e social. Esses momentos são justapostos com as cenas estéreis e cinzentas do tribunal onde sua vida está sendo debatida por pessoas que realmente não se importam com o que acontece com ele, optando por estereotipá-lo como um homem negro e chamá-lo de monstro. Novamente, esses são exemplos de o filme sendo aberto em seu ponto, mas terrivelmente vazio na forma como é apresentado.
O filme também não melhora à medida que avança, pintando um quadro de desesperança e dor que é desprovido de nuances, emoções e uma exploração da vida de um jovem que está mudada para sempre. 'Monstro' é terrivelmente superficial, optando por uma estrutura direta e factual em vez de entregar uma narrativa comovente e cativante. É subdesenvolvido e nada assombroso, com um ritmo desajeitado e transições de cena instáveis. O que poderia ter sido uma história interessante e cativante, infelizmente falha em todos os sentidos imagináveis.
Um pouco antes deste lançamento a Marvel lançou 'Vingadores: Guerra Infinita' apresentando praticamente todos os super-heróis existentes do mundo lutando pelo destino de todo o universo. Depois do filme com todos os super-heróis reunidos, ganhamos 'Homem-Formiga e a Vespa' para limpar um pouco a energia ofegante das guerras intergalácticas.
'Homem-Formiga e a Vespa' é muito despretensioso, revigorante e divertido. Este longa-metragem também é um pouco melhor que o primeiro filme, que nunca pareceu descobrir totalmente sua identidade, e encontra um ritmo que amplifica o material que funcionou no primeiro filme, o cativante humor das estrelas Paul Rudd e Michael Peña.
No clímax, quando tramas paralelas estão acontecendo simultaneamente, 'Homem-Formiga e a Vespa' fica um pouco ocupado, e uma subtrama fortemente sugerida nunca é resolvida. Geralmente, o filme funciona melhor em um tom mais descontraído, com Rudd se relacionando com sua adorável filha Cassie (Abby Ryder Fortson) ou tentando desajeitadamente falar docemente com seu oficial de condicional (Randall Park).
O roteiro é culturalmente astuto o suficiente para permitir que a Vespa salve o 'Homem-Formiga' mais de uma vez. Precisávamos desse tipo de vibração de mulheres assumindo o comando em um filme de super-herói. As cenas de ação são ridículas, divertidas, rápidas e bagunçadas.
A cena que mais funcionou para mim, é quando Scott, preso em casa, passa um bom tempo com sua filha, Cassie (Abby Ryder Fortson). Ele constrói uma casa de diversões caseira como insetos e labirintos de papelão. A sequência é doce, divertida e inteligente na maneira como brinca com a escala inseto versus humana.
'Homem-Formiga e a Vespa' é desconexo e confuso, mas também é divertido, é aquele filme ruim que damos meio ponto a mais para ajudá-lo a passar de ano. O filme é sobrecarregado, mas esbanja bom humor. Embora se mostre uma distração bem montada, 'Homem-Formiga e a Vespa' inegavelmente carece da escala e ambição das entradas recentes da Marvel.
‘O Silêncio da Cidade Branca’ é uma superprodução. O longa também tem muitos planos abertos, câmeras passeando sobre telhados, perseguições por ruas inteiras, enfim, todos os enfeites que um filme de ação possui para encarecer sua produção.
O que surpreende mesmo é a direção de fotografia que ressalta os belos cenários de Vitória, no país do Basco. A fotografia fria, esteticamente funciona bem, para criar um ar de suspense e o filme também usa as boas paisagens do cenário em prol da perseguição. A catedral, as procissões e até mesmo ambientações normais, são usadas e funcionam bem na tela. O diretor Daniel Calparsoro encontrou na arquitetura e na claustrofobia um espaço, para criar um filme realmente tenso e angustiante!
Para construir a motivação e a assinatura do serial killer, o argumento do filme apresenta fatos históricos bastante particulares de uma Espanha desconhecida ao turista, mesclando eventos culturais marcantes com a religião católica, tão importante para aquele país. 'O Silêncio da Cidade Branca' justifica a escolha de suas vítimas com base na combinação desses elementos e as dispõe em poses que parecem uma pintura renascentista.
A base desse longa, é um livro de quase 500 páginas, o que é compreensível entender o motivo pela confusão feita no roteiro, já que deve ter muitas informações e não é uma tarefa fácil escolher o que vai entrar e o que não vai entrar na adaptação. A trama é transformada em um “tour” apressado e acaba perdendo a possibilidade de ser desenvolvido com mais cuidado.
Porém o roteiro é um bocado preguiçoso, dando a impressão de perder a paciência consigo mesmo, em vez de construir os personagens e os elementos que insere na história, ele simplesmente os joga na trama, forçando o espectador a aceitar o desenrolar de tudo. A quantidade de subtramas mal desenvolvidas e os personagens com histórias rasas fazem da história mais confusa e cansativa.
É o trabalho de direção de Daniel Calparsoro que tem experiência na produção de filmes desse tipo e entrega bons enquadramentos. Mas peca nas cenas de ação que são repetitivas, mal cortadas e sem criatividade. Não é interessante ver um policial correndo atrás de um bandido por diversas vezes só que em ambientes diferentes.
O uso de flashbacks para explicar a trama empobrecem muito a história fazendo com que esse vai e volta, passado e presente, entregue um desfecho incoerente. Muita informação que não se conecta e que não faz sentido.
Você se amarra num filmezinho de suspense, com policiais investigando o passo a passo, um assassino serial killer à espreita? Então você vai curtir ‘O Silêncio da Cidade Branca’. O filme é fórmula genérica e sem personalidade conduzida por Calparsoro. Mesmo com a premissa interessante, a trama não consegue se desenvolver é difícil se envolver com o protagonista é mais difícil ainda se envolver com a solução dos crimes apresentados no longa.
O encolhimento humano sempre ocupou um pequeno espaço no mundo cinematográfico, que geralmente se mostrou eficaz quando misturado com humor. Embora a dinâmica da história seja fundamentalmente boba com o seu trópico familiar, o bom elenco liderado por Paul Rudd transforma o absurdo 'Homem-Formiga' em algo razoavelmente aceitável.
Pode-se supor que Paul Rudd e seu parceiro de escrita, Adam McKay, aprimoraram o roteiro deste longa-metragem com brincadeiras e algumas bobices para destacar ainda mais o personagem e entregar com facilidade a bola para o ator. Alguns dos problemas de 'Homem-Formiga', é que quando ele encolhe o Paul Rudd, ele encolhe uma grande parte do carisma de Rudd também, e esse carisma é um pilar importante para o filme.
O diretor Peyton Reed dirige toda essa brincadeira de criança com muita energia, acomodando perfeitamente os diversos estilos cômicos de Paul Rudd e alguns dos atores coadjuvantes, principalmente Michael Pena. Porém, o diretor entrega um trabalho, parecendo que seu filme fosse montado de maneira aleatória.
Algumas cenas acontecem dentro dos limites da casa do Dr. Hank Pym e muitas outras são ambientadas em aposentos igualmente apertados, como uma prisão e laboratórios. As cenas de ação às vezes parecem fracamente motivadas, inventadas apenas para fins de espetáculo visual, ou porque o ritmo e as expectativas do gênero as exigem.
'Homem-Formiga' funciona em partes, pois o longa-metragem está muito mais interessado em tentar fazer graça sendo um tipo de "Querida, Encolhi o Ladrão", do que de fato, buscando ser mais um típico filme de super-herói.
O filme é baseado em um livro de Tim Crothers, que foi baseado em um artigo da ESPN the Magazine. 'Rainha de Katwe' oferece um retrato realista dos africanos modernos, permanecendo completamente imersos em seu mundo, em vez de mostrá-lo através dos olhos de um estranho. As cores brilhantes e o tom alegre do filme operam bem, são bonitas e cativantes, mas não o suficiente para deixar uma boa impressão.
Não há nada surpreendente ou aventureiro nesse filme de Mira Nair, uma dramatização sincera e sensível de uma garota ugandense de 10 anos que se tornou uma campeã mundial de xadrez. Apesar de alguns dos elementos mais duros do cenário empobrecido onde Phiona Mutesi cresce, Nair fez exatamente o tipo de história alegre de espírito triunfante decorrente do material.
Como Mutesi, Nalwanga oferece um desempenho sério e confiável em que sua inteligência supera os recursos limitados de seu entorno imediato. Lupita Nyong'o irradia beleza, dignidade e sofrimento, mas não convence como uma mãe solteira empobrecida, o papel deveria ter sido de uma atriz mais velha ou deveriam ter envelhecido Nyong'o com maquiagem.
Nada do enredo chega como uma surpresa e os ritmos de 'Rainha de Katwe' tendem a se arrastar, especialmente durante a primeira metade. Momentos estimulantes acabam se materializando, o filme continuamente falha quando tenta construir um conflito dramático.
'Rainha de Katwe' inclui um punhado de sequências de treinamento nas quais as crianças do campo usam sua inteligência para descobrir o tabuleiro de xadrez, mas só é realmente atraente quando focado na dinâmica compartilhada pela jovem Phiona e seu treinador empreendedor.
'Rainha de Katwe' parece muito longo, com duas horas, o longa testará a sua paciência, e com foco em um público mais jovem, o seu ritmo pode ser um problema. A edição parece apressada, a combinação perturbadora de cortes rápidos e um ritmo lento drena um pouco da emoção da história. O roteiro está repleto de chavões, lições especiais aprendidas e o diálogo é exagerado e cafona com muito melodrama de Joan Crawford.
'Rainha de Katwe' carece de qualquer senso genuíno de urgência. Nenhuma quantidade de performances fortes e boas vibrações pode esconder a sensação de que estamos apenas assistindo algo mecânico. Sutileza não é o forte de 'Rainha de Katwe', mas por trás dos aforismos banais, há uma história emocionante digna de nossa atenção. A história da vida real de um campeão de xadrez de Uganda recebe o tratamento brilhante da Disney.
O problema dos filmes sobre voyeurismo e suas implicações morais é que, pelo menos nesses filmes, a prática parece muito divertida. Por mais refrescante que seja obter um novo thriller original desta natureza, a novidade praticamente para por aí, na grande maioria de 'Observadores', o filme é uma mistura preguiçosa e previsível que dança em torno de ideias interessantes, mas nunca chega a pousar nelas.
O longa fica bem na marca de duas horas, mas se equilibra de forma frustrante. A primeira hora gira tão inutilmente que, quando as coisas finalmente começam a melhorar, parece como se estivéssemos assistindo a um filme totalmente diferente. As coisas aumentam e quando elas aumentam, elas não param.
O que começou como uma diversão estimulante se transforma em uma situação cada vez mais perturbadora graças aos artifícios do roteiro, começando com Julia visitando o local de trabalho de Pippa, convidando-a para um café e depois levando-a a um spa, onde ela fica totalmente confortável para se abrir.
Tudo é óbvio e desajeitado em 'Observadores', incluindo a atuação principal de Sydney Sweeney, marcada por um bando de olhares arregalados de excitação sensual e preocupação inquieta. Michael Mohan não está atrás de sutileza, mas de paixão cheia de suspense, que ele tenta incutir por meio do tipo de nudez considerável que é o estoque e o comércio de thriller erótico.
O roteiro, cortesia do diretor Michael Mohan, também não tem muito a dizer. O script tropeça em si mesmo para parecer inteligente e o produto é uma tentativa muito transparente e superficial de um exame cuidadoso. O diálogo de Michael Mohan é desajeitado em suas tentativas de ser arrogante.
Das performances principais rígidas ao diálogo pretensioso e desajeitado, 'Observadores' muitas vezes parece um passeio amador, mas também há sagacidade genuína na narrativa visual do filme e uma recompensa imprevisível o suficiente no terceiro ato que proporciona uma experiência de visualização inesquecível.
Thrillers eróticos são poucos e distantes entre si em nossa paisagem cinematográfica moderna, então 'Observadores' parece inerentemente fresco e original puramente quando se trata de tom e conceito por mérito de simplesmente estar disposto a relembrar a uma era e um estilo de cinema que faz sentido mas esquecido.
Eu assisti ao segundo filme primeiro, depois eu conferi o primeiro, e os filmes funcionam de forma autônoma. No entanto, eu recomendo assistir o primeiro também, pois dará alguns insights adicionais para o universo desses personagens.
O diretor Fernando Gonzalez Molina executa 'Legado nos Ossos' de forma admirável, com um bom olho para cenografia e tom consistentes, quase nos distraindo do fato inegável de que o filme é uma coleção habilmente montada de clichês do gênero.
A vida pessoal de Salazar é particularmente intrigante, especialmente com o assunto da história e com a introdução de bebê em sua vida. As tensões em casa aumentam as dimensões do personagem, especialmente depois de uma revelação importante no meio da história. Este é realmente um filme que ganha vida tarde demais.
O forte alicerce do filme no solo da mitologia basca é o que o torna uma exibição única e memorável, quem espera um típico jogo de gato e rato ficará desapontado. Seus elementos sobrenaturais também foram deixados de lado, provavelmente para o desenvolvimento do terceiro filme.
Uma grande desvantagem de 'Legado nos Ossos' é seu ritmo inconsistente, ele desacelera e se arrasta um pouco, eventualmente, aumenta em seus momentos finais. Por causa disso, há momentos em que o filme perde a atmosfera de mistério e suspense.
Este thriller policial tem muitos personagens e também muitos lugares são mencionados. Isso significa que você precisa manter o foco enquanto assiste. Há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, o enredo só consegue avançar, não dando muitos detalhes, ou deixando o telespectador absorver as coisas. O filme vai ficando chato e desinteressante.
Sua alta produção é um ponto forte de 'Legado nos Ossos', mas também faz você perceber o quão melhor sua narrativa poderia ter sido. O filme não é sua incursão no gênero de ficção policial, já que nunca transcende completamente nessa direção, no entanto, ainda é bastante original e emocionante.
Uma Ideia de Você
3.2 282 Assista Agora"Uma Ideia de Você" é um filme de comédia romântica dirigido por Michael Showalter a partir de um roteiro que ele co-escreveu com Jennifer Westfeldt, baseado no romance homônimo de Robinne Lee. Estrelado por Anne Hathaway e Nicholas Galitzine, o longa-metragem estreou no South by Southwest em 16 de março de 2024 e foi lançado pela Amazon MGM Studios como um filme original do Prime Video em 2 de maio de 2024.
Embora a tentativa de Michael Showalter de ressuscitar a comédia romântica seja admirável, "Uma Ideia de Você" é muito leve e maçante para provocar qualquer mudança de paradigma.
"Uma Ideia de Você" acompanha a personagem Solène, uma mulher divorciada de 40 anos, que não consegue perceber a diferença de um trailer e um banheiro. O seu aniversário de 40 anos parece um velório. Às vezes é difícil acreditar na sua idade, já que em muitos momentos ela se comporta como uma adolescente. Anne Hathaway age como se sua vida dependesse disso, seu desempenho não é ruim, apenas parece que não vem naturalmente, e não ajuda muito quando a atriz chora o filme inteiro.
A atriz tem química com Nicholas Galitzine, especialmente na primeira metade do filme. O jovem e arrojado ator, por sinal, também parece muito consciente de sua boa aparência e charme. O ator consegue entregar charme e tatuagens maneiras, mas convence pouco sobre a maturidade de seu personagem.
"Uma Ideia de Você" acerta ao escolher um assunto que não é abordado muito no cinema, a diferença de idade. Aqui quem carrega o assunto é o papel feminino mais maduro e essa visão não é tão comum de ser vista em filmes. Mesmo o longa-metragem, dando a entender que a noção idílica de alguém é normalmente mais sedutora do que a realidade, nunca é verdadeiramente explorado.
O filme se desenrola lentamente na tela, principalmente no começo. Depois as coisas aceleram com o casal se divertindo muito em uma turnê mundial, onde eles transam apaixonadamente em vários países. O terceiro ato entrega muitas complicações cheias de sentimentalismo e chororô.
"Uma Ideia de Você" é fofo, igual as músicas interpretadas pela sua fictícia boy band, mas extremamente chato e maçante. O filme fará você revirar os olhos diante de toda a pseudo-nostalgia, e em alguns momentos, você zombará das tentativas cringe desse relacionamento.
Dumbo
3.6 412 Assista AgoraOlhando para trás, "Dumbo" é decente, mas longe de ser uma das maiores conquistas da Disney. O filme tem 64 minutos e nem sempre parece um filme completo. A animação também não é tão inovadora ou inventiva quanto "Branca de Neve". O longa-metragem é apenas uma imagem animada, sólida e um tanto discreta, despojada sem babados reais ou grandes deleites visuais. Foi intencionalmente filmado dessa forma para recuperar o dinheiro perdido em "Fantasia", e feito com perfeição.
Há uma pequena história agradável, muito pathos misturado com as grandes doses de humor, muita boa música e a habitual habilidade da Disney na técnica. Os seus defeitos são alguns pontos decididamente lentos e episódicos.
No entanto, o personagem Dumbo é um dos mais populares da Disney, talvez seja simplesmente pela história do azarão que ressoa. Toda criança que sente que não se encaixa pode facilmente se conectar com o pequeno Dumbo.
"Dumbo" pode não ser a animação favorita de todos da Disney, mas é um clássico consagrado pelo tempo, cheio de amor, felicidade e emoção. Com um herói animal genuinamente fofo e um enredo apelativo em sentimentalismo, o filme é ideal para crianças mais novas, com o seu humor, charme e um final reconfortante.
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 136 Assista AgoraLembrando que "Eu Não Sou Seu Negro" conta uma parte da história dos negros dentro do Estados Unidos da América. Não é uma história global, mas de fatos e acontecimentos de um país específico.
Às vezes, Baldwin parece estar comentando diretamente sobre coisas que aconteceram há apenas um ou dois anos. Suas observações sobre a vida americana são tão penetrantes e relevantes hoje quanto de quando ele as escreveu. Este foi um grande escritor e um cidadão muito útil.
Embora as relações raciais passadas e atuais sejam claramente desenhadas, "Eu Não Sou Seu Negro" de Peck, nunca é sombrio. Isso se deve principalmente à presença da tela carismática de Baldwin, sua paixão por argumentos fundamentados e pelo poder de sua retórica.
Jackson é um bom narrador, mas ele não é James Baldwin. Baldwin tinha uma voz profunda, ressonante, fala rápida e precisa, com uma dicção particular que soava como ninguém. Jackson nos dá um Baldwin fora do tempo, falando devagar e sobriamente, como se proferisse as verdades em um vazio.
Como um retrato de James Baldwin, o documentário é limitado em seu escopo, mas mostra que ele é mais apaixonado e provavelmente enviará pessoas para seus livros. Através das palavras de Baldwin, de imagens, arquivos e dias modernos, o cineasta nos apresenta uma espécie de boletim sobre o estado da nação.
Nós vimos como algumas coisas melhoraram, mas outros aspectos do país pioraram. Os comentários de Baldwin sobre o efeito destruidor da alma da missão da televisão a cabo de excitação ininterrupta, e seu potencial para minar a democracia, aterrissam com força particular. "Eu Não Sou Seu Negro" é um documentário inabalável que faz um ponto poderoso sobre os erros repetidos do passado.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973 Assista Agora"Thor: Amor e Trovão", dirigido por Taika Waititi, está longe de ser o pior dos grandes espetáculos da Marvel nas telonas. É rápido e direto, mas também insustentável e raso. O filme anterior assumiu sua infantilidade e isso foi ótimo, eu acho que tentaram fazer isso nessa sequência também, porém tudo ficou bobo, sem graça e bagunçado.
Há uma simplicidade e clareza refrescantes na história, para as crianças acompanharem sem problemas, mas os muito pequenos enredo se perdem em meio aos diversos tons que o filme tem. Começando um drama pesado e mudando para uma tentativa de entregar um romance, "Thor: Amor e Trovão" ainda tenta ter humor e ação, mas falha em tudo.
"Thor: Amor e Trovão" é recheado de estrelas, e destaca vários dos atores dramáticos mais talentosos que trabalham atualmente, mas trata-os como recortes de papelão de si mesmos, desprovidos de qualquer senso de presença e da autoridade que entrega.
"Thor: Amor e Trovão" enfrenta problemas desde o início, com um prólogo sombrio nos apresentando a Gorr e deixando claro por que ele quer matar deuses. Gorr é interpretado por Christian Bale, com uma infeliz monotonia que reflete a psicologia unifatorial do roteiro e do personagem.
A última vez que vimos Thor, em "Vingadores: Ultimato", ele decidiu se juntar aos Guardiões da Galáxia para algumas aventuras espaciais após a derrota de Thanos. O Deus do Trovão volta como uma criança birrenta e mimada, é um personagem de videogame já dominado, a escolha é resetar e começar de novo. Chris Hemsworth sabe brincar com seu personagem bobão, mas eu acho que seria melhor ter se aposentado do que reiniciar a história de Thor.
Grande parte da história de fundo gira em torno do retorno de Jane Foster (Natalie Portman), e por que ela se transformou em uma Poderosa Thor, que está mergulhada em pathos. É difícil sentir empatia por uma personagem que nem sequer apareceu no último filme. O roteiro tenta acender a relação de Thor e Jane novamente, mas não funciona, é difícil comprar o amor entre os personagens.
Para piorar, Jane está doente e sua doença é um mero pretexto para o reencontro sentimental do casal, e para depois servir com uma lição de vida: "nunca parar de lutar". Quando a personagem morre no final, é difícil se importar, afinal ela já estava morta antes.
Com sua infinidade de computação gráfica, o filme muitas vezes parece mais próximo da animação do que de um longa live-action. Algumas das piadas são apenas preguiçosas, e algumas delas perdem a força por esbarrar em um tom sombrio com o filme que insiste em carregar. E "Thor: Amor e Trovão" pode ser o filme mais visivelmente baseado na fé do Universo Cinematográfico Marvel.
A melhor coisa que se pode dizer sobre "Thor: Amor e Trovão" é que, por mais difícil que seja a experiência, ela não é nem de longe tão ruim quanto "Thor: O Mundo Sombrio". O longa-metragem não se inclina ao estilo de seu diretor ou maximiza o potencial dramático de seu elenco, parecendo mais um mashup raso e insatisfatório, mas ainda é uma entrada divertida e boba no cânone do MCU.
Vida de Inseto
3.8 990 Assista AgoraSe tem uma coisa em que a produtora de animação da "luminária feliz e saltitante" sabe fazer é trabalhar com o imaginário dos pequenos. Quem nunca parou no quintal e ficou observando as formigas e imaginando como seria o seu mundo? Quando eu era criança imaginava isso. A Pixar vai além de simplesmente fazer bons filmes, ela sabe transformar o imaginário em algo real.
"Vida de Inseto" é o segundo filme da Pixar esquecido por muitos, uma pena, pois ainda assim ele é um dos melhores filme da "luminária saltitante". O esquecimento não é injusto, em 1998 foi lançado outro filme sobre formigas o "FormiguinhaZ" da Dreamworks, que também é um ótimo filme. "Vida de Inseto" não teve sua glória ofuscada por motivo de outro lançamento com o mesmo tema, mas por ele ser simples e sútil, por isso fácil de esquecer.
Ao assistir ao filme hoje percebe-se o quanto ele estava a frente do seu tempo. Lançado no final dos anos 90, "Vida de Inseto" faz uma forte crítica à sociedade arcaica e primitiva. Ele ainda vai mais além com temas sobre a opressão com os mais fracos, alienação e como sociedade enxerga a tecnologia como um monstro e não como algo que pode facilitar a vida, lembrando que este filme é de 1998 onde a tecnologia era ainda muito mal vista por muitos.
O filme não tem altas pretensões e é muito focado na construção da pequena história da colônia de formigas. E essa talvez seja a grande especialidade de Lassester em sua direção. Os pequenos ambientes e as pequenas histórias são o foco de sua trama sutil, ressoando a magnitude na essência dramática da história.
O universo onde a história acontece é muito rico, isso a Pixar faz muito bem. O formigueiro e a dinâmica das formigas é muito bem expressada no longa assim como a lixeira representado a cidade grande onde Flik encontra a turma do circo ou o deserto árido com o chapéu mexicano onde se refulgia as cigarras. A Pixar sabe mergulhar em seus mundos e trazer isso para uma realidade convincente.
O roteiro do filme não tem nada que surpreenda, ele é fraco e até certo ponto previsível. O roteiro ficou na responsabilidade de Andrew Stanton, Don McEnery e Bob Shaw. Mas o forte do filme é o visual e os personagens cativantes e carismáticos que tem.
Se você é assim como eu, torce o nariz quando o assunto é insetos, não se preocupe, o filme não causará nojo. Alan Barillaro ficou responsável pela equipe de animadores que por sua vez pesquisaram muito sobre os insetos. O design dos personagens, como por exemplo as formigas, tiveram que ser construídos para parecerem agradáveis. A equipe tirou mandíbulas e projetou as formigas para ficar de pé, substituindo suas normais seis pernas com dois braços e duas pernas. Os gafanhotos, ao contrário, receberam um par de apêndices extras para parecer menos atraentes. E assim "Vida de Inseto" transparece uma leveza em sua aparência sem causar medo nos pequenos e nojo nos mais adultos.
Flik é um personagem clichê que não se encaixa dentro da colônia, por ser criativo. Visto como a ovelha negra da família ele é rejeitado por todos. O grande trunfo do filme está nos cativantes personagens secundários que arrancam boas risadas como Heimlich, uma lagarta que anseia ser uma borboleta ou Francis, uma joaninha de temperamento curto que se confunde constantemente com uma fêmea. Os personagens são muito pouco explorados e abordados de uma maneira simples e superficial.
A fotografia, sob responsabilidade de Sharon Calahan beneficiou-se de uma ideia de Lasseter, que sugeriu a construção de uma mini-câmera apelidada de "Bugcam" em cima de um carrinho feito de Lego para que fosse possível ver o mundo literalmente a partir dos olhos de um inseto. Lasseter ficou intrigado com a forma como a grama, as folhas e as pétalas de flores formaram um dossel translúcido, como se os insetos vivessem sob um teto de vitrais. E assim nasce a beleza que o filme tem com sua paleta de cores pastel.
A trilha sonora do filme foi composta e conduzida por Randy Newman. A única música cantada é chamada de "The Time of Your Life" escrita e interpretada por Newman, enquanto todas as outras 19 faixas são somente instrumentais. A trilha é tão simples e ao mesmo tempo grandiosa assim como o filme.
Com uma ótima mensagem otimista, "Vida de Inseto" é um filme divertido tanto para crianças quanto para os adultos, com sua simplicidade e sua originalidade inventiva o filme é maravilhoso de ver. Um ótimo entretenimento para as crianças e diversas mensagens legais para os adultos. "Vida de Inseto" é um dos melhores filmes da Pixar.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraE finalmente Thor assume sua verdadeira mentalidade. Ele volta após dois filmes com uma personalidade definida e finalmente com uma trama que é legal e principalmente bem humorada de se acompanhar, uma pena que último da franquia, justo agora, que ele conseguiu se tornar um ótimo filme de super herói.
"Thor: Ragnarok" assumiu que seu público são as crianças e apresentou um filme muito mais humorado e colorido. O humor de Thor neste terceiro filme tem piadas irônicas e ácidas entre os personagens e em alguns momentos o humor dá espaço para aquele humor físico bem pastelão. Isso pode até soar negativo, mas não, o humor funciona muito bem, ele é engraçado para os menores e funciona para os adultos.
O lado escuro e sombrio de Thor ficou para trás, graças a Deus. O filme está mais colorido e visualmente mais bonito. Outro ponto super positivo para "Thor: Ragnarok".
O elenco está funcional. Não há grandes atuações, até porque o filme não exige muito. Todo o elenco funciona muito bem no humor e sabem transitar pelas emoções do filme com muito equilíbrio.
A nova personalidade do filme tem quase todo o mérito para o diretor Taika Waititi, que soube o que fazer com o filme. A Marvel até relutou em sua fórmula, mas percebeu que comédia e cor, somam muito para filmes de super heróis que não tem um seu psicológico como principal. Infelizmente a DC ainda não conseguiu perceber isso.
A ação de "Thor: Ragnarok" em suas cenas de lutas são muito bem feitas e legal de assistir, mais interessante ainda, são feitas a luz do dia, o que a DC erra e muito em apresentar suas cenas de ação a noite e muito escura, outro ponto positivo para Thor.
Não é exagerar em falar que "Thor: Ragnarok" é dos filmes de super herói até o momento, não é o melhor, mas é um dos... Thor muda sua personalidade e se assume como um filme de comédia que funciona e entretém.
Satânico
1.6 180 Assista AgoraEu aguentei o começo, as atuações eram boas o suficientes e eu esperava que progredisse, mas isso não aconteceu. Os últimos 20 minutos são alguns dos momentos mais confusos, ridículos e decepcionantes que você verá em um filme.
Muita gritaria, gritos e mais gritos, a maioria deles sem muito motivo ou propósito. 'Satânico' tem aquele típico sentimento, onde ficamos satisfeitos quando os personagens morrem, eles são chatos, desinteressantes e param de gritar quando batem as botas. O enredo não tem sobre o que escrever, pois ele não existe.
O filme foi muito mediano e chato. As atuações fazem o filme começar bem, mas os atores não conseguem sair da linha do mediano. Os efeitos CGI são previsíveis e ruins. Pode não ser o pior filme sobre rituais satânicos que você verá, mas não é definitivamente um dos melhores. Faça um favor e pule esse filme quando ele aparecer na sua frente.
Thor: O Mundo Sombrio
3.4 2,3K Assista AgoraDepois de passar o primeiro filme, ficamos na sede de que em "Thor: O Mundo Sombrio" chegasse chegando! SQN! O filme conseguiu ser pior que o primeiro.
Vamos começar pela atuação que está horrível, e nem a premiada Portman escapa desta. Todos os atores são simplesmente caricatos ou extremamente preguiçosos para atuar. Todo elenco está ruim nesse filme. Sim, o roteiro do filme não ajuda em nada, mas no primeiro filme o roteiro também era ruim, e nem por isso a galera atuou de qualquer jeito.
"Thor: O Mundo Sombrio" é sombrio demais. Assim como no primeiro e em outros filmes de super herói, o personagem Thor ainda não se achou, sua personalidade não está definida. Nem é um bom entretenimento para os adultos e tão pouco divertido para os menores.
O filme não é completamente horroroso, ele tem um ótimo efeito especial, mas é só isso que ele tem de bom. "Thor: O Mundo Sombrio" é um filme que você esquece dele logo que ele termina.
Emoji: O Filme
2.7 263 Assista Agora"Emoji: O Filme" é uma versão de "Detona Ralph" onde conhecemos o mundo dos emojis, que na minha época se chamava emoticons. Um filme que conta a historia do mundo dentro de um smartphone funciona?
O filme não é para adultos, o seu público é infantil. Mas ao assistir o filme ficamos na esperança, de sei lá, de repente a Sony faz como a Pixar, onde conseguem satisfazer tanto um público infantil como os adultos. Mas isso não acontece e oferecem um filme superficial.
Até que para um filme sobre emojis os roteiristas Tony Leondis, Mike White com a colaboração de John Hoffman conseguem montar uma história convincente. O que tem de ruim no filme são as piadas com os trocadilhos sobre os emojis. É tanto trocadilho durante o filme que no decorrer da história as piadas passam a ficar sem graça. A trama é previsível, no meio do filme já conseguimos imaginar o que irá acontecer.
O filme tenta levantar questões de feminismo, tecnologia, a forma como a modernidade se socializa e tal. Mas nada vai muito a fundo, tudo é tratado com superficialidade e algumas são bem desnecessárias, o filme se perde nele mesmo. Um outro exemplo disso é que o mundo do smartphone parece ser mais explorado do que a Textopolis, o filme se perde em sua proposta.
Uma adaptação até certo ponto sem sentido, mas ao ver ícones como Instagram e Candy Crush, em alguns momentos cenas de aventura são vividas dentro desses aplicativos como por exemplo Just Dance. Já se pode imaginar que publicidade é uma das grandes oportunidades deste filme. Um filme feito para crianças com menos de 10 anos ou adultos com problemas cognitivos.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraO "fracasso" de "Thor" começa no nível da história, com um roteiro que liga essencialmente efeitos especiais. Alguns dos diálogos são falsos e outros são ironicamente idiotas. Outro problema: Thor não é um personagem interessante.
Os deuses da mitologia grega, romana e nórdica compartilham o mesmo problema, que é o que você vê é o que você obtém. A construção dos personagens, principalmente dos heróis neste filme, são definidos por seus atributos, não por suas personalidades.
No grande cenário de filme de super herói que estamos, em Thor nada emocionante acontece, nada de interesse é dito, os efeitos especiais evocam não um lugar ou um tempo, mas simplesmente um mundo fabricado em um computador.
"Thor" é bem produzido, dirigido com competência por Kenneth Branagh, mas que não empolga em momento algum. As melhores cenas surgem, quase sempre, devido a piadas ou aparições de personagens do universo Marvel.
O longa-metragem comete o erro de quase todos os outros filmes de super heróis, ele não se assume. Ele nem consegue ser totalmente divertido para as crianças e nem consegue entreter por completo os adultos.
O filme funciona e cumpri sua promessa em apresentar o personagem para o público, mas "Thor" não passa de uma apresentação. Talvez para aproveitar mais da história e do personagem nos próximos filmes da franquia, mas "Thor" não empolga e não emociona se tornando um filme limitado.
Abigail
3.2 164"Abigail" é um filme de terror dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett a partir de um roteiro escrito por Stephen Shields e Guy Busick. As filmagens principais começaram em 15 de maio em Dublin, Irlanda, mas foram suspensas devido à greve do SAG-AFTRA de 2023, as filmagens foram retomadas em novembro e encerradas em dezembro de 2023. Este foi o último filme do ator Angus Cloud, que faleceu em 31 de julho de 2023, pouco depois de terminar suas filmagens, o filme inclusive é dedicado a ele.
"Abigail" poderia funcionar como uma reimaginação do filme "A Filha do Drácula" de 1936, e realmente contém alguns elementos básicos desse filme. O longa-metragem também poderia funcionar como uma sequência espiritual de "Casamento Sangrento", também dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. O fato é que o filme não funciona, o seu roteiro é repetitivo e tedioso de uma ideia promissora.
O roteiro tem o seus momentos de humor, que eu confesso que funcionou para mim. Os personagens fazem referência a "True Blood" e "Crepúsculo", marcando a lista de itens que precisarão enfrentar Abigail, por exemplo, estacas de madeira, crucifixos e alho. Há uma cena em que mostra a personagem Sammy (Kathryn Newton) voltando triunfalmente da cozinha com um saco de alho, apenas para Frank informar que são cebolas.
As vítimas em "Abigail" não apenas morrem, elas explodem! Rios espessos de sangue e pedaços de vísceras chove em algumas cenas do filme. É de se admirar a proficiência da equipe que fez esses fogos de artifício de sangue humano acontecerem. Porém o longa-metragem não funciona como um todo, somente em partes separadas.
A heroína é Melissa Barrera (Pânico), uma mãe solteira de fala doce que se juntou a um bando de criminosos desconhecidos para realizar um trabalho perigoso. Ela é sortuda, engenhosa e muita amiga do deus ex machina, enquanto vive um jogo mortal de esconde-esconde.
O restante do elenco composto por, Dan Stevens, Kathryn Newton, o falecido Angus Cloud, Kevin Durand e William Catlett recebem o trabalho de dar vida a personagens particularmente mal desenhados. Como os clichês de tantos outros filmes de terror, eles recebem um ou dois traços de personalidade, uma vez que o derramamento de sangue começa, eles são propensos a dizer coisas estúpidas, gritar uns com os outros, vagar sozinhos e finalmente cumprir a importância de seus papéis, morrer.
Depois do que parece uma eternidade do terceiro ato, "Abigail" se estabelece em uma longa sequência de ação de lealdades e rivalidades jogando inúmeras reviravoltas na história deixando a experiência ainda mais sem noção e sem sentido. "Abigail" pode encontrar seu público amante de filmes B feitos com um grande orçamento, mas também pode decepcionar aqueles que esperam mais do que foi divulgado.
Shazam! Fúria dos Deuses
2.8 354 Assista Agora'Shazam!' foi o filme responsável em trazer esperança ao DCU, um filme infantil que funcionou super bem, mas a sua sequência joga os fãs novamente para um nimbo indefeso cinematográfica da DC. 'Shazam! Fúria dos Deuses' é confuso e muito preso ao formato comercial cinematográfico, foi difícil criar qualquer afeição real por ele.
'Shazam! Fúria dos Deuses' traz um pesado CGI incompreensível e mais do mesmo. Tudo no filme, desde dragões até uma caneta mágica fará qualquer um lembrar de já ter visto algo parecido em algum outro filme ou série, o longa-metragem não traz nada de novo.
O filme nos empurra para um enredo complicado misturando a mitologia grega antiga. 'Shazam! Fúria dos Deuses' investe pouca energia em seus personagens humanos e gasta pouco tempo em um mundo real reconhecível, então basicamente, não há nada do que se importar aqui.
Há coisas legais no filme, o humor bobo do primeiro filme se encontra na sequência. Assistir Helen Mirren espancar Zachary Levi foi muito divertido de assistir. Jack Dylan Grazer, que ganhou muita atenção como o irmão adotivo inteligente e brincalhão de Billy Batson no primeiro filme, é o único ator que dá vida a um personagem humano com tempo significativo na tela, que entrega um monte de momentos divertidos.
O diretor David F. Sandberg e seus escritores Henry Gayden e Chris Morgan não tiveram espaço para o filme realmente se estabelecer. O humor diverte, mas muitas das piadas são sobre outras propriedades da Warner Bros. (puro marketing) ou seus rivais na Disney. Os responsáveis por 'Shazam! Fúria dos Deuses' também optam pela terrível ideia de vender espaço publicitário do filme, uma cena importante é apenas uma propaganda da Skittles.
Tudo o que fez o primeiro filme ser tão especial, 'Shazam! Fúria dos Deuses' coloca tudo a perder. A venda de espaço publicitário empobreceu demais essa obra cinematográfica, o enredo é super lotado com um CGI pesado. O filme consegue divertir, mas é pouco real e original, não há nada aqui para de fato alguém se importar.
Timmy Fiasco: Errar é Humano
3.2 13Tom McCarthy que dirigiu e o co-roteirista Stephan Pastis (que escreveu os livros nos quais este filme se baseia) gerenciam essa alquimia divertida, peculiar e infantil. McCarthy mostra uma quantidade surpreendente de estilo ao que certamente era um assunto de orçamento médio, deixando sua câmera ser tão divertida quanto o roteiro.
“Timmy Fiasco: Errar é Humano” é mais atraente quando se baseia no realismo da vida de Timmy, um aluno do quinto ano aprendendo a ver o mundo através de outros olhos que não o seu. Timmy é uma criação deliciosamente divertida, o tipo de garoto que absorveu muitos filmes de crimes fervorosos e decidiu traduzir isso para a sua vida real.
O filme acaba sendo um pouco episódico demais. Mas esse é o ponto; através de todas as suas aventuras, Timmy pode ter que aprender a escapar de sua indiferença imaginativa e se abrir para outras pessoas, seja o conselheiro da escola ou o novo namorado de sua mãe.
Uma grande parte do orçamento de 40 milhões de dólares do filme foi dedicada à realização digital do parceiro imaginário do protagonista, um urso polar de 1.500 quilos que de alguma forma nunca parece muito tangível nem no mundo de Timmy nem ao seu redor. Responsável pela palhaçada, a fera em CGI causa dúvidas: estamos na cabeça de nosso jovem herói ou entre seus espectadores confusos?
Não há o suficiente em boas piadas ou referências inteligentes a investigadores de outrora para tornar o filme atraente, e a uniformidade da entrega de Timmy, que deveria ser digitalizada como inexpressiva, não contém nuances suficientes para fazer grande parte do filme.
As virtudes de “Timmy Fiasco: Errar é Humano” são uma sagacidade seca, habilmente oferecida, que funciona tanto para crianças quanto para adultos, e uma série de performances adoráveis. Os encantos infantis aterrados do filme servem em qualquer dia.
Shazam!
3.5 1,2K Assista AgoraDepois de anos assistindo aos heróis carrancudos da DC nos cinemas, a empresa finalmente deixa de lado o seu estilo sério e escuro, para apresentar um dos seus heróis, não tão conhecidos, com um estilo mais colorido e muito mais engraçado.
Como a indústria do entretenimento em grande escala, os filmes de quadrinhos têm confrontado o privilégio branco e masculino no coração do gênero, elevando as super-heroínas ao status de destaque e expandindo a cor e a cultura e 'Shazam!' acena nessa direção.
O filme, que foi escrito por Henry Gayden e dirigido por David F. Sandberg, é quase bobo demais, mas é um filme para crianças e sua bobice funciona muito bem aqui. A comédia funciona principalmente por causa da habilidade de Zachary Levi para efetivamente canalizar o espanto de Billy. Apesar de seu físico, Shazam ainda é um adolescente aprendendo a trabalhar seu novo corpo, junto com seus recém-adquiridos poderes divinos.
Mark Strong interpreta um adequadamente vilão Dr. Thaddeus Sivana, mas é na trajetória de sua história, que 'Shazam!' fica atolado no mundo enigmático de monstros, magia e histórias em quadrinhos. Não é tão interessante, nem tão divertido quanto a jornada quase pastelão representada no resto do longa-metragem.
'Shazam!' é uma história de origem, algo familiar na obra de filmes de super-heróis. Um pouco irregular, oscilando muito entre o alto e baixo, felizmente, o poder mais predominante que o filme possui é seu senso de humor, que funciona muito bem.
Persuasão
2.7 183 Assista Agora"Persuasão" é um filme de romance histórico e drama estadunidense de 2022, dirigido por Carrie Cracknell e com roteiro de Ronald Bass e Alice Victoria Winslow. O longa-metragem é baseado no livro da escritora britânica Jane Austen de 1817 e foi lançado inicialmente nos cinemas dos Estados Unidos em 8 de julho de 2022, uma semana antes de seu lançamento mundial em streaming em 15 de julho de 2022 pela Netflix.
O livro "Persuasão" é um belo material para se trabalhar, mas Carrie Cracknell foi e fez uma coisa estranha com o livro: ela tentou modernizá-lo, utilizando da quebra da quarta parede e escalando uma estrela americana de espírito livre, Dakota Johnson, como Anne.
Nada contra Johnson, mas ela não é a atriz certa para esse papel, ela foi totalmente mal direcionada. No romance, o senso de propriedade de fala mansa de Anne prolonga sua miséria, enquanto aqui, ela é uma narradora afiada e sem filtros, entregando julgamentos mordazes de sua família por toda parte. Ela regularmente olha diretamente para a câmera e lança ao público um olhar cúmplice, como se dissesse: "Viu o que eu quero dizer?"
O elenco diversificado ao estilo “Bridgerton” deste filme indiscutivelmente se envolve com os temas históricos do romance de direitos imperiais, propriedades nas Índias Ocidentais, pilhagem naval e corsário. Mas há algo de presunçoso, mal concebido e pouco persuasivo em tudo isso.
A abordagem modernizada que "Persuasão" adota ainda esbarra em algumas questões. Há trechos de diálogo que se esforçam demais para trazer a história de 1817 para 2022. Bass e Winslow podem estar tentando encontrar um novo ângulo para trazer para a história clássica, mas tudo o que eles fazem é destacar o quão fora do tom "Persuasão" está.
Transformar o livro em uma história anacrônica girlpower exigiria mais ambição e esforço do que este filme mostra, mas poderia ser feito. Em vez disso, "Persuasão" está preso em um limbo estranho, mesmo em suas melhores partes. Essa versão da Netflix é uma adaptação decepcionante de um dos grandes romances de Jane Austen.
Diários de Intercâmbio
2.6 131 Assista Agora'Diários de Intercâmbio' há vários momentos onde a comédia assume um certo grau do absurdo, mas a sensibilidade de Bruno Garotti para converter o lúdico com coesão na narrativa é algo realmente bem feito, pois tudo faz sentido e traz uma certa unidade à narrativa do filme.
No filme temos como destaque todo o carisma de Larissa Manoela, mas é Thati Lopes quem rouba a cena, é ela quem faz a personagem mais interessante e proporciona alguns dos momentos mais engraçados e com os melhores diálogos do filme, mas o desempenho dos atores não consegue ser suficiente para encobrir as imprecisões de 'Diários de Intercâmbio'.
A narrativa da amizade entre as duas protagonistas é a única coisa bem desenvolvida com uma certa preocupação e há uma leveza nesse desenrolar, com uma comicidade minimamente agradável e talvez essa seja uma abordagem minimamente original.
O longa apresenta uma linguagem bastante infantil para um filme com uma atmosfera adolescente bem evidente, o tom não muito bem definido não parece combinar com a história. Não fica evidente se estamos lidando com uma produção adolescente, infantil ou infanto-juvenil.
'Diários de Intercâmbio' tem um monte de narrativas mal construídas dentro de um roteiro fraco, é um típico filme teen onde sabemos tudo o que vai acontecer, há muita coisa acontecendo com diálogos artificiais e personagens terrivelmente apresentados. O roteiro de Sylvio Gonçalves e Bruno Garotti é simplório e a direção do mesmo Garotti não traz nada de inovador.
Apesar de todo o caos narrativo, 'Diários de Intercâmbio' pode ser uma rápida diversão, mas já que temos uma porção de produções do tipo, inclusive no vasto catálogo na Netflix. Se você busca algum diferencial, aqui não é o lugar que você encontrará.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
2.8 517 Assista AgoraSe você conhece a tradição da Marvel, é tudo sobre o multiverso, que está passando rapidamente de uma ideia atraente para algo preguiçoso e sem graça. Um dos pontos negativos dos filmes da Marvel é que tudo está ligado, fazendo os consumidores assistirem a tudo para entender o que está por vir. Então, se você não está acompanhando o Universo Cinematográfico da Marvel, nem perca seu tempo com este longa-metragem.
Geralmente a maioria dos filmes da Marvel são legais por conta do seu grandioso elenco talentoso e repleto de estrelas. Além de Rudd, 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' traz Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Jonathan Majors, Corey Stoll e Bill Murray. Kathryn Newton ofusca todos. Ela interpreta Cassie Lang, filha de Scott Lang (Rudd), ou Homem-Formiga, e ela é a melhor coisa do filme.
O longa-metragem traz outra coisa de legal que é Kang, um vilão com potencial. Ele é um ser multidimensional que existe fora do tempo. O papel não exige muito de Jonathan Majors, mas há momentos interessantes e há algo frio e ocasionalmente assustador na maneira quase entediada como ele se comporta.
Enquanto os filmes anteriores extraíam comédia do charme descontraído de Paul Rudd, as piadas de 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' tendem a consistir na repetição de frases na cadência da improvisação deliberadamente malfeita, as várias criaturas encontradas pelos heróis são filtradas por sua imaginação vulgar, como um ser gelatinoso que inveja abertamente os orifícios dos humanos (!?!?!).
'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' é um exemplo do que acontece com a arte quando os efeitos especiais assumem o controle. No Reino Quântico há terreno arenoso e rochoso. Há oceanos e plantas que lembram cogumelos translúcidos. A paleta é marrom escuro e azul, tudo é escuro com pontos fluorescentes, há cenas que não dá para entender o que está acontecendo, e o CGI nem sempre é bom.
Sem enredo, sem emoção e sem graça, 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' boia em seu mar de esquisitices em CGI. Se o filme parecer confuso para você, não se culpe, porque ele é. Sem história e desenvolvimento insatisfatório, o que resta são os efeitos especiais feitos a pressas, difícil de entender em mistura de visuais muito escuros.
Monstro
3.5 46 Assista AgoraA estreia na direção de Anthony Mandler, a partir de um roteiro de Radha Blank, Colen C. Wiley e Janece Shaffer, 'Monstro' estreou no Festival de Cinema de Sundance em 2018. Demorou muito para o filme finalmente ser lançado e não é difícil entender por quê. Baseado no livro de Walter Dean Myers, o longa é uma oportunidade perdida de contar uma história coesa e emocionalmente comovente sobre a injustiça racial.
'Monstro' pode ter a melhor das intenções, mas é pesado, emocionalmente plano e agressivamente estagnado. É um drama monótono de tribunal que desperdiça o talento de seu elenco, cujos esforços para elevar o material são frustrados devido ao diálogo fraco e à execução estereotipada.
A narração de Harrison Jr. pretende infundir profundidade ao filme enquanto captura emoção, mas tudo soa um tanto vazio. As locuções são feitas para adicionar à história que já está sendo contada visualmente, mas aparece sufocante e sem sentido, ocupando espaço sem oferecer muito em termos de análise e desenvolvimento adicionais.
As cenas do filme mudam entre a vida de Steve antes e depois de sua prisão, mostrando como sua vida mudou drasticamente. Sua vida, antes cheia de esperança e entusiasmo pelo que o futuro pode trazer, é vibrante, valiosa e social. Esses momentos são justapostos com as cenas estéreis e cinzentas do tribunal onde sua vida está sendo debatida por pessoas que realmente não se importam com o que acontece com ele, optando por estereotipá-lo como um homem negro e chamá-lo de monstro. Novamente, esses são exemplos de o filme sendo aberto em seu ponto, mas terrivelmente vazio na forma como é apresentado.
O filme também não melhora à medida que avança, pintando um quadro de desesperança e dor que é desprovido de nuances, emoções e uma exploração da vida de um jovem que está mudada para sempre. 'Monstro' é terrivelmente superficial, optando por uma estrutura direta e factual em vez de entregar uma narrativa comovente e cativante. É subdesenvolvido e nada assombroso, com um ritmo desajeitado e transições de cena instáveis. O que poderia ter sido uma história interessante e cativante, infelizmente falha em todos os sentidos imagináveis.
Homem-Formiga e a Vespa
3.6 990 Assista AgoraUm pouco antes deste lançamento a Marvel lançou 'Vingadores: Guerra Infinita' apresentando praticamente todos os super-heróis existentes do mundo lutando pelo destino de todo o universo. Depois do filme com todos os super-heróis reunidos, ganhamos 'Homem-Formiga e a Vespa' para limpar um pouco a energia ofegante das guerras intergalácticas.
'Homem-Formiga e a Vespa' é muito despretensioso, revigorante e divertido. Este longa-metragem também é um pouco melhor que o primeiro filme, que nunca pareceu descobrir totalmente sua identidade, e encontra um ritmo que amplifica o material que funcionou no primeiro filme, o cativante humor das estrelas Paul Rudd e Michael Peña.
No clímax, quando tramas paralelas estão acontecendo simultaneamente, 'Homem-Formiga e a Vespa' fica um pouco ocupado, e uma subtrama fortemente sugerida nunca é resolvida. Geralmente, o filme funciona melhor em um tom mais descontraído, com Rudd se relacionando com sua adorável filha Cassie (Abby Ryder Fortson) ou tentando desajeitadamente falar docemente com seu oficial de condicional (Randall Park).
O roteiro é culturalmente astuto o suficiente para permitir que a Vespa salve o 'Homem-Formiga' mais de uma vez. Precisávamos desse tipo de vibração de mulheres assumindo o comando em um filme de super-herói. As cenas de ação são ridículas, divertidas, rápidas e bagunçadas.
A cena que mais funcionou para mim, é quando Scott, preso em casa, passa um bom tempo com sua filha, Cassie (Abby Ryder Fortson). Ele constrói uma casa de diversões caseira como insetos e labirintos de papelão. A sequência é doce, divertida e inteligente na maneira como brinca com a escala inseto versus humana.
'Homem-Formiga e a Vespa' é desconexo e confuso, mas também é divertido, é aquele filme ruim que damos meio ponto a mais para ajudá-lo a passar de ano. O filme é sobrecarregado, mas esbanja bom humor. Embora se mostre uma distração bem montada, 'Homem-Formiga e a Vespa' inegavelmente carece da escala e ambição das entradas recentes da Marvel.
O Silêncio da Cidade Branca
2.5 136 Assista Agora‘O Silêncio da Cidade Branca’ é uma superprodução. O longa também tem muitos planos abertos, câmeras passeando sobre telhados, perseguições por ruas inteiras, enfim, todos os enfeites que um filme de ação possui para encarecer sua produção.
O que surpreende mesmo é a direção de fotografia que ressalta os belos cenários de Vitória, no país do Basco. A fotografia fria, esteticamente funciona bem, para criar um ar de suspense e o filme também usa as boas paisagens do cenário em prol da perseguição. A catedral, as procissões e até mesmo ambientações normais, são usadas e funcionam bem na tela. O diretor Daniel Calparsoro encontrou na arquitetura e na claustrofobia um espaço, para criar um filme realmente tenso e angustiante!
Para construir a motivação e a assinatura do serial killer, o argumento do filme apresenta fatos históricos bastante particulares de uma Espanha desconhecida ao turista, mesclando eventos culturais marcantes com a religião católica, tão importante para aquele país. 'O Silêncio da Cidade Branca' justifica a escolha de suas vítimas com base na combinação desses elementos e as dispõe em poses que parecem uma pintura renascentista.
A base desse longa, é um livro de quase 500 páginas, o que é compreensível entender o motivo pela confusão feita no roteiro, já que deve ter muitas informações e não é uma tarefa fácil escolher o que vai entrar e o que não vai entrar na adaptação. A trama é transformada em um “tour” apressado e acaba perdendo a possibilidade de ser desenvolvido com mais cuidado.
Porém o roteiro é um bocado preguiçoso, dando a impressão de perder a paciência consigo mesmo, em vez de construir os personagens e os elementos que insere na história, ele simplesmente os joga na trama, forçando o espectador a aceitar o desenrolar de tudo. A quantidade de subtramas mal desenvolvidas e os personagens com histórias rasas fazem da história mais confusa e cansativa.
É o trabalho de direção de Daniel Calparsoro que tem experiência na produção de filmes desse tipo e entrega bons enquadramentos. Mas peca nas cenas de ação que são repetitivas, mal cortadas e sem criatividade. Não é interessante ver um policial correndo atrás de um bandido por diversas vezes só que em ambientes diferentes.
O uso de flashbacks para explicar a trama empobrecem muito a história fazendo com que esse vai e volta, passado e presente, entregue um desfecho incoerente. Muita informação que não se conecta e que não faz sentido.
Você se amarra num filmezinho de suspense, com policiais investigando o passo a passo, um assassino serial killer à espreita? Então você vai curtir ‘O Silêncio da Cidade Branca’. O filme é fórmula genérica e sem personalidade conduzida por Calparsoro. Mesmo com a premissa interessante, a trama não consegue se desenvolver é difícil se envolver com o protagonista é mais difícil ainda se envolver com a solução dos crimes apresentados no longa.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraO encolhimento humano sempre ocupou um pequeno espaço no mundo cinematográfico, que geralmente se mostrou eficaz quando misturado com humor. Embora a dinâmica da história seja fundamentalmente boba com o seu trópico familiar, o bom elenco liderado por Paul Rudd transforma o absurdo 'Homem-Formiga' em algo razoavelmente aceitável.
Pode-se supor que Paul Rudd e seu parceiro de escrita, Adam McKay, aprimoraram o roteiro deste longa-metragem com brincadeiras e algumas bobices para destacar ainda mais o personagem e entregar com facilidade a bola para o ator. Alguns dos problemas de 'Homem-Formiga', é que quando ele encolhe o Paul Rudd, ele encolhe uma grande parte do carisma de Rudd também, e esse carisma é um pilar importante para o filme.
O diretor Peyton Reed dirige toda essa brincadeira de criança com muita energia, acomodando perfeitamente os diversos estilos cômicos de Paul Rudd e alguns dos atores coadjuvantes, principalmente Michael Pena. Porém, o diretor entrega um trabalho, parecendo que seu filme fosse montado de maneira aleatória.
Algumas cenas acontecem dentro dos limites da casa do Dr. Hank Pym e muitas outras são ambientadas em aposentos igualmente apertados, como uma prisão e laboratórios. As cenas de ação às vezes parecem fracamente motivadas, inventadas apenas para fins de espetáculo visual, ou porque o ritmo e as expectativas do gênero as exigem.
'Homem-Formiga' funciona em partes, pois o longa-metragem está muito mais interessado em tentar fazer graça sendo um tipo de "Querida, Encolhi o Ladrão", do que de fato, buscando ser mais um típico filme de super-herói.
Rainha de Katwe
4.2 208 Assista AgoraO filme é baseado em um livro de Tim Crothers, que foi baseado em um artigo da ESPN the Magazine. 'Rainha de Katwe' oferece um retrato realista dos africanos modernos, permanecendo completamente imersos em seu mundo, em vez de mostrá-lo através dos olhos de um estranho. As cores brilhantes e o tom alegre do filme operam bem, são bonitas e cativantes, mas não o suficiente para deixar uma boa impressão.
Não há nada surpreendente ou aventureiro nesse filme de Mira Nair, uma dramatização sincera e sensível de uma garota ugandense de 10 anos que se tornou uma campeã mundial de xadrez. Apesar de alguns dos elementos mais duros do cenário empobrecido onde Phiona Mutesi cresce, Nair fez exatamente o tipo de história alegre de espírito triunfante decorrente do material.
Como Mutesi, Nalwanga oferece um desempenho sério e confiável em que sua inteligência supera os recursos limitados de seu entorno imediato. Lupita Nyong'o irradia beleza, dignidade e sofrimento, mas não convence como uma mãe solteira empobrecida, o papel deveria ter sido de uma atriz mais velha ou deveriam ter envelhecido Nyong'o com maquiagem.
Nada do enredo chega como uma surpresa e os ritmos de 'Rainha de Katwe' tendem a se arrastar, especialmente durante a primeira metade. Momentos estimulantes acabam se materializando, o filme continuamente falha quando tenta construir um conflito dramático.
'Rainha de Katwe' inclui um punhado de sequências de treinamento nas quais as crianças do campo usam sua inteligência para descobrir o tabuleiro de xadrez, mas só é realmente atraente quando focado na dinâmica compartilhada pela jovem Phiona e seu treinador empreendedor.
'Rainha de Katwe' parece muito longo, com duas horas, o longa testará a sua paciência, e com foco em um público mais jovem, o seu ritmo pode ser um problema. A edição parece apressada, a combinação perturbadora de cortes rápidos e um ritmo lento drena um pouco da emoção da história. O roteiro está repleto de chavões, lições especiais aprendidas e o diálogo é exagerado e cafona com muito melodrama de Joan Crawford.
'Rainha de Katwe' carece de qualquer senso genuíno de urgência. Nenhuma quantidade de performances fortes e boas vibrações pode esconder a sensação de que estamos apenas assistindo algo mecânico. Sutileza não é o forte de 'Rainha de Katwe', mas por trás dos aforismos banais, há uma história emocionante digna de nossa atenção. A história da vida real de um campeão de xadrez de Uganda recebe o tratamento brilhante da Disney.
Observadores
3.0 417 Assista AgoraO problema dos filmes sobre voyeurismo e suas implicações morais é que, pelo menos nesses filmes, a prática parece muito divertida. Por mais refrescante que seja obter um novo thriller original desta natureza, a novidade praticamente para por aí, na grande maioria de 'Observadores', o filme é uma mistura preguiçosa e previsível que dança em torno de ideias interessantes, mas nunca chega a pousar nelas.
O longa fica bem na marca de duas horas, mas se equilibra de forma frustrante. A primeira hora gira tão inutilmente que, quando as coisas finalmente começam a melhorar, parece como se estivéssemos assistindo a um filme totalmente diferente. As coisas aumentam e quando elas aumentam, elas não param.
O que começou como uma diversão estimulante se transforma em uma situação cada vez mais perturbadora graças aos artifícios do roteiro, começando com Julia visitando o local de trabalho de Pippa, convidando-a para um café e depois levando-a a um spa, onde ela fica totalmente confortável para se abrir.
Tudo é óbvio e desajeitado em 'Observadores', incluindo a atuação principal de Sydney Sweeney, marcada por um bando de olhares arregalados de excitação sensual e preocupação inquieta. Michael Mohan não está atrás de sutileza, mas de paixão cheia de suspense, que ele tenta incutir por meio do tipo de nudez considerável que é o estoque e o comércio de thriller erótico.
O roteiro, cortesia do diretor Michael Mohan, também não tem muito a dizer. O script tropeça em si mesmo para parecer inteligente e o produto é uma tentativa muito transparente e superficial de um exame cuidadoso. O diálogo de Michael Mohan é desajeitado em suas tentativas de ser arrogante.
Das performances principais rígidas ao diálogo pretensioso e desajeitado, 'Observadores' muitas vezes parece um passeio amador, mas também há sagacidade genuína na narrativa visual do filme e uma recompensa imprevisível o suficiente no terceiro ato que proporciona uma experiência de visualização inesquecível.
Thrillers eróticos são poucos e distantes entre si em nossa paisagem cinematográfica moderna, então 'Observadores' parece inerentemente fresco e original puramente quando se trata de tom e conceito por mérito de simplesmente estar disposto a relembrar a uma era e um estilo de cinema que faz sentido mas esquecido.
Legado nos Ossos
3.2 142 Assista AgoraEu assisti ao segundo filme primeiro, depois eu conferi o primeiro, e os filmes funcionam de forma autônoma. No entanto, eu recomendo assistir o primeiro também, pois dará alguns insights adicionais para o universo desses personagens.
O diretor Fernando Gonzalez Molina executa 'Legado nos Ossos' de forma admirável, com um bom olho para cenografia e tom consistentes, quase nos distraindo do fato inegável de que o filme é uma coleção habilmente montada de clichês do gênero.
A vida pessoal de Salazar é particularmente intrigante, especialmente com o assunto da história e com a introdução de bebê em sua vida. As tensões em casa aumentam as dimensões do personagem, especialmente depois de uma revelação importante no meio da história. Este é realmente um filme que ganha vida tarde demais.
O forte alicerce do filme no solo da mitologia basca é o que o torna uma exibição única e memorável, quem espera um típico jogo de gato e rato ficará desapontado. Seus elementos sobrenaturais também foram deixados de lado, provavelmente para o desenvolvimento do terceiro filme.
Uma grande desvantagem de 'Legado nos Ossos' é seu ritmo inconsistente, ele desacelera e se arrasta um pouco, eventualmente, aumenta em seus momentos finais. Por causa disso, há momentos em que o filme perde a atmosfera de mistério e suspense.
Este thriller policial tem muitos personagens e também muitos lugares são mencionados. Isso significa que você precisa manter o foco enquanto assiste. Há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, o enredo só consegue avançar, não dando muitos detalhes, ou deixando o telespectador absorver as coisas. O filme vai ficando chato e desinteressante.
Sua alta produção é um ponto forte de 'Legado nos Ossos', mas também faz você perceber o quão melhor sua narrativa poderia ter sido. O filme não é sua incursão no gênero de ficção policial, já que nunca transcende completamente nessa direção, no entanto, ainda é bastante original e emocionante.