Fiquei pensando hoje sobre esse filme e resolvi reassistir. E desta vez, com menos sono, tive outra opinião sobre ele. O roteiro é muito bom. A execução é que não tá no nível do roteiro.
Embora na primeira vez eu tenha estranhado o filme ser muito claro, quase sempre de dia, e sentido falta de uma trilha sonora mais lúgubre, percebi depois que faz sentido o filme não ter uma atmosfera soturna, porque até então estava tudo indo bem. Conforme avança o filme e a situação vai saindo de controle começam a surgir mais cenas noturnas. É somente o prelúdio da tragédia. Embora falte a atmosfera gótica de seu sucessor, Os Inocentes, de 61, o pensamento gótico está presente aqui o tempo todo.
Tanto a Srta Jessel, quanto o Quint e as crianças são vítimas de abandono paternal. Todos carregam em si uma inocência (Os Inocentes) pueril, uma carência afetiva e um paradoxo comum no gótico: amor e morte. Todos querem amar e serem amados. E todos sentem medo do abandono. O Miles, por exemplo, vira a tartaruguinha dele de pernas pra cima quando ele vai dormir. Embora Flora, a princípio, diga que é uma covardia, ele prefere infligir sofrimento ao bichinho do que correr o risco de ela o abandonar. E olha que é uma tartaruga. E com o tempo Flora passa a aceitar e entender esse comportamento do irmão.
O Quint é muito querido pelas crianças. O Miles nitidamente se espelha nele o tempo todo. Ele acaba passando de maneira inocente pra elas o seu modo de amar e encarar a morte, como por exemplo, o sapo que ama tanto fumar, que morre por esse amor, ou "Se vc ama alguém, vc quer matar essa pessoa."
Quando finalmente o casal parece que vai se acertar, e as crianças estão ansiosas por isso, a Srta Jessel diz que não tem como ir morar com o Quint "no chiqueiro" e então fica claro qual o gatilho dele pra violência. O medo de ser novamente abandonado, como foi por seu pai, e menosprezado, como é pela Srta Grose. E a Srta Jessel aceita a violência dele porque o ama e também tem medo de ser abandonada.
Na cena que a Flora compra a borboleta que ela tanto admira ela diz: "Essa borboleta é muito interessante. Só vive 48 horas. Morre logo...então tem que encontrar uma fêmea antes de morrer...tem que amar outra borboleta. Depois nada importa, pois para amar tem que morrer." Toda a reflexão que o Quint faz sobre o amor e a dor, e tb sobre a morte pras crianças, pode parecer bastante pertinente, mas para crianças inocentes, se sentindo prestes a serem abandonadas e o casal desfeito, isso foi levado literalmente ao pé da letra.
As crianças amam muito o casal, e se espelham neles, pois são seus únicos amigos. Elas nem sabem como é a vida fora do castelo, como é conviver com outras crianças. Então, quando a Srta Grose expulsa a Srta Jessel, a Flora só vê uma saída: matar os dois para que eles permaneçam juntos pela eternidade e para que também não abandonem as crianças e continuem pra sempre ali com elas no castelo. A Flora planejou e o Miles executou. Eles mataram como um gesto máximo de amor. O último e derradeiro ato. A morte.
Gostei da temática dos microchips, e toda a estética da produção desse tema.
Plano maquiavélico com um mentor psicopata e violento, e uma capanga/amante brutal. Trilha sonora muito boa. Bond Girl muito bonita, porém um pouco apagada. Belas paisagens e cenários. Boas cenas de ação. Ritmo um pouco irregular. 007 mais comedido na galhofa.
O que me parece é que temos aqui uma pessoa com transtorno de personalidade histriônica, não narcisista.
Essa coisa de querer atenção está presente nos dois tipos de transtorno. Porém, entre algumas diferenças, no narcisismo a pessoa deseja ser enaltecida e admirada, e tem uma sensação exagerada e infundada da sua própria importância e talentos (grandiosidade), enquanto no histrionismo a pessoa é dada à autodramatização, teatralidade e expressão extravagante das emoções, não importando se as pessoas as julgam grandiosas ou não. No filme fica bem evidente o quanto a Signe gosta de que sintam pena dela, quanta dramatização ela faz fingidamente, e o rancor que ela guarda de quem ela acha que não satisfaz sua necessidade afetiva à altura. E, no caso, é impossível satisfazer, mesmo. A pessoa sempre quer e quer sempre. Quanto ao namorado, não o interpretei como narcisista. Ele pode ser infantil, mas se importa com a Signe, mesmo sabendo que ela tá fazendo drama e mentindo. Reparem que todas as vezes que ele tenta atrair a atenção pra si ou é porque ela está tentando boicotar as reuniões com os patrocinadores/entrevistadores dele ou porque ela está tomando o tempo todo da conversa com os amigos falando apenas dos "problemas" dela.
(Colei trechos diretamente do Manual MSD pq sofro de preguicismo digitálico.)
É um filme bem incômodo, mas uma reflexão que precisa ser feita. Esses dois transtornos atualmente são muito comuns. Parecem até ser celebrados. E não vou nem "chover no molhado" sobre isso.
A propósito, senti uma vibe Cronenberguiana, que sou muito fã, pelo body horror e pelas críticas. - A Mosca - Crash: Estranhos Prazeres - Mapa para as Estrelas - Antiviral
Metal Lords...o que dizer desse filmuxo que eu conheço há tão pouco tempo mas que eu já curto pakas?
(ALÉRGICOS, CONTÉM E SPOILER E DERIVADOS.)
Tava deitado pra dormir e resolvi procurar algo bem leve pra assistir. Algo na linha Licorice Pizza, do Paul Thomas Anderson...PTA, para os mais íntimos. Me deparei com este artefato fílmico aqui e, como sou metaleiro, baterista, ex-adolescente e congêneres, fui com bastante interesse, mas não muita expectativa. Porém o filme me prendeu do inicio ao fim e me surpreendeu muito positivamente.
Devemos lembrar que o filme é uma comédia, né? Portanto estereótipos são obviamente abordados. Devemos lembrar, consecutivamente, que é um filme que se passa atualmente, nos EUA, com jovens e seus modus vivendi hodiernos, totalmente diferente do que vivemos por aqui outrora.
Toda galera metal sempre tem o mais radical, o mais nerd, o mais gótico...e aqui acho que todos personagens se desenvolveram muito bem: O babaca do Sylvester pôde perceber como estava sendo um otário metido a TR00 e se redimiu; o Kevin ganhou autoconfiança e se impôs, arrebentando demais na batera e fazendo um par romântico muito bonito com a Emily, que agora não se sente mais carente de serotonina. Tampouco de ocitocina. Aliás, que cena foda quando ela aparece pro show final, toda estilosa, imponente, ao som de Pantera! É de arrepiar, literalmente. Até sentei na cama, pela emoção, aumentando o volume do fone de ouvido ao máximo. E segue a epifania da apresentação.
Outra cena foda: a perseguição de carro ao som de Painkiller! Mano, eu quase levantei da cama, peguei o carro, botei Painkiller e fui caçar alguma viatura pra eu provocar e empreender uma fuga.
O Sylvester está para o Euronymous, do Mayhen, assim como o Kevin está para o Steven Wilson, do Porcupine Tree. Se esse filme tivesse sido lançado em meados da década de 80, talvez Euronymous não tivesse se lesionado com as facadas desferidas pelo seu suposto amigo Varg. E talvez hoje não tivéssemos tantos Sylvesters e Vargs ainda por aí...
A trilha sonora é perfeitamente selecionada e bem utilizada. Só banda foda, só música foda. Participações de músicos fodas. A produção do filme, em geral, achei muito boa também.
Enfim, achei o filme super divertido. E melhor que Licorice Pizza, que se perde muito do meio pro fim. Além do quê, me trouxe várias boas recordações da adolescência. E, como baterista e metaleiro, me identifiquei com o Kevin...mas não só por isso também. O filme não é uma obra-prima, mas como eu gostei muito da sensação de assistir, vou dar 5 estrelas. Favorito.
Se a intenção foi realmente ser um filme ruim, conseguiu. Ponto a favor. Se foi um filme autobiográfico, ponto a favor. Se é um Coppola, ponto a favor.
Vi a Emily Blunt no poster e não quis nem saber do que se tratava a história. Dei logo o play e não me decepcionei. Lembra um pouco Side Effects, do Soderbergh, com a Rooney Mara, que tb sou fã. Só que achei esse filme aqui até melhor. A Emily Blunt é muito maravilhosa, cara. Que mulher, que atriz! Me prendeu do início ao fim, na torcida por ela. E ainda foi a produtora-executiva do filme.
"Eu não vou desistir da minha vida. Eu vou fazer minha vida valer a pena."
Reassisti ontem e gostei mais do que antes. Acho que aqui o nível de psicopatia da Suzane tá muito mais evidente. Nas cenas do tribunal ela tá bem doentia nos argumentos e expressões corporais. Falsiane de pedigree, de alta patente. E nas cenas que ela tá relatando, ela é muito convincentemente encantadora. E é nesse ponto que esse filme me pegou. Porque vc fica ali encantado com a doçura dela, revoltado com o Daniel, e de repente vc lembra que tudo é mentira dela. Como não se apaixonar e se encantar com ela, por exemplo, na cena linda da viagem pra praia com o Daniel, e a música A Cêra, do Surto, tocando? E logo em seguida, quando muda a cena, vc toma aquele choque de realidade, se sentindo enganado. As cenas que tocam Radiohead e Joy Division são maravilhosas também. As músicas são ótimas, as cenas são bonitas e a Suzane está muito sensual. As mesmas músicas foram usadas nos outros filmes, mas com cenas diferentes, sem o mesmo impacto. A Suzane é uma pessoa muito magnética, sedutora e inteligente. E eu particularmente acho muito interessante estudar sobre personalidades assim. De vez em quando assisto algo sobre ela e quando percebo estou quase acreditando nela. Acho que até eu, gato escaldado, se tivesse no lugar do Daniel, na época e com a idade dele, vivendo o que a Suzane relata aqui, teria caído no jogo dela. E isso é assustador.
Acho que meu preferido foi O Menino que Matou Meus Pais. É o que a Suzane tá mais caprichada na psicopatia. Mas vou reassistir os dois anteriores pra relembrar e ter certeza.
Entendo perfeitamente que o roteiro poderia ser mais elaborado, que a trilha sonora poderia ser mais ousada, que as atuações poderiam ser melhores... No início tava achando ruim, mas quando percebi que é um filme erótico, eu desencanei e comecei a curtir. E como filme erótico, é bom, ainda mais tendo o suspense, as tramas... Eu não me ofendo e nem me incomodo com cenas de nudez. E as cenas pra mim ficaram bonitas, sexy e de bom gosto. A fotografia tb é caprichada. As cenas de moto são bem bacanas, os takes da cidade são bonitos. A música Envolver, da Anitta, ficou ótima naquela cena erótica linda. Mas algumas músicas acho que poderiam ser substituídas por uns trip-hop sensuais, tipo Portishead, Massive Attack...dando um clima mais sexy e soturno. Bem, percebo e entendo que ninguém tenha gostado do filme...mas eu curto filmes assim, de suspense erótico. Então vou dar uma nota bacana.
Peguei ao acaso pra assistir, sem ler a sinopse. Não tava levando muita fé, e no início tava achando que seria apenas um quiproquó de aleatoriedades pinçadas entre os clássicos do terror, como Carpenter, Cronenberg e outros diretores que sou muito fã. Mas o filme foi me prendendo pela curiosidade, pelos efeitos práticos e pelas referências à ótimos filmes que iam surgindo a todo tempo. Tinha uma lista enorme de filmes pra elencar aqui como referências, mas o pessoal já comentou sobre todos. Me fez lembrar também de O Tempo do Lobo, do Haneke, com seu clima caótico e catastrófico, que inclusive preciso reassistir e aumentar a nota. E a metade final aqui apresenta ainda uma vibe e fotografia surreais meio Lynch, meio Refn, que eu amo. Que ótima surpresa! Terminei o filme sentindo falta de um roteiro um pouquinho mais refinado, mas lendo os comentários aqui me convenci que isso não foi problema. Inclusive fiquei muito empolgado de ver a galera comentando entusiasmada sobre como gostaram do filme tb, sobre as referências que captaram... Saudades de filmes assim, com essa vibe oitentista, caprichados nos efeitos práticos. Quem nasceu antes do Plano Real e curte terror, muito provavelmente vai adorar. Ótimo filme! Favoritei com certeza!
Lembro de ter assistido uma matéria no Fantástico sobre esse caso na época. Fiquei impressionado. Fiquei obcecado em descobrir que banda era essa tal de Slayer, satanista, que tinha influenciado os garotos. Só tive acesso a ela alguns anos depois, na escola, por acaso, no discmam de um amigo totalmente improvável, pacato e religioso. O cd era o Show No Mercy, com aquele bode na capa. Insisti com o amigo até ele aceitar trocar comigo pelo cd Top Surprise 2, de dance. Desde então nunca mais parei de ouvir a banda. Tenho esse cd guardado até hoje, junto com os outros que fui adquirido depois, além de camisas da banda tb. Virei fãnzaço! O Slayer foi bastante boicotado à época. Sem contar que tava rolando tb toda aquela história do Inner Circle e o surgimento da segunda onda do black metal na Noruega, com uns doidos incendiando igrejas, se suicidando, e cometendo assassinato, como no famoso caso do Varg Vikernes, que matou seu companheiro de banda Euronymous, do Mayhem, depois de gravarem o disco De Mysteriis Dom Sathanas. É o único disco da história em que assassino e assassinado tocam juntos. Isso só fui saber depois de conhecer Slayer. E tem documentários no youtube e filmes sobre esse caso tb, como Lord of Chaos, de 2018. Igreja, imprensa, fanáticos, conservadores e afins fizeram um circo nessa época. Criou-se uma cruzada, uma inquisição contra o "satanismo". Enfim, esperava mais do filme, por gostar do Egoyan, do caso e de Slayer, mas não me agradou tanto quanto eu esperava. Vou assistir o documentário Paradise Lost, que dizem ser bastante completo. E concordando com alguns comentários aqui: a parte que a mãe leva o dever de casa do filho pra professora corrigir e é abraçada pelas crianças é de cortar o coração.
Que lugar bacana esse cara mora, hein... 😌 Divertido o filme. O protagonista é muito carismático, os vilões são excêntricos e o mistério te prende. O final achei legal e inesperado: convicto e resoluto.
Os Que Chegam Com a Noite
3.4 39 Assista AgoraFiquei pensando hoje sobre esse filme e resolvi reassistir. E desta vez, com menos sono, tive outra opinião sobre ele. O roteiro é muito bom. A execução é que não tá no nível do roteiro.
Embora na primeira vez eu tenha estranhado o filme ser muito claro, quase sempre de dia, e sentido falta de uma trilha sonora mais lúgubre, percebi depois que faz sentido o filme não ter uma atmosfera soturna, porque até então estava tudo indo bem. Conforme avança o filme e a situação vai saindo de controle começam a surgir mais cenas noturnas. É somente o prelúdio da tragédia. Embora falte a atmosfera gótica de seu sucessor, Os Inocentes, de 61, o pensamento gótico está presente aqui o tempo todo.
Tanto a Srta Jessel, quanto o Quint e as crianças são vítimas de abandono paternal. Todos carregam em si uma inocência (Os Inocentes) pueril, uma carência afetiva e um paradoxo comum no gótico: amor e morte. Todos querem amar e serem amados. E todos sentem medo do abandono. O Miles, por exemplo, vira a tartaruguinha dele de pernas pra cima quando ele vai dormir. Embora Flora, a princípio, diga que é uma covardia, ele prefere infligir sofrimento ao bichinho do que correr o risco de ela o abandonar. E olha que é uma tartaruga. E com o tempo Flora passa a aceitar e entender esse comportamento do irmão.
O Quint é muito querido pelas crianças. O Miles nitidamente se espelha nele o tempo todo. Ele acaba passando de maneira inocente pra elas o seu modo de amar e encarar a morte, como por exemplo, o sapo que ama tanto fumar, que morre por esse amor, ou "Se vc ama alguém, vc quer matar essa pessoa."
Quando finalmente o casal parece que vai se acertar, e as crianças estão ansiosas por isso, a Srta Jessel diz que não tem como ir morar com o Quint "no chiqueiro" e então fica claro qual o gatilho dele pra violência. O medo de ser novamente abandonado, como foi por seu pai, e menosprezado, como é pela Srta Grose. E a Srta Jessel aceita a violência dele porque o ama e também tem medo de ser abandonada.
Na cena que a Flora compra a borboleta que ela tanto admira ela diz: "Essa borboleta é muito interessante. Só vive 48 horas. Morre logo...então tem que encontrar uma fêmea antes de morrer...tem que amar outra borboleta. Depois nada importa, pois para amar tem que morrer." Toda a reflexão que o Quint faz sobre o amor e a dor, e tb sobre a morte pras crianças, pode parecer bastante pertinente, mas para crianças inocentes, se sentindo prestes a serem abandonadas e o casal desfeito, isso foi levado literalmente ao pé da letra.
As crianças amam muito o casal, e se espelham neles, pois são seus únicos amigos. Elas nem sabem como é a vida fora do castelo, como é conviver com outras crianças. Então, quando a Srta Grose expulsa a Srta Jessel, a Flora só vê uma saída: matar os dois para que eles permaneçam juntos pela eternidade e para que também não abandonem as crianças e continuem pra sempre ali com elas no castelo. A Flora planejou e o Miles executou. Eles mataram como um gesto máximo de amor. O último e derradeiro ato. A morte.
Fitzcarraldo
4.2 148 Assista AgoraFilme muito bom. Mega produção. Deve ter sido muito difícil realizar.
Mas Aguirre, na minha opinião, é muito melhor em todos os quesitos.
007: Na Mira dos Assassinos
3.4 141 Assista AgoraGostei da temática dos microchips, e toda a estética da produção desse tema.
Plano maquiavélico com um mentor psicopata e violento, e uma capanga/amante brutal.
Trilha sonora muito boa.
Bond Girl muito bonita, porém um pouco apagada.
Belas paisagens e cenários.
Boas cenas de ação.
Ritmo um pouco irregular.
007 mais comedido na galhofa.
Doente de Mim Mesma
3.9 95 Assista AgoraOlha, não sou psiquiatra, nem nada, mas...
O que me parece é que temos aqui uma pessoa com transtorno de personalidade histriônica, não narcisista.
Essa coisa de querer atenção está presente nos dois tipos de transtorno. Porém, entre algumas diferenças, no narcisismo a pessoa deseja ser enaltecida e admirada, e tem uma sensação exagerada e infundada da sua própria importância e talentos (grandiosidade), enquanto no histrionismo a pessoa é dada à autodramatização, teatralidade e expressão extravagante das emoções, não importando se as pessoas as julgam grandiosas ou não.
No filme fica bem evidente o quanto a Signe gosta de que sintam pena dela, quanta dramatização ela faz fingidamente, e o rancor que ela guarda de quem ela acha que não satisfaz sua necessidade afetiva à altura. E, no caso, é impossível satisfazer, mesmo. A pessoa sempre quer e quer sempre. Quanto ao namorado, não o interpretei como narcisista. Ele pode ser infantil, mas se importa com a Signe, mesmo sabendo que ela tá fazendo drama e mentindo. Reparem que todas as vezes que ele tenta atrair a atenção pra si ou é porque ela está tentando boicotar as reuniões com os patrocinadores/entrevistadores dele ou porque ela está tomando o tempo todo da conversa com os amigos falando apenas dos "problemas" dela.
(Colei trechos diretamente do Manual MSD pq sofro de preguicismo digitálico.)
É um filme bem incômodo, mas uma reflexão que precisa ser feita. Esses dois transtornos atualmente são muito comuns. Parecem até ser celebrados. E não vou nem "chover no molhado" sobre isso.
A propósito, senti uma vibe Cronenberguiana, que sou muito fã, pelo body horror e pelas críticas.
- A Mosca
- Crash: Estranhos Prazeres
- Mapa para as Estrelas
- Antiviral
007: Nunca Mais Outra Vez
3.3 75 Assista AgoraAdorei a fotografia desse filme.
(Leia-se: Adorei a Kim Basinger como Bond Girl.)
Síndrome de Ebola
3.5 59Insano! Eu gostaria mais ainda se fosse mais sério.
O Assassino
3.3 516Uma espécie de O Samurai, do Melville, só que verborrágico.
The Smiths incrementou muito bem o personagem.
Metal Lords
3.5 309 Assista AgoraMetal Lords...o que dizer desse filmuxo que eu conheço há tão pouco tempo mas que eu já curto pakas?
(ALÉRGICOS, CONTÉM E SPOILER E DERIVADOS.)
Tava deitado pra dormir e resolvi procurar algo bem leve pra assistir. Algo na linha Licorice Pizza, do Paul Thomas Anderson...PTA, para os mais íntimos.
Me deparei com este artefato fílmico aqui e, como sou metaleiro, baterista, ex-adolescente e congêneres, fui com bastante interesse, mas não muita expectativa.
Porém o filme me prendeu do inicio ao fim e me surpreendeu muito positivamente.
Devemos lembrar que o filme é uma comédia, né? Portanto estereótipos são obviamente abordados.
Devemos lembrar, consecutivamente, que é um filme que se passa atualmente, nos EUA, com jovens e seus modus vivendi hodiernos, totalmente diferente do que vivemos por aqui outrora.
Toda galera metal sempre tem o mais radical, o mais nerd, o mais gótico...e aqui acho que todos personagens se desenvolveram muito bem: O babaca do Sylvester pôde perceber como estava sendo um otário metido a TR00 e se redimiu; o Kevin ganhou autoconfiança e se impôs, arrebentando demais na batera e fazendo um par romântico muito bonito com a Emily, que agora não se sente mais carente de serotonina. Tampouco de ocitocina. Aliás, que cena foda quando ela aparece pro show final, toda estilosa, imponente, ao som de Pantera! É de arrepiar, literalmente. Até sentei na cama, pela emoção, aumentando o volume do fone de ouvido ao máximo. E segue a epifania da apresentação.
Outra cena foda: a perseguição de carro ao som de Painkiller! Mano, eu quase levantei da cama, peguei o carro, botei Painkiller e fui caçar alguma viatura pra eu provocar e empreender uma fuga.
O Sylvester está para o Euronymous, do Mayhen, assim como o Kevin está para o Steven Wilson, do Porcupine Tree. Se esse filme tivesse sido lançado em meados da década de 80, talvez Euronymous não tivesse se lesionado com as facadas desferidas pelo seu
suposto amigo Varg. E talvez hoje não tivéssemos tantos Sylvesters e Vargs ainda por aí...
A trilha sonora é perfeitamente selecionada e bem utilizada. Só banda foda, só música foda. Participações de músicos fodas. A produção do filme, em geral, achei muito boa também.
Enfim, achei o filme super divertido. E melhor que Licorice Pizza, que se perde muito do meio pro fim. Além do quê, me trouxe várias boas recordações da adolescência. E, como baterista e metaleiro, me identifiquei com o Kevin...mas não só por isso também. O filme não é uma obra-prima, mas como eu gostei muito da sensação de assistir, vou dar 5 estrelas. Favorito.
Virgínia
2.3 256 Assista AgoraSe a intenção foi realmente ser um filme ruim, conseguiu. Ponto a favor.
Se foi um filme autobiográfico, ponto a favor.
Se é um Coppola, ponto a favor.
Total: 3 estrelas.
Mas é ruim mesmo, hein gente... rsrsrs
Máfia da Dor
3.4 94Vi a Emily Blunt no poster e não quis nem saber do que se tratava a história. Dei logo o play e não me decepcionei.
Lembra um pouco Side Effects, do Soderbergh, com a Rooney Mara, que tb sou fã. Só que achei esse filme aqui até melhor.
A Emily Blunt é muito maravilhosa, cara. Que mulher, que atriz! Me prendeu do início ao fim, na torcida por ela. E ainda foi a produtora-executiva do filme.
"Eu não vou desistir da minha vida. Eu vou fazer minha vida valer a pena."
O Menino que Matou Meus Pais
3.0 515 Assista AgoraReassisti ontem e gostei mais do que antes.
Acho que aqui o nível de psicopatia da Suzane tá muito mais evidente.
Nas cenas do tribunal ela tá bem doentia nos argumentos e expressões corporais. Falsiane de pedigree, de alta patente.
E nas cenas que ela tá relatando, ela é muito convincentemente encantadora. E é nesse ponto que esse filme me pegou. Porque vc fica ali encantado com a doçura dela, revoltado com o Daniel, e de repente vc lembra que tudo é mentira dela.
Como não se apaixonar e se encantar com ela, por exemplo, na cena linda da viagem pra praia com o Daniel, e a música A Cêra, do Surto, tocando? E logo em seguida, quando muda a cena, vc toma aquele choque de realidade, se sentindo enganado.
As cenas que tocam Radiohead e Joy Division são maravilhosas também. As músicas são ótimas, as cenas são bonitas e a Suzane está muito sensual. As mesmas músicas foram usadas nos outros filmes, mas com cenas diferentes, sem o mesmo impacto.
A Suzane é uma pessoa muito magnética, sedutora e inteligente. E eu particularmente acho muito interessante estudar sobre personalidades assim. De vez em quando assisto algo sobre ela e quando percebo estou quase acreditando nela.
Acho que até eu, gato escaldado, se tivesse no lugar do Daniel, na época e com a idade dele, vivendo o que a Suzane relata aqui, teria caído no jogo dela. E isso é assustador.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraAcho que meu preferido foi O Menino que Matou Meus Pais. É o que a Suzane tá mais caprichada na psicopatia. Mas vou reassistir os dois anteriores pra relembrar e ter certeza.
O Lado Bom de Ser Traída
1.8 147Entendo perfeitamente que o roteiro poderia ser mais elaborado, que a trilha sonora poderia ser mais ousada, que as atuações poderiam ser melhores...
No início tava achando ruim, mas quando percebi que é um filme erótico, eu desencanei e comecei a curtir. E como filme erótico, é bom, ainda mais tendo o suspense,
as tramas...
Eu não me ofendo e nem me incomodo com cenas de nudez. E as cenas pra mim ficaram bonitas, sexy e de bom gosto. A fotografia tb é caprichada. As cenas de moto são bem bacanas, os takes da cidade são bonitos.
A música Envolver, da Anitta, ficou ótima naquela cena erótica linda. Mas algumas músicas acho que poderiam ser substituídas por uns trip-hop sensuais, tipo Portishead, Massive Attack...dando um clima mais sexy e soturno.
Bem, percebo e entendo que ninguém tenha gostado do filme...mas eu curto filmes assim, de suspense erótico. Então vou dar uma nota bacana.
Pearl
3.9 994O monólogo e a cena que segue é o ápice do filme.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraTotalmente desnecessária a nudez da Mia Goth!!!
Adorei... 😌
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraAquela expectativa!
Que pessoa magnética do capeta a Suzane.
Sedutora ao extremo.
A Seita Maligna
3.0 292Peguei ao acaso pra assistir, sem ler a sinopse. Não tava levando muita fé, e no início tava achando que seria apenas um quiproquó de aleatoriedades pinçadas entre os clássicos do terror, como Carpenter, Cronenberg e outros diretores que sou muito fã.
Mas o filme foi me prendendo pela curiosidade, pelos efeitos práticos e pelas referências à ótimos filmes que iam surgindo a todo tempo. Tinha uma lista enorme de filmes pra elencar aqui como referências, mas o pessoal já comentou sobre todos. Me fez lembrar também de O Tempo do Lobo, do Haneke, com seu clima caótico e catastrófico, que inclusive preciso reassistir e aumentar a nota. E a metade final aqui apresenta ainda uma vibe e fotografia surreais meio Lynch, meio Refn, que eu amo.
Que ótima surpresa! Terminei o filme sentindo falta de um roteiro um pouquinho mais refinado, mas lendo os comentários aqui me convenci que isso não foi problema. Inclusive fiquei muito empolgado de ver a galera comentando entusiasmada sobre como gostaram do filme tb, sobre as referências que captaram...
Saudades de filmes assim, com essa vibe oitentista, caprichados nos efeitos práticos. Quem nasceu antes do Plano Real e curte terror, muito provavelmente vai adorar.
Ótimo filme! Favoritei com certeza!
Enquanto Você Dorme
3.6 372Ótimo filme. Me prendeu do início ao fim. Pro meu gosto pessoal só faltou uma trilha sonora adequada e uma pitadinha a mais de Lars Von Trier.
Encurralado
3.9 432 Assista AgoraO caminhão carrega esse filme na caçamba.
Confia em Mim
3.2 284 Assista AgoraO roteiro poderia ser mais bem refinado, mas mesmo assim gostei do filme.
E a Mari é uma linda. Apaixonante.
Sem Evidências
3.3 253 Assista AgoraLembro de ter assistido uma matéria no Fantástico sobre esse caso na época. Fiquei impressionado.
Fiquei obcecado em descobrir que banda era essa tal de Slayer, satanista, que tinha influenciado os garotos. Só tive acesso a ela alguns anos depois, na escola, por acaso, no discmam de um amigo totalmente improvável, pacato e religioso.
O cd era o Show No Mercy, com aquele bode na capa. Insisti com o amigo até ele aceitar trocar comigo pelo cd Top Surprise 2, de dance.
Desde então nunca mais parei de ouvir a banda. Tenho esse cd guardado até hoje, junto com os outros que fui adquirido depois, além de camisas da banda tb. Virei fãnzaço!
O Slayer foi bastante boicotado à época. Sem contar que tava rolando tb toda aquela história do Inner Circle e o surgimento da segunda onda do black metal na Noruega, com uns doidos incendiando igrejas, se suicidando, e cometendo assassinato, como no famoso caso do Varg Vikernes, que matou seu companheiro de banda Euronymous, do Mayhem, depois de gravarem o disco De Mysteriis Dom Sathanas. É o único disco da história em que assassino e assassinado tocam juntos. Isso só fui saber depois de conhecer Slayer. E tem documentários no youtube e filmes sobre esse caso tb, como Lord of Chaos, de 2018.
Igreja, imprensa, fanáticos, conservadores e afins fizeram um circo nessa época. Criou-se uma cruzada, uma inquisição contra o "satanismo".
Enfim, esperava mais do filme, por gostar do Egoyan, do caso e de Slayer, mas não me agradou tanto quanto eu esperava. Vou assistir o documentário Paradise Lost, que dizem ser bastante completo.
E concordando com alguns comentários aqui: a parte que a mãe leva o dever de casa do filho pra professora corrigir e é abraçada pelas crianças é de cortar o coração.
O Voyeur
3.1 31Queria ter assistido na década de 90, no Cine Privê. 😌
Alta Fidelidade
3.8 691 Assista AgoraNa época do lançamento eu provavelmente teria curtido mais.
O Perigoso Adeus
3.8 48Que lugar bacana esse cara mora, hein... 😌
Divertido o filme. O protagonista é muito carismático, os vilões são excêntricos e o mistério te prende.
O final achei legal e inesperado: convicto e resoluto.
Eu achando que o Marlowe tava preocupado e triste pelo amigo...e ele queria era dar uma bifa no sujeito! Muito bom! 😅😅😅
E não assista esse filme se vc tá parando de fumar! 😅😅