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Últimas opiniões enviadas

  • Genilson Soares

    "Maior do que a força de exércitos poderosos é o poder de uma ideia cujo tempo chegou".

    É engraçado como as coisas se desenrolam no decorrer da História. Alguém que tenha visto Gattaca na época ou alguns anos após o seu lançamento teria uma posição muito crítica à ciência e veria que a ciência também pode nos levar a algo totalitário e discriminatório, com o perigoso viés de ser a “VERDADE”, a verdade por evidências logo inquestionáveis. Os anos passam, eventos acontecem e tudo vai se adaptando devagar para que exista uma aceitação até o ponto onde não terá mais volta sobre o argumento de que se é ciência então não há discussão. Se você, ao assistir esse filme, pensou “uau... isso seria um absurdo” e conseguiu fazer os paralelos de controle sob o véu científico que vivemos há não muito tempo, você seria o que chamamos de negacionista. Isso é muito engraçado. Aldous Huxley em O Admirável Mundo Novo cria um universo distópico que tem como premissa a ciência e seus avanços para uma sociedade perfeita. Será que aceitaríamos aquilo ou seríamos “negacionistas”? George Orwell em 1984 desenha sua sociedade de controle absoluto e os paralelos a isso estão aí. Philip K. Dick em seu conto Minority Report cria um mundo de bem-estar social sob o véu da verdade científica de uma sociedade onde não haveria mais crimes, pois os mesmos seriam previstos sob uma nova tecnologia com punição pela possibilidade de se fazer algo. O paralelo para hoje é que tudo aquilo seria possível em nome do coletivo e bem comum, mesmo que isso, em tese, acabe com a liberdade do indivíduo. Há não muito tempo também, estávamos numa espécie de “pré-crime sanitário” com incrível aceitação. Hoje, tudo é possível se tiver o apelo da autoridade científica.

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  • Genilson Soares

    É impossível levar este Matrix a sério e tentar tirar algo dele; o próprio filme deixa isso claro no decorrer. É uma sátira e não agrega nada ao que foi construído. Ignora elementos canônicos para ser outra coisa, uma diminuição da obra, uma piada de si mesmo. Lana não queria fazer esse filme, e deixa isso tão explícito que foi colocado num diálogo citando a própria Warner da pressão exercida e que, se não fosse ela, outra pessoa faria. Convenhamos que após esse resultado final seria melhor que outra pessoa tivesse feito mesmo.

    Considerar o que foi proposto como parte do universo canônico é deixar a inteligência de lado, a meu ver. Lana fez questão de diminuir e desconfigurar sua obra para uma reinterpretação do que foi construído para se adequar à modernidade e a um ideal que a autora construiu no decorrer de sua trajetória pós-transição de gênero. Pode parecer abjeto, mas Lana não é Larry e Larry não é Lana. Logo, seria meio inevitável que um novo Matrix fosse desconfigurado para o bem ou para o mal, pois ficou nítida sua necessidade em apagar qualquer traço de sua antiga visão do que era Matrix e ressignificá-la a um esforço em destruir qualquer resquício do herói, do messias, elementos míticos religiosos e da luta por algo maior que era algo inerente nos anteriores. Pois Matrix sempre foi sobre a tomada de consciência por parte do indivíduo para uma compreensão do que era o real e, a partir disso, ter a ciência para o que de fato lutar, algo maior que o próprio indivíduo. Todos os anteriores e o primeiro principalmente têm essa premissa, essa tomada de consciência de Neo e seu papel na guerra enquanto escolhido. Porém, aqui não houve interesse algum em acrescentar ou ao menos propor algo além, mas dentro das bases propostas no universo criado na trilogia, aqui se desconfigurou tudo. A profecia deixa de fazer sentido, a jornada do herói construída com Neo não serviu de nada, a escolha já não é algo tão preponderante, pois não existe escolha no binarismo; logo, a escolha fora do "arco-íris" é uma ilusão, além de nos terem oferecido a ideia romântica da imortalidade através da transumanidade sem nenhuma problematização disso. Se Lana queria falar estritamente de amor e seu poder transcendente, que fizesse outro filme sobre, pois o que foi feito aqui foi um desrespeito à própria criação. Infelizmente, aqui toda crítica acaba se perdendo, pois tem o peso de ter sido feita pela própria criadora. Ela intencionalmente quis ressignificar sua obra, o que deixa as coisas ainda piores. A consequência é que o filme não tem peso algum e será esquecido ou lembrado com desgosto por muitos.

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  • Genilson Soares

    Um filme muito bonito, técnica fotográfica impecável, as alternâncias entre cenas claras e mais abertas e outras com planos mais fechados e escuros, junto de um roteiro não linear bem desenvolvido e com uma direção digna deixam o filme com muita personalidade. A estória é repleta de pequenos detalhes, metáforas e transições de uma cena a outra de maneira muito inteligente, dando uma ênfase em cada ponto narrativo proposto, que aos poucos vai fazendo o espectador ligar toda a trama e sentir toda a profundidade de sentimentos que ela carrega.

    A princípio podemos até achar ser uma trama de menor valor e “estranha” pela forma de como ela se apresenta, talvez por não existir uma identificação imediata com o nosso protagonista Nasser Ali Khan (Mathieu Amalric), pois ele, a priori, se mostra um tanto excêntrico, incompreendido numa crise de meia idade, dentro de uma vida que talvez não tenha sonhado ser o ideal para si. No entanto, no decorrer do filme vamos sentindo o quão profunda é sua história, sua busca fracassada pela felicidade e sua depressão junto com o ideal de que a morte seria sua única e derradeira solução para o ponto em que se encontrava. E em meio a esse caos existencial, percebemos que não existem culpados para tudo aquilo, apenas encontros, desencontros e causalidades. Nem sempre é possível termos o que queremos, e isso de alguma forma nos afeta, essas frustrações que fazem parte da vida nos permeiam o tempo todo e carregamos isso, e muitos podem chegar ao ponto de renunciar à vida de alguma forma nesse processo. Apenas não nos cabe julgar!

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