Foi aflitivo, sem dúvida. Agora, na minha opinião de m*rda, faltou alguma coisa aqui. Acho massa que não teve uma espécie de "Deus ex-machina", o surgimento de algo que fosse ajudar repentinamente, e que optaram por mostrar a força das duas. Isso foi incrível. Sem contar que, UAU, ambas, sozinhas, carregam o filme. É extraordinário. Porém, apesar da minha aflição, creio que faltou uma construção de personagem para que eu pudesse torcer por elas, entende? Para mim, parece que apostaram muito no fato de que a situação em si já causaria uma comoção (como de fato causa!), porém, só isso não sustenta a criação de empatia entre eu (público) e elas, personagens. E por isso o filme em certas partes me soou meio arrastado, quase repetitivo. Mesmo assim, no geral, é um filme bonito e tem uma mensagem f*da.
P.S: a trilha sonora é inspiradora. Já foi para a minha coleção. A música da última cena é um abraço na alma, um sussurro de "tá tudo bem".
Assisti a todos os episódios da série "Tributo" lançados até hoje (abr/2024) e, na minha opinião fecal, terminar essa maratona com este episódio foi um fechar inspirador. Para mim, por um motivo simples: Maneco, sendo um autor, é a fonte primordial de todos os outros homenageados. Claro, há os talentos, a grandeza das atuações, a força cultura, social e histórica, porém, um grande ator, uma grande atriz, não existe sem um grande papel, né? Nesse sentido, este "Tributo - Manoel Carlos" me levou a lugares de muita imersão e silêncio, uma aula para quem tem pretensões de melhorar na escrita criativa. Manoel Carlos e suas novelas sobre a vida, sobre a família, faz muita falta neste Brasil dos anos 2020 em que a população anda tão violenta, apática e polarizada.
Emocionante. Laura Cardoso tem uma força no olhar. É incrível como nas pequenas cenas que mostraram vê-se as personagens, não a atriz. Incrível, incrível. E a emoção da Dira Paes passou para cá. Nossa, foi inspirador.
Não achei um filme ruim, apenas mal roteirizado. A premissa é interessante, mas mal desenvolvida. Para mim, fica claro que Gaby e Paula Cohen são os grandes destaques do filme (por serem grandes atrizes). O problema é que, por estarem em um filme quase amador, o brilhantismo delas se diluiu frente aos equívocos em várias áreas.
Eu passei duas horas boquiaberto. Que filme incrível. Uau. Pela mensagem de superação, é claro. E também uma lembrança contra o etarismo em tempos em que as pessoas esquecem que nós só temos dois caminhos: envelhecer ou morrer. Mas para mim o que pegou foi o modo como mostraram a construção desse feito.
Com as malditas redes sociais, tendemos a ver apenas o espetáculo, os feitos, as glórias. E a maioria dos que usam essas redes tende a publicar apenas a vitória, sem mostrar que para chegar àquele ponto foi necessário muito esforço, muitas dores, muitas mortes e renascimentos.
Nós somos um emaranhado de vitórias e de derrotas e tudo nos impulsiona ao amadurecimento.
Os flashbacks em 'NYAD" são fundamentais para que não esqueçamos disso. Minha avó, Firmina Gomes, sempre me disse: "Precisamos olhar para as raízes que nos trouxeram até aqui. Não somos nada sem as raízes". Raízes de dor, raízes de sorrisos, raízes de sombras, desespero e angústia, mas também de recomeço, despertar e amor-próprio.
"NYAD" pede para que mergulhamos nas raízes que nos trouxeram até aqui.
Sabe por que eu dei 5 estrelas? Porque dentro da proposta, o filme é muito bom. Nas mãos de um diretor amante do choro, poderia facilmente virar um melodrama absurdo. Mas não. O que eu presenciei aqui foi um olhar empático sobre as pessoas transgênero, sem esconder as dificuldades (que começam dentro de casa) e, diferente de outros filmes, trazendo uma mensagem de impulso; de olhar adiante. Por mais que não tenha o impacto de um "Girl", que é forte pelo impacto emocional que causa, "El(a)" me ganhou pelo caminho contrário de sutileza e "pé no chão" com que tratou o tema. Claro, dentro da realidade francesa e de um contexto econômico-social que passa longe de ser universal, mas ainda assim com essa mensagem de esperança. Belíssimo filme.
P.S: palmas efusivas por terem trazido uma atriz transgênero para interpretar a Enma. Isso é de um respeito tocante. ❤️
Percebo que algumas pessoas estão tão mergulhadas no "ativismo de sofá", como Elza Soares cantava, que se tornaram incapazes de distinguir as coisas Muitos tomaram o filme como "uma apologia à escravização de animais selvagens!"... Calma. O que vi aqui foi um filme bonito sobre superação, inspirado em uma história real e que me deixou com o coração aquecido. Simples assim. Sou um defensor da natureza, mas não uso isso como uma espécie de "óculos de 8 ou 80", incapaz de ver as nuances da vida. Pessoal ama ficar aguerrido, com textos gigantescos, querendo pagar de revolucionário, mas tenho certeza de que, se tivessem na mesma situação que o protagonista e tivessem a oportunidade de ter um animal de serviço, essas mesmas pessoas não hesitariam.
Sabe quando você percebe que a pessoa está tentando fazer graça, mas não está dando certo? Foi o que senti aqui. Fica aquele risinho amarelo, sabe? Aquela sensação de "Certo... Era pra eu rir disso?" Muito, muito, muito fraco. Os tores são bons, isso é inegável.
O problema, na minha opinião fecal, é claramente com o roteiro. É bobo, óbvio, sem brilho. Confesso que no final eu pulei 30 minutos de filme porque não aguentava mais. Se eu estivesse no cinema teria ficado MUITO P*TO de raiva. E taí algo que percebi: se fosse um média-metragem, com uns 40 minutos, cortes que tornassem o filme mais dinâmico e ágil, seria ótimo.
"Seria" do verbo "não fizeram" conjugado no tempo "ficou chaaaato".
De fato, demora a engrenar, mas entendo que tem muito a ver com o fato de terem que apresentar cada personagem principal. Depois disso, o filme decola. Adorei mergulhar novamente nesse universo e agora com.todo o aspecto de filme infantojuvenil, literalmente. O original já trazia essa personalidade e agora ela foi exacerbada com mais aventura. Creio que foi uma atualização interessante para a nova geração. As homenagens ao original, os elementos deixados para fazer a ligação entre os filmes, efeitos especiais, as características de cada personagem, as atuações, foi muito bom. Pena que, tirando a primeira parte, os dois outros terços do filme são bem acelerados, o que, na minha opinião fecal, prejudica a identificação com cada personalidade.
Tendemos a esquecer que nossos pais e mães foram criança, né? Que um dia foram frágeis, mas também sonhadoras, cheios de criatividade e imersas em uma realidade onde não tinham que "ser adultos".
De fato, o filme tem uma lentidão, porém, quando leio isso considerando o olhar de deslumbramento da Nelly, compreendo essa intenção de tudo ser aos poucos delicado, como uma mãe que passa remédio na ferida do filho e sopra lentamente. É um filme muito, muito delicado, que não cai no lugar-comum do melodrama. Pelo contrário, há muita maturidade aqui. Ainda bem. A cena final, então, é o reconhecimento de que, no fechar das cortinas, somos todos crianças.
Como diz a música "Resposta ao Tempo", "... no fundo é uma eterna criança / que não souber amadurecer..." Precisamos lembrar que algo de lúdico ainda vive dentro de nós.
Maravilhoso. Eu fiquei imerso nesses 45 minutos de um jeito que não esperava. É hipnotizante e poético como o documentário faz uma ode ao artista e ao corpo masculino. O mais curioso é que, 32 anos após a morte do Alair e 21 anos após o lançamento deste filme, essa obra poética ainda é vendida como proibida, opressiva, erótica. As pessoas têm problemas demais com a nudez. "A Morte de Narciso" é o enaltecimento de um artista que viu poesia onde a maioria, apesar do desejo instintivo, só via luxúria e pecado. Viva Alair Gomes!
Em tempos de tanta apatia, tanta agressividade, em que se alguém pisar no teu pé você precisa se desculpar para não levar um soco, este filme é um enaltecimento da gentileza. Nossa, que sessão agradável eu tive. Cada personagem tem camadas, não são superficiais. Isso é de uma riqueza narrativa que conforta, abraça, impulsiona, inspira. Este é um filme para nos lembrar de que ainda somos humanos.
O adjetivo nesta compilação de curtas é "refrescante".
"7ème Ciel" (4): Costumo dizer que o verdadeiro tesouro do cinema está nos curtas-meteagens. Mais fluidos, mais livres, mais imersivos nas ambientações cotidianas que nos levam para longe dos estereótipos. Aqui, eu me vi diante de outra visão de Paris, para longe da "cidade luz" e do glamour. Falo bastante sobre o "Brasil real" e aqui temos a "Paris real", fora das câmeras, nos guetos. Temos preconceito, machismo, violência, pobreza, luta, cansaço. É vida-labuta, vida-grito. O média-metragem é bonito, com a câmera bem usada para causar tensão (e causou!). E o roteiro usou bem as entrelinhas. "Sétimo Céu" mostra que os silêncios contam tanto (ou até mais) história do que o que é exposto.
"Au bruit des clochettes" (4): Hipnotizante. É o mínimo que consigo dizer. A cena final é tão fascinante e angustiante, tão significativa, poderosa, bonita e terrível, que, de verdade, creio que entrou para uma daquelas cenas que vou lembrar por muitos anos. Incrível, incrível. Sem contar que te puxa para uma realidade que muitos de nós aqui do Ocidente nem imaginamos acontecer.
"Goût bacon" (3,5): Adorei a imersão na adolescência francesa da periferia. É um curta leve, bem-humorado, mas também sereno em sua abordagem em relação aos fardos que uma sociedade ainda cheia de tabus impõe às pessoas.
"Tapette" (4,5): Eu AMO o cinema francês porque não há pudores como acontece por aqui. E "Tapette" foi refrescante. É o que posso dizer. Eu sorri, eu refleti, eu me deixei levar. Maravilhoso. E A metáfora ao final, de abraçar as coisas, abraçar o medo, parar de correr dele, é algo universal e louvável. Lindo curta-metragem.
Hipnotizante. É o mínimo que consigo dizer. A cena final é tão fascinante e angustiante, tão significativa, poderosa, bonita e terrível, que, de verdade, creio que entrou para uma daquelas cenas que vou lembrar por muitos anos. Incrível, incrível. Sem contar que te puxa para uma realidade que muitos de nós aqui do Ocidente nem imaginamos acontecer.
Muito bom ver narrativas que mergulham pela América Latina. Só isso já traz uma identificação imediata - apesar do Brasil sempre se esquecer que faz parte do mesmo caldeirão cultural que Costa Rica, Cuba, México, Argentina, Paraguai, Bolívia, etc.
"Unicornio" (3): Muitas pessoas se esquecem que fora da bolha das redes sociais, onde tudo aprece brilhante e progressista, ainda existe um mundo que nos amarra e espanca e mata. "Unicornio" tem suas falhas, sim, mas é um tapa na cara que nos pede reflexão para que não esqueçamos de lutar por quem não conseguiu encontrar mãos estendidas - as reais, não as mãos estendidas de quem fica deitado "lacrando" muito na internet e esquecido da realidade.
"El amigo" (4): Quem nunca? É, pode ser excitante, porém, é um retrato triste de tantas coisas: essas relações estranhas, homens que não se libertam, muros sexuais, preconceitos, dominação de um hétero quando sabe que tem alguma influência sobre um cara gay... "El amigo" traduz muitas coisas que acontecem, mas que a sociedade "de bem" finge não existir.
"Mila Caos" (4): Gosto muito das narrativas que proporcionam uma imersão na cena LGBTQIA+ de outros países. Aqui, ao ritmo de Elena Burke com a poderosa canção "Lo material", temos uma trama forte sobre identidade, amor e respeito. Muito, muito bonito.
"Ruega por Nosotros" (4,5): Eu terminei de boca aberta. Muito, muito, muito a se pensar... Algumas pessoas podem vir com o típico "mas não teve final". Porém, ao meu ver, isso não importa. O que temos aqui é uma narrativa potente sobre limites, fé, falta de diálogo e mesmo a cegueira social que certas crenças trazem. Poderoso, estapeante e corajoso. Muito bom.
"Carlito se va para siempre" (3,5): Tantas camadas, tantas questões, tanto silêncio. Bonito curta-metragem.
"Ainda Não Lhe Fiz Uma Canção de Amor" (3): Poético na medida certa. Talvez soe meio insosso, mas tem seu charme.
Me pergunto que antologia de curtas as pessoas viram para que a nota seja tão baixa... "The Male Gaze: The Heat of the Night" é uma compilação de histórias que versam sobre a solidão do homem gay em suas mais diversas vertentes. É triste, é real, é palpável. Valeu cada segundo.
"Thirst" (4): A solidão do mundo gay exposta aqui sem meios termos. Um curta para refletir.
"Según Mateo" (3,5): Sim, confuso, mas com atuações fortes e uma imersão na mente desse cara que busca sentir e sentido na vida.
"Hardcore" (3,5): Gosto de como as coisas vão ficando cada vez mais tensas, escalonando, enquanto a própria relação entre os protagonistas dá a entender que entra no mesmo processo de escalonamento. Peculiar.
"Beast" (4): Uau. É óbvio que você meio que sabe para onde a história vai, porém, algo que a vida como escritor me ensinou é que o clichê só é ruim quando é mal trabalhado. "Beast" tem atuações muito boas, fotografia linda, uma trilha que prende e a sutileza de quem sabe que o público sabe o que vai acontecer, porém, arma as armadilhas certas para nos prender. Instigante curta-metragem.
"Petit Ami" (3,5): Triste, real e bem conduzido.
"Skai Blue" (3,5): Intenso em sua melancolia, é uma daquelas narrativas que se abrem em um leque de reflexões sobre vários temas, muitos deles contemporâneos. Muito bom ter tido a oportunidade de mergulhar aqui.
Tenhamos sensatez: o filme é MUITO enfadonho. 😮💨 Sim, a premissa é maravilhosa, porém, a execução é chatérrima. E não por uma questão de "faltar ação", como disseram alguns. Por exemplo, o recente "Marcel, a Concha de Sapato" é um filme nessa mesma vibe mais tranquila e consegue prender. Aqui, pelo contrário, eu me senti cada vez mais de saco cheio. E veja que eu amo ficção científica, sou o maluco que já leu tudo dos grandes mestres do gênero, e só vivo citando Isaac Asimov. Mas aqui nem o esplendor do universo me prendeu.
Eu não me conectei com o protagonista e menos ainda com os problemas deles. Diferente de "Interestelar" ou de "Perdido em Marte", cujas tramas criam essa empatia com o personagem e te fazem torcer por ele, aqui eu fiquei... Nhé. F*da-se. Queria saber mais sobre o Hanus do que sobre esse cara e a conturbada vida amorosa dele enquanto o mundo tem problemas maiores - e o próprio Hanus tem problemas maiores, inclusive.
No final das contas, o filme é uma grande ode ao egoísmo do ser humano.
Apesar de ter achado um pouco longo demais, especialmente a parte do meio, a filme é belíssimo. O uso da música, o cuidado que tiveram ao retratar o autismo, a delicadeza com o próprio silêncio, a descoberta desse amor tão diferente e paciente, muito, muito belo. Mais ainda, uma visão diferente, mexicana, sobre esses temas. O nome disso é pluralidade de narrativas. E o final é para sorrir com os olhos marejados.
Ri bastante. E comparado a outros filmes nacionais também de comédia, este foi maravilhoso. Elenco bem colocado, situações que sim, são óbvias, mas trouxeram frescor da brasilidade, desfecho bonitinho. Valeu a pena.
Premissa excelente, mas, pelo amor de Deus!, que filme ruim. Aqui em São Luís vi várias reportagens, entrevistas, comentários sobre esse filme e estava empolgado para assistir. Sinceramente, era preferível ter ficado só na empolgação mesmo. Decepcionante é a palavra que define para mim.
Na minha opinião fecal, as quase duas horas de filme se devem à tentativa (fracassada) de construir humor alongando cenas que soariam cômicas. Bom, a comédia é o gênero mais complexo de se fazer exatamente por que ela não admite meio termo: ou é engraçado, ou não é Ponto final. E com edição e direção sem dinamismo, sem brilho, piora tudo.
"Por que ao invés de ficar filmando as pessoas você não para de fazer isso e vai se conectar com elas de verdade?"
Vinte e quatro horas após ter assistido (e digerido) essa obra peculiar, essa é a frase que, na minha opinião fecal, define o filme. "Marcel" é sobre se conectar, um verbo tão utilizado e tão falseado em tempos de redes sociais. Não a conexão desesperada e dos likes, como o filme mostra e critica, mas o conectar da escuta, do silêncio, do riso, da capacidade de parar e conversar.
"Marcel" é sobre diálogo, essa palavra estranha em um mundo que corre demais, tira fotos demais, e só consegue enxergar uma família de conchinhas que está na frente de seus rostos quando isso ganha a internet. Quer coisa mais atual?
Sim, é um filme que pode ser considerado "fofo". Sem dúvida. Mas eu creio que o uso desse adjetivo pode dar uma falsa sensação de que é "bobo", ou baseado nessa fofura para causar comoção. Ao meu ver, muitas pessoas acabaram decepcionadas com o filme por causa disso. "Marcel" é melancólico, é incômodo, é palpável e é sofrido. É o tipo de filme que você precisa fazer alguns mergulhos (nele e em si) para captar certas metáforas e tapas na cara.
Não é um filme "difícil" e acredito que nem foi feito com essa pretensão. Mas é um filme que pode doer e que, diante dessa dor, exige o que não temos hoje em dia: paciência e empatia.
Não é à toa que os consultórios de psicólogos e terapeutas estão cada vez mais lotados. Em um mundo que não escuta, as pessoas precisam pagar para terem trinta minutinhos de escuta com alguém que não as conhece. É triste. Muito triste.
Ao final, diante dessa tristeza, foi parar ao final do dia, como respirar fundo e ter uma sensação de "Pois é, eis a vida. Vivamos, então." E você até sorri para as pessoas, e bebe, e dança, e gargalha. E fica junto e feita gol. Tira fotos, publicar, faz piada. Então, você deita para dormir e nessa hora a tristeza vem e sufoca enquanto o sono, finalmente, chega. E no outro dia começa tudo de novo...
Sem Ar
2.6 66 Assista AgoraFoi aflitivo, sem dúvida. Agora, na minha opinião de m*rda, faltou alguma coisa aqui. Acho massa que não teve uma espécie de "Deus ex-machina", o surgimento de algo que fosse ajudar repentinamente, e que optaram por mostrar a força das duas. Isso foi incrível. Sem contar que, UAU, ambas, sozinhas, carregam o filme. É extraordinário. Porém, apesar da minha aflição, creio que faltou uma construção de personagem para que eu pudesse torcer por elas, entende? Para mim, parece que apostaram muito no fato de que a situação em si já causaria uma comoção (como de fato causa!), porém, só isso não sustenta a criação de empatia entre eu (público) e elas, personagens. E por isso o filme em certas partes me soou meio arrastado, quase repetitivo. Mesmo assim, no geral, é um filme bonito e tem uma mensagem f*da.
P.S: a trilha sonora é inspiradora. Já foi para a minha coleção. A música da última cena é um abraço na alma, um sussurro de "tá tudo bem".
Tributo - Manoel Carlos
4.1 4Assisti a todos os episódios da série "Tributo" lançados até hoje (abr/2024) e, na minha opinião fecal, terminar essa maratona com este episódio foi um fechar inspirador. Para mim, por um motivo simples: Maneco, sendo um autor, é a fonte primordial de todos os outros homenageados. Claro, há os talentos, a grandeza das atuações, a força cultura, social e histórica, porém, um grande ator, uma grande atriz, não existe sem um grande papel, né? Nesse sentido, este "Tributo - Manoel Carlos" me levou a lugares de muita imersão e silêncio, uma aula para quem tem pretensões de melhorar na escrita criativa. Manoel Carlos e suas novelas sobre a vida, sobre a família, faz muita falta neste Brasil dos anos 2020 em que a população anda tão violenta, apática e polarizada.
Tributo - Ary Fontoura
4.2 1Politizado, sereno, sensato, atual. Incrível, Ary. Incrível!
Tributo - Léa Garcia
4.5 1Que bom, que bom!, que ainda recebeu este tributo em vida. Léa Garcia é um ícone que construiu muito do que temos hoje na TV.
Tributo - Laura Cardoso
4.6 1Emocionante. Laura Cardoso tem uma força no olhar. É incrível como nas pequenas cenas que mostraram vê-se as personagens, não a atriz. Incrível, incrível. E a emoção da Dira Paes passou para cá. Nossa, foi inspirador.
Tributo - Zezé Motta
4.9 1Arrepiante!
Serial Kelly
2.8 52Não achei um filme ruim, apenas mal roteirizado. A premissa é interessante, mas mal desenvolvida. Para mim, fica claro que Gaby e Paula Cohen são os grandes destaques do filme (por serem grandes atrizes). O problema é que, por estarem em um filme quase amador, o brilhantismo delas se diluiu frente aos equívocos em várias áreas.
NYAD
3.7 152Eu passei duas horas boquiaberto. Que filme incrível. Uau. Pela mensagem de superação, é claro. E também uma lembrança contra o etarismo em tempos em que as pessoas esquecem que nós só temos dois caminhos: envelhecer ou morrer. Mas para mim o que pegou foi o modo como mostraram a construção desse feito.
Com as malditas redes sociais, tendemos a ver apenas o espetáculo, os feitos, as glórias. E a maioria dos que usam essas redes tende a publicar apenas a vitória, sem mostrar que para chegar àquele ponto foi necessário muito esforço, muitas dores, muitas mortes e renascimentos.
Nós somos um emaranhado de vitórias e de derrotas e tudo nos impulsiona ao amadurecimento.
Os flashbacks em 'NYAD" são fundamentais para que não esqueçamos disso. Minha avó, Firmina Gomes, sempre me disse: "Precisamos olhar para as raízes que nos trouxeram até aqui. Não somos nada sem as raízes". Raízes de dor, raízes de sorrisos, raízes de sombras, desespero e angústia, mas também de recomeço, despertar e amor-próprio.
"NYAD" pede para que mergulhamos nas raízes que nos trouxeram até aqui.
El(a)
3.9 17Sabe por que eu dei 5 estrelas? Porque dentro da proposta, o filme é muito bom. Nas mãos de um diretor amante do choro, poderia facilmente virar um melodrama absurdo. Mas não. O que eu presenciei aqui foi um olhar empático sobre as pessoas transgênero, sem esconder as dificuldades (que começam dentro de casa) e, diferente de outros filmes, trazendo uma mensagem de impulso; de olhar adiante. Por mais que não tenha o impacto de um "Girl", que é forte pelo impacto emocional que causa, "El(a)" me ganhou pelo caminho contrário de sutileza e "pé no chão" com que tratou o tema. Claro, dentro da realidade francesa e de um contexto econômico-social que passa longe de ser universal, mas ainda assim com essa mensagem de esperança. Belíssimo filme.
P.S: palmas efusivas por terem trazido uma atriz transgênero para interpretar a Enma. Isso é de um respeito tocante. ❤️
Gigi & Nate
2.8 3Percebo que algumas pessoas estão tão mergulhadas no "ativismo de sofá", como Elza Soares cantava, que se tornaram incapazes de distinguir as coisas Muitos tomaram o filme como "uma apologia à escravização de animais selvagens!"... Calma. O que vi aqui foi um filme bonito sobre superação, inspirado em uma história real e que me deixou com o coração aquecido. Simples assim. Sou um defensor da natureza, mas não uso isso como uma espécie de "óculos de 8 ou 80", incapaz de ver as nuances da vida. Pessoal ama ficar aguerrido, com textos gigantescos, querendo pagar de revolucionário, mas tenho certeza de que, se tivessem na mesma situação que o protagonista e tivessem a oportunidade de ter um animal de serviço, essas mesmas pessoas não hesitariam.
Desapega!
2.3 26 Assista AgoraSabe quando você percebe que a pessoa está tentando fazer graça, mas não está dando certo? Foi o que senti aqui. Fica aquele risinho amarelo, sabe? Aquela sensação de "Certo... Era pra eu rir disso?" Muito, muito, muito fraco. Os tores são bons, isso é inegável.
O problema, na minha opinião fecal, é claramente com o roteiro. É bobo, óbvio, sem brilho. Confesso que no final eu pulei 30 minutos de filme porque não aguentava mais. Se eu estivesse no cinema teria ficado MUITO P*TO de raiva. E taí algo que percebi: se fosse um média-metragem, com uns 40 minutos, cortes que tornassem o filme mais dinâmico e ágil, seria ótimo.
"Seria" do verbo "não fizeram" conjugado no tempo "ficou chaaaato".
Ghostbusters: Mais Além
3.5 403 Assista AgoraDe fato, demora a engrenar, mas entendo que tem muito a ver com o fato de terem que apresentar cada personagem principal. Depois disso, o filme decola. Adorei mergulhar novamente nesse universo e agora com.todo o aspecto de filme infantojuvenil, literalmente. O original já trazia essa personalidade e agora ela foi exacerbada com mais aventura. Creio que foi uma atualização interessante para a nova geração. As homenagens ao original, os elementos deixados para fazer a ligação entre os filmes, efeitos especiais, as características de cada personagem, as atuações, foi muito bom. Pena que, tirando a primeira parte, os dois outros terços do filme são bem acelerados, o que, na minha opinião fecal, prejudica a identificação com cada personalidade.
Pequena Mamãe
3.8 84Tendemos a esquecer que nossos pais e mães foram criança, né? Que um dia foram frágeis, mas também sonhadoras, cheios de criatividade e imersas em uma realidade onde não tinham que "ser adultos".
De fato, o filme tem uma lentidão, porém, quando leio isso considerando o olhar de deslumbramento da Nelly, compreendo essa intenção de tudo ser aos poucos delicado, como uma mãe que passa remédio na ferida do filho e sopra lentamente. É um filme muito, muito delicado, que não cai no lugar-comum do melodrama. Pelo contrário, há muita maturidade aqui. Ainda bem. A cena final, então, é o reconhecimento de que, no fechar das cortinas, somos todos crianças.
Como diz a música "Resposta ao Tempo", "... no fundo é uma eterna criança / que não souber amadurecer..." Precisamos lembrar que algo de lúdico ainda vive dentro de nós.
A Morte de Narciso
3.1 8Maravilhoso. Eu fiquei imerso nesses 45 minutos de um jeito que não esperava. É hipnotizante e poético como o documentário faz uma ode ao artista e ao corpo masculino. O mais curioso é que, 32 anos após a morte do Alair e 21 anos após o lançamento deste filme, essa obra poética ainda é vendida como proibida, opressiva, erótica. As pessoas têm problemas demais com a nudez. "A Morte de Narciso" é o enaltecimento de um artista que viu poesia onde a maioria, apesar do desejo instintivo, só via luxúria e pecado. Viva Alair Gomes!
Sra. Harris vai a Paris
3.6 92 Assista AgoraEm tempos de tanta apatia, tanta agressividade, em que se alguém pisar no teu pé você precisa se desculpar para não levar um soco, este filme é um enaltecimento da gentileza. Nossa, que sessão agradável eu tive. Cada personagem tem camadas, não são superficiais. Isso é de uma riqueza narrativa que conforta, abraça, impulsiona, inspira. Este é um filme para nos lembrar de que ainda somos humanos.
French Touch: Between Men
2.9 1O adjetivo nesta compilação de curtas é "refrescante".
"7ème Ciel" (4): Costumo dizer que o verdadeiro tesouro do cinema está nos curtas-meteagens. Mais fluidos, mais livres, mais imersivos nas ambientações cotidianas que nos levam para longe dos estereótipos. Aqui, eu me vi diante de outra visão de Paris, para longe da "cidade luz" e do glamour. Falo bastante sobre o "Brasil real" e aqui temos a "Paris real", fora das câmeras, nos guetos. Temos preconceito, machismo, violência, pobreza, luta, cansaço. É vida-labuta, vida-grito. O média-metragem é bonito, com a câmera bem usada para causar tensão (e causou!). E o roteiro usou bem as entrelinhas. "Sétimo Céu" mostra que os silêncios contam tanto (ou até mais) história do que o que é exposto.
"Au bruit des clochettes" (4): Hipnotizante. É o mínimo que consigo dizer. A cena final é tão fascinante e angustiante, tão significativa, poderosa, bonita e terrível, que, de verdade, creio que entrou para uma daquelas cenas que vou lembrar por muitos anos. Incrível, incrível. Sem contar que te puxa para uma realidade que muitos de nós aqui do Ocidente nem imaginamos acontecer.
"Goût bacon" (3,5): Adorei a imersão na adolescência francesa da periferia. É um curta leve, bem-humorado, mas também sereno em sua abordagem em relação aos fardos que uma sociedade ainda cheia de tabus impõe às pessoas.
"Tapette" (4,5): Eu AMO o cinema francês porque não há pudores como acontece por aqui. E "Tapette" foi refrescante. É o que posso dizer. Eu sorri, eu refleti, eu me deixei levar. Maravilhoso. E A metáfora ao final, de abraçar as coisas, abraçar o medo, parar de correr dele, é algo universal e louvável. Lindo curta-metragem.
Au bruit des clochettes
4.0 1Hipnotizante. É o mínimo que consigo dizer. A cena final é tão fascinante e angustiante, tão significativa, poderosa, bonita e terrível, que, de verdade, creio que entrou para uma daquelas cenas que vou lembrar por muitos anos. Incrível, incrível. Sem contar que te puxa para uma realidade que muitos de nós aqui do Ocidente nem imaginamos acontecer.
The Latin Boys: Volume 1
4.0 1Muito bom ver narrativas que mergulham pela América Latina. Só isso já traz uma identificação imediata - apesar do Brasil sempre se esquecer que faz parte do mesmo caldeirão cultural que Costa Rica, Cuba, México, Argentina, Paraguai, Bolívia, etc.
"Unicornio" (3): Muitas pessoas se esquecem que fora da bolha das redes sociais, onde tudo aprece brilhante e progressista, ainda existe um mundo que nos amarra e espanca e mata. "Unicornio" tem suas falhas, sim, mas é um tapa na cara que nos pede reflexão para que não esqueçamos de lutar por quem não conseguiu encontrar mãos estendidas - as reais, não as mãos estendidas de quem fica deitado "lacrando" muito na internet e esquecido da realidade.
"El amigo" (4): Quem nunca? É, pode ser excitante, porém, é um retrato triste de tantas coisas: essas relações estranhas, homens que não se libertam, muros sexuais, preconceitos, dominação de um hétero quando sabe que tem alguma influência sobre um cara gay... "El amigo" traduz muitas coisas que acontecem, mas que a sociedade "de bem" finge não existir.
"Mila Caos" (4): Gosto muito das narrativas que proporcionam uma imersão na cena LGBTQIA+ de outros países. Aqui, ao ritmo de Elena Burke com a poderosa canção "Lo material", temos uma trama forte sobre identidade, amor e respeito. Muito, muito bonito.
"Ruega por Nosotros" (4,5): Eu terminei de boca aberta. Muito, muito, muito a se pensar... Algumas pessoas podem vir com o típico "mas não teve final". Porém, ao meu ver, isso não importa. O que temos aqui é uma narrativa potente sobre limites, fé, falta de diálogo e mesmo a cegueira social que certas crenças trazem. Poderoso, estapeante e corajoso. Muito bom.
"Carlito se va para siempre" (3,5): Tantas camadas, tantas questões, tanto silêncio. Bonito curta-metragem.
"Ainda Não Lhe Fiz Uma Canção de Amor" (3): Poético na medida certa. Talvez soe meio insosso, mas tem seu charme.
The Male Gaze: The Heat of the Night
2.3 2Me pergunto que antologia de curtas as pessoas viram para que a nota seja tão baixa... "The Male Gaze: The Heat of the Night" é uma compilação de histórias que versam sobre a solidão do homem gay em suas mais diversas vertentes. É triste, é real, é palpável. Valeu cada segundo.
"Thirst" (4): A solidão do mundo gay exposta aqui sem meios termos. Um curta para refletir.
"Según Mateo" (3,5): Sim, confuso, mas com atuações fortes e uma imersão na mente desse cara que busca sentir e sentido na vida.
"Hardcore" (3,5): Gosto de como as coisas vão ficando cada vez mais tensas, escalonando, enquanto a própria relação entre os protagonistas dá a entender que entra no mesmo processo de escalonamento. Peculiar.
"Beast" (4): Uau. É óbvio que você meio que sabe para onde a história vai, porém, algo que a vida como escritor me ensinou é que o clichê só é ruim quando é mal trabalhado. "Beast" tem atuações muito boas, fotografia linda, uma trilha que prende e a sutileza de quem sabe que o público sabe o que vai acontecer, porém, arma as armadilhas certas para nos prender. Instigante curta-metragem.
"Petit Ami" (3,5): Triste, real e bem conduzido.
"Skai Blue" (3,5): Intenso em sua melancolia, é uma daquelas narrativas que se abrem em um leque de reflexões sobre vários temas, muitos deles contemporâneos. Muito bom ter tido a oportunidade de mergulhar aqui.
O Astronauta
2.9 116 Assista AgoraTenhamos sensatez: o filme é MUITO enfadonho. 😮💨 Sim, a premissa é maravilhosa, porém, a execução é chatérrima. E não por uma questão de "faltar ação", como disseram alguns. Por exemplo, o recente "Marcel, a Concha de Sapato" é um filme nessa mesma vibe mais tranquila e consegue prender. Aqui, pelo contrário, eu me senti cada vez mais de saco cheio. E veja que eu amo ficção científica, sou o maluco que já leu tudo dos grandes mestres do gênero, e só vivo citando Isaac Asimov. Mas aqui nem o esplendor do universo me prendeu.
Eu não me conectei com o protagonista e menos ainda com os problemas deles. Diferente de "Interestelar" ou de "Perdido em Marte", cujas tramas criam essa empatia com o personagem e te fazem torcer por ele, aqui eu fiquei... Nhé. F*da-se. Queria saber mais sobre o Hanus do que sobre esse cara e a conturbada vida amorosa dele enquanto o mundo tem problemas maiores - e o próprio Hanus tem problemas maiores, inclusive.
No final das contas, o filme é uma grande ode ao egoísmo do ser humano.
Vida em Silêncio
3.1 2 Assista AgoraApesar de ter achado um pouco longo demais, especialmente a parte do meio, a filme é belíssimo. O uso da música, o cuidado que tiveram ao retratar o autismo, a delicadeza com o próprio silêncio, a descoberta desse amor tão diferente e paciente, muito, muito belo. Mais ainda, uma visão diferente, mexicana, sobre esses temas. O nome disso é pluralidade de narrativas. E o final é para sorrir com os olhos marejados.
Minha Família Perfeita
2.4 7 Assista AgoraRi bastante. E comparado a outros filmes nacionais também de comédia, este foi maravilhoso. Elenco bem colocado, situações que sim, são óbvias, mas trouxeram frescor da brasilidade, desfecho bonitinho. Valeu a pena.
De Repente Drag
1.5 7Premissa excelente, mas, pelo amor de Deus!, que filme ruim. Aqui em São Luís vi várias reportagens, entrevistas, comentários sobre esse filme e estava empolgado para assistir. Sinceramente, era preferível ter ficado só na empolgação mesmo. Decepcionante é a palavra que define para mim.
Na minha opinião fecal, as quase duas horas de filme se devem à tentativa (fracassada) de construir humor alongando cenas que soariam cômicas. Bom, a comédia é o gênero mais complexo de se fazer exatamente por que ela não admite meio termo: ou é engraçado, ou não é Ponto final. E com edição e direção sem dinamismo, sem brilho, piora tudo.
Marcel a Concha de Sapatos
3.8 102 Assista Agora"Por que ao invés de ficar filmando as pessoas você não para de fazer isso e vai se conectar com elas de verdade?"
Vinte e quatro horas após ter assistido (e digerido) essa obra peculiar, essa é a frase que, na minha opinião fecal, define o filme. "Marcel" é sobre se conectar, um verbo tão utilizado e tão falseado em tempos de redes sociais. Não a conexão desesperada e dos likes, como o filme mostra e critica, mas o conectar da escuta, do silêncio, do riso, da capacidade de parar e conversar.
"Marcel" é sobre diálogo, essa palavra estranha em um mundo que corre demais, tira fotos demais, e só consegue enxergar uma família de conchinhas que está na frente de seus rostos quando isso ganha a internet. Quer coisa mais atual?
Sim, é um filme que pode ser considerado "fofo". Sem dúvida. Mas eu creio que o uso desse adjetivo pode dar uma falsa sensação de que é "bobo", ou baseado nessa fofura para causar comoção. Ao meu ver, muitas pessoas acabaram decepcionadas com o filme por causa disso. "Marcel" é melancólico, é incômodo, é palpável e é sofrido. É o tipo de filme que você precisa fazer alguns mergulhos (nele e em si) para captar certas metáforas e tapas na cara.
Não é um filme "difícil" e acredito que nem foi feito com essa pretensão. Mas é um filme que pode doer e que, diante dessa dor, exige o que não temos hoje em dia: paciência e empatia.
Não é à toa que os consultórios de psicólogos e terapeutas estão cada vez mais lotados. Em um mundo que não escuta, as pessoas precisam pagar para terem trinta minutinhos de escuta com alguém que não as conhece. É triste. Muito triste.
Ao final, diante dessa tristeza, foi parar ao final do dia, como respirar fundo e ter uma sensação de "Pois é, eis a vida. Vivamos, então." E você até sorri para as pessoas, e bebe, e dança, e gargalha. E fica junto e feita gol. Tira fotos, publicar, faz piada. Então, você deita para dormir e nessa hora a tristeza vem e sufoca enquanto o sono, finalmente, chega. E no outro dia começa tudo de novo...
"Marcel" pede para que escutemos.