Funciona mais como pornografia do que como estudo de personagem. Além disso, em algumas cenas, realmente fica a frustrante sensação de que havia uma história ali a ser explorada, não fosse a obsessão do filme com seu suposto "realismo".
Eis um filme que pede pra ser julgado em seus próprios termos: a ideia era fazer um filme episódico, lento, que lembrasse um sonho e/ou bad trip, com uma vibe muito retrô. Tendo isso em conta, o filme é um sucesso. Claro que dá sono. Claro que é só mood. Fazer o que se era a intenção? A fotografia, se é verdade o que disseram sobre a maioria dos efeitos ter sido feita in-camera, é impossivelmente boa e deus sabe como eles conseguiram, com um orçamento tão apertado, fazer um set design tão arrojado (sem piadinhas estilo "simples, abrindo mão do roteirista" ok rs). Um filme muito depende-da-hora-em-que-você-assistir, enfim.
Nunca diria que um filme se sustenta pelos efeitos, mas se teve um caso recente que chegou perto, talvez seja Tintim. Super bobo (tudo bem, as tirinhas eram bobas também e eram ótimas) mas super bem feito, é o primeiro caso pós-Waking Life em que a rotoscopia de fato ajuda o filme ao invés de torná-lo inassistível. Entretenimento de qualidade, curti.
A intencao foi boa, mas aplicar o estilo documentario a um filme de acao saiu pela culatra e acredito que tenha tirado o prazer de um bom filme. Isso reforca-se quando, na metade da projecao, o diretor resolve abandonar o estilo para dar lugar a sequencias de acao mais tradicionais. Fica otimo, de verdade. Ele retomar a estetica documental no final do filme so deixa claro como, realmente, nao era pra ser. Num geral, historia boa que poderia ter sido melhor explorada se esse fosse um filme de ficcao cientifica mesmo (mas e de acao), personagens que fazem vc descrer na raca humana na melhor tradicao von Trier/Haneke e efeitos especiais competentes, que realmente ajudam na trama. Apesar disso, nao gostei muito como um todo mas fica a promessa para Blomkamp se revelar num filme mais maduro a posteriori.
Nao entendi como um cineasta que evita resolucoes faceis como o Greengrass conseguiu parir um filme como esse. Conflitos que se resolvem (quando nao simplesmente somem) muito rapidamente expoem a ma qualidade do roteiro, que impede o real envolvimento do espectador na trama. Bem decepcionante.
Faz muito tempo que não tenho a oportunidade de assistir a um filme tão ruim. Nada se salva, uma grande perda de tempo. Pior filme do ano até agora e sério candidato a virar um dos piores que já vi.
Me surpreendi bastante com esse filme. Junto com Juventude, é um dos filmes da fase pré-Sorrisos de uma Noite de Amor que mais apontam para (e, por conseguinte, se comparam) a genialidade que ele viria a demonstrar mais tarde.
Foi o primeiro filme que eu vi do Honoré e não gostei. Faz a linha daqueles filmes que parecem feitos com aquela mentalidade chata de "Mamãe, quero chocar Cannes". O filme não tem exatamente um foco e, se tem, foi mal explorado. Sinceramente, nas poucas cenas em que aparece, o personagem do pai do menino me parece muito complexo e digno de análise que a mãe, que aparece como uma personagem plana e sem graça, que por um acaso tem uma quedinha pelo filho e nem por isso parece se incomodar. A sensação de falta de conflito é gritante. Pra não falar em Huppert e Garrel, dois dos melhores atores em atividade na França, totalmente sub-aproveitados. Em resumo: vazio e de mal gosto.
Sério, foi a temática? O roteiro? As canções? As atuações que alternavam perfeitamente entre a profundidade e o leviano? A fotografia? Tudo junto? Não sei. Sei que As Canções de Amor é um grande filme, representando um diretor no topo da sua criatividade artística. Consegue ser romântico sem ser piegas, divertido sem ser medíocre e reflexivo sem dar sermão sobre alguma coisa, e acima de tudo, muito, muito lindo!
Foi nesse filme que percebi que Honoré é um diretor 8 ou 80 mesmo. Pra mim, ele costuma fazer um filme bom e um péssimo logo em seguida (a grande exceção é a dobradinha Em Paris-As Canções de Amor - ambos ótimos e, até agora, as grandes obras-primas da carreira do diretor). Este A Bela Junie pertence à categoria dos péssimos. O roteiro não dá a mínima pinta de emoção durante todo o tempo de exibição e o que temos é um filme estéril até o âmago, com uma protagonista apagada e personagens cujas ações tem razões risíveis. Em certo ponto, parece uma Malhação versão França década de 70, numa sucessão patética de disse-me-disses, troca de cartinhas de amor e tudo o mais. De verdade, única coisa boa no filme é que, como foi péssimo, já deixa a possibilidade do próximo dele (no caso, o Não, Minha Filha, Você Não Irá Dançar, que eu ainda não vi) ser muito bom.
Filme delicioso e decididamente meu candidato a melhor filme estilo "Nouvelle Vague" feito nessa década. O roteiro é caprichado e as atuação de Duris e Garrel sustentam (e muito bem) o filme. Adorei.
Um dos piores filmes que já vi, decerto. Não vi significado, não vi nada, é tão... vazio. Um pornô bem baratinho, voltado pro público indie que sempre quis ter desculpa pra ficar de pau duro ouvindo Primal Scream e coisa e tal. Dá pra notar que o filme quer ser erótico sim, mas acaba saindo tão pela culatra que não rolou nem uma ereçãozinha de minha parte pra contar a história, então nem aí, a meu ver, o filme agrada. Mas como o Winterbottom taí pra chocar mesmo, não me admira nada.
Achei um dos melhores filmes que vi recentemente, na medida em que tem uma das melhores abordagens sobre sexo no cinema. É um filme que uso o sexo para contar as frustrações e angústias de seus personagens. Quem disser que é um filme SOBRE sexo, a meu ver, não entendeu. Se eu pudesse resumir o filme em uma frase, usaria "Toda Nudez Será Castigada". Quero dizer, entende-se no filme que o sexo não é barato simplesmente, ele expressa algo e, assim como na vida, o sexo não é julgado (no caso, pela câmera), ele simplesmente acontece, e achei isso bonito de ver. É um sexo totalmente sem erotismo e naturalista, ainda não entendo histórias de gente que se excitou com esse filme. Ademais, o filme lida com o amor (sim, amor) de uma forma contemporânea e sagaz, diferentemente de "Closer" (que considero o exato oposto desse: é um ótimo filme sobre sexo que não usa nenhuma cena do mesmo para expressá-lo) ou de "9 Canções" (esse sim: sexo explícito sem história, sem emoção, sem nada). De toda forma, a abordagem é interessante, a história toda se encaixa no final, e o filme usa e abusa da mistura roteiro espontâneo + fotografia mais-que-decente. Gostei demais :)
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Greek Pete
2.5 7Funciona mais como pornografia do que como estudo de personagem. Além disso, em algumas cenas, realmente fica a frustrante sensação de que havia uma história ali a ser explorada, não fosse a obsessão do filme com seu suposto "realismo".
Além do Arco-Íris Negro
3.0 91Eis um filme que pede pra ser julgado em seus próprios termos: a ideia era fazer um filme episódico, lento, que lembrasse um sonho e/ou bad trip, com uma vibe muito retrô. Tendo isso em conta, o filme é um sucesso. Claro que dá sono. Claro que é só mood. Fazer o que se era a intenção? A fotografia, se é verdade o que disseram sobre a maioria dos efeitos ter sido feita in-camera, é impossivelmente boa e deus sabe como eles conseguiram, com um orçamento tão apertado, fazer um set design tão arrojado (sem piadinhas estilo "simples, abrindo mão do roteirista" ok rs). Um filme muito depende-da-hora-em-que-você-assistir, enfim.
Amor Pleno
3.0 558É, Malick, te adoro mas faltou história aí... Apesar disso, o aspecto técnico do filme é impecável!
Arca Russa
4.0 182Palavras pra descrever esse filme: não tenho. E se fosse forçar pra escolher uma, escolheria "belíssimo".
Homem ao Banho
2.6 71Sem ponto e gratuito. Provavelmente o pior filme do Honoré.
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista AgoraNunca diria que um filme se sustenta pelos efeitos, mas se teve um caso recente que chegou perto, talvez seja Tintim. Super bobo (tudo bem, as tirinhas eram bobas também e eram ótimas) mas super bem feito, é o primeiro caso pós-Waking Life em que a rotoscopia de fato ajuda o filme ao invés de torná-lo inassistível. Entretenimento de qualidade, curti.
Distrito 9
3.7 2,0K Assista AgoraA intencao foi boa, mas aplicar o estilo documentario a um filme de acao saiu pela culatra e acredito que tenha tirado o prazer de um bom filme. Isso reforca-se quando, na metade da projecao, o diretor resolve abandonar o estilo para dar lugar a sequencias de acao mais tradicionais. Fica otimo, de verdade. Ele retomar a estetica documental no final do filme so deixa claro como, realmente, nao era pra ser. Num geral, historia boa que poderia ter sido melhor explorada se esse fosse um filme de ficcao cientifica mesmo (mas e de acao), personagens que fazem vc descrer na raca humana na melhor tradicao von Trier/Haneke e efeitos especiais competentes, que realmente ajudam na trama. Apesar disso, nao gostei muito como um todo mas fica a promessa para Blomkamp se revelar num filme mais maduro a posteriori.
Zona Verde
3.5 393 Assista AgoraNao entendi como um cineasta que evita resolucoes faceis como o Greengrass conseguiu parir um filme como esse. Conflitos que se resolvem (quando nao simplesmente somem) muito rapidamente expoem a ma qualidade do roteiro, que impede o real envolvimento do espectador na trama. Bem decepcionante.
Professora Sem Classe
2.7 2,0K Assista AgoraFaz muito tempo que não tenho a oportunidade de assistir a um filme tão ruim. Nada se salva, uma grande perda de tempo. Pior filme do ano até agora e sério candidato a virar um dos piores que já vi.
Sonhos de Mulheres
3.9 28Me surpreendi bastante com esse filme. Junto com Juventude, é um dos filmes da fase pré-Sorrisos de uma Noite de Amor que mais apontam para (e, por conseguinte, se comparam) a genialidade que ele viria a demonstrar mais tarde.
Minha Mãe
2.8 243Foi o primeiro filme que eu vi do Honoré e não gostei. Faz a linha daqueles filmes que parecem feitos com aquela mentalidade chata de "Mamãe, quero chocar Cannes". O filme não tem exatamente um foco e, se tem, foi mal explorado. Sinceramente, nas poucas cenas em que aparece, o personagem do pai do menino me parece muito complexo e digno de análise que a mãe, que aparece como uma personagem plana e sem graça, que por um acaso tem uma quedinha pelo filho e nem por isso parece se incomodar. A sensação de falta de conflito é gritante. Pra não falar em Huppert e Garrel, dois dos melhores atores em atividade na França, totalmente sub-aproveitados. Em resumo: vazio e de mal gosto.
Canções de Amor
4.1 829 Assista AgoraSério, foi a temática? O roteiro? As canções? As atuações que alternavam perfeitamente entre a profundidade e o leviano? A fotografia? Tudo junto? Não sei. Sei que As Canções de Amor é um grande filme, representando um diretor no topo da sua criatividade artística. Consegue ser romântico sem ser piegas, divertido sem ser medíocre e reflexivo sem dar sermão sobre alguma coisa, e acima de tudo, muito, muito lindo!
A Bela Junie
3.7 826Foi nesse filme que percebi que Honoré é um diretor 8 ou 80 mesmo. Pra mim, ele costuma fazer um filme bom e um péssimo logo em seguida (a grande exceção é a dobradinha Em Paris-As Canções de Amor - ambos ótimos e, até agora, as grandes obras-primas da carreira do diretor). Este A Bela Junie pertence à categoria dos péssimos. O roteiro não dá a mínima pinta de emoção durante todo o tempo de exibição e o que temos é um filme estéril até o âmago, com uma protagonista apagada e personagens cujas ações tem razões risíveis. Em certo ponto, parece uma Malhação versão França década de 70, numa sucessão patética de disse-me-disses, troca de cartinhas de amor e tudo o mais. De verdade, única coisa boa no filme é que, como foi péssimo, já deixa a possibilidade do próximo dele (no caso, o Não, Minha Filha, Você Não Irá Dançar, que eu ainda não vi) ser muito bom.
Em Paris
3.7 252Filme delicioso e decididamente meu candidato a melhor filme estilo "Nouvelle Vague" feito nessa década. O roteiro é caprichado e as atuação de Duris e Garrel sustentam (e muito bem) o filme. Adorei.
Nove Canções
2.6 384Um dos piores filmes que já vi, decerto. Não vi significado, não vi nada, é tão... vazio. Um pornô bem baratinho, voltado pro público indie que sempre quis ter desculpa pra ficar de pau duro ouvindo Primal Scream e coisa e tal. Dá pra notar que o filme quer ser erótico sim, mas acaba saindo tão pela culatra que não rolou nem uma ereçãozinha de minha parte pra contar a história, então nem aí, a meu ver, o filme agrada. Mas como o Winterbottom taí pra chocar mesmo, não me admira nada.
Shortbus
3.7 548 Assista AgoraAchei um dos melhores filmes que vi recentemente, na medida em que tem uma das melhores abordagens sobre sexo no cinema. É um filme que uso o sexo para contar as frustrações e angústias de seus personagens. Quem disser que é um filme SOBRE sexo, a meu ver, não entendeu. Se eu pudesse resumir o filme em uma frase, usaria "Toda Nudez Será Castigada". Quero dizer, entende-se no filme que o sexo não é barato simplesmente, ele expressa algo e, assim como na vida, o sexo não é julgado (no caso, pela câmera), ele simplesmente acontece, e achei isso bonito de ver. É um sexo totalmente sem erotismo e naturalista, ainda não entendo histórias de gente que se excitou com esse filme. Ademais, o filme lida com o amor (sim, amor) de uma forma contemporânea e sagaz, diferentemente de "Closer" (que considero o exato oposto desse: é um ótimo filme sobre sexo que não usa nenhuma cena do mesmo para expressá-lo) ou de "9 Canções" (esse sim: sexo explícito sem história, sem emoção, sem nada). De toda forma, a abordagem é interessante, a história toda se encaixa no final, e o filme usa e abusa da mistura roteiro espontâneo + fotografia mais-que-decente. Gostei demais :)