Karine Rodrigues

Já havia lido o livro e, me apaixonei pelo mesmo como um todo, me afundei adentro dessa leitura e no universo do suspense e neo-noir, todo composto por flashbacks, ou memórias passadas do Piloto. De imediato, percebi que não havia esse tipo de acontecimento no filme e tinha mínimas semelhanças, mas me conciliei (e de maneira muito bem, devo dizer) com a adaptação para as telonas e quando estou dizendo que Drive é um dos melhores filmes comtemporâneos que já assisti, não estou me arriscando, e nem mentindo. Tudo nele é simples e envolvente, vistos por olhos inexperientes, pois nada dele é simples, e sim complexo, enigmático. Aprimorando a visão da coisa, o repensar dos fatos, até sobre a jaqueta do Piloto, sua natureza e essência, é incrível a informação obtida, como se cruzássemos com algo extraordinário, e acrescentando, quê enredo extraordinário, amigos! Tudo se uniu de maneira perfeita, unânime: Trilhas sonoras, perfeitas atuações, expressões fisionômicas, cenas, o romantismo, a violência (fazendo lembrar alguns filmes influenciados), direção, e até a escolha do elenco. Perfeito.

Para ser sincera, admito ter esperado um pouco mais, pois o filme pecou em alguns aspectos, tais como a estória do Mandarin, decepcionante, creio que tenha surpreendido a todos- ou a maioria -, os efeitos especiais, além de serem detalhados e emocionantes, todavia não foram nada fatais ou estupendo para ficarmos boquiabertos, extasiados, sendo assim, suaves, porém bons, além do roteiro ter fugido um tanto de contexto e da trama. No entanto, o filme conseguiu cumprir seu objetivo sim, mantendo a ação de verdadeiro Iron Man, nada muito fora do normal, mas instigantes, e a atuação que só Robert Downey Jr. consegue fazer (papel perfeito para o herói, sem mais discussões), conseguindo arrancar diversas risadas com seu eu carismático e, claro, sarcástico. Tirando alguns casos, o filme foi muito bom, mas não chega a ser o melhor da trilogia.