Maravilhoso! Filme minimalista, poucos personagens e acontecimentos reduzidos, mas tudo com uma tensão constante, contextualização nas entrelinhas. A gente não sabe exatamente que aconteceu antes durante ou depois da estória. O que sabemos é que mãe e filha na estória estão tentando fazer as pazes com o masculino. As cenas de sexo pela primeira vez no cinema são primorosas e realistas, belíssimas. A fotografia é impressionante, acompanha muito bem com as sombras e luz os momentos de tensão ou alívio. O universo construído flerta até mesmo com uma espécie de surrealismo que não está mostrado.
O roteiro e as atuações são boas. A estória faz um paralelo entre a relação mãe-filha(o) da dona de casa com a babá-empregada cruzando limites entre os dois territórios. A atuação de Regina Cadé também é muito boa, mas levemente caricata em alguns trechos. A parte técnica também condiz bastante com o que a estória pede, mas não é muito inventiva e não chega a sair dos padrões Globo de produção. O que mais me chama atenção na estória é como o roteiro é capaz de mostrar os dois lados da moeda de famílias desajustadas em diferentes classes sociais, porém um ponto de vista mais frágil. No meio do filme tem umas partes um pouquinho cansativas, mas nada que atrapalhe muito a experiência especialmente se você estiver atento às nuances da estória.
Filme horrível em todos os sentidos. Atuações caricatas, não convencem. A própria escolha de fazer um filme baseado unicamente nos depoimentos foi bem pobre. E a falta de pesquisa para retratar e mostrar a estória contada nos depoimentos foi fraca. Ao invés do roteiro MOSTRAR, tenta se sustentar em diálogos e mais diálogos ruins. Se fossem bons diálogos, ok. Tarantino tá aí pra mostrar que é possível. Mas diálogo que põe "ovo" no meio de "eu te amo" é pra dar risada.
Vi pela segunda vez agora acompanhando o roteiro do filme. MUITA coisa foi cortada ou modificada pra melhor. Consegui perceber a mão de Sonia Braga na construção da personagem e nos diálogos. De uma personagem irritada e desbocada (porém educada), ela fez uma Clara mais contida, posuda, que guarda pra si muito de seu sofrimento, transmitindo-o no olhar e nas expressões. Tem diálogos muito bons nesse filme e um equilibrio no vilão sem caricaturas. Do Som Ao Redor para esse filme, Kleber evoluiu muito na escrita e na direção.
Filme ridículo por inúmeras razões. Parece novela mexicana de quinta categoria. Uma sequência de coincidencias forçadas pelo roteiro. Além de ser um monte de bla bla bla do começo ao fim que chega cansa. E o plot twist no final É MUITO NOVELA MEXICANA kkkk
1) A estória poderia facilmente ter sido resolvida logo no início, quando ocorre um acidente. Bastava ligarem para a polícia e avisar da tragédia. FIM. 2) A mulher tá no meio do NADA e COINCIDENTEMENTE aparece um engenheiro de carros. Mas calma, não é qualquer engenheiro de carros... É um engenheiro especificamente DO CARRO DELA KKKK e MAIS: ele tem todos os equipamentos EM CASA KKKKKKKK
Uma mulher simples que trabalha em um hotel consegue se disfarçar da melhor advogada do país sem que o cara desconfie, mesmo sendo bem diferente dela kkkk Até aí tudo bem, mas dizer que ela vai ter tanto conhecimento de advocacia e investigação?? KKK Mas vamos dizer que ela passou meses treinando o discurso, certo? O problema é que no meio daquele bla bla bla, o rumo tomado foi outro, então ela não saberia improvisar.
Filme amador demais. Pode agradar quem tá acostumado com algumas novelas ruins da Globo. Fora isso, não recomendo. Tanto o roteiro quanto a direção e atuação parecem ter saído de um episódio de Malhação. Nem a fotografia e arte contribuem positivamente para o clima do filme. Eu não sabia se estava vendo um filme de suspense/drama ou um episódio de A Grande Família, sem a parte engraçada.
Os roteiristas não tem noção de nenhuma de mundo, de vivência. Acham que o efeito da maconha é instantâneo. Acham que maconha causa psicose. Mitos que uma breve pesquisa de 5 minutos no Google resolveria. Mas a preguiça não deixa né? Confundem diálogo realista com diálogo banal. Acham que podem resolver no diálogo os pontos da estória que não construíram. Ao invés disso, criam situações totalmente artificiais, sem timming nenhum. Um desastre.
A parque técnica também caminha no mesmo nível e reforça a visão limitada do roteiro. Atuações fracas, embora esforçadas. Mas não dá nem pra dizer que é culpa dos atores se tratando de um filme que foi mal dirigido, então a culpa recai sobre a direção e sobre o roteiro que parece nunca ter escrito nada antes desse filme.
Esse caso aconteceu a quase 20 anos. Era mais que suficiente pra fazer uma pesquisa aprofundada, ou ao menos mediana. Mas se não tiveram nem 5 minutos pra olhar no Google uma informação simples, e ainda usaram como parte da JUSTIFICATIVA para o crime nos DOIS FILMES, é porque não deram a mínima para o que estavam escrevendo.
Curioso perceber que grande parte dos filmes nacionais é meio documental. É um "retrato" de alguns personagens que vivem ali naquele universo da vaquejada, sem pretensões, apenas vivendo ali. Embora não haja um desenvolvimento ou aprofundamento claro de personagens, o roteiro parte de boas escolhas, personagens interessantes. Esperava um pouco mais de aprofundamento nessas estórias apenas.
Muito boa. Diversão garantida e estética deliciosa de se ver. Minha única crítica vai para a resolução que achei um pouco apressada e bagunçada comparada com o resto do filme, mas funciona. Vale muito a pena!
Tenho um carinho por esse filme. Vi quando era novo e adorei. Hoje, depois de 3 anos estudando cinema, continuo gostando e continuo tendo carinho por ele, embora tenha notado algumas pequenas falhas, mas que são compensadas por outras camadas do filme que só fui perceber na vida adulta.
Senti falta de: 1) Mostrar a amizade de Bob e do menino da luva, já que esse foi o gancho do início do filme e acabou ficando esquecido 2) Tornar a aproximação de Bob e Ted mais gradual, menos saltada.
As partes com o Bob adulto (início e fim) são descartáveis. O filme funcionaria muito bem sem isso, porém não atrapalha. Faz sentido com a ideia de uma infância que se foi e tal
Um filme quase documental sobre uma mãe e uma filha inconsequentes que tentam levar a vida de forma leve sem se darem conta dos problemas que causam para os outros e para si.
Talvez porque desde cedo eu seja familiarizado nesse assunto de "vida após a morte". O filme fala sobre uma realidade criada pela mente do protagonista que não aceitava sua própria morte. Para quem é familiarizado no assunto, pessoas que não aceitam a morte ficam "revivendo" a experiência por muitos anos até aceitarem. Mas não é como Efeito Borboleta que é literal, é um reviver através das memórias apenas. O irmão dele e outras pessoas tentam deixar pistas para ele, mas o problema é que ele não consegue distinguir o que é memória do que é criação dele e do que é realidade.
Segundo doutrinas espiritualistas, não se pode chegar e dizer a alguém nessa condição "VOCÊ MORREU!". É como numa sessão psiquiátrica. A intenção é fazer a própria pessoa tomar consciência. No final, o irmão dele continua tentando, mas ele se nega novamente.
Os questionamentos são interessantes, mas funcionaria mais como um texto escrito do que uma obra audiovisual, especialmente porque não há estória. A estória serve ao texto, quando devia ser o contrário.
Visualmente também dá muita agonia aquela câmera tremida e uma animação que reforça esse tremor. Teve cenas que eu nem consegui me concentrar no que era dito devido ao estranhamento da imagem. E não é pela quantidade de informação porque eu assisti à série animada The Midnight Gospel onde as discussões são muito mais profundas e tem MUITO mais informação rolando, mas é bem dirigido. Além disso, lá existe uma estória e acontecimentos que reforçam na prática o que é dito, ao invés de uma animações baratas e literais que não aprofundam em nada o que no caso de Waking Life. Alguém diz "eu preferia ser uma engrenagem numa maquina" e literalmente vemos uma engrenagem no lugar da cabeça dele. kkk
No fim das contas, mesmo se fosse me formato de texto apenas, as discussões são superficiais. O único momento que realmente achei mais profundo foi o dos caras falando sobre cinema, como a arte é uma forma de endeusar o que é visto. Que, se numa conversa, um achasse que o outro é uma divindade, ele se calaria diante dela. Aquilo achei incrível. O resto achei legal, mas nada surpreendente.
O sonho de todo roteirista é escrever aquele filme incrível de uma única locação, poucos atores e que se passa em apenas 2 horas de estória. Infelizmente esse é um filme mediano, com poucas cenas realmente interessantes e muitas cenas exageradas, com reações exageradas e pouca motivação.
As atuações aqui são desproporcionais e superficiais especialmente quando se trata de momentos que deveriam ser comoventes, porém como os dois atores estavam no mesmo lugar de intensidade, suspeito que a culpa seja mais da direção do que dos atores. É só ver as escolhas dele quando Malcolm tem que demonstrar felicidade e é uma felicidade exagerada, depois tem que mostrar fúria mesmo não havendo construção no roteiro para isso. Bem, se essa fúria fosse curta, seria passável, mas como o roteiro dedica tanto tempo nela, tornou-se um peso chato e irritante para o filme.
Falaram da fotografia, mas nem ela se salva diante das outras questões. É que as pessoas costumam idolatrar fotografia preto e branco, talvez por uma "nostalgia" dos filmes clássicos, mas posso dizer que a fotografia é apenas OK, com um ou outro plano interessante, mas com algumas quebras de eixo, luzes estouradas, falta de textura que deveria ser potencializada num filme preto e branco, entre outras questões.
"Marighella" é um filme bem produzido e conduzido com urgência e violência gráfica, lembrando "Tropa de Elite". Wagner Moura fez um bom trabalho em sua estreia como diretor, extraindo ótimas atuações dos atores e criando cenas poderosas. No entanto, o roteiro deixa a desejar, faltando aprofundamento, embasamento e humanidade nos diálogos e na construção dos personagens, que são caricatos e superficiais. Embora a estória seja compreensível, falta clareza nos objetivos específicos de Marighella, a estratégia dele, como o povo se encaixa na história e como funciona a censura. O filme vende mais o Wagner Moura como diretor do que como roteirista. No geral, é uma boa obra cinematográfica, mas tem espaço para melhorias.
Muito bem dirigido e muito bem contado. Ritmo excelente, trilha musical excelente também. Apenas o finalzinho poderia ter acabado um pouco antes pra ficar perfeito. Teve gente criticando o formato, mas eu achei excelente a criatividade em como eles usam os recursos das telas e do computador para expôr passagem de tempo, informações, tudo sem ficar expositivo (como disse, exceto o finalzinho)
O filme é bem dirigido, roteiro bem conduzido, no entanto a romantização que é construída em torno do personagem e da própria prisão me incomodou um pouco. Além disso, esse tipo de estória "meu amigo preto que me serve" como Green Book é bem ultrapassada. O cinema está repleto desse tipo de estória, e como a academia é formada 99% de brancos, filmes como esse ganham maior destaque do que deveria. O próprio roteiro nomeia Red como "o que cara que consegue as coisas", e parece que "se apaixona" por Andy à primeira vista e só fala e pensa nele até o fim do filme, mas não há argumentos para essa "paixão", a não ser para dar maior destaque a Andy, o branco herói imaculado da estória. O preto da estória, mesmo dentro da prisão, é o contrabandista. Enfim, espero que um dia o cinema supere esse tipo de estória onde o preto só serve para dar maior destaque ao branco.
Durante a Tormenta quer ser um monte de estilo de filme acaba não sendo nenhum. Fala de viagem no tempo mas deixa pano de fundo. Quer ser filme criminal, mas tbm vira pano de fundo. Quer ser policial, mas tem argumentos fracos. Aí vira romance, filme sobre destino, drama familiar, protagonista que parece ter enlouquecido. Enfim... Nada com nada. MAAAAAS prende a atenção e tem pontos positivos na estória, na premissa. Pena que não se sustenta
Quando Nico (o investigador) dá um endereço para a protagonista encontrar Nico (que é ele), só pra ela dar um monte de volta e chegar de novo nele kkkk faz sentido nenhum. Era só ele dizer "Ah ta procurando Nico? Sou eu" Ele não tinha motivo nenhum pra esconder, afinal nao tava fugindo da polícia nem nada kkkk
Basicamente o filme se resume a um monte de homens levando ela de lá pra cá, dizendo o que ela tem que fazer e ela repetindo frases tipo "Como assim?" "por que?" "Me explica" só pra que esses homens continuem a falar mais. O roteirista, machista que é, acha romântico obsessividade e constrói a personagem basicamente como uma tapada, sem opinião própria ou capacidade de dedução.
Fora isso, o roteiro também é muito mal construído. As motivações, as relações, personagens que parecem que leram o roteiro, uma protagonista passiva que é empurrada pra tudo quanto é canto, relações forçadas de causa e efeito, discursos rasos etc
Único ponto positivo ao meu ver é a estética da animação, que meio que tenta copiar algumas animações do estúdio Ghibli.
É tão bom ver um filme nesse nível. Tudo nesse filme é muito bem feito, sem exageros, sem pesar a mão. O filme não é sobre a carreira desses personagens, caso algum desavisado procure por isso. Ele é sobre uma noite de conversa entre eles que serviu como divisor de águas na forma de cada um pensar sobre si, sobre sua carreira, sobre ser negro etc. Só tenho elogios. Me lembra muito a qualidade de "12 Homens E Uma Sentença", tanto em termos de roteiro quanto atuação, direção, montagem, pois é tudo muito fluído.
Embora seja um filme muito sustentado pelos diálogos, o roteiro e a direção têm um timming muito preciso: sabem dar tensão quando é preciso, sabem valorizar os momentos de silêncio ou os momentos de baixa tensão, o que é expresso também na direção e na montagem. Perfeito! E é bom também ver que todos ali tem seu espaço, não é apenas um blábláblá. É mto ver como cada um argumenta e cada um tem sua razão ali. É mt equilibrado
Pra quem queria entender a mente de Mank e as referências criativas de Cidadão Kane, esqueça.
Pra quem não conhece a história de Mank, e bem provavelmente pra quem conhece também, o filme é muuuuuuuuuuito chato. Senti que eu tava lendo um relatório técnico e confuso dos encontros que Mank teve. As próprias conversas e cenas são tediosas, alguns personagens são apresentados de forma muito artificial parecendo uma propaganda. A trilha musical alegrezinha tenta trazer uma dinamicidade inexistente no filme e acaba mais distraindo que qualquer outra coisa. Os personagens são chatos e as únicas raras falas interessantes do protagonista são duas citações que ele faz de algum pensador q nem lembro mais.
Não há uma linha narrativa fluída no roteiro, é um vai e vem que não chega a lugar algum, que corta pra flashbacks deliberadamente sem que haja qualquer relação com a cena anterior. Não sei outras pessoas, mas eu me perdi no tempo ali várias vezes.
Agora nada supera a montagem, que conseguiu ser pior e mais frenética que a montagem de Bohemian Rhapsody: na cena que tem um monte de gente num grande salão, parece que o montador cheirou pó dentro de uma xícara de café. Me deu até dor de cabeça a quantidade de cortes, era 1 a cada meio segundo, sem ritmo nenhum, sem progressão. Ai, só de lembrar me dá agonia.
Não consigo entender como levou tantas indicações. A direção tava completamente bêbada sem saber como dirigir o olhar do espectador, e a fotografia que é boa, mas mesmo assim não dialoga com a estória. Coloca personagens neutros com o rosto totalmente nas sombras... enfim, pra mim foi uma experiência bem ruim. Tem filme que eu não gosto mas que pelo menos tem uma cena que salva e marca o filme, mas esse aqui não teve nenhuma.
O filme não impressiona, mas faz o dever de casa. Roteiro e direção bem feijão com arroz. Tava lendo outro dia o roteiro de uma peça de 1882 que é bem parecido com isso, chamado Um Inimigo do Povo. Lá, temos a esposa do protagonista que faz o mesmo papel de Anne Hathaway basicamente: a esposa que só tá ali pra reclamar. É triste que vários séculos depois, nesse filme, o roteirista coloque o papel da esposa igual a uma personagem do século 18. Quanto a Mark Ruffalo, faz aquela atuação melancólica e não muda em nenhuma cena. Talvez Matthew McConaughey poderia ter dado mais vida ao personagem.
Belas atuações, belo figurino, mas um roteiro proliiiiixo que dói. Não há um silêncio sequer no filme. E se tratando de um filme sobre músico, ele se utiliza muito pouco dessa arte. Todos os personagem parecem tem uma necessidade de falar o tempo todo e falar MUITO. Cansa. E a forma como o roteiro constrói principalmente o final é bem anti-climático. Vale a pena só pra ver a atuação de Chadwick
A Mesma Parte de Um Homem
3.2 15 Assista AgoraMaravilhoso! Filme minimalista, poucos personagens e acontecimentos reduzidos, mas tudo com uma tensão constante, contextualização nas entrelinhas. A gente não sabe exatamente que aconteceu antes durante ou depois da estória. O que sabemos é que mãe e filha na estória estão tentando fazer as pazes com o masculino. As cenas de sexo pela primeira vez no cinema são primorosas e realistas, belíssimas. A fotografia é impressionante, acompanha muito bem com as sombras e luz os momentos de tensão ou alívio. O universo construído flerta até mesmo com uma espécie de surrealismo que não está mostrado.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraO roteiro e as atuações são boas. A estória faz um paralelo entre a relação mãe-filha(o) da dona de casa com a babá-empregada cruzando limites entre os dois territórios. A atuação de Regina Cadé também é muito boa, mas levemente caricata em alguns trechos. A parte técnica também condiz bastante com o que a estória pede, mas não é muito inventiva e não chega a sair dos padrões Globo de produção. O que mais me chama atenção na estória é como o roteiro é capaz de mostrar os dois lados da moeda de famílias desajustadas em diferentes classes sociais, porém um ponto de vista mais frágil. No meio do filme tem umas partes um pouquinho cansativas, mas nada que atrapalhe muito a experiência especialmente se você estiver atento às nuances da estória.
O Menino que Matou Meus Pais
3.0 515 Assista AgoraFilme horrível em todos os sentidos. Atuações caricatas, não convencem. A própria escolha de fazer um filme baseado unicamente nos depoimentos foi bem pobre. E a falta de pesquisa para retratar e mostrar a estória contada nos depoimentos foi fraca. Ao invés do roteiro MOSTRAR, tenta se sustentar em diálogos e mais diálogos ruins. Se fossem bons diálogos, ok. Tarantino tá aí pra mostrar que é possível. Mas diálogo que põe "ovo" no meio de "eu te amo" é pra dar risada.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraVi pela segunda vez agora acompanhando o roteiro do filme. MUITA coisa foi cortada ou modificada pra melhor. Consegui perceber a mão de Sonia Braga na construção da personagem e nos diálogos. De uma personagem irritada e desbocada (porém educada), ela fez uma Clara mais contida, posuda, que guarda pra si muito de seu sofrimento, transmitindo-o no olhar e nas expressões. Tem diálogos muito bons nesse filme e um equilibrio no vilão sem caricaturas. Do Som Ao Redor para esse filme, Kleber evoluiu muito na escrita e na direção.
Um Contratempo
4.2 2,0KFilme ridículo por inúmeras razões. Parece novela mexicana de quinta categoria. Uma sequência de coincidencias forçadas pelo roteiro. Além de ser um monte de bla bla bla do começo ao fim que chega cansa. E o plot twist no final É MUITO NOVELA MEXICANA kkkk
1) A estória poderia facilmente ter sido resolvida logo no início, quando ocorre um acidente. Bastava ligarem para a polícia e avisar da tragédia. FIM.
2) A mulher tá no meio do NADA e COINCIDENTEMENTE aparece um engenheiro de carros. Mas calma, não é qualquer engenheiro de carros... É um engenheiro especificamente DO CARRO DELA KKKK e MAIS: ele tem todos os equipamentos EM CASA KKKKKKKK
Sem falar que ele é o pai do rapaz que morreu kkkkkkk
3)
O cara já sabia de tudo que aconteceu e deixou pra revelar só no final?? KKKK Que sentido isso tem?
4)
Uma mulher simples que trabalha em um hotel consegue se disfarçar da melhor advogada do país sem que o cara desconfie, mesmo sendo bem diferente dela kkkk Até aí tudo bem, mas dizer que ela vai ter tanto conhecimento de advocacia e investigação?? KKK Mas vamos dizer que ela passou meses treinando o discurso, certo? O problema é que no meio daquele bla bla bla, o rumo tomado foi outro, então ela não saberia improvisar.
Estômago
4.2 1,6K Assista AgoraFilme primoroso, muito bem construído tanto o roteiro quanto a direção. Tirando umas piadinhas infelizes aqui e ali, daria nota 10
O Menino que Matou Meus Pais
3.0 515 Assista AgoraFilme amador demais. Pode agradar quem tá acostumado com algumas novelas ruins da Globo. Fora isso, não recomendo. Tanto o roteiro quanto a direção e atuação parecem ter saído de um episódio de Malhação. Nem a fotografia e arte contribuem positivamente para o clima do filme. Eu não sabia se estava vendo um filme de suspense/drama ou um episódio de A Grande Família, sem a parte engraçada.
Os roteiristas não tem noção de nenhuma de mundo, de vivência. Acham que o efeito da maconha é instantâneo. Acham que maconha causa psicose. Mitos que uma breve pesquisa de 5 minutos no Google resolveria. Mas a preguiça não deixa né? Confundem diálogo realista com diálogo banal. Acham que podem resolver no diálogo os pontos da estória que não construíram. Ao invés disso, criam situações totalmente artificiais, sem timming nenhum. Um desastre.
A parque técnica também caminha no mesmo nível e reforça a visão limitada do roteiro. Atuações fracas, embora esforçadas. Mas não dá nem pra dizer que é culpa dos atores se tratando de um filme que foi mal dirigido, então a culpa recai sobre a direção e sobre o roteiro que parece nunca ter escrito nada antes desse filme.
Esse caso aconteceu a quase 20 anos. Era mais que suficiente pra fazer uma pesquisa aprofundada, ou ao menos mediana. Mas se não tiveram nem 5 minutos pra olhar no Google uma informação simples, e ainda usaram como parte da JUSTIFICATIVA para o crime nos DOIS FILMES, é porque não deram a mínima para o que estavam escrevendo.
Boi Neon
3.6 461Curioso perceber que grande parte dos filmes nacionais é meio documental. É um "retrato" de alguns personagens que vivem ali naquele universo da vaquejada, sem pretensões, apenas vivendo ali. Embora não haja um desenvolvimento ou aprofundamento claro de personagens, o roteiro parte de boas escolhas, personagens interessantes. Esperava um pouco mais de aprofundamento nessas estórias apenas.
Luca
4.1 769Muito boa. Diversão garantida e estética deliciosa de se ver. Minha única crítica vai para a resolução que achei um pouco apressada e bagunçada comparada com o resto do filme, mas funciona. Vale muito a pena!
Lembranças de um Verão
3.8 138 Assista AgoraTenho um carinho por esse filme. Vi quando era novo e adorei. Hoje, depois de 3 anos estudando cinema, continuo gostando e continuo tendo carinho por ele, embora tenha notado algumas pequenas falhas, mas que são compensadas por outras camadas do filme que só fui perceber na vida adulta.
Senti falta de:
1) Mostrar a amizade de Bob e do menino da luva, já que esse foi o gancho do início do filme e acabou ficando esquecido
2) Tornar a aproximação de Bob e Ted mais gradual, menos saltada.
As partes com o Bob adulto (início e fim) são descartáveis. O filme funcionaria muito bem sem isso, porém não atrapalha. Faz sentido com a ideia de uma infância que se foi e tal
Projeto Flórida
4.1 1,0KUm filme quase documental sobre uma mãe e uma filha inconsequentes que tentam levar a vida de forma leve sem se darem conta dos problemas que causam para os outros e para si.
O Terceiro Olho
3.0 143Gente, sinceramente não entendo porque vocês acharam o filme confuso.
Talvez porque desde cedo eu seja familiarizado nesse assunto de "vida após a morte". O filme fala sobre uma realidade criada pela mente do protagonista que não aceitava sua própria morte. Para quem é familiarizado no assunto, pessoas que não aceitam a morte ficam "revivendo" a experiência por muitos anos até aceitarem. Mas não é como Efeito Borboleta que é literal, é um reviver através das memórias apenas. O irmão dele e outras pessoas tentam deixar pistas para ele, mas o problema é que ele não consegue distinguir o que é memória do que é criação dele e do que é realidade.
Segundo doutrinas espiritualistas, não se pode chegar e dizer a alguém nessa condição "VOCÊ MORREU!". É como numa sessão psiquiátrica. A intenção é fazer a própria pessoa tomar consciência. No final, o irmão dele continua tentando, mas ele se nega novamente.
Acordar para a Vida
4.3 789Os questionamentos são interessantes, mas funcionaria mais como um texto escrito do que uma obra audiovisual, especialmente porque não há estória. A estória serve ao texto, quando devia ser o contrário.
Visualmente também dá muita agonia aquela câmera tremida e uma animação que reforça esse tremor. Teve cenas que eu nem consegui me concentrar no que era dito devido ao estranhamento da imagem. E não é pela quantidade de informação porque eu assisti à série animada The Midnight Gospel onde as discussões são muito mais profundas e tem MUITO mais informação rolando, mas é bem dirigido. Além disso, lá existe uma estória e acontecimentos que reforçam na prática o que é dito, ao invés de uma animações baratas e literais que não aprofundam em nada o que no caso de Waking Life. Alguém diz "eu preferia ser uma engrenagem numa maquina" e literalmente vemos uma engrenagem no lugar da cabeça dele. kkk
No fim das contas, mesmo se fosse me formato de texto apenas, as discussões são superficiais. O único momento que realmente achei mais profundo foi o dos caras falando sobre cinema, como a arte é uma forma de endeusar o que é visto. Que, se numa conversa, um achasse que o outro é uma divindade, ele se calaria diante dela. Aquilo achei incrível. O resto achei legal, mas nada surpreendente.
Malcolm & Marie
3.5 314 Assista AgoraO sonho de todo roteirista é escrever aquele filme incrível de uma única locação, poucos atores e que se passa em apenas 2 horas de estória. Infelizmente esse é um filme mediano, com poucas cenas realmente interessantes e muitas cenas exageradas, com reações exageradas e pouca motivação.
As atuações aqui são desproporcionais e superficiais especialmente quando se trata de momentos que deveriam ser comoventes, porém como os dois atores estavam no mesmo lugar de intensidade, suspeito que a culpa seja mais da direção do que dos atores. É só ver as escolhas dele quando Malcolm tem que demonstrar felicidade e é uma felicidade exagerada, depois tem que mostrar fúria mesmo não havendo construção no roteiro para isso. Bem, se essa fúria fosse curta, seria passável, mas como o roteiro dedica tanto tempo nela, tornou-se um peso chato e irritante para o filme.
Falaram da fotografia, mas nem ela se salva diante das outras questões. É que as pessoas costumam idolatrar fotografia preto e branco, talvez por uma "nostalgia" dos filmes clássicos, mas posso dizer que a fotografia é apenas OK, com um ou outro plano interessante, mas com algumas quebras de eixo, luzes estouradas, falta de textura que deveria ser potencializada num filme preto e branco, entre outras questões.
Marighella
3.9 1,1K Assista Agora"Marighella" é um filme bem produzido e conduzido com urgência e violência gráfica, lembrando "Tropa de Elite". Wagner Moura fez um bom trabalho em sua estreia como diretor, extraindo ótimas atuações dos atores e criando cenas poderosas. No entanto, o roteiro deixa a desejar, faltando aprofundamento, embasamento e humanidade nos diálogos e na construção dos personagens, que são caricatos e superficiais. Embora a estória seja compreensível, falta clareza nos objetivos específicos de Marighella, a estratégia dele, como o povo se encaixa na história e como funciona a censura. O filme vende mais o Wagner Moura como diretor do que como roteirista. No geral, é uma boa obra cinematográfica, mas tem espaço para melhorias.
Buscando...
4.0 1,3K Assista AgoraMuito bem dirigido e muito bem contado. Ritmo excelente, trilha musical excelente também. Apenas o finalzinho poderia ter acabado um pouco antes pra ficar perfeito. Teve gente criticando o formato, mas eu achei excelente a criatividade em como eles usam os recursos das telas e do computador para expôr passagem de tempo, informações, tudo sem ficar expositivo (como disse, exceto o finalzinho)
Um Sonho de Liberdade
4.6 2,4K Assista AgoraO filme é bem dirigido, roteiro bem conduzido, no entanto a romantização que é construída em torno do personagem e da própria prisão me incomodou um pouco. Além disso, esse tipo de estória "meu amigo preto que me serve" como Green Book é bem ultrapassada. O cinema está repleto desse tipo de estória, e como a academia é formada 99% de brancos, filmes como esse ganham maior destaque do que deveria. O próprio roteiro nomeia Red como "o que cara que consegue as coisas", e parece que "se apaixona" por Andy à primeira vista e só fala e pensa nele até o fim do filme, mas não há argumentos para essa "paixão", a não ser para dar maior destaque a Andy, o branco herói imaculado da estória. O preto da estória, mesmo dentro da prisão, é o contrabandista. Enfim, espero que um dia o cinema supere esse tipo de estória onde o preto só serve para dar maior destaque ao branco.
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraDurante a Tormenta quer ser um monte de estilo de filme acaba não sendo nenhum. Fala de viagem no tempo mas deixa pano de fundo. Quer ser filme criminal, mas tbm vira pano de fundo. Quer ser policial, mas tem argumentos fracos. Aí vira romance, filme sobre destino, drama familiar, protagonista que parece ter enlouquecido. Enfim... Nada com nada. MAAAAAS prende a atenção e tem pontos positivos na estória, na premissa. Pena que não se sustenta
Pior ponto da estória pra mim é:
Quando Nico (o investigador) dá um endereço para a protagonista encontrar Nico (que é ele), só pra ela dar um monte de volta e chegar de novo nele kkkk faz sentido nenhum. Era só ele dizer "Ah ta procurando Nico? Sou eu" Ele não tinha motivo nenhum pra esconder, afinal nao tava fugindo da polícia nem nada kkkk
O Congresso Futurista
3.9 295 Assista AgoraBasicamente o filme se resume a um monte de homens levando ela de lá pra cá, dizendo o que ela tem que fazer e ela repetindo frases tipo "Como assim?" "por que?" "Me explica" só pra que esses homens continuem a falar mais. O roteirista, machista que é, acha romântico obsessividade e constrói a personagem basicamente como uma tapada, sem opinião própria ou capacidade de dedução.
Fora isso, o roteiro também é muito mal construído. As motivações, as relações, personagens que parecem que leram o roteiro, uma protagonista passiva que é empurrada pra tudo quanto é canto, relações forçadas de causa e efeito, discursos rasos etc
Único ponto positivo ao meu ver é a estética da animação, que meio que tenta copiar algumas animações do estúdio Ghibli.
Isso Não é um Enterro, É Uma Ressurreição
4.1 17 Assista AgoraMe lembrou muito os filmes de Tarkovsky, mesma qualidade, mesmo ritmo, fotografia, clima etc, porém feito no Sul da África ;)
Uma Noite em Miami...
3.7 189 Assista AgoraÉ tão bom ver um filme nesse nível. Tudo nesse filme é muito bem feito, sem exageros, sem pesar a mão. O filme não é sobre a carreira desses personagens, caso algum desavisado procure por isso. Ele é sobre uma noite de conversa entre eles que serviu como divisor de águas na forma de cada um pensar sobre si, sobre sua carreira, sobre ser negro etc. Só tenho elogios. Me lembra muito a qualidade de "12 Homens E Uma Sentença", tanto em termos de roteiro quanto atuação, direção, montagem, pois é tudo muito fluído.
Embora seja um filme muito sustentado pelos diálogos, o roteiro e a direção têm um timming muito preciso: sabem dar tensão quando é preciso, sabem valorizar os momentos de silêncio ou os momentos de baixa tensão, o que é expresso também na direção e na montagem. Perfeito! E é bom também ver que todos ali tem seu espaço, não é apenas um blábláblá. É mto ver como cada um argumenta e cada um tem sua razão ali. É mt equilibrado
Mank
3.2 462 Assista AgoraPra quem queria entender a mente de Mank e as referências criativas de Cidadão Kane, esqueça.
Pra quem não conhece a história de Mank, e bem provavelmente pra quem conhece também, o filme é muuuuuuuuuuito chato. Senti que eu tava lendo um relatório técnico e confuso dos encontros que Mank teve. As próprias conversas e cenas são tediosas, alguns personagens são apresentados de forma muito artificial parecendo uma propaganda. A trilha musical alegrezinha tenta trazer uma dinamicidade inexistente no filme e acaba mais distraindo que qualquer outra coisa. Os personagens são chatos e as únicas raras falas interessantes do protagonista são duas citações que ele faz de algum pensador q nem lembro mais.
Não há uma linha narrativa fluída no roteiro, é um vai e vem que não chega a lugar algum, que corta pra flashbacks deliberadamente sem que haja qualquer relação com a cena anterior. Não sei outras pessoas, mas eu me perdi no tempo ali várias vezes.
Agora nada supera a montagem, que conseguiu ser pior e mais frenética que a montagem de Bohemian Rhapsody: na cena que tem um monte de gente num grande salão, parece que o montador cheirou pó dentro de uma xícara de café. Me deu até dor de cabeça a quantidade de cortes, era 1 a cada meio segundo, sem ritmo nenhum, sem progressão. Ai, só de lembrar me dá agonia.
Não consigo entender como levou tantas indicações. A direção tava completamente bêbada sem saber como dirigir o olhar do espectador, e a fotografia que é boa, mas mesmo assim não dialoga com a estória. Coloca personagens neutros com o rosto totalmente nas sombras... enfim, pra mim foi uma experiência bem ruim. Tem filme que eu não gosto mas que pelo menos tem uma cena que salva e marca o filme, mas esse aqui não teve nenhuma.
O Preço da Verdade
3.9 208 Assista AgoraO filme não impressiona, mas faz o dever de casa. Roteiro e direção bem feijão com arroz. Tava lendo outro dia o roteiro de uma peça de 1882 que é bem parecido com isso, chamado Um Inimigo do Povo. Lá, temos a esposa do protagonista que faz o mesmo papel de Anne Hathaway basicamente: a esposa que só tá ali pra reclamar. É triste que vários séculos depois, nesse filme, o roteirista coloque o papel da esposa igual a uma personagem do século 18. Quanto a Mark Ruffalo, faz aquela atuação melancólica e não muda em nenhuma cena. Talvez Matthew McConaughey poderia ter dado mais vida ao personagem.
A Voz Suprema do Blues
3.5 540 Assista AgoraBelas atuações, belo figurino, mas um roteiro proliiiiixo que dói. Não há um silêncio sequer no filme. E se tratando de um filme sobre músico, ele se utiliza muito pouco dessa arte. Todos os personagem parecem tem uma necessidade de falar o tempo todo e falar MUITO. Cansa. E a forma como o roteiro constrói principalmente o final é bem anti-climático. Vale a pena só pra ver a atuação de Chadwick