Quase sempre esqueço de marcar os filmes no filmow...Ontem, tive a oportunidade de assistir ao A dama do cine Shanghai, do diretor Guilherme de Alemeida Prado e saí da sessão estupefata com a aula de cinema, com a segurança na direção do filme e dos atores e fui lembrada de que eu já havia assistido ao Onde andará Dulce Veiga? do mesmo diretor. Sim, este filme é um filme bom, novamente o noir, fotografia bonita...mas, como é uma adaptação de obra literária, tende a dividir opiniões. Mas, impressionada mesmo é com "A dama..." e querendo muito ver os outros dele.
Perfeito. Fotografia, som, direção de atores, referências mil a bastantes filmes. Metalinguístico do começo ao fim sem ser massante...Enigmático, charmoso. Um clássico do cinema nacional!
A ideia é boa. O texto poderia ser melhor. Porém, se a direção de atores fosse fodona, aí sim a coisa funcionaria bem. A guria é ruim, apesar de eu concordar que há verossimilhança (inclusive na chatice e na pretensão da moiçola) com "o mundo real", já que ela faz parte de uma "fábula sobre a juventude", de uma "história de super-heróis"...
Ainda estou tentando me deixar ser convencida de que esse filme se propõe a ser um "retrato" da juventude contemporânea francesa (e do mundo todo). Vazia, sem nexo, apática. Ela não envelhece porque ela não vive. Os personagens não têm ânimo. O carinha viaja pela América Latina, volta fotógrafo e NÃO muda o seu olhar. definitivamente: não gosto desse filme. Fato.
A primeira história emociona e é muitíssimo pertinente para a proposta em pauta. O filme é lindo. Depois, as outras histórias decaem como que numa ordem sinistra: o tempo avança, a coisa fica pior. Estranho isso. A última história é péssima. Normatização para o enredo e as cores e as musiquinhas para envolver perigosamente o espectador - a edição, pra mim, tenta emocionar a partir de manipulações clicherosas... :~
Santo Antônio pequenino, amansador de burro brabo...rsrsrsrsrsrs. Filmaço bonito de se ver e e se sentir. Para além de qualquer método de ensino/aprendizagem que funcione, o enredo mostra a indivdualidade de cada um e o quanto issod eve ser respeitado, além de que:para lá do método, quando há amor, a coisa tende a funcionar melhor. Amor sem cegueira. Dos que curam e não dos piedosos que estragam. Filme bom para se discutir aquisição da linguagem também. E mais uma vez, vejo neste filme, esquizofrenias mais aceitas e outras não. Porque a figura do "capitão", venhamos e convenhamos, é de uma loucura ímpar. Vale vê-lo não apenas por conta do enredo e do contexto, mas também pela fotografia e pelas interpretações (que em alguns momentos, fazem arrepiar).
Lembrei-me, listando os filmes que já vi, do debate que rolou com o José Padilha, depois da sessão no Festival É Tudo Verdade, em São Paulo. Não sabia, à época, diferenciar o choque do filme ou algumas falas e pensamentos cristalizados de pessoas do sudeste acerca de pessoas do nordeste. Para mim, o debate foi extremamente significativo.
Fiquei sem compreender boa parte do filme. Com a sinopse lida agora no filmow e depois do comentário pós-filme de um amigo meu, talvez reassistindo-o eu possa juntar pedaços para uma possível compreensão. Mas, posso falar que o que salva o filme, para mim, é a fotografia. No mais, nem mesmo para compreendê-lo de fato eu o reassistiria. A menos que fosse a trabalho.
O filme é plasticamente belo, a montagem interessantíssima e o terror psicológico mexe com a gente até quase o final do filme que termina de forma "mais ou menos", porém eu não deixaria de dizer que o filme é bom e que é genial em abordar a questão da morte e da culpa. A direção de atores é também excelente. Consegui ficar assustada e irriquieta durante toda a sessão.
Boníssimo. Divertido e apaixonante: uma declaração de amor à arte de fazer música e à criatividade e uma apologia aos sons cotidianos, além da crença de que sim, os sons eles contam tudo!
E na pauta as relações políticas com o Oriente e a visão ocidental deste lugar...não se pode esquecer as pitadas de ironia ali escondida no mais puro sarcasmo colorido e que faz rir, mas que não deixa de fazer pensar também!
Morri de rir o tempo inteiro. Almodóvr fantasticamente hilário neste filme que fala de amor também de maneira bonita e inusitada. Figurino e cenário aberrantes, diálogos alucinados, ritmo frenético e inteligente. Piadas inteligentíssimas e os nomes dos personagens altamente sugestivos. Pirei vendo este filme do ano de meu nascimento! ;)
Eu também sinto eletricidades ao ver este filme! Quantas boas metáforas, fotografia linda, Biel Durán um fofo, Mathilda May sensualíssima...Bigas Luna e seu modo nada usual de falar sobre o amor, sobre o desejo, sobre as relações afetuosas entre as pessoas! Porque ousadia pouca, meu bem, é bobagem!
Fellini orquestra uma trupe de profissionais atrapalhadamente engraçados e trágicos ao mesmo tempo e documenta a história dos clowns viajando pela Itália e pela França, encontrando ex-palhaços já velhos, esquecidos, cheios de saudades do circo e de si mesmos. A vida, no documentário, é transformada em um picadeiro: amores, amigos, disputas, dores...em cenários plasticamente belos, encantadores, coloridos e que, paradoxalmente, fazem emergir a ambiguidade humana. Um filme belo.
Agora eu já posso responder a uma pergunta que me fizeram há um tempo: "Por que você gosta tanto de cinema? E por que cinema?". Gosto de cinema por conta de filmes como este! Perfeito tecnicamente, perfeito ideologicamente, referências de cinema e de literatura perfeitas! Perfeito, perfeito e belíssimo!
O machismo dele incomoda, a sensibilidade-chantagista dela incomoda, a sensação de que eles estão "fazendo nada" em um cenário inóspito incomoda, as soluções que eles encontram para os problemas que surgem incomodam (eles riem, choram, batem portas, trocam tapas ou fazem sexo - empurrando para longe a possibilidade de se compreenderem) e de incômodo em incômodo eu fui sendo levada a compreender que a iminência de perigo nas ligações afetivo-sexuais entre as pessoas não é coisa tão impossível de acontecer. O grande susto que o filme me deu foi o tal do acontecimento terrível que interrompe a viagem do casal. Eles estavam ferrados, embolados na relação, isolados dos outros e da realidade, o jogo que jogavam os dois era perverso para os dois - quantas vezes vi elaboração de jogo similar no cinema? Em Cenas de um casamento, o casal Peter e Katarina vivem agressões e ligações perversas que inclusive se desenvolvem em um filme chamado A vida das marionetes; Mimi e Oscar em Lua de fel, de Polanski vivem igual perversidade erótico-sentimental, assim como o casal de Quem tem medo de Virgínia Woolf e tantos outros ...mas, o que acontece neste 29 palms vem de fora, parece mais um castigo, uma consequência sim, mas vinda do que é externo ao casal que até então era tão e somente dois e isolados. Talvez seja necessário assisti-lo uma outra vez para que eu possa compreender melhor. O fato é que o filme é bem dirigido, captura a pessoa. E eu, eu fui conduzida da maneira que o diretor quis: compreendi a situação de David e Katia no compasso que o diretor deseja para seus espectadores: embolada no ritmo cíclico-angustiante-insólito das ações dos dois até ser impactada pela interrupção e ficar sem saber o que pensar/falar depois da sessão.
Comédia esse filme não é. Não ri um segundo sequer. O filme é perfeito. Em todos os aspectos. Estou aqui ainda estarrecida e emocionada ao extremo: acabei de vê-lo. Perfeito.
Fassbinder sempre coloca um dedão na ferida e mexe com todos os sentidos. O incômodo de Martha me aflige na garganta e quando ela grita, me fere os ouvidos! Impressionante! o.O
Onde Andará Dulce Veiga?
2.7 79Quase sempre esqueço de marcar os filmes no filmow...Ontem, tive a oportunidade de assistir ao A dama do cine Shanghai, do diretor Guilherme de Alemeida Prado e saí da sessão estupefata com a aula de cinema, com a segurança na direção do filme e dos atores e fui lembrada de que eu já havia assistido ao Onde andará Dulce Veiga? do mesmo diretor. Sim, este filme é um filme bom, novamente o noir, fotografia bonita...mas, como é uma adaptação de obra literária, tende a dividir opiniões. Mas, impressionada mesmo é com "A dama..." e querendo muito ver os outros dele.
A Dama do Cine Shanghai
3.4 31Perfeito. Fotografia, som, direção de atores, referências mil a bastantes filmes. Metalinguístico do começo ao fim sem ser massante...Enigmático, charmoso. Um clássico do cinema nacional!
A Alegria
2.7 43A ideia é boa. O texto poderia ser melhor. Porém, se a direção de atores fosse fodona, aí sim a coisa funcionaria bem. A guria é ruim, apesar de eu concordar que há verossimilhança (inclusive na chatice e na pretensão da moiçola) com "o mundo real", já que ela faz parte de uma "fábula sobre a juventude", de uma "história de super-heróis"...
Adeus, Primeiro Amor
3.3 191Ainda estou tentando me deixar ser convencida de que esse filme se propõe a ser um "retrato" da juventude contemporânea francesa (e do mundo todo). Vazia, sem nexo, apática. Ela não envelhece porque ela não vive. Os personagens não têm ânimo. O carinha viaja pela América Latina, volta fotógrafo e NÃO muda o seu olhar. definitivamente: não gosto desse filme. Fato.
Desejo Proibido
3.7 124A primeira história emociona e é muitíssimo pertinente para a proposta em pauta. O filme é lindo. Depois, as outras histórias decaem como que numa ordem sinistra: o tempo avança, a coisa fica pior. Estranho isso. A última história é péssima. Normatização para o enredo e as cores e as musiquinhas para envolver perigosamente o espectador - a edição, pra mim, tenta emocionar a partir de manipulações clicherosas... :~
Mônica e a Sereia do Rio
3.5 73Pura psicodelia! ;)
O Milagre de Anne Sullivan
4.4 217 Assista AgoraSanto Antônio pequenino, amansador de burro brabo...rsrsrsrsrsrs. Filmaço bonito de se ver e e se sentir. Para além de qualquer método de ensino/aprendizagem que funcione, o enredo mostra a indivdualidade de cada um e o quanto issod eve ser respeitado, além de que:para lá do método, quando há amor, a coisa tende a funcionar melhor. Amor sem cegueira. Dos que curam e não dos piedosos que estragam. Filme bom para se discutir aquisição da linguagem também. E mais uma vez, vejo neste filme, esquizofrenias mais aceitas e outras não. Porque a figura do "capitão", venhamos e convenhamos, é de uma loucura ímpar. Vale vê-lo não apenas por conta do enredo e do contexto, mas também pela fotografia e pelas interpretações (que em alguns momentos, fazem arrepiar).
Garapa
4.3 153 Assista AgoraLembrei-me, listando os filmes que já vi, do debate que rolou com o José Padilha, depois da sessão no Festival É Tudo Verdade, em São Paulo. Não sabia, à época, diferenciar o choque do filme ou algumas falas e pensamentos cristalizados de pessoas do sudeste acerca de pessoas do nordeste. Para mim, o debate foi extremamente significativo.
A Mulher que Inventou o Amor
3.9 26Pura e simplesmente genial.
Minha Felicidade
3.4 45Fiquei sem compreender boa parte do filme. Com a sinopse lida agora no filmow e depois do comentário pós-filme de um amigo meu, talvez reassistindo-o eu possa juntar pedaços para uma possível compreensão. Mas, posso falar que o que salva o filme, para mim, é a fotografia. No mais, nem mesmo para compreendê-lo de fato eu o reassistiria. A menos que fosse a trabalho.
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 209O filme é plasticamente belo, a montagem interessantíssima e o terror psicológico mexe com a gente até quase o final do filme que termina de forma "mais ou menos", porém eu não deixaria de dizer que o filme é bom e que é genial em abordar a questão da morte e da culpa. A direção de atores é também excelente. Consegui ficar assustada e irriquieta durante toda a sessão.
O Diabo a Quatro
3.8 88 Assista AgoraAnarquia do começo ao fim! Boníssimo!
O Som do Ruído
3.8 70Boníssimo. Divertido e apaixonante: uma declaração de amor à arte de fazer música e à criatividade e uma apologia aos sons cotidianos, além da crença de que sim, os sons eles contam tudo!
Labirinto de Paixões
3.4 108E na pauta as relações políticas com o Oriente e a visão ocidental deste lugar...não se pode esquecer as pitadas de ironia ali escondida no mais puro sarcasmo colorido e que faz rir, mas que não deixa de fazer pensar também!
Labirinto de Paixões
3.4 108Morri de rir o tempo inteiro. Almodóvr fantasticamente hilário neste filme que fala de amor também de maneira bonita e inusitada. Figurino e cenário aberrantes, diálogos alucinados, ritmo frenético e inteligente. Piadas inteligentíssimas e os nomes dos personagens altamente sugestivos. Pirei vendo este filme do ano de meu nascimento! ;)
A Teta e a Lua
3.6 25Eu também sinto eletricidades ao ver este filme! Quantas boas metáforas, fotografia linda, Biel Durán um fofo, Mathilda May sensualíssima...Bigas Luna e seu modo nada usual de falar sobre o amor, sobre o desejo, sobre as relações afetuosas entre as pessoas! Porque ousadia pouca, meu bem, é bobagem!
Para limpar lágrimas, Paulo Leminski
4.7 7Fotogramas belíssimos. Recortes de textos providenciais. Experimentalismo na medida certa. Um filme-homenagem apaixonado, eu diria.
Os Palhaços
4.0 34 Assista AgoraFellini orquestra uma trupe de profissionais atrapalhadamente engraçados e trágicos ao mesmo tempo e documenta a história dos clowns viajando pela Itália e pela França, encontrando ex-palhaços já velhos, esquecidos, cheios de saudades do circo e de si mesmos. A vida, no documentário, é transformada em um picadeiro: amores, amigos, disputas, dores...em cenários plasticamente belos, encantadores, coloridos e que, paradoxalmente, fazem emergir a ambiguidade humana. Um filme belo.
Lista de Espera
4.1 18Agora eu já posso responder a uma pergunta que me fizeram há um tempo: "Por que você gosta tanto de cinema? E por que cinema?". Gosto de cinema por conta de filmes como este! Perfeito tecnicamente, perfeito ideologicamente, referências de cinema e de literatura perfeitas! Perfeito, perfeito e belíssimo!
29 Palms
3.1 34O machismo dele incomoda, a sensibilidade-chantagista dela incomoda, a sensação de que eles estão "fazendo nada" em um cenário inóspito incomoda, as soluções que eles encontram para os problemas que surgem incomodam (eles riem, choram, batem portas, trocam tapas ou fazem sexo - empurrando para longe a possibilidade de se compreenderem) e de incômodo em incômodo eu fui sendo levada a compreender que a iminência de perigo nas ligações afetivo-sexuais entre as pessoas não é coisa tão impossível de acontecer. O grande susto que o filme me deu foi o tal do acontecimento terrível que interrompe a viagem do casal. Eles estavam ferrados, embolados na relação, isolados dos outros e da realidade, o jogo que jogavam os dois era perverso para os dois - quantas vezes vi elaboração de jogo similar no cinema? Em Cenas de um casamento, o casal Peter e Katarina vivem agressões e ligações perversas que inclusive se desenvolvem em um filme chamado A vida das marionetes; Mimi e Oscar em Lua de fel, de Polanski vivem igual perversidade erótico-sentimental, assim como o casal de Quem tem medo de Virgínia Woolf e tantos outros ...mas, o que acontece neste 29 palms vem de fora, parece mais um castigo, uma consequência sim, mas vinda do que é externo ao casal que até então era tão e somente dois e isolados. Talvez seja necessário assisti-lo uma outra vez para que eu possa compreender melhor. O fato é que o filme é bem dirigido, captura a pessoa. E eu, eu fui conduzida da maneira que o diretor quis: compreendi a situação de David e Katia no compasso que o diretor deseja para seus espectadores: embolada no ritmo cíclico-angustiante-insólito das ações dos dois até ser impactada pela interrupção e ficar sem saber o que pensar/falar depois da sessão.
O Casamento de Muriel
3.8 238Comédia esse filme não é. Não ri um segundo sequer. O filme é perfeito. Em todos os aspectos. Estou aqui ainda estarrecida e emocionada ao extremo: acabei de vê-lo. Perfeito.
Parente é Serpente
3.9 92Crítico do começo ao fim!
Parente é Serpente
3.9 92De cara com esse filme! Muito bom!
Martha
4.0 24Fassbinder sempre coloca um dedão na ferida e mexe com todos os sentidos. O incômodo de Martha me aflige na garganta e quando ela grita, me fere os ouvidos! Impressionante! o.O