Um ótimo documentário para atores e para interessados pelo campo do trabalho do ator: "Jim & Andy". Muito bom para pensar sobre as fronteiras entre arte e vida, importante também para refletir sobre os limites entre identidade, caos, imersão, responsabilidade e ética no trabalho do ator. Assim como os estatutos e instituições que as próprias estruturas de mercado de arte criam como prisões e armadilhas para que o artista seja capturado e torne-se refém das expectativas do público e do fetiche pela inovação e a cobrança por mostrar sempre algo diferente a cada nova invenção e a cada novo trabalho. Exigência essa que tem a ver com o ideal de superação implementado pelos projetos de desenvolvimento e progresso. Exigir de um ator sempre o novo de si a cada trabalho é também reproduzir a cobrança excessiva pelo querer-sempre-mais-do que-antes-era-o-mesmo e acaba por reproduzir a lógica econômica que nos faz querer comprar a cada ano os iphones inovadores. Kazuo Ohno passou a vida inteira investigando algo sem a obrigação de ser novo a cada trabalho e nem por isso deixou de ser maravilhoso e potente. Destaco aqui também o trabalho do ator Jorge Loredo, que durante sua trajetória explorou as várias facetas do seu "zé bonitinho", incluindo o personagem "Aranha" do filme "Sem essa Aranha", de Rogério Sganzerla, onde ele desenvolve, ao meu ver, uma persona outra de Zé Bonitinho e é lindo de ver.
Para além disso, o documentário também propõe um debate importante sobre até onde um ator pode ir nas suas investigações. Para pensar sobre ética no trabalho do ator, contrapondo a figura do artista-gênio-Deus que tudo pode pela sua arte.
O filme é bom, mas não posso deixar de falar sobre o machismo que permeia a obra, assim como o beijo roubado que no filme soa como algo delicado e inocente, mas com as discussões atuais sabemos o quanto essa imagem remete a uma ideia de abuso do corpo do mulher enquanto está inconsciente. Kate Hudson é um respiro de empoderamento do meio desse universo do macho branco.
Apenas o que posso dizer agora enquanto penso e processo: esse filme é de uma importância multidimensional. Dessas obras que se espalham e se derramam pelas bordas do que não sabemos ser a existência humana.
Em arte penso a realidade como escolha de construção. Construímos a realidade que desejamos. Me incomoda comentários que apresentam esse filme como uma fidelidade ao que acontece na realidade. Me incomoda que as mulheres desse filme não tenham voz e que a direção tenha decidido por apresentar mulheres que são facilmente levadas pelo papo e pela conversa. Me incomoda a realidade de mulher apresentada nesse filme. Não vejo a realidade dessa maneira. Não me agrada filmes que apresentam a mulher dessa forma, num lugar de fragilidade e facilmente dominadas por homens escrotos. Não vejo motivos para reforçar a existência dessa realidade. Me interessa filmes que apresentam outras realidades existentes de formas de reagir ao que está posto. Podemos escolher as realidades que desejamos construir no processo fílmico. E a forma que desejamos apresentá-las.
A realidade é pesada, mas o cinema pode oferecer saídas. Mustang é um filme duro, mas foge da chatice do final que não mostra caminhos possíveis, dessa maneira aponta para um futuro com inserção de diferença.
Muito bonito ver uma das sagas mais importantes da história do cinema sendo protagonizada por uma mulher e um negro. Uma saga que teve como protagonistas dos seis filmes anteriores atores brancos e loiros.
Para além das questões sobre poder presentes na narrativa. Minorias ocupando o lugar de protagonistas me chega como um deleite.
Daisy Ridley empunhando um sabre de luz. Essa imagem é forte e tem poder de revolução.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraQue coisa mais linda esse filme! Nossa! Foda!
Jim & Andy: The Great Beyond
4.2 162 Assista AgoraUm ótimo documentário para atores e para interessados pelo campo do trabalho do ator: "Jim & Andy". Muito bom para pensar sobre as fronteiras entre arte e vida, importante também para refletir sobre os limites entre identidade, caos, imersão, responsabilidade e ética no trabalho do ator. Assim como os estatutos e instituições que as próprias estruturas de mercado de arte criam como prisões e armadilhas para que o artista seja capturado e torne-se refém das expectativas do público e do fetiche pela inovação e a cobrança por mostrar sempre algo diferente a cada nova invenção e a cada novo trabalho. Exigência essa que tem a ver com o ideal de superação implementado pelos projetos de desenvolvimento e progresso. Exigir de um ator sempre o novo de si a cada trabalho é também reproduzir a cobrança excessiva pelo querer-sempre-mais-do que-antes-era-o-mesmo e acaba por reproduzir a lógica econômica que nos faz querer comprar a cada ano os iphones inovadores. Kazuo Ohno passou a vida inteira investigando algo sem a obrigação de ser novo a cada trabalho e nem por isso deixou de ser maravilhoso e potente. Destaco aqui também o trabalho do ator Jorge Loredo, que durante sua trajetória explorou as várias facetas do seu "zé bonitinho", incluindo o personagem "Aranha" do filme "Sem essa Aranha", de Rogério Sganzerla, onde ele desenvolve, ao meu ver, uma persona outra de Zé Bonitinho e é lindo de ver.
Para além disso, o documentário também propõe um debate importante sobre até onde um ator pode ir nas suas investigações. Para pensar sobre ética no trabalho do ator, contrapondo a figura do artista-gênio-Deus que tudo pode pela sua arte.
Marcas da Violência
3.8 400 Assista Agoramuito foda! ganhou muito na revisão.
Sinédoque, Nova York
4.0 477obra-prima da década
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraAlguém me explica a participação relâmpago da Michaela Coel de Chewing Gum? Esperando até agora mais cenas dessa maravilhosa.
A Bela da Tarde
4.1 341 Assista Agora"A bela da tarde" é tudo o que "Ninfomaníaca" quis ser e não foi. Buñuel <3 Deneuve <3
Manifesto
3.7 116 Assista AgoraFODA
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista AgoraO filme é bom, mas não posso deixar de falar sobre o machismo que permeia a obra, assim como o beijo roubado que no filme soa como algo delicado e inocente, mas com as discussões atuais sabemos o quanto essa imagem remete a uma ideia de abuso do corpo do mulher enquanto está inconsciente. Kate Hudson é um respiro de empoderamento do meio desse universo do macho branco.
A Conspiração da Vaca: O Segredo da Sustentabilidade
4.4 212 Assista AgoraExtremamente necessário e corajoso!
A Atração
3.2 65Alguém sabe onde encontro legendas em português desse filme?
Terra em Transe
4.1 286 Assista AgoraApenas o que posso dizer agora enquanto penso e processo: esse filme é de uma importância multidimensional. Dessas obras que se espalham e se derramam pelas bordas do que não sabemos ser a existência humana.
Kids
3.5 665Em arte penso a realidade como escolha de construção. Construímos a realidade que desejamos. Me incomoda comentários que apresentam esse filme como uma fidelidade ao que acontece na realidade. Me incomoda que as mulheres desse filme não tenham voz e que a direção tenha decidido por apresentar mulheres que são facilmente levadas pelo papo e pela conversa. Me incomoda a realidade de mulher apresentada nesse filme. Não vejo a realidade dessa maneira. Não me agrada filmes que apresentam a mulher dessa forma, num lugar de fragilidade e facilmente dominadas por homens escrotos. Não vejo motivos para reforçar a existência dessa realidade. Me interessa filmes que apresentam outras realidades existentes de formas de reagir ao que está posto. Podemos escolher as realidades que desejamos construir no processo fílmico. E a forma que desejamos apresentá-las.
Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois
2.6 42 Assista AgoraAncestralidade das vísceras!
Cinco Graças
4.3 329 Assista AgoraA realidade é pesada, mas o cinema pode oferecer saídas.
Mustang é um filme duro, mas foge da chatice do final que não mostra caminhos possíveis, dessa maneira aponta para um futuro com inserção de diferença.
Podemos sim. Somos fortes.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraTranscendental!
Boi Neon
3.6 461Ai, Cazarré...
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraJennifer Jason Leigh <3
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraEu gostaria de ter continuado acompanhando a vida das duas. Para sempre. Envolvimento de fazer imergir no espaço-tempo do filme. Arrebatador.
Velvet Goldmine
3.9 333 Assista Agora"the curves of your lips rewrite history"
Fúria Sanguinária
4.2 56 Assista AgoraJames Cagney no topo do mundo.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraMuito bonito ver uma das sagas mais importantes da história do cinema sendo protagonizada por uma mulher e um negro. Uma saga que teve como protagonistas dos seis filmes anteriores atores brancos e loiros.
Para além das questões sobre poder presentes na narrativa. Minorias ocupando o lugar de protagonistas me chega como um deleite.
Daisy Ridley empunhando um sabre de luz.
Essa imagem é forte e tem poder de revolução.
Gigi
3.3 113 Assista AgoraFilme de conteúdo extremamente machista e que oferece poucas saídas para a condição de opressão da mulher. Além de uma apologia direita à pedofilia.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraCinema necessário.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraLindo, lindo!