Priscila Bulbarelli

Mais uma vez o Brasil surpreendendo... esse ano só foi coisa boa!!

'De onde eu te vejo' é poético, é suave, é engraçado, é sobre aquele amor puro e verdadeiro que só percebe o quanto é amor quando distancia e dá um tempo pra respirar. Essa sem dúvida foi uma das melhores histórias de amor que eu vi em formato de cinema, sem muitos clichês e com muitas verdades ditas ou sentidas.

Amei demais esse filme!

"FILME BRASILEIRO É RUIM!"

Elena só queria que a dor parasse, que a tristeza fosse embora e deixasse o coração.
Elena é poesia, é amor, é dor, é tristeza, é vida, é um reflexo de nós, é reflexo de si mesma.
Elena trás a tona todo o sentimento de quem já quis parar a dor, de quem também perdeu alguém tentando fazer a dor parar por conta própria, tentando descansar, assim Petra é um pouco de nós, alguém tentando entender os motivos da vida, ou, talvez, esteja equivocada, talvez Petra só quis ser doce, suave, sensível, só quis dedicar sua arte para Elena pra lembrá-la, pra esquecer, pra fazer a dor passar, talvez só foi para curar.
Elena é visceral, é dolorido, é arrebatador... e só pode falar isso com tanta propriedade, quem não costuma se deixar chorar assistindo filmes e quem chorou de soluçar com Elena.

"[...] pouco a pouco as dores viram água, viram memória. As memórias vão com o tempo, se desfazem, mas algumas não encontram consolo, só algum alivio nas pequenas brechas da poesia. Você... é a minha memória inconsolável, feita de pedra e de sombra. E é dela que tudo nasce e dança"

Um filme incrível do começo ao fim. Com um roteiro muito bem construído, uma linda fotografia e edição sensacional.
Esse filme vai além das distopias clássicas e trata também de amor incondicional entre mãe e filho. Achei incrível a forma como "separaram" realidade de fuga/ fantasia e como fizeram essas transições no filme.
Recomendo muito!