Não sei bem o adjetivo certo. Não é exatamente malintencionado. Não é exatamente ignorante. Nem charlatanice define tão bem. Na verdade não é péssimo porque se baseia em um retrato bastante verossímil (falo de Leonardo), mas convenientemente esconde Victor. De uma só, cria simpatia por omissão e denuncia a ignorância da classe mais favorecida perante a menos. Não é simplista. É só profundamente desonesto.
Sem a menor sombra de dúvida o pior filme que vi no cinema em muito tempo. E possivelmente o pior filme que já vi na vida. É um filme-bomba que adentra a sede de Hollywood e tenta explodir todo o espetáculo, para deixar apenas os escombros a glorificar a estética chã do caos e da anti-diversão.
Uma evolução para Snyder depois de A Lenda dos Guardiões. Mas parece muito preocupado com a liberdade, como se fosse mesmo um caso excepcional em Hollywood. Para um novato, certamente é. Mas não deve ter prestado atenção a nenhum filme de Spielberg, Cameron ou até mesmo a O Último Mestre do Ar, de Shyamalan.
Por outro lado, é um sensacional sopro de consciência narrativa quanto às cenas de ação, soltas de amarras racionalistas.
Não sei nem que nota dar para esse filme. Até a cena-chave no terceiro ato, um filme bastante competente, de estética singela - situações cotidianas, dramas triviais, enquadramentos equilibrados, tensões sutis. Um tanto conivente com a crise de Thomas, e só. Mas o que essa conivência se torna quando o filme dá o seu baque é arrepiante. A escolha esdrúxula de costurar uma reconciliação levando tal acontecimento em conta não só dá medo, como também mostra desleixo, já que algo daquele teor ocorre e a agenda redentora não se abala.
Indescritivelmente imbecil e ridiculamente divertido. Achei ótimo. Um senhor coice tanto na fantasia autoconsciente quanto na ação cheia de justificativas.
Bem bacana. E diferente do que disseram ali embaixo, não é só para fãs. Sempre caguei pro cantor e suas músicas e continuo cagando. O diretor entende bem que seu objeto não e só o garoto, mas o universo pop, e como funciona este universo. Então é um estudo consideravelmente interessante sobre o tema. Tendencioso, sem a menor sombra de dúvida. Mas com conhecimento. Muito legal ver interesse por analisar um assunto tão mecanicamente desprezado como o pop.
Bardem é um herói. É incrível como ele luta contra o filme todo, em busca de uma humanidade pura, de sentimentos isolados. Porque nada sobrevive aqui: Uxbal é um monstro para Iñárritu, hipócrita, egocêntrico, omisso, equivocado. Não só por motivos pessoais, mas porque é o mundo que condiciona tal homem. E aí entra a relação exposição-sujeira versus omissão-beleza, essa revolução da feiúra lutando contra a ditadura "ignorante" da beleza, e não sobra basicamente nada: simplismo estético diretamente proporcional à visão de mundo míope do cineasta.
Dá pra ver um bom cineasta latente em Eastwood. Ainda estão longe a fluidez narrativa de um Menina de Ouro ou a força do ritmo despedaçado de um Cartas de Iwo Jima: o meio termo machuca Perversa Paixão. O desespero de não filmar certas cenas do jeito feijão-com-arroz também atrapalham, com momentos de montagem vertiginosa e de câmera frenética que pouco anunciam além de vontade de fazer diferente. Mas são belas atuações, um ótimo uso da trilha, coadjuvantes espetaculares e um clima de desespero muito bem construído. Estou escrevendo depois do baque, mas uma coisa não dá para negar: esse filme quer as últimas consequências. Cru como o começo de Scorsese.
O final tira a responsabilidade pelo clima e por um tratamento menos batido dos clichês vampirescos, já visivelmente desgastados menos de 5 anos depois do Drácula de Tod Browning. Estranhamente, o filme acaba se permitindo uma trama tediosa, e erra feio na execução, sabotando com a montagem uma narrativa já cheia de soluços. Não tem estrutura alguma para sustentar o final criativo. De bom, a solução para revelar o assassino, ingênua, e poucas cenas impressionantes, como a de Luna alada.
É um filme desinteressante, que vai lentamente mostrando como poderia ser algo muito digno se não se ativesse ao assombro e ao teor exótico da trama. Os melhores momentos são quando Tourneur se vale apenas de sombras, imagens, movimentos e gestos para construir o clima. Sempre que tenta ser A Ilha do Dr. Moreau sem o distanciamento fantástico, e sim com uma visão pasmada das terras do Novo Mundo (além de diálogos expositivos muito pobres), afunda na mediocridade.
Fraquíssimo e horrendo. Faz denúncia colocando a repórter como heroína trágica, como se a operação mata-mendigos fosse só o ensaio para a real calamidade.
A Entidade
3.2 2,3K Assista AgoraParece um livro que foi transposto sem adaptação pro cinema.
Capitão América: O Primeiro Vingador
3.5 3,1K Assista AgoraCretiníssimo, como era de se esperar, mas até que tem momentos, cenas e detalhes interessantes. E as cenas de ação não são tão ruins.
Inquietos
3.9 1,6K Assista AgoraÓtimo pra ver em sessão dupla com Harold e Maude (Ensina-me A Viver).
A Guerra Está Declarada
3.7 104Em janeiro já surge como um dos filmes mais essenciais do ano.
O Cavalo de Turim
4.2 211Está passando no Festival Indie em BH, e logo vem para o Indie aqui de São Paulo. E é lindíssimo.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraTá na cara pelos elogios[sic] e pelas críticas[sic] que gente demais foi ver este filme.
O Homem ao Lado
3.6 125 Assista AgoraNão sei bem o adjetivo certo. Não é exatamente malintencionado. Não é exatamente ignorante. Nem charlatanice define tão bem. Na verdade não é péssimo porque se baseia em um retrato bastante verossímil (falo de Leonardo), mas convenientemente esconde Victor. De uma só, cria simpatia por omissão e denuncia a ignorância da classe mais favorecida perante a menos. Não é simplista. É só profundamente desonesto.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
2.8 1,1K Assista AgoraSem a menor sombra de dúvida o pior filme que vi no cinema em muito tempo. E possivelmente o pior filme que já vi na vida. É um filme-bomba que adentra a sede de Hollywood e tenta explodir todo o espetáculo, para deixar apenas os escombros a glorificar a estética chã do caos e da anti-diversão.
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraUma evolução para Snyder depois de A Lenda dos Guardiões. Mas parece muito preocupado com a liberdade, como se fosse mesmo um caso excepcional em Hollywood. Para um novato, certamente é. Mas não deve ter prestado atenção a nenhum filme de Spielberg, Cameron ou até mesmo a O Último Mestre do Ar, de Shyamalan.
Por outro lado, é um sensacional sopro de consciência narrativa quanto às cenas de ação, soltas de amarras racionalistas.
Feliz que Minha Mãe Esteja Viva
3.5 72Não sei nem que nota dar para esse filme. Até a cena-chave no terceiro ato, um filme bastante competente, de estética singela - situações cotidianas, dramas triviais, enquadramentos equilibrados, tensões sutis. Um tanto conivente com a crise de Thomas, e só. Mas o que essa conivência se torna quando o filme dá o seu baque é arrepiante. A escolha esdrúxula de costurar uma reconciliação levando tal acontecimento em conta não só dá medo, como também mostra desleixo, já que algo daquele teor ocorre e a agenda redentora não se abala.
Fúria Sobre Rodas
2.7 661 Assista AgoraIndescritivelmente imbecil e ridiculamente divertido. Achei ótimo. Um senhor coice tanto na fantasia autoconsciente quanto na ação cheia de justificativas.
Justin Bieber: Never Say Never
2.4 1,7K Assista AgoraBem bacana. E diferente do que disseram ali embaixo, não é só para fãs. Sempre caguei pro cantor e suas músicas e continuo cagando. O diretor entende bem que seu objeto não e só o garoto, mas o universo pop, e como funciona este universo. Então é um estudo consideravelmente interessante sobre o tema. Tendencioso, sem a menor sombra de dúvida. Mas com conhecimento. Muito legal ver interesse por analisar um assunto tão mecanicamente desprezado como o pop.
Medos Privados em Lugares Públicos
3.4 123Pior que vi segunda-feira.
Biutiful
4.0 1,1KBardem é um herói. É incrível como ele luta contra o filme todo, em busca de uma humanidade pura, de sentimentos isolados. Porque nada sobrevive aqui: Uxbal é um monstro para Iñárritu, hipócrita, egocêntrico, omisso, equivocado. Não só por motivos pessoais, mas porque é o mundo que condiciona tal homem. E aí entra a relação exposição-sujeira versus omissão-beleza, essa revolução da feiúra lutando contra a ditadura "ignorante" da beleza, e não sobra basicamente nada: simplismo estético diretamente proporcional à visão de mundo míope do cineasta.
Perversa Paixão
3.4 70Dá pra ver um bom cineasta latente em Eastwood. Ainda estão longe a fluidez narrativa de um Menina de Ouro ou a força do ritmo despedaçado de um Cartas de Iwo Jima: o meio termo machuca Perversa Paixão. O desespero de não filmar certas cenas do jeito feijão-com-arroz também atrapalham, com momentos de montagem vertiginosa e de câmera frenética que pouco anunciam além de vontade de fazer diferente. Mas são belas atuações, um ótimo uso da trilha, coadjuvantes espetaculares e um clima de desespero muito bem construído. Estou escrevendo depois do baque, mas uma coisa não dá para negar: esse filme quer as últimas consequências. Cru como o começo de Scorsese.
Nell
3.7 221 Assista AgoraFilminho bem chickabee.
A Marca do Vampiro
3.5 34O final tira a responsabilidade pelo clima e por um tratamento menos batido dos clichês vampirescos, já visivelmente desgastados menos de 5 anos depois do Drácula de Tod Browning. Estranhamente, o filme acaba se permitindo uma trama tediosa, e erra feio na execução, sabotando com a montagem uma narrativa já cheia de soluços. Não tem estrutura alguma para sustentar o final criativo. De bom, a solução para revelar o assassino, ingênua, e poucas cenas impressionantes, como a de Luna alada.
A Morta-Viva
3.8 64É um filme desinteressante, que vai lentamente mostrando como poderia ser algo muito digno se não se ativesse ao assombro e ao teor exótico da trama. Os melhores momentos são quando Tourneur se vale apenas de sombras, imagens, movimentos e gestos para construir o clima. Sempre que tenta ser A Ilha do Dr. Moreau sem o distanciamento fantástico, e sim com uma visão pasmada das terras do Novo Mundo (além de diálogos expositivos muito pobres), afunda na mediocridade.
Topografia de um Desnudo
2.5 4Fraquíssimo e horrendo. Faz denúncia colocando a repórter como heroína trágica, como se a operação mata-mendigos fosse só o ensaio para a real calamidade.
Gomorra
3.3 130Garrone se esmera tanto no realismo que acaba banalizando o filme em detrimento da denúncia. Presta quando funciona como Cinema.
Educação
3.8 1,2K Assista AgoraUm conto de fadas às avessas... que prontamente volta a ser um conto de fadas depois de tanto desmascarar a idealização.