Raissa Jambur

A razão de eu não ter gostado não foi nenhuma das já elencadas aqui abaixo. Detestei simplesmente porque esse filme poderia ter sido processado por tanto machismo e tanto preconceito junto. Não é uma questão de limites do humor, nem tão pouco de moralismo, é de exigir que o humor brasileiro tenha apenas novos horizontes e seja mais corajoso, porque atacar o grupo que sempre é atacado (mulheres e pobres no caso do filme) já é o que todos fazem no Brasil, então não diria que isso seja algo corajoso, muito menos inteligente. Me doía ver no cinema todos rindo quando o personagem chamava as mulheres putas, vagabundas etc, ou "não é um alguém, é uma prostituta" e saber que é esse tipo de humor que leva a tantas mortes, estupros, abandonos etc. A profundidade da mensagem do filme, para mim, foi totalmente prejudicada por conta desse humor lateral, jocoso e assassino (porque contribui para o desrespeito com as mulheres e para toda a violência que eu já citei acima).

Foi uma grata surpresa.

Pontos hiper negativos: Utiliza como protagonistas de um filme de jazz, dois homens brancos. O professor, além de ser obcecado, é misógino e homofóbico ao extremo. A obsessão dele não é criticada, na verdade acaba sendo justificada pela estrutura do filme, e por como ele encerra o enredo.
Pontos mais ou menos positivos: se vc estiver na Academia, vc vai conseguir identificar pelo menos dois professores do seu departamento com a imagem do Terrence Fletcher e vai se sentir vingado na parte em que