Diria aos que acreditam que é um filme que demonstra as transformações que a fé faz na vida de uma pessoa muito ferida emocionalmente. E aos que não acreditam deixo somente a reflexão: Porque tirar de pessoas como essas, apresentadas no documentário, o seu consolo diante de uma dor tamanha em virtude de uma falsa consciência pela razão? É racional destruir a vida de alguém? As dores que estas mães e pais demonstraram não acabou ainda, no entanto, para eles, a morte é só um "até logo", isto os motiva a deixar a dor de lado e fazer suas atividades básicas do dia a dia, a exemplo se alimentar. Me emocionei muito vendo este documentário, pois, embora não tenha filhos, não saberia como me comportar diante desta saudade tamanha, se não fosse minha fé.
É um filme que me fez chorar, sentir raiva e compaixão ao mesmo tempo, como disse um amigo da rede social Filmow, Lucas Falcão, "muitos sentimentos foram despertados em mim (tanto é, que, confesso, tive que voltar algumas cenas, pois às vezes me pegava imerso nos meus próprios pensamentos e, num geral, de indignação)." Uma fotografia e maquiagem impressionante, sem contar a grande atuação do ilustríssimo elenco: Jim Parsons (The Big Bang Theory), Julia Roberts, Mark Ruffalo (The Huck), Matt Bomer (White Collar), Taylor Kitsch (O Grande Herói) e outros. A película se passa na década de 1980, e nos envolve com tamanha veracidade que é como se sofrêssemos "o que 'eles' sofreram, foi como se eu tivesse perdido os meus amigos como 'eles perderam'". É importante lembrarmos que o HIV e a AIDS (SIDA) foi nesta década definida pelo Centro de Controle de Doenças estadunidense como "a doença dos 4 H's", uma vez que a síndrome parecia afetar "somente" haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. Isto nos permite sugerir que, desde a sua descoberta, o preconceito com relação a esta doença foi muito grande, e ainda hoje. A desinformação faz com que não seja muito diferente atualmente, vide o que alguns políticos ainda dizem sobre ela e a sua correlação enganosa e deturpada em relação aos homossexuais, e que aqui no Brasil ainda, por considerar homossexuais grupo de risco, não se aceita a doação de sangue de homossexuais masculinos assumidos, em caso de insistência do doador é retirado o sangue porém é descartado em seguida, pois o custo para a "verificação" deste sangue seria alto. Em determinado momento do filme, a questão sobre "AIDS ser quase impossível em heterossexuais" me chamou atenção. Talvez, se tivesse sido apenas com homossexuais, de fato (embora isso seja cientificamente impossível), até hoje estes estariam lutando e correndo em círculos para tentar achar uma possível cura, um meio de sobrevivência, pois acredito que a apatia dos órgãos governamentais que não incentivaram, num primeiro momento, pesquisas sobre o assunto pois, como é mostrado numa fala do filme: "A resposta está aqui: Eles não gostam de nós.", vide as lutas que os homossexuais vêem travando em todo o globo por direitos que, em teoria, já lhes seriam assegurados (ser cidadão sem distinção por sexualidade). O governo estadunidense foi omisso por anos? Foi, e ainda é. Não só sobre o tema AIDS, mas sobre homossexualidade, preconceito, desrespeito à vida em muitos dos Estados que o compõe. No caso brasileiro há uma diferença que é muito importante ser divulgada em tempos de "Só no Brasil", pois aqui ainda se mantém o pioneirismo na luta contra a Aids e oferece-se tratamento gratuito a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Este é, sem dúvidas, um dos mais belos e triste filme que já vi, e acaba de entrar na minha lista de favoritos.
O filme não tem a melhor atuação que já vi, tampouco traz uma comédia hilariante, é uma comédia pastelão que não deve ser vista somente por esse ângulo, pois apesar disso ele é recheado de críticas a politicagem que envolvem uma campanha política e a corrupção que, "pasmem", não é exclusividade do Brasil. Acredito que o humor ácido que envolve esta película deveria ser digerido por todos nós, para nos fazer pensar criticamente cada palavra dos nossos próprios políticos e dos militantes de partidos políticos aqui mesmo no nosso país. Acredito que em tempos de "politizados" que estão "invadindo" as redes sociais, fazer uma autocrítica não nos faria mal, principalmente quando vivemos num país de exclusividades duvidosas como a corrupção, as faltas de investimentos, os atrasos e seu "povo ignorante". Assistam e verifiquem se você não está sendo mais um dos manipulados pelas campanhas que estão "começando" neste ano de eleição.
É um filme que me surpreendeu. Não sou aquelas pessoas que vai ao cinema com expectativas altas, o que me faz sair da sala, muitas vezes, sem ser iludido. O que mais acontece é sair surpreendido e foi assim que cheguei em casa e decidi publicar minhas impressões sobre o filme. A começar pela história, vejo que é uma história muito, mas muito melhor que a clássica animação infantil da própria Disney! Quando eu for contar "Contos de fadas" para meus filhos, na Bela Adormecida será essa história, pois mostrará a eles que há bondade e maldade dentro de todos nós. A fotografia é fantástica, a atuação da Angelina Jolie foi primorosa, sem contar o excelente figurino, mas, acredito, que faltou investimentos para inserir-nos no mundo desta história, pois, por mais que fosse mencionada as palavras camponês e camponesa, não vi um camponês na história, somente soldados, nobres e reis. Relevo este dado por ter noção de que é uma história na qual o alvo é, principalmente, o público infantil, o que faz com que não se tenha muitos detalhes e nem mesmo nas batalhas se mostre sangue, pernas voando etc. É um filme primoroso, e no qual ensina-nos também que é a "família" a verdadeira magia que nos move.
Genial!!! Creio que é tendencia entre os novos lançamentos da Disney quebrar os velhos clichês como: príncipes encantados; amor a primeira vista; a vida maniqueísta; - vide Enrolados e Valente, além deste. Frozen emociona, tem uma excelente história, belas imagens e, infelizmente (rss), não incentiva o lesbianismo como andam dizendo por aí (a menos que o amor fraterno agora seja algo sexual e eu não saiba). Aos pais digo que podem deixar seus filhos verem este filme sem medos, ele irá ensinar-lhes excelentes valores como por exemplo: não temer o diferente e enfrentar os medos. Recomendo!
É um filme com boa "fotografia". Os cenários foram muito bem feitos, os personagens também muito bem desenhados, no entanto, a história é um tanto enfadonha. Confesso que minhas expectativas com relação a este filme foram um pouco altas, e a recepção baixa. Para quem quer belas imagens é ótimo, porém para quem quer uma bela história, condizente ao título, então indico outros filmes.
Gosto muito do cinema nacional. Porém, confesso que este é um filme que relutei muito para assistir, devido alguns pré-conceitos meus com relação a atuação de alguns atores, e que, depois de ver o filme, se tornaram novamente conceitos formados. A trama é interessantíssima, o cenário foi muito bem preparado, ainda mais sabendo que foi todo produzido no Brasil, até mesmo a parte que se passa na gelada Alemanha, o figurino foi incrível, no entanto, a atuação, as vezes, é pedante, clichê e estereotipada. Camila Morgado é uma atriz de renome, entretanto, não vi muitas diferenças entre Olga Benário e Manuela de Paula Ferreira (A Casa das Sete Mulheres), justifico esta falta da atriz pelo fato de ser tão próximos os anos de produção de ambos, e acredito que hoje ela esteja mais madura como atriz, embora eu não omita que ela teve belos momentos na película, mas foram momentos. Diferentemente da Morgado, Caco Ciocler, um ator também jovem porém já experiente no ano de produção, mostra um outro formato de atuação. A atuação dele é profunda, você vê que não é só o corpo que está sendo emprestado ao personagem, mas também a alma. Diferente do que alguns disseram aqui, por se tratar de uma biografia, penso que as personagens são humanizadas, mesmo em se tratando de personagens de personalidade forte, estes também eram seres humanos e tinham seus problemas afetivos e pessoais que, particularmente, acredito ter sido muito bem explorado pela biografia, pois até mesmo as pessoas mais "fortes" têm suas "fraquezas". Como historiador, gostei muito de ver que não se fez apologias demagogas ao ex-presidente Getúlio Vargas, pois se evidencia, no filme, o lado tão esquecido quando se fala deste ex-presidente: o lado duro e simpatizante do nazi-fascismo. Há cenas ótimas que merecem nosso reconhecimento, assim como há cenas desnecessárias por terem sido mal interpretadas. Recomendo para aqueles que não acreditam muito no cinema nacional, pois com este filme, verão que produções de alta qualidade também são realizadas aqui no Brasil, pequenos erros e defeitos há até em filmes aclamados pela grande mídia norte americana, e aqui também há, mas é uma bela produção.
Penso que é um filme para ler com atenção. Não é um filme para quem quer passar tempo, é um filme para se pensar. Acredito que as discussões aqui no @Filmow acerca deste filme estão sendo realizadas majoritariamente por historiadores e amantes da História, o que me deixa muito feliz. Porém, nestas discussões, há a falta de percepção de alguns que se atêm somente a atuação, que diga-se de passagem deixa mesmo a desejar em alguns momentos, e deixam de levar em consideração as perguntas que são levantadas pelo filme: Quem é o 'dono' da História? Quem conta a História? A História deve ser questionada? Se fosse conosco como agiríamos? Dentre outras. Levanto outros pontos que são ignorados: é um filme de 1990, que tenta retratar a mentalidade de uma época. Outras questões também são levantadas: o papel da mulher na sociedade da época representada; A ciência mole (Humanas), representada por Sonja, versus a ciência dura (Exatas), representada por Martin; As formas sociais de coerção - ora pela repressão ora pelo enaltecimento. Um outro ponto que também é interessante pensar é a diferença de lidar com o conhecimento para nós brasileiros e para os alemães. Nós brasileiros nos atemos à academia, somente acadêmicos teriam o respaldo para buscar o conhecimento com uma linguagem própria e por vezes rebuscada que não atingiria a massa, enquanto no filme mostra uma pessoa comum que busca o conhecimento e quer compartilhá-lo. Nele é evidenciado a função social do historiador e a dificuldade de contar a História do Tempo Presente. Às pessoas que estão em dúvida com relação a carreira de historiadores recomendo que veja o filme, entretanto, peço que não esqueçam que esta é uma obra ficcional, tem licenças poéticas. A carreira não é como é representada neste filme, temos amparos legais que nos salvaguardam. É um filme alemão, que prende nossa atenção, e, assim como um livro, pode a princípio não nos interessar, mas assim que começamos a lê-lo não conseguimos parar até que cheguemos ao fim.
Fantástico! O mais interessante desta versão de contos de fadas, além de não ter fadas, é que o "príncipe encantado" não é perfeito. As personagens não têm claramente um caráter maniqueísta, eles são humanizados por terem em si um lado bom e um ruim que se fundem. É o conto de fadas mais humano que já vi. A bruxa do clássico conto de Rapunzel é sempre vista como cruel de natureza, mas aqui ela apresentada como uma mãe super-protetora que impede a filha de ter suas próprias experiências. Ela não é vilã até que se faça dela vilã. É um paradigma Disney que é quebrado: a magia pela magia, do perfeito e maniqueísta para o humano. recomendo para todas as faixas etárias.
É uma animação para quem gosta de filmes, pois é cheia de referências: de Star Wars a The Rock Horror Picture Show. Conta com uma trilha sonora de arranhar a garganta e gargalhar ao mesmo tempo. Esta animação mereceu 5 estrelas e recomendo a todos.
Um filme com cenas monótonas e previsíveis. Apesar disso, tem seus pontos engraçadinhos. O que salva é Ashton Kutcher, não pela atuação, e sim, pela figura, se é que vocês me entendem.
Surpreendente, no real sentido da palavra. Quando comecei a assistir, pensei que seria um filme raso, que fora feito para promover Beyoncé, quando na verdade mostra que ela também é uma atriz que sabe dividir a atenção com a fantástica Jennifer Hudson. É um musical que te prende pela história de época, e que te faz sentir quão visceral é a Soul music. Eddie Murphy surpreendeu como ator, geralmente não gosto muito das atuações dele, mas neste filme realmente vi a importância que como ator ele tem. Recomendo a todos que gostem dos anos 1960 e 1970.
É um filme que vai te encantando aos poucos. O assisti sem expectativa alguma, sabia que se tratava de uma comédia romântica, que há muito eu não assistia. Me encantei. Achei-o sincero, sem contar as personagens, que são envolventes. Gosto do humor que foi empregado na trama, e me fez pensar um pouco sobre como lidamos com as expectativas em relação a vida e para com os outros. Embora algumas pessoas achem o filme inteiramente clichê, como pude perceber nos comentários aqui do Filmow, não acho que ele o seja. Penso que ele é óbvio, mas não clichê. Clichê seria se:
a personagem de Amy ficasse com o cara rico e bem sucedido profissionalmente, ou se a personagem do Matthew enricasse de alguma forma. Talvez o que alguns chamam de clichê seja por terminar no clássico "felizes para sempre", mas não esqueçamos que é uma escolha do escritor e ele optou por essa.
No mais, é um filme para uma noite chuvosa, acompanhado de um bom drinque sem álcool, pipoca e alguém para ficar de mãos dadas.
É impressionante como os filmes nacional que, na minha opinião, são muito bons, não têm tanta propaganda e repercussão quanto os ruins. É uma obra cinematográfica com um roteiro original que sai completamente do eixo Rio-SP-Favela-Nordeste que estamos habituados a ver nos filmes brasileiros. Bah! A estória se passa em uma comunidade descendente de italianos do Rio Grande do Sul. A atuação é fantástica, de maneira a não nos permitir eleger um personagem melhor que outro: Camila Pitanga, Fernanda Torre, Wagner Moura e Bruno Garcia, como protagonistas, enchem os olhos e arrebentam! A sinceridade do filme é tamanha, e é por isso que recomendo para todos que querem passar bons momentos, com boas risadas e em boa companhia.
É um filme para quem não vê só as imagens que estão sendo transmitidas, é para quem consegue olhar por trás do enredo. A personagem principal deste filme não é óbvia, não é palpável. Não se trata apenas de um romance tampouco de uma comédia, mas uma análise da consciência feminina, do que é ser mulher.
Este é um filme que, sinceramente, pinta um romance mais próximo da vida real, ou seja, não vem iludir o espectador com um "amor romântico" onde se supera todos os obstáculos e que no final todos viverão felizes para sempre. Pelo contrário, ele vem dizer que não basta existir, que não basta respirar, que não basta parecer estar vivo, que se tem que buscar algo na vida, que os relacionamentos, as vezes, são sustentados por uma fina camada de parafina. Que alguns relacionamentos são verdadeiros "castelos de areia", ou seja, aparentemente lindos, deslumbrantes e, por vezes, apoteóticos, mas que basta uma pequena garoa para mostrar as suas fragilidades. Sincero, duro e não feito para qualquer espectados: é assim que definiria este filme.
É um documentário feito para que todos pensem suas posições como meros espectadores do cinema. Slavoi Zizek vai partir do princípio de que os desejos são criados, e que quando assistimos um filme estes desejos são transferidos para a tela. Ou seja, o desejo, antes de ser criado pela película, já existe em nós. O que mais me marcou foi a forma didática em que são apresentadas as questões e as soluções pelo Zizek. O que ficou pra mim é a autodestruição que é criada a partir do momento em que saciamos um desejo, pois segundo ele, e na práxis de minha realidade, ele se torna um pesadelo. É um documentário para se ver várias vezes numa primeira impressão ficamos um pouco perdidos diante de várias informações, creio eu, que numa segunda vez, podamos compreender mais a complexidade psicológica por de trás dos filmes. Como um eterno estudioso de história, sempre analisei os filmes a partir de um olhar social e ideológico, depois desta obra, posso dizer com toda certeza que tentarei observar através do olhar psicológico também, embora meu conhecimento neste campo seja muito limitado. Recomendo a todos os cinéfilos de plantão.
Lindo, pesado e angustiante. É um filme que transpassa os 120 minutos de duração por, mesmo depois dos créditos, ainda te deixar tenso e refletindo sobre o que acaba de ver. O conceito e o tratamento de imagem é algo marcante neste filme, pois faz-nos sair dos padrões hollywoodianos e Europeu. Recomendo a todos que curtam filmes inteligentes, bem amarrados e que não é tão óbvio. Sugiro para quem não o viu ainda que o contemple com amigos para poder discutir sobre ele depois.
É muito gostoso assistir um filme tão carinhoso como este. Se eu fosse colocar em uma frase o que me passou este filme diria: "desapegue-se das coisas concretas e materiais e apegue-se ao que é efêmero e etéreo". Me fez sentir diversas coisas durante as mudanças de cenas. A Arte, na minha opinião, é além de tocar o receptor, no caso o espectador, e fazê-lo sentir algo diferente, também mudar algo nele, e este filme, embora para alguns seja apenas mais uma animação, já é parte intrínseca do que vivi. Esta obra de arte me tocou e me modificou. Espero que toque mais pessoas também.
É um filme leve, de fotografia bem feita, emocionante e tenso. Tenho que discordar dos que dizem que este filme só "relembra um passado sombrio sem levantar qualquer reflexão profunda". Este filme é tão atual quanto o filme 300 foi na sua época de lançamento. Ao tratar as questões dos afrodescendentes nos E.U.A. na década de 1960, está dialogando com os problemas raciais que este país ainda sofre hoje. Para nós brasileiros isto não parece tão forte porque vivemos num país que viveu a ilusão da democracia racial o que fez com que nós não nos entregássemos ao segregacionismo como veemente se observa na sociedade estadunidense já que lá há os bairros para negros e os bairros para brancos. No Brasil há os bairros para ricos, geralmente condomínios fechados e que não necessariamente só vivem brancos, e os bairros para os pobres que não necessariamente são só negros, embora eu deva destacar que a maioria tenha o tom de pele próprio dos trópicos, e que tanto os dos bairros classe A e B, quanto dos bairros classe C, D e E, são TODOS de alguma forma afrodescendentes. Em se tratando da película também devemos destacar a importância que se dá às secretárias dos lares (empregadas domésticas), mostrando a luta que estas profissionais enfrentam todos os dias ao deixarem os seus (seja filho, marido, esposa, e casa), para cuidar do que é de outrem. Esta também é uma questão bem atual. É um filme que nos prende do começo ao fim e que recomendo para aqueles que gostam de boa atuação, boa direção e obras de arte.
Um filme com bons efeitos e enredo interessante, embora corrido. A mitologia poderia ter sido mais bem explorada, na minha opinião. Os deuses foram mal feitos,principalmente Apolo que é menos "bonito" que o heroi da trama. Se você conhece um pouco de mitologia grega até que vc acompanha o filme tentando identificar algumas coisas, se não conhece vc pode ficar um pouco perdido. Um filme que na minha opinião seria melhor explorado se fosse em um sistema de realidade expandida (seriado) no qual poderia apresentar melhor os personagens, explicar os reais fatores da submissão/inexistência de outros, e o desenrolar seria menos corrido e menos enfadonho. Para quem gosta de efeitos visuais eu recomendo, a fotografia tbm é boa, mas só nestes aspectos. Decepcionado é a palavra que melhor define a minha opinião acerca deste filme.
Brilhante! Este filme é uma obra-prima, com todos os significados que esta palavra composta pode trazer. Numa Era na qual filmes 3Ds estão arremessando qualquer coisa em nossa direção, é um filme mudo, em preto e branco e ambientado nas décadas de 1920/1930 que me emociona, conseguindo se tornar o meu favorito ao Oscar de 2012, assim como um dos meus favoritos na minha coleção de filmes. A intertextualização é fantástica, como historiador e cinéfilo, penso que este é um filme digno para que se possa aprender sobre as produções filmicas das décadas mencionadas. Ainda digo que em quesitos técnicos, este filme é aplaudido de pé, pois a iluminação, o tratamento imagético, e os efeitos especiais são muito bem feitos. A trilha sonora é bem pensada, pois esta é modificada de acordo com o tempo cronológico do enredo, e se comunica com o público transferindo as emoções que se almeja alcançar, ou seja, faz o papel de trilha sonora, coisa que não vejo em todos os filmes indicados ao Oscar de 2012. As atuações são belas e de uma leveza incomparável. Indico a todos que gostam de filmes, independente de gênero. Com certeza este filme poderá te cativar já em sua abertura, pois ao ver aquela grafia típicas dos filmes mudos com nomenclaturas contemporâneas já fiquei intrigado.
Realmente não é um filme que, pelo título, chama minha atenção. Porém, por ser um filme indicado ao oscar, decidi assistir, gostei, achei bonito, emocionante em alguns momentos, e cansativo em outros. Tem erros de continuação evidentes. Tem momentos que eu esperava muito do filme e fui decepcionado, principalmente no final. Tem cenas impressionantes, o que me fez assistir com muita alegria, assim como, na posição de historiador, tem cenas sobre a primeira guerra mundial que realmente me impressionam, assim como tem outras que nem tanto. Indico para aqueles que curtam guerras e que queira ver um filme ambientado na Primeira Guerra Mundial, e com riqueza de detalhes, ainda que numa versão romântica. Para mim não é um filme para guanhar o Oscar, mas é um belo filme.
As Cartas Psicografadas por Chico Xavier
3.4 42Diria aos que acreditam que é um filme que demonstra as transformações que a fé faz na vida de uma pessoa muito ferida emocionalmente. E aos que não acreditam deixo somente a reflexão: Porque tirar de pessoas como essas, apresentadas no documentário, o seu consolo diante de uma dor tamanha em virtude de uma falsa consciência pela razão? É racional destruir a vida de alguém? As dores que estas mães e pais demonstraram não acabou ainda, no entanto, para eles, a morte é só um "até logo", isto os motiva a deixar a dor de lado e fazer suas atividades básicas do dia a dia, a exemplo se alimentar. Me emocionei muito vendo este documentário, pois, embora não tenha filhos, não saberia como me comportar diante desta saudade tamanha, se não fosse minha fé.
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraÉ um filme que me fez chorar, sentir raiva e compaixão ao mesmo tempo, como disse um amigo da rede social Filmow, Lucas Falcão, "muitos sentimentos foram despertados em mim (tanto é, que, confesso, tive que voltar algumas cenas, pois às vezes me pegava imerso nos meus próprios pensamentos e, num geral, de indignação)." Uma fotografia e maquiagem impressionante, sem contar a grande atuação do ilustríssimo elenco: Jim Parsons (The Big Bang Theory), Julia Roberts, Mark Ruffalo (The Huck), Matt Bomer (White Collar), Taylor Kitsch (O Grande Herói) e outros.
A película se passa na década de 1980, e nos envolve com tamanha veracidade que é como se sofrêssemos "o que 'eles' sofreram, foi como se eu tivesse perdido os meus amigos como 'eles perderam'". É importante lembrarmos que o HIV e a AIDS (SIDA) foi nesta década definida pelo Centro de Controle de Doenças estadunidense como "a doença dos 4 H's", uma vez que a síndrome parecia afetar "somente" haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuários de heroína. Isto nos permite sugerir que, desde a sua descoberta, o preconceito com relação a esta doença foi muito grande, e ainda hoje. A desinformação faz com que não seja muito diferente atualmente, vide o que alguns políticos ainda dizem sobre ela e a sua correlação enganosa e deturpada em relação aos homossexuais, e que aqui no Brasil ainda, por considerar homossexuais grupo de risco, não se aceita a doação de sangue de homossexuais masculinos assumidos, em caso de insistência do doador é retirado o sangue porém é descartado em seguida, pois o custo para a "verificação" deste sangue seria alto.
Em determinado momento do filme, a questão sobre "AIDS ser quase impossível em heterossexuais" me chamou atenção. Talvez, se tivesse sido apenas com homossexuais, de fato (embora isso seja cientificamente impossível), até hoje estes estariam lutando e correndo em círculos para tentar achar uma possível cura, um meio de sobrevivência, pois acredito que a apatia dos órgãos governamentais que não incentivaram, num primeiro momento, pesquisas sobre o assunto pois, como é mostrado numa fala do filme: "A resposta está aqui: Eles não gostam de nós.", vide as lutas que os homossexuais vêem travando em todo o globo por direitos que, em teoria, já lhes seriam assegurados (ser cidadão sem distinção por sexualidade).
O governo estadunidense foi omisso por anos? Foi, e ainda é. Não só sobre o tema AIDS, mas sobre homossexualidade, preconceito, desrespeito à vida em muitos dos Estados que o compõe. No caso brasileiro há uma diferença que é muito importante ser divulgada em tempos de "Só no Brasil", pois aqui ainda se mantém o pioneirismo na luta contra a Aids e oferece-se tratamento gratuito a todos os portadores do vírus HIV, independentemente do estágio da doença. Este é, sem dúvidas, um dos mais belos e triste filme que já vi, e acaba de entrar na minha lista de favoritos.
Os Candidatos
3.0 274 Assista AgoraO filme não tem a melhor atuação que já vi, tampouco traz uma comédia hilariante, é uma comédia pastelão que não deve ser vista somente por esse ângulo, pois apesar disso ele é recheado de críticas a politicagem que envolvem uma campanha política e a corrupção que, "pasmem", não é exclusividade do Brasil. Acredito que o humor ácido que envolve esta película deveria ser digerido por todos nós, para nos fazer pensar criticamente cada palavra dos nossos próprios políticos e dos militantes de partidos políticos aqui mesmo no nosso país. Acredito que em tempos de "politizados" que estão "invadindo" as redes sociais, fazer uma autocrítica não nos faria mal, principalmente quando vivemos num país de exclusividades duvidosas como a corrupção, as faltas de investimentos, os atrasos e seu "povo ignorante". Assistam e verifiquem se você não está sendo mais um dos manipulados pelas campanhas que estão "começando" neste ano de eleição.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraÉ um filme que me surpreendeu. Não sou aquelas pessoas que vai ao cinema com expectativas altas, o que me faz sair da sala, muitas vezes, sem ser iludido. O que mais acontece é sair surpreendido e foi assim que cheguei em casa e decidi publicar minhas impressões sobre o filme. A começar pela história, vejo que é uma história muito, mas muito melhor que a clássica animação infantil da própria Disney! Quando eu for contar "Contos de fadas" para meus filhos, na Bela Adormecida será essa história, pois mostrará a eles que há bondade e maldade dentro de todos nós. A fotografia é fantástica, a atuação da Angelina Jolie foi primorosa, sem contar o excelente figurino, mas, acredito, que faltou investimentos para inserir-nos no mundo desta história, pois, por mais que fosse mencionada as palavras camponês e camponesa, não vi um camponês na história, somente soldados, nobres e reis. Relevo este dado por ter noção de que é uma história na qual o alvo é, principalmente, o público infantil, o que faz com que não se tenha muitos detalhes e nem mesmo nas batalhas se mostre sangue, pernas voando etc. É um filme primoroso, e no qual ensina-nos também que é a "família" a verdadeira magia que nos move.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraGenial!!! Creio que é tendencia entre os novos lançamentos da Disney quebrar os velhos clichês como: príncipes encantados; amor a primeira vista; a vida maniqueísta; - vide Enrolados e Valente, além deste. Frozen emociona, tem uma excelente história, belas imagens e, infelizmente (rss), não incentiva o lesbianismo como andam dizendo por aí (a menos que o amor fraterno agora seja algo sexual e eu não saiba). Aos pais digo que podem deixar seus filhos verem este filme sem medos, ele irá ensinar-lhes excelentes valores como por exemplo: não temer o diferente e enfrentar os medos. Recomendo!
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraÉ um filme com boa "fotografia". Os cenários foram muito bem feitos, os personagens também muito bem desenhados, no entanto, a história é um tanto enfadonha. Confesso que minhas expectativas com relação a este filme foram um pouco altas, e a recepção baixa. Para quem quer belas imagens é ótimo, porém para quem quer uma bela história, condizente ao título, então indico outros filmes.
Olga
3.8 1,3K Assista AgoraGosto muito do cinema nacional. Porém, confesso que este é um filme que relutei muito para assistir, devido alguns pré-conceitos meus com relação a atuação de alguns atores, e que, depois de ver o filme, se tornaram novamente conceitos formados. A trama é interessantíssima, o cenário foi muito bem preparado, ainda mais sabendo que foi todo produzido no Brasil, até mesmo a parte que se passa na gelada Alemanha, o figurino foi incrível, no entanto, a atuação, as vezes, é pedante, clichê e estereotipada. Camila Morgado é uma atriz de renome, entretanto, não vi muitas diferenças entre Olga Benário e Manuela de Paula Ferreira (A Casa das Sete Mulheres), justifico esta falta da atriz pelo fato de ser tão próximos os anos de produção de ambos, e acredito que hoje ela esteja mais madura como atriz, embora eu não omita que ela teve belos momentos na película, mas foram momentos. Diferentemente da Morgado, Caco Ciocler, um ator também jovem porém já experiente no ano de produção, mostra um outro formato de atuação. A atuação dele é profunda, você vê que não é só o corpo que está sendo emprestado ao personagem, mas também a alma. Diferente do que alguns disseram aqui, por se tratar de uma biografia, penso que as personagens são humanizadas, mesmo em se tratando de personagens de personalidade forte, estes também eram seres humanos e tinham seus problemas afetivos e pessoais que, particularmente, acredito ter sido muito bem explorado pela biografia, pois até mesmo as pessoas mais "fortes" têm suas "fraquezas". Como historiador, gostei muito de ver que não se fez apologias demagogas ao ex-presidente Getúlio Vargas, pois se evidencia, no filme, o lado tão esquecido quando se fala deste ex-presidente: o lado duro e simpatizante do nazi-fascismo. Há cenas ótimas que merecem nosso reconhecimento, assim como há cenas desnecessárias por terem sido mal interpretadas. Recomendo para aqueles que não acreditam muito no cinema nacional, pois com este filme, verão que produções de alta qualidade também são realizadas aqui no Brasil, pequenos erros e defeitos há até em filmes aclamados pela grande mídia norte americana, e aqui também há, mas é uma bela produção.
Meu Malvado Favorito
4.0 2,8K Assista AgoraMuito fofo. QUERO APERTAR!!!
Uma Cidade Sem Passado
3.9 30Penso que é um filme para ler com atenção. Não é um filme para quem quer passar tempo, é um filme para se pensar. Acredito que as discussões aqui no @Filmow acerca deste filme estão sendo realizadas majoritariamente por historiadores e amantes da História, o que me deixa muito feliz. Porém, nestas discussões, há a falta de percepção de alguns que se atêm somente a atuação, que diga-se de passagem deixa mesmo a desejar em alguns momentos, e deixam de levar em consideração as perguntas que são levantadas pelo filme: Quem é o 'dono' da História? Quem conta a História? A História deve ser questionada? Se fosse conosco como agiríamos? Dentre outras. Levanto outros pontos que são ignorados: é um filme de 1990, que tenta retratar a mentalidade de uma época. Outras questões também são levantadas: o papel da mulher na sociedade da época representada; A ciência mole (Humanas), representada por Sonja, versus a ciência dura (Exatas), representada por Martin; As formas sociais de coerção - ora pela repressão ora pelo enaltecimento. Um outro ponto que também é interessante pensar é a diferença de lidar com o conhecimento para nós brasileiros e para os alemães. Nós brasileiros nos atemos à academia, somente acadêmicos teriam o respaldo para buscar o conhecimento com uma linguagem própria e por vezes rebuscada que não atingiria a massa, enquanto no filme mostra uma pessoa comum que busca o conhecimento e quer compartilhá-lo. Nele é evidenciado a função social do historiador e a dificuldade de contar a História do Tempo Presente. Às pessoas que estão em dúvida com relação a carreira de historiadores recomendo que veja o filme, entretanto, peço que não esqueçam que esta é uma obra ficcional, tem licenças poéticas. A carreira não é como é representada neste filme, temos amparos legais que nos salvaguardam. É um filme alemão, que prende nossa atenção, e, assim como um livro, pode a princípio não nos interessar, mas assim que começamos a lê-lo não conseguimos parar até que cheguemos ao fim.
Enrolados
3.8 2,8K Assista AgoraFantástico! O mais interessante desta versão de contos de fadas, além de não ter fadas, é que o "príncipe encantado" não é perfeito. As personagens não têm claramente um caráter maniqueísta, eles são humanizados por terem em si um lado bom e um ruim que se fundem. É o conto de fadas mais humano que já vi. A bruxa do clássico conto de Rapunzel é sempre vista como cruel de natureza, mas aqui ela apresentada como uma mãe super-protetora que impede a filha de ter suas próprias experiências. Ela não é vilã até que se faça dela vilã. É um paradigma Disney que é quebrado: a magia pela magia, do perfeito e maniqueísta para o humano. recomendo para todas as faixas etárias.
Megamente
3.8 1,9K Assista AgoraÉ uma animação para quem gosta de filmes, pois é cheia de referências: de Star Wars a The Rock Horror Picture Show. Conta com uma trilha sonora de arranhar a garganta e gargalhar ao mesmo tempo. Esta animação mereceu 5 estrelas e recomendo a todos.
Jogo de Amor em Las Vegas
3.2 1,1K Assista AgoraUm filme com cenas monótonas e previsíveis. Apesar disso, tem seus pontos engraçadinhos. O que salva é Ashton Kutcher, não pela atuação, e sim, pela figura, se é que vocês me entendem.
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
3.6 455 Assista AgoraSurpreendente, no real sentido da palavra. Quando comecei a assistir, pensei que seria um filme raso, que fora feito para promover Beyoncé, quando na verdade mostra que ela também é uma atriz que sabe dividir a atenção com a fantástica Jennifer Hudson. É um musical que te prende pela história de época, e que te faz sentir quão visceral é a Soul music. Eddie Murphy surpreendeu como ator, geralmente não gosto muito das atuações dele, mas neste filme realmente vi a importância que como ator ele tem. Recomendo a todos que gostem dos anos 1960 e 1970.
Casa Comigo?
3.6 1,5K Assista AgoraÉ um filme que vai te encantando aos poucos. O assisti sem expectativa alguma, sabia que se tratava de uma comédia romântica, que há muito eu não assistia. Me encantei. Achei-o sincero, sem contar as personagens, que são envolventes. Gosto do humor que foi empregado na trama, e me fez pensar um pouco sobre como lidamos com as expectativas em relação a vida e para com os outros. Embora algumas pessoas achem o filme inteiramente clichê, como pude perceber nos comentários aqui do Filmow, não acho que ele o seja. Penso que ele é óbvio, mas não clichê. Clichê seria se:
a personagem de Amy ficasse com o cara rico e bem sucedido profissionalmente, ou se a personagem do Matthew enricasse de alguma forma. Talvez o que alguns chamam de clichê seja por terminar no clássico "felizes para sempre", mas não esqueçamos que é uma escolha do escritor e ele optou por essa.
No mais, é um filme para uma noite chuvosa, acompanhado de um bom drinque sem álcool, pipoca e alguém para ficar de mãos dadas.
Mas só se este alguém for alguém que você salvaria de um incêndio
Saneamento Básico, O Filme
3.7 708 Assista AgoraÉ impressionante como os filmes nacional que, na minha opinião, são muito bons, não têm tanta propaganda e repercussão quanto os ruins. É uma obra cinematográfica com um roteiro original que sai completamente do eixo Rio-SP-Favela-Nordeste que estamos habituados a ver nos filmes brasileiros. Bah! A estória se passa em uma comunidade descendente de italianos do Rio Grande do Sul. A atuação é fantástica, de maneira a não nos permitir eleger um personagem melhor que outro: Camila Pitanga, Fernanda Torre, Wagner Moura e Bruno Garcia, como protagonistas, enchem os olhos e arrebentam! A sinceridade do filme é tamanha, e é por isso que recomendo para todos que querem passar bons momentos, com boas risadas e em boa companhia.
A Carta Anônima
3.0 23É um filme para quem não vê só as imagens que estão sendo transmitidas, é para quem consegue olhar por trás do enredo. A personagem principal deste filme não é óbvia, não é palpável. Não se trata apenas de um romance tampouco de uma comédia, mas uma análise da consciência feminina, do que é ser mulher.
Isto é nítido quando ao fim se vê que a alma feminina é tão frágil e forte que somente uma outra alma feminina pode tocá-la profundamente
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraEste é um filme que, sinceramente, pinta um romance mais próximo da vida real, ou seja, não vem iludir o espectador com um "amor romântico" onde se supera todos os obstáculos e que no final todos viverão felizes para sempre. Pelo contrário, ele vem dizer que não basta existir, que não basta respirar, que não basta parecer estar vivo, que se tem que buscar algo na vida, que os relacionamentos, as vezes, são sustentados por uma fina camada de parafina. Que alguns relacionamentos são verdadeiros "castelos de areia", ou seja, aparentemente lindos, deslumbrantes e, por vezes, apoteóticos, mas que basta uma pequena garoa para mostrar as suas fragilidades. Sincero, duro e não feito para qualquer espectados: é assim que definiria este filme.
O Guia Pervertido do Cinema
4.3 78É um documentário feito para que todos pensem suas posições como meros espectadores do cinema. Slavoi Zizek vai partir do princípio de que os desejos são criados, e que quando assistimos um filme estes desejos são transferidos para a tela. Ou seja, o desejo, antes de ser criado pela película, já existe em nós. O que mais me marcou foi a forma didática em que são apresentadas as questões e as soluções pelo Zizek. O que ficou pra mim é a autodestruição que é criada a partir do momento em que saciamos um desejo, pois segundo ele, e na práxis de minha realidade, ele se torna um pesadelo. É um documentário para se ver várias vezes numa primeira impressão ficamos um pouco perdidos diante de várias informações, creio eu, que numa segunda vez, podamos compreender mais a complexidade psicológica por de trás dos filmes. Como um eterno estudioso de história, sempre analisei os filmes a partir de um olhar social e ideológico, depois desta obra, posso dizer com toda certeza que tentarei observar através do olhar psicológico também, embora meu conhecimento neste campo seja muito limitado. Recomendo a todos os cinéfilos de plantão.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraLindo, pesado e angustiante. É um filme que transpassa os 120 minutos de duração por, mesmo depois dos créditos, ainda te deixar tenso e refletindo sobre o que acaba de ver. O conceito e o tratamento de imagem é algo marcante neste filme, pois faz-nos sair dos padrões hollywoodianos e Europeu. Recomendo a todos que curtam filmes inteligentes, bem amarrados e que não é tão óbvio. Sugiro para quem não o viu ainda que o contemple com amigos para poder discutir sobre ele depois.
Up: Altas Aventuras
4.3 3,8K Assista AgoraÉ muito gostoso assistir um filme tão carinhoso como este. Se eu fosse colocar em uma frase o que me passou este filme diria: "desapegue-se das coisas concretas e materiais e apegue-se ao que é efêmero e etéreo". Me fez sentir diversas coisas durante as mudanças de cenas. A Arte, na minha opinião, é além de tocar o receptor, no caso o espectador, e fazê-lo sentir algo diferente, também mudar algo nele, e este filme, embora para alguns seja apenas mais uma animação, já é parte intrínseca do que vivi. Esta obra de arte me tocou e me modificou. Espero que toque mais pessoas também.
Histórias Cruzadas
4.4 3,8K Assista AgoraÉ um filme leve, de fotografia bem feita, emocionante e tenso. Tenho que discordar dos que dizem que este filme só "relembra um passado sombrio sem levantar qualquer reflexão profunda". Este filme é tão atual quanto o filme 300 foi na sua época de lançamento. Ao tratar as questões dos afrodescendentes nos E.U.A. na década de 1960, está dialogando com os problemas raciais que este país ainda sofre hoje. Para nós brasileiros isto não parece tão forte porque vivemos num país que viveu a ilusão da democracia racial o que fez com que nós não nos entregássemos ao segregacionismo como veemente se observa na sociedade estadunidense já que lá há os bairros para negros e os bairros para brancos. No Brasil há os bairros para ricos, geralmente condomínios fechados e que não necessariamente só vivem brancos, e os bairros para os pobres que não necessariamente são só negros, embora eu deva destacar que a maioria tenha o tom de pele próprio dos trópicos, e que tanto os dos bairros classe A e B, quanto dos bairros classe C, D e E, são TODOS de alguma forma afrodescendentes. Em se tratando da película também devemos destacar a importância que se dá às secretárias dos lares (empregadas domésticas), mostrando a luta que estas profissionais enfrentam todos os dias ao deixarem os seus (seja filho, marido, esposa, e casa), para cuidar do que é de outrem. Esta também é uma questão bem atual. É um filme que nos prende do começo ao fim e que recomendo para aqueles que gostam de boa atuação, boa direção e obras de arte.
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraUm filme com bons efeitos e enredo interessante, embora corrido. A mitologia poderia ter sido mais bem explorada, na minha opinião. Os deuses foram mal feitos,principalmente Apolo que é menos "bonito" que o heroi da trama. Se você conhece um pouco de mitologia grega até que vc acompanha o filme tentando identificar algumas coisas, se não conhece vc pode ficar um pouco perdido. Um filme que na minha opinião seria melhor explorado se fosse em um sistema de realidade expandida (seriado) no qual poderia apresentar melhor os personagens, explicar os reais fatores da submissão/inexistência de outros, e o desenrolar seria menos corrido e menos enfadonho. Para quem gosta de efeitos visuais eu recomendo, a fotografia tbm é boa, mas só nestes aspectos. Decepcionado é a palavra que melhor define a minha opinião acerca deste filme.
O Artista
4.2 2,1K Assista AgoraBrilhante! Este filme é uma obra-prima, com todos os significados que esta palavra composta pode trazer. Numa Era na qual filmes 3Ds estão arremessando qualquer coisa em nossa direção, é um filme mudo, em preto e branco e ambientado nas décadas de 1920/1930 que me emociona, conseguindo se tornar o meu favorito ao Oscar de 2012, assim como um dos meus favoritos na minha coleção de filmes. A intertextualização é fantástica, como historiador e cinéfilo, penso que este é um filme digno para que se possa aprender sobre as produções filmicas das décadas mencionadas. Ainda digo que em quesitos técnicos, este filme é aplaudido de pé, pois a iluminação, o tratamento imagético, e os efeitos especiais são muito bem feitos. A trilha sonora é bem pensada, pois esta é modificada de acordo com o tempo cronológico do enredo, e se comunica com o público transferindo as emoções que se almeja alcançar, ou seja, faz o papel de trilha sonora, coisa que não vejo em todos os filmes indicados ao Oscar de 2012. As atuações são belas e de uma leveza incomparável. Indico a todos que gostam de filmes, independente de gênero. Com certeza este filme poderá te cativar já em sua abertura, pois ao ver aquela grafia típicas dos filmes mudos com nomenclaturas contemporâneas já fiquei intrigado.
Cavalo de Guerra
4.0 1,9KRealmente não é um filme que, pelo título, chama minha atenção. Porém, por ser um filme indicado ao oscar, decidi assistir, gostei, achei bonito, emocionante em alguns momentos, e cansativo em outros. Tem erros de continuação evidentes. Tem momentos que eu esperava muito do filme e fui decepcionado, principalmente no final. Tem cenas impressionantes, o que me fez assistir com muita alegria, assim como, na posição de historiador, tem cenas sobre a primeira guerra mundial que realmente me impressionam, assim como tem outras que nem tanto. Indico para aqueles que curtam guerras e que queira ver um filme ambientado na Primeira Guerra Mundial, e com riqueza de detalhes, ainda que numa versão romântica. Para mim não é um filme para guanhar o Oscar, mas é um belo filme.