Em "Frantz", François Ozon sucumbe a beleza, deixa em prantos uma etérea busca ao que se perdeu. Ao buscar em Rimsky-Korsakov e Manet algum pilar emocional, ou real da vida, os personagens se confrontam, se deixando levar pelo pós-guerra. Vemos seus olhares perdidos, decantados, que apenas observam a vida se esvair diante do túmulo de Frantz. O chamado pra vida é o contrário da imensidão, porém é a única possibilidade de ainda tentar lembrar o que é o amor e o indivíduo, pois socialmente o que restou foi a cantoria nos cafés em alusão ao inimigo que morreu na guerra.
Buscam compreensão demais e o silêncio ficou distante, ecoando como um grito ensurdecedor. É sobre esse silêncio que hoje "o espelho" merece ser elaboradamente ligado ao sensorial, sem esperar que a razão nos imponha algo em primeiro plano. É preciso apenas o silêncio, longo e calmo, para sentir esse filme e logo, ao longo de nossas vidas, a compreensão virá e se instalará.
Achei que ficou aquém do que se poderia extrair, e até do não dizer. É um documentário bom, mas não sei se sai daquela zona de conforte. Laerte sempre muito linda e cativante.
American Crime é a sinopse, nada reduzida, de uma sociedade - talvez mundial - esquizofrênica e doente de sentimentos e ações. Seus personagens totalmente silenciados pelo que realmente são, pequenas fagulhas entre a fronteira humana e a banalidade existencial para esse sistema, como no caso da personagem da Janel Moloney. As nuances da série continua a mesma, porém aqui algo muda, ela fica mais distante daquele mero "produto artístico", suas atuações são tão boas e extremamente delicadas, que as pessoas não existem mais, elas viram apenas a sensações do que elas deixam em cada um de nós. É uma série que nos mostra o quão dignos cada um podemos deixar de ser.
A série ganha profundidade quando ela entende a que veio, desvendar a si dentro do turbilhão das polarizações, mesmo no começo ela não sabendo ao certo desse "poder". Quando temos uma série ressaltando que não sabemos mais fazer perguntas, apenas repetições, frases prontas, respostas na ponta da língua e querer mostrar o quão somos fodas ao apenas fazer, é onde a série acerta e coloca em xeque uma das pontas da origem do nosso problema atual. Estamos indo rumo ao princípio da condição das relações humanas, infelizmente a série não chegou ao ponto de lidar com isso, mas é cuidado louvável, visto que vários temas ela conseguiu nos apresentar de forma coerente e sólida.
É aquela velha história, explicar até pq o cabelo cai, pq a unha cresce, faz desse filme um blockbuster com suas capacidades bem suspeitas. A atuação do MacAvoy não me surpreende, aliás, achei precipitadamente ruim. O que poderia se tornar algo se esvai na tentativa - como quase todo o blockbuster - de nivelar o telespectador.
Um filme de uns irmãos - fantásticos - com uma certa preguiça, não é desagradável, tampouco ruim, apenas um roteiro com uma preguiça igual a minha no começo da semana.
Ela seguiu o mesmo nível que a primeira, focando mais nos personagens centrais, e isso não foi algo ruim, apenas nos fez entender melhor esses personagens.
Frantz
4.1 120 Assista AgoraEm "Frantz", François Ozon sucumbe a beleza, deixa em prantos uma etérea busca ao que se perdeu. Ao buscar em Rimsky-Korsakov e Manet algum pilar emocional, ou real da vida, os personagens se confrontam, se deixando levar pelo pós-guerra. Vemos seus olhares perdidos, decantados, que apenas observam a vida se esvair diante do túmulo de Frantz. O chamado pra vida é o contrário da imensidão, porém é a única possibilidade de ainda tentar lembrar o que é o amor e o indivíduo, pois socialmente o que restou foi a cantoria nos cafés em alusão ao inimigo que morreu na guerra.
O Espelho
4.3 264 Assista AgoraBuscam compreensão demais e o silêncio ficou distante, ecoando como um grito ensurdecedor. É sobre esse silêncio que hoje "o espelho" merece ser elaboradamente ligado ao sensorial, sem esperar que a razão nos imponha algo em primeiro plano. É preciso apenas o silêncio, longo e calmo, para sentir esse filme e logo, ao longo de nossas vidas, a compreensão virá e se instalará.
Laerte-se
4.0 184Achei que ficou aquém do que se poderia extrair, e até do não dizer. É um documentário bom, mas não sei se sai daquela zona de conforte. Laerte sempre muito linda e cativante.
O Decálogo
4.7 108é aquela arte que não apenas toca o divino, ela se torna o divino.
Eu Não Sou Seu Negro
4.5 135 Assista Agoravocê se quebra, cai, e se monta, assim como James fez.
American Crime (3ª Temporada)
3.7 12American Crime é a sinopse, nada reduzida, de uma sociedade - talvez mundial - esquizofrênica e doente de sentimentos e ações. Seus personagens totalmente silenciados pelo que realmente são, pequenas fagulhas entre a fronteira humana e a banalidade existencial para esse sistema, como no caso da personagem da Janel Moloney.
As nuances da série continua a mesma, porém aqui algo muda, ela fica mais distante daquele mero "produto artístico", suas atuações são tão boas e extremamente delicadas, que as pessoas não existem mais, elas viram apenas a sensações do que elas deixam em cada um de nós. É uma série que nos mostra o quão dignos cada um podemos deixar de ser.
O País de São Saruê
4.1 19Depois que vemos nunca mais esquecemos das imagens, das falas, de tudo, pois esse documentário remete ao que cada brasileiro se torna.
Cara Gente Branca (Volume 1)
4.3 304A série ganha profundidade quando ela entende a que veio, desvendar a si dentro do turbilhão das polarizações, mesmo no começo ela não sabendo ao certo desse "poder".
Quando temos uma série ressaltando que não sabemos mais fazer perguntas, apenas repetições, frases prontas, respostas na ponta da língua e querer mostrar o quão somos fodas ao apenas fazer, é onde a série acerta e coloca em xeque uma das pontas da origem do nosso problema atual.
Estamos indo rumo ao princípio da condição das relações humanas, infelizmente a série não chegou ao ponto de lidar com isso, mas é cuidado louvável, visto que vários temas ela conseguiu nos apresentar de forma coerente e sólida.
Martírio
4.6 59que filme, que filme!
Podemos ver tudo, em grandes sínteses do que somos, de onde viemos e o fim que estamos cavando.
Certo Agora, Errado Antes
3.8 49 Assista Agorasimplesmente maravilhoso
Jogo de Cena
4.4 336A cada movimento que Coutinho dá - pq ele é uma espécie de oxigênio pra mim - é como se eu renascesse e descobrisse um novo mundo.
O Desprezo
4.0 266ficamos desolados de felicidade.
Jeanne Dielman
4.1 109 Assista AgoraA simplicidade em demarcar o tédio, a inércia ou a indiferença das coisas que perambulam sob nossas sombras.
Na Neblina
3.6 43extremamente triste, possivelmente essa tristeza é ainda a coisa mais bonita do filme.
Big Little Lies (1ª Temporada)
4.6 1,1Ktão indiferente...
O Filho de Joseph
3.4 16 Assista AgoraQuando os personagens são belas doses de linguagem.
Mulheres Diabólicas
4.0 86 Assista AgoraEu só não gosto da forma como Chabrol corre com o roteiro. Mas Isabelle deus Huppert e Bisset arrasam com nossos olhos.
Fragmentado
3.9 3,0K Assista AgoraÉ aquela velha história, explicar até pq o cabelo cai, pq a unha cresce, faz desse filme um blockbuster com suas capacidades bem suspeitas. A atuação do MacAvoy não me surpreende, aliás, achei precipitadamente ruim. O que poderia se tornar algo se esvai na tentativa - como quase todo o blockbuster - de nivelar o telespectador.
Edifício Master
4.3 372 Assista Agorapra deixar a realidade com inveja da arte.
A Garota Desconhecida
3.2 112 Assista AgoraUm filme de uns irmãos - fantásticos - com uma certa preguiça, não é desagradável, tampouco ruim, apenas um roteiro com uma preguiça igual a minha no começo da semana.
Demônio de Neon
3.2 1,2K Assista AgoraTudo o que "animais noturnos" não conseguiu ser.
O Recreio do Diabo
3.3 9E não entendi absolutamente nada sobre a intenção do filme.
Love (2ª Temporada)
3.7 151Ela seguiu o mesmo nível que a primeira, focando mais nos personagens centrais, e isso não foi algo ruim, apenas nos fez entender melhor esses personagens.
Taboo (1ª Temporada)
4.1 126uma construção cinematográfica inegável.