Filme excelente. Branagh conseguiu desenvolver bem a personalidade de Poirot sem precisar de tantos diálogos explicativos, e, apesar do bigode incomum, conseguiu caracterizá-lo nas telas de maneira verossímil. O filme tem uma fotografia de encher os olhos, um elenco grandioso (onde nem todos podem brilhar, mas cada um tem seu pequeno momento de destaque), um roteiro bastante fiel ao livro, e por isso mesmo a história se torna "arrastada" para alguns acostumados com as histórias de ação atual. Agatha Christie baseava-se numa análise dos costumes e personalidades dos pequenos burgueses das décadas de 20 a 40, com muitos diálogos, conversas fúteis que revelavam muito de seus personagens, e escondiam pistas nas entrelinhas, e tudo isto está ali. Arrastado, alguns dizem. Delicioso para quem até hoje gosta de ler um livro da Rainha do Crime para escapar desse mundo tão problemático, ou como descanso mental de um livro mais complexo. Espero que Branagh volte a ser o melhor detetive do mundo (desculpe, Sherlock) mais vezes.
O Universo Extendido de Super-Seres do Shyamalan é bem mais interessante que o da DC. James McAvoy merecia um reconhecimento maior pela sua performance. A cena em que seus olhos ficam marejados em frente à psicóloga é uma obra prima. Aguardo ansioso a continuação já anunciada.
Como o primeiro filme da trilogia, muitas referências ao original de 1968. O roteiro é redondo, dá explicações sobre como chegamos a esse Planeta de Macacos (obrigado, Bad Ape). As referências ao filme de 1968, mesmo que não sutis, são a cereja do bolo, e fazem dessa trilogia uma das melhores que eu já vi. Fiquei com esse filme na cabeça por alguns dias, e ainda me questiono sobre como as sociedades estão fadadas ao fracasso (pensando em como tudo termina nesse, e no que acontece no filme de 1968). E a trilha sonora podia muito bem estar em algum filme de gangsters italianos. Excelente!
Cesar, o herói relutante. Seu passado entre humanos o torna mais humano do que ele gostaria de ser? Não dá para analisar esse filme sem considerá-lo parte de uma história maior. Ele é necessário para o clímax do terceiro filme, e conduz a história para o desfecho que já se espera. Um pouco piegas, mas isso é Hollywood. Os efeitos especiais estão extremamente realistas, muito melhores do que o primeiro filme.
Um filme que se relaciona diretamente com o original de 1968, e o homenageia com honra. A história se sustenta bem, não é somente mais um filme com uma fórmula gasta. Apesar dos efeitos especiais deixarem a desejar em alguns momentos (algo que foi superado nos filmes seguintes), esse filme marca o início de uma das melhores trilogias dos últimos tempos. A sequência de referências ao filme de 1968 (sugiro sinceramente que você o assista antes de ver esse) é de encher os olhos. Roteiro feito com esmero, e atores excelentes em seus papéis.
O filme é interessante por ser um clássico. Charlton Heston entrega uma das interpretações mais canastronas que eu já vi na vida. Apesar de tudo, apresenta temas relevantes (o maior talvez seja a manipulação da massa pela desinformação), e coloca o privilegiado como oprimido. Incomodar funciona às vezes.
Confesso que o "O Despertar da Força" me deixou um pouco decepcionado pelo excesso de referências a outros filmes da série. Nesse episódio eu esperava um pouquinho mais de originalidade. De novo, minhas expectativas foram pelo ralo, pois esse episódio é tudo, MENOS óbvio. Todas as especulações sobre Rey, Snoke, Luke, todas as teorias mirabolantes e explicações dadas antes do filme, todas elas foram furadas. E isso é bom (embora frustrante para muitas pessoas, acredito), pois o filme saiu da zona de conforto do ep. VII e teve finalmente uma cara sua. O filme tem fan service, sim, por meio de dois encontros, um bastante esperado e outro bastante inesperado, tem cena que parece um poster, tem momento romântico com beijo (embora não com os dois personagens que você está esperando), tem droid fofo roubando a cena, e dá espaço para que todos os personagens possam brilhar um pouco (com Poe Dameron finalmente sendo um personagem relevante na tela). Um filme que mostra que Star Wars não precisa viver somente de referências, garantindo que o futuro da franquia não vá afundar num mar de clichés e roteiros repetitivos. Assim espero.
o autor começa a ler um trecho do capítulo 1, que tem o mesmo título que os capítulos do filme, e começa com a mesma cena (o flamingo morto). Seria o filme uma história que resultou em um livro, ou simplesmente vimos o livro, uma obra somente de ficção, sem nada de real? A pergunta final, sobre a cicatriz, não teria então uma grande relevância, e não seria somente uma maneira de enganar o jornalista?
Leia Ricardo Lísias, Julián Fuks, grandes autores nacionais de auto ficção, e que podem esclarecer (no caso do Lísias, confundir) um pouco mais sobre esse gênero literário.
Conheci a Vigor Mortis pelos quadrinhos, e fui assistindo tudo relacionado a eles. Os filmes, peças e quadrinhos são todos complementares, sem nunca exigirem conhecimento prévio para seu entendimento. Já conhecia os personagens dos quadrinhos, então foi ótimo reencontrá-los e me aprofundar em suas idiossincrasias. E o Dr. Daniel Torres de Leandro Colombo é alguma coisa de genial!
O filme é divertido, um filme B despretensioso e, por isso mesmo, muito bem executado naquilo que se propôs. O objetivo é puramente diversão, e ele é completamente alcançado. Tem easter egg pra quem assistiu "Morgue Story".
Genial e tocante. O amor de um filho é retratado de maneira singela e cômica nesse filme, na tentativa de Alex de criar uma Alemanha socialista para a mãe, ferrenha participante política. Também é interessante para conhecer o outro lado do muro, a vida simples que os alemães da República Democrática eram obrigados a levar. Não é um filme que te faça gargalhar, mas te fará sorrir por dentro.
A maneira como os socialistas todos aceitam bem o capitalismo é bem emblemática de como as pessoas procuram passar uma imagem bem diferente daquilo que elas realmente são (ou querem).
"Amigos amigos, negócios à parte". Esse deveria ser o motto de James Franco se ele quiser salvar a carreira dele. Legal a amizade com o Seth Rogen, mas esse filme e "A Entrevista" são a prova de que Rogen serve pra ator de comédias (ele até estava em em "Zack and Miri make a porno"), mas como roteirista... A única parte que se salva é a da Emma Watson, mas ela aparece em menos de 5 minutos do filme, que é uma pataquada sobre o apocalipse e salvação.
E Rogen tem a capacidade de pegar músicas, colocá-las em momentos chave do filme e instilar em você um sentimento gigantesco de... vergonha alheia. Backstreet Boys, Whitney Houston, Psi... Pensarei muito antes de assistir outro filme com o dedo dele no roteiro.
Eu ouvi falar deste filme pela primeira vez quando li uma resenha na antiga revista Showbizz, falando da trilha sonora produzida pelo Dave Grohl. Comprei, mesmo sem ter assistido, e adorei. Quase toda instrumental, com só uma música com vocais, e com uma pegada pop divertidíssima! Faltava ver o filme, e como ver? Foi uma verdadeira epopéia conseguir esse filme, mas depois de anos pude ver. Para minha surpresa, também é baseado numa obra de Elmore Leonard (como o ótimo "Jackie Brown"), e tem aquela cara de filme dos anos 90, as roupas, as pessoas, tudo meio nostálgico. Não é uma obra prima, é até meio previsível, mas me divertiu.
A performance de Norma Aleandro como a mãe com Alzheimer é fenomenal. Apesar de não ter ninguém com a doença na família, já vi uma amiga relatar casos, rindo mas com os olhos cheios de lágrimas, das confusões de sua mãe. A odisseia pessoal de Rafael (Dárin), encontrando a beleza e a felicidade nas pequenas coisas, como o sorriso da mãe para uma fotografia, ou a leitura da poesia da filha, é um aviso para não deixarmos o que é realmente importante para depois.
Quantas pessoas não se sentem presas por suas próprias limitações (não necessariamente físicas)? Quantas delas não gostariam de achar uma maneira de se libertar, de escapar de tal condições (não necessariamente com a morte)? O filme trata de um assunto tão polêmico como a eutanásia, mas também consegue falar sobre as angústias de cada um. Acredito que muitos, assim como eu, se identificaram com o personagem de Bardem quando perguntado porque sorria tanto: "Quando você não pode escapar e depende constantemente de outros, vc aprende a chorar por sorrisos". Afinal, ninguém quer saber como você está quando te perguntam "como você está?". Intenso, e um dos melhores filmes que eu já vi.
Acho interessante como alguns filmes italianos exploram esse contraste do contemporâneo e o antigo: sempre há festas, eventos, acontecendo em prédios antigos e históricos, veículos contrastando com a belíssima paisagem de Roma... É um deleite para os olhos. A história do filme é, na verdade, o personagem principal, Marcello Rubini (Mastroianni); as personagens não são conduzidas ao redor da trama, e sim a trama é conduzida ao redor do personagem, sua personalidade forte, suas incongruências, e todas as outras personagens que carecem de apresentação, pois são todas fúteis, buscando viver a vida ao máximo, como se ela tivesse só duas horas e 47 minutos, como o filme. Uma lição de vida (agridoce).
James Franco tem suas piores falas em um filme; as piadas nonsense sobre seios, bundas e ereções estão ali, mas não conseguem fazer ninguém rir. O único momento bom, quando o personagem de Franco enfrenta o ditador durante a entrevista, é interrompido por uma briga completamente aleatória na sala de transmissão e perde todo o seu poder. Acho que o melhor do filme foi a gafe do Fábio Panunzio durante o jornal da Band: "É uma porcaria. Baixem o torrent e assistam. NÃO, NÃO ESTOU INCENTIVANDO A PIRATARIA, mas assistam e vejam que é uma porcaria". Bem melhor que o filme.
Praticamente um tratado sobre a ética e a lábia. Ao protagonista falta uma, enquanto a outra abunda. Não será surpresa se Gyllenhaal for indicado ao Oscar, mas se não for não irá diminuir a qualidade da sua interpretação. O sorriso cínico de Lou Bloom ocupa a tela inteira e fica marcado no seu cérebro após o final do filme.
Uma das coisas que eu mais gosto no cinema argentino é como é fácil nos identificarmos com as situações. A corrupção, os pequenos delitos, personagens falhos: somos muito mais próximos dos argentinos do que achamos (ou gostaríamos de ser). Os hospitais, as ruas, os escritórios mequetrefes, nada com aquela cara de hollywood, tudo asséptico, tudo funcionando perfeitamente; aqui é tudo sujo, meio quebrado, meio bagunçado, e vambora. O filme foca nos advogados sanguessugas que se aproveitam das vítimas de acidentes (alguns nem tão "acidentes" assim), e demonstra que essa cara de América do Sul, esse cutucar a ferida de problemas tão nossos, rende histórias tão relevantes quanto interessantes. E com um final que me fez gritar um sonoro "ah, vai tomar no CUUUU" aqui em casa.
Talvez o filme seja só mais um filme de ação para a maioria das pessoas. Para quem acompanha os quadrinhos do Juiz Dredd, está bem além disso. A adaptação da Mega City Um é fenomenal: suja, feia, uma mistura de moderno e abandonado; não à toa me fez pensar que algumas cenas foram filmadas em São Paulo! Karl Urban deu vida ao Dredd de um futuro bem cyber punk: durão, severo, com a boca sempre num formato de cura descendente (igualzinho os quadrinhos! Deve ter tido câimbra no rosto), e sem tirar o capacete o filme inteiro (anonimato igual de um protagonista assim, só em "V de Vingança"). O filme também apresentou outras personagens relevantes do universo de Dredd, como a juíza psi Anderson. Esperando ansioso por uma continuação!
Quando eu li o livro "As Virgens Suicidas", a impressão que eu tive foi a de que eu estava lendo um roteiro. Ok, nem tanto, mas Eugenides parece que escreveu o livro já pensando numa adaptação ao cinema. O sanduíche que passa meses na escada está lá, e as "evidências" (catalogadas e numeradas no livro, dando esse quê "visual" à obra) também são mostradas. Criando uma imagem do típico subúrbio americano, com uma típica família americana, ele desconstrói o sonho americano ainda em desenvolvimento, na forma das 5 irmãs. O filme é melhor aproveitado se acompanhado da leitura, que é de uma prosa virtuosa e altamente recomendada.
Assassinato no Expresso do Oriente
3.4 938 Assista AgoraFilme excelente. Branagh conseguiu desenvolver bem a personalidade de Poirot sem precisar de tantos diálogos explicativos, e, apesar do bigode incomum, conseguiu caracterizá-lo nas telas de maneira verossímil. O filme tem uma fotografia de encher os olhos, um elenco grandioso (onde nem todos podem brilhar, mas cada um tem seu pequeno momento de destaque), um roteiro bastante fiel ao livro, e por isso mesmo a história se torna "arrastada" para alguns acostumados com as histórias de ação atual. Agatha Christie baseava-se numa análise dos costumes e personalidades dos pequenos burgueses das décadas de 20 a 40, com muitos diálogos, conversas fúteis que revelavam muito de seus personagens, e escondiam pistas nas entrelinhas, e tudo isto está ali. Arrastado, alguns dizem. Delicioso para quem até hoje gosta de ler um livro da Rainha do Crime para escapar desse mundo tão problemático, ou como descanso mental de um livro mais complexo. Espero que Branagh volte a ser o melhor detetive do mundo (desculpe, Sherlock) mais vezes.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista AgoraO Universo Extendido de Super-Seres do Shyamalan é bem mais interessante que o da DC.
James McAvoy merecia um reconhecimento maior pela sua performance. A cena em que seus olhos ficam marejados em frente à psicóloga é uma obra prima.
Aguardo ansioso a continuação já anunciada.
Planeta dos Macacos: A Guerra
4.0 954 Assista AgoraComo o primeiro filme da trilogia, muitas referências ao original de 1968. O roteiro é redondo, dá explicações sobre como chegamos a esse Planeta de Macacos (obrigado, Bad Ape). As referências ao filme de 1968, mesmo que não sutis, são a cereja do bolo, e fazem dessa trilogia uma das melhores que eu já vi. Fiquei com esse filme na cabeça por alguns dias, e ainda me questiono sobre como as sociedades estão fadadas ao fracasso (pensando em como tudo termina nesse, e no que acontece no filme de 1968).
E a trilha sonora podia muito bem estar em algum filme de gangsters italianos. Excelente!
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraCesar, o herói relutante. Seu passado entre humanos o torna mais humano do que ele gostaria de ser?
Não dá para analisar esse filme sem considerá-lo parte de uma história maior. Ele é necessário para o clímax do terceiro filme, e conduz a história para o desfecho que já se espera. Um pouco piegas, mas isso é Hollywood.
Os efeitos especiais estão extremamente realistas, muito melhores do que o primeiro filme.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraUm filme que se relaciona diretamente com o original de 1968, e o homenageia com honra. A história se sustenta bem, não é somente mais um filme com uma fórmula gasta.
Apesar dos efeitos especiais deixarem a desejar em alguns momentos (algo que foi superado nos filmes seguintes), esse filme marca o início de uma das melhores trilogias dos últimos tempos. A sequência de referências ao filme de 1968 (sugiro sinceramente que você o assista antes de ver esse) é de encher os olhos. Roteiro feito com esmero, e atores excelentes em seus papéis.
Bingo - O Rei das Manhãs
4.1 1,1K Assista AgoraAquele momento em que um roteiro bom e uma boa direção consegue fazer até mesmo um ator mediano se destacar. Grande filme.
O Planeta dos Macacos
4.0 680 Assista AgoraO filme é interessante por ser um clássico. Charlton Heston entrega uma das interpretações mais canastronas que eu já vi na vida.
Apesar de tudo, apresenta temas relevantes (o maior talvez seja a manipulação da massa pela desinformação), e coloca o privilegiado como oprimido. Incomodar funciona às vezes.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraNão foi à toa que os dois ganharam Oscars. Atuações impecáveis.
Star Wars, Episódio VIII: Os Últimos Jedi
4.1 1,6K Assista AgoraConfesso que o "O Despertar da Força" me deixou um pouco decepcionado pelo excesso de referências a outros filmes da série. Nesse episódio eu esperava um pouquinho mais de originalidade. De novo, minhas expectativas foram pelo ralo, pois esse episódio é tudo, MENOS óbvio.
Todas as especulações sobre Rey, Snoke, Luke, todas as teorias mirabolantes e explicações dadas antes do filme, todas elas foram furadas. E isso é bom (embora frustrante para muitas pessoas, acredito), pois o filme saiu da zona de conforto do ep. VII e teve finalmente uma cara sua. O filme tem fan service, sim, por meio de dois encontros, um bastante esperado e outro bastante inesperado, tem cena que parece um poster, tem momento romântico com beijo (embora não com os dois personagens que você está esperando), tem droid fofo roubando a cena, e dá espaço para que todos os personagens possam brilhar um pouco (com Poe Dameron finalmente sendo um personagem relevante na tela). Um filme que mostra que Star Wars não precisa viver somente de referências, garantindo que o futuro da franquia não vá afundar num mar de clichés e roteiros repetitivos. Assim espero.
O Cidadão Ilustre
4.0 198 Assista AgoraO filme é interessante e faz ver o ridículo da fama aos olhos da pessoa comum.
Mas o final pode ser um tanto interessante, se você pensar que
o autor começa a ler um trecho do capítulo 1, que tem o mesmo título que os capítulos do filme, e começa com a mesma cena (o flamingo morto). Seria o filme uma história que resultou em um livro, ou simplesmente vimos o livro, uma obra somente de ficção, sem nada de real?
A pergunta final, sobre a cicatriz, não teria então uma grande relevância, e não seria somente uma maneira de enganar o jornalista?
Leia Ricardo Lísias, Julián Fuks, grandes autores nacionais de auto ficção, e que podem esclarecer (no caso do Lísias, confundir) um pouco mais sobre esse gênero literário.
Morgue Story: Sangue, Baiacu e Quadrinhos
3.8 45 Assista AgoraConheci a Vigor Mortis pelos quadrinhos, e fui assistindo tudo relacionado a eles. Os filmes, peças e quadrinhos são todos complementares, sem nunca exigirem conhecimento prévio para seu entendimento.
Já conhecia os personagens dos quadrinhos, então foi ótimo reencontrá-los e me aprofundar em suas idiossincrasias.
E o Dr. Daniel Torres de Leandro Colombo é alguma coisa de genial!
Nervo Craniano Zero
3.3 48 Assista AgoraO filme é divertido, um filme B despretensioso e, por isso mesmo, muito bem executado naquilo que se propôs. O objetivo é puramente diversão, e ele é completamente alcançado. Tem easter egg pra quem assistiu "Morgue Story".
Adeus, Lenin!
4.2 1,1K Assista AgoraGenial e tocante. O amor de um filho é retratado de maneira singela e cômica nesse filme, na tentativa de Alex de criar uma Alemanha socialista para a mãe, ferrenha participante política. Também é interessante para conhecer o outro lado do muro, a vida simples que os alemães da República Democrática eram obrigados a levar. Não é um filme que te faça gargalhar, mas te fará sorrir por dentro.
A maneira como os socialistas todos aceitam bem o capitalismo é bem emblemática de como as pessoas procuram passar uma imagem bem diferente daquilo que elas realmente são (ou querem).
É o Fim
3.0 2,0K Assista Agora"Amigos amigos, negócios à parte". Esse deveria ser o motto de James Franco se ele quiser salvar a carreira dele. Legal a amizade com o Seth Rogen, mas esse filme e "A Entrevista" são a prova de que Rogen serve pra ator de comédias (ele até estava em em "Zack and Miri make a porno"), mas como roteirista... A única parte que se salva é a da Emma Watson, mas ela aparece em menos de 5 minutos do filme, que é uma pataquada sobre o apocalipse e salvação.
(E demônios caralhudos).
E Rogen tem a capacidade de pegar músicas, colocá-las em momentos chave do filme e instilar em você um sentimento gigantesco de... vergonha alheia. Backstreet Boys, Whitney Houston, Psi... Pensarei muito antes de assistir outro filme com o dedo dele no roteiro.
Caindo em Tentação
3.1 4Eu ouvi falar deste filme pela primeira vez quando li uma resenha na antiga revista Showbizz, falando da trilha sonora produzida pelo Dave Grohl. Comprei, mesmo sem ter assistido, e adorei. Quase toda instrumental, com só uma música com vocais, e com uma pegada pop divertidíssima! Faltava ver o filme, e como ver? Foi uma verdadeira epopéia conseguir esse filme, mas depois de anos pude ver. Para minha surpresa, também é baseado numa obra de Elmore Leonard (como o ótimo "Jackie Brown"), e tem aquela cara de filme dos anos 90, as roupas, as pessoas, tudo meio nostálgico. Não é uma obra prima, é até meio previsível, mas me divertiu.
O Filho da Noiva
4.1 297A performance de Norma Aleandro como a mãe com Alzheimer é fenomenal. Apesar de não ter ninguém com a doença na família, já vi uma amiga relatar casos, rindo mas com os olhos cheios de lágrimas, das confusões de sua mãe.
A odisseia pessoal de Rafael (Dárin), encontrando a beleza e a felicidade nas pequenas coisas, como o sorriso da mãe para uma fotografia, ou a leitura da poesia da filha, é um aviso para não deixarmos o que é realmente importante para depois.
Mar Adentro
4.2 607Quantas pessoas não se sentem presas por suas próprias limitações (não necessariamente físicas)? Quantas delas não gostariam de achar uma maneira de se libertar, de escapar de tal condições (não necessariamente com a morte)? O filme trata de um assunto tão polêmico como a eutanásia, mas também consegue falar sobre as angústias de cada um. Acredito que muitos, assim como eu, se identificaram com o personagem de Bardem quando perguntado porque sorria tanto: "Quando você não pode escapar e depende constantemente de outros, vc aprende a chorar por sorrisos". Afinal, ninguém quer saber como você está quando te perguntam "como você está?".
Intenso, e um dos melhores filmes que eu já vi.
A Doce Vida
4.2 316 Assista AgoraAcho interessante como alguns filmes italianos exploram esse contraste do contemporâneo e o antigo: sempre há festas, eventos, acontecendo em prédios antigos e históricos, veículos contrastando com a belíssima paisagem de Roma... É um deleite para os olhos.
A história do filme é, na verdade, o personagem principal, Marcello Rubini (Mastroianni); as personagens não são conduzidas ao redor da trama, e sim a trama é conduzida ao redor do personagem, sua personalidade forte, suas incongruências, e todas as outras personagens que carecem de apresentação, pois são todas fúteis, buscando viver a vida ao máximo, como se ela tivesse só duas horas e 47 minutos, como o filme. Uma lição de vida (agridoce).
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraJames Franco tem suas piores falas em um filme; as piadas nonsense sobre seios, bundas e ereções estão ali, mas não conseguem fazer ninguém rir. O único momento bom, quando o personagem de Franco enfrenta o ditador durante a entrevista, é interrompido por uma briga completamente aleatória na sala de transmissão e perde todo o seu poder.
Acho que o melhor do filme foi a gafe do Fábio Panunzio durante o jornal da Band: "É uma porcaria. Baixem o torrent e assistam. NÃO, NÃO ESTOU INCENTIVANDO A PIRATARIA, mas assistam e vejam que é uma porcaria". Bem melhor que o filme.
A Família Bélier
4.2 436Divertido e tocante, gerou momentos de silêncio profundo no cinema, tal era o nível de atenção (e tensão) a certos momentos.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraPraticamente um tratado sobre a ética e a lábia. Ao protagonista falta uma, enquanto a outra abunda. Não será surpresa se Gyllenhaal for indicado ao Oscar, mas se não for não irá diminuir a qualidade da sua interpretação. O sorriso cínico de Lou Bloom ocupa a tela inteira e fica marcado no seu cérebro após o final do filme.
Abutres
3.7 217 Assista AgoraUma das coisas que eu mais gosto no cinema argentino é como é fácil nos identificarmos com as situações. A corrupção, os pequenos delitos, personagens falhos: somos muito mais próximos dos argentinos do que achamos (ou gostaríamos de ser). Os hospitais, as ruas, os escritórios mequetrefes, nada com aquela cara de hollywood, tudo asséptico, tudo funcionando perfeitamente; aqui é tudo sujo, meio quebrado, meio bagunçado, e vambora.
O filme foca nos advogados sanguessugas que se aproveitam das vítimas de acidentes (alguns nem tão "acidentes" assim), e demonstra que essa cara de América do Sul, esse cutucar a ferida de problemas tão nossos, rende histórias tão relevantes quanto interessantes. E com um final que me fez gritar um sonoro "ah, vai tomar no CUUUU" aqui em casa.
Dredd
3.6 1,4K Assista AgoraTalvez o filme seja só mais um filme de ação para a maioria das pessoas. Para quem acompanha os quadrinhos do Juiz Dredd, está bem além disso. A adaptação da Mega City Um é fenomenal: suja, feia, uma mistura de moderno e abandonado; não à toa me fez pensar que algumas cenas foram filmadas em São Paulo! Karl Urban deu vida ao Dredd de um futuro bem cyber punk: durão, severo, com a boca sempre num formato de cura descendente (igualzinho os quadrinhos! Deve ter tido câimbra no rosto), e sem tirar o capacete o filme inteiro (anonimato igual de um protagonista assim, só em "V de Vingança"). O filme também apresentou outras personagens relevantes do universo de Dredd, como a juíza psi Anderson. Esperando ansioso por uma continuação!
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraQuando eu li o livro "As Virgens Suicidas", a impressão que eu tive foi a de que eu estava lendo um roteiro. Ok, nem tanto, mas Eugenides parece que escreveu o livro já pensando numa adaptação ao cinema. O sanduíche que passa meses na escada está lá, e as "evidências" (catalogadas e numeradas no livro, dando esse quê "visual" à obra) também são mostradas. Criando uma imagem do típico subúrbio americano, com uma típica família americana, ele desconstrói o sonho americano ainda em desenvolvimento, na forma das 5 irmãs. O filme é melhor aproveitado se acompanhado da leitura, que é de uma prosa virtuosa e altamente recomendada.