Uma coisa a ser observada: Tom é aquele cara bacana, inspirador e divertido, o qual provavelmente merecia um grande amor; uma pessoa tão boa quanto ele. Se formos a fundo no personagem, ele pensa exatamente isso. E aliás, não só ele, como muitas outras pessoas por aí. Às vezes nos achamos tão especiais, dignos, que quando uma pessoa simplesmente nos ''rejeita'', parece que o universo tá nos dando um baita castigo. Mas isso não passa de vitimismo, porque ninguém é obrigado a gostar de mim, você, beltrano, ciclano... Você pode se considerar a melhor pessoa do mundo, não quer dizer que será para outra pessoa, e não há problema nisso. A compatibilidade existe, mas funciona com suas próprias regras.
Não conheço o anime, mas tive a impressão que o filme teria sido melhor sem o romance, ou se tivesse um pouco menos. Achei muito clichê e até desnecessário, a trama poderia funcionar perfeitamente sem aquilo. Poderiam trocar o romance por uma amizade/parceria forte entre uma cyborge e um humano. Aos meus olhos, ficaria mais legal. Tirando isso, é um bom filme entre os blockbusters.
Depois de The Handmaid's Tale, nenhuma outra produção me fez ter tanto "sangue no olho" como essa minissérie. Uma vontade de gritar e chorar ao longo da trama. De estar apoiando os envolvidos, enquanto sou preenchido por uma tremenda frustração. Um desconforto que parece que nunca vai acabar, até que o episódio termina. E no final de tudo, saber que não só é baseada em fatos reais, como também em algo específico que aconteceu... Tive que me render!
When They See Us é visceral, impactante, competente naquilo que propõe, em todos os sentidos!
Que final foi esse?! A impressão que tive foi que a Daenerys nunca existiu, como se ela não tivesse tido um arco tão maravilhoso durante todo esse tempo. Trataram a personagem não só como louca, mas como insignificante. Simplesmente foi jogada no lixo, sem respeito algum. Acho que foi a maior mancada em GoT. Imperdoável!
Depois de muito tempo, finalmente vi a versão estendida, o que pra mim fez toda diferença. A versão do cinema parece picotada, cheia de pontas soltas. A estendida tem um roteiro arredondado. Mesmo o filme tendo 3h, consegui ver tranquilamente, o único incômodo foi com a chegada do final que simplesmente virou uma bagunça em todos os sentidos. Visualmente falando então?! Um CGI bem cagado.
Continuo com minha opinião sobre a construção dos personagens que mesmo sendo um pouco melhor na segunda versão, peca no arco final que acaba desconstruindo tudo que foi plantado ao recorrer da trama, especialmente no Bruce/Batman.
Sobre a tão criticada cena "MARTHA", ao meu ver, não se tratou de um simples nome. Bruce viu a mãe morrer, seu pai sussurrou o nome da mesma como um: "eu falhei, deveria ter te salvado". Não tem nada a ver com o nome das duas mães, mas sim o fato do Superman pedir que Batman salvasse Marta. Inclusive, ele citou o nome dela pra não haver ligação com o Clark Kent. Enfim. Senti que o Bruce quis fazer o que seu pai não conseguiu. Claro que o nome ajudou a associar ao passado, mas enfim.
A obscuridade desse filme é um tanto desnecessária. Superman se torna um personagem distante do público, porque é confuso, perdido, descontrolado. Isso prejudicou seu desenvolvimento na hora de entregar o resultado final, que foi sua "morte".
Tem outras bobeiras que normalmente acontecem em filmes do gênero, então acaba sendo "normal", dá pra passar. No fim, acho que era pra ser uma trama de super-heróis diferente e até certo ponto, foi. Eu gostei. Minha indagação sempre vai tá naquele final.
Como eu adoro uma comédia sensata que aborda algo útil pra nossas vidas! Essa, por exemplo, trouxe à tona basicamente o que eu penso sobre relacionamentos; a sua importância de viver isso e um dia parar, quando necessário. É divertido e triste ver o momento de bad da Jenny, porque é exatamente daquele jeito que acontece fora da ficção.
No final, quando o Nate aparece dizendo aquelas coisas (querendo reatar) eu fiquei tipo ''wtf? vão mesmo estragar o filme?!''. Que bom que não passou de um sonho.
CONVENHAMOS! Amar é bom, mas amar também dói. Pode durar a vida inteira, mas também pode ter um prazo de validade. E tudo bem, faz parte! Essa coisa de ''não vivo sem você'' é uma ilusão e ninguém deveria se apegar a isso. Fiquei contente pela mensagem que esse filme passou; junto com um bom humor, trilha sonora e um roteiro agradável. É o tipo de comédia que me atrai.
Isso que acabei de assistir foi humor negro? Como conseguiram abordar assuntos tão delicados de uma forma tão leve e descontraída?! Não é como certas comédias por aí que apelam ao ponto de gerar um desconforto, pelo contrário. Paralisia cerebral, por exemplo, que é ainda mais difícil de abordar e acho que fizeram isso muito bem. Talvez pelo fato do próprio Ryan O’Connell ter escrito. E que continue. Quero mais!
Se tratando de um filme de origem, eu esperava por um roteiro mais voltado à história do personagem sem tanto resumo, mas muito provavelmente não daria tempo de mostrar tantas cenas incríveis ao longo da trama. Apesar dos cortes brutos e do roteiro apressado, Aquaman consegue se manter ao longo de quase 2h30 de filme, sem ser cansativo, mesmo com os clichês dentro de filmes do gênero.
A produção tá simplesmente maravilhosa, pra ninguém colocar defeito. James Wan (que foi um dos motivos pelo qual eu coloquei fé nesse filme), conseguiu me surpreender mesmo eu já sabendo da sua capacidade como diretor. Trabalhar ''de baixo d'água'' não deve ser uma tarefa fácil, há muito no que pensar pra que o resultado saja tão bom quanto este aqui. Tantas cenas maravilhosas, sequências de ação incríveis!
Mas claro que um filme não vive só disso e, ainda sim, a trama atrai pelo carisma do Jason Momoa, a encantadora Amber Heard, o Patrick Wilson, Nicole Kidman (que dispensa comentários) e o nosso memorável Duende Verde, Willem Dafoe.
Enfim. Achei que foi um filme que cumpriu bem seu papel, um ótimo blockbuster! É o que acontece quando o diretor pode fazer seu trabalho sem intervenções.
''Everything I Need'' tocando nos créditos foi lindo demais!
Born on the wrong side of the ocean With all the tides against you You never thought you'd be much good for anyone But that's so far from the truth ❤
Eu realmente não entendo como tem gente que trata uma produção como essa como ''lacração'', querendo tornar tal abordagem pejorativa, sem a menor importância. Na real, parece que esses comentários surgem de pessoas que nunca sentiram na pele coisas como a que Tereza, Helô, Adélia e Lígia sentiram. Ora! Independente disso, acima de tudo, devíamos agir com empatia. Afinal, como não se incomodar com aquele local de trabalho, cheio de ''homens'', carregados de insultos e desprezos, no qual Tereza e Helô se esforçam para ganhar espaço? Ou o racismo que a Adélia sofre, seja de forma sutil ou desenfreada? Vamos simplesmente fingir que tudo isso nunca existiu e existe até hoje?! Lacração?! Ah, por favor!
É evidente que a série não traz nenhum roteiro inovador e talvez sua maravilhosa fotografia seja a cereja do bolo, mas tá aí uma produção brasileira que achei uma delícia de assistir. Leve, mas ousada. Dramática, mas nem tanto. Que traz uma veracidade do ontem e do hoje. Um belo elenco que, por sinal, cumpre muito bem seu papel. Por último, mas não menos importante; sua trilha sonora que resgata gêneros que parecem ter sido esquecidos ao longo dos anos.
Eu gostaria de fazer uma observação sobre o episódio 08, onde mostra claramente uma relação cheia de falhas, que tem tudo para dar errado, mas que mesmo assim, Beck e Joe insistem em manter. Isso acontece tanto fora da ficção que me fez refletir pela 173762615 vez. Ainda não terminei a série e não vou dizer nada aqui a respeito do que a trama aborda, num geral. Então...
Joe diz o tempo inteiro sobre os problemas de Beck, o que ele passou ao tentar ficar do lado dela. Tentou ignorar o tesão, mas logo foi pego com desculpas para justificar aquilo que estava sentindo de novo. E Beck - ou poderia apelidar quele ''serumaninho'' de furacão, cheia de problemas internos que ao invés de tentar resolvê-los antes, ficou com ciúmes do Joe e usou uma manipulação emocional para fisgar o cara, desta vez dando valor depois que perdeu.
Ou seja... Por um lado; um cara feliz, aparentemente realizado com outra pessoa, mas que não conseguia se contentar com isso, usando a falta de algo (no pior sentido) para justificar seu término. Do outro, uma mulher dependente de outra pessoa, que simplesmente não consegue se manter estável (não que o Joe consiga) e precisa de um apoio. Em ambos os lados, se trata de usar um ao outro. Não é gostar, tão pouco amor. Além de doença, é também uma ilusão.
O ser humano tem essa mania de buscar pelo que é difícil; o tal instinto de caça, sobrevivência. Ou busca pelo que serve de apoio; como aquela pequena pilha de livros usada para substituir a perna de uma cama quebrada. É insano perceber que 90% dos relacionamentos se trata disso. As pessoas vivem buscando algo umas nas outras, sendo que deveriam buscar e encontrar em si mesmas. Está ali, tão perto, o tempo todo consigo, e cometem burrada atrás de burrada para no final lamentarem dizendo que o amor não existe. É loucura! A frustração começa quando você busca em outra pessoa o que já deveria estar em você.
Vamos valorizar mais o que realmente é bom, meu povo. O que nos faz bem. E se sentirem vontade de correr atrás de um Joe ou Beck da vida, passem num psicólogo antes!
Em apenas 10 episódios temos aqui uma grande produção dentro desse gênero que anda tão escasso! Uma obra de bons sustos, uma pitada de complexidade e mistérios que se misturam com personagens bem trabalhados e uma fotografia que merece tamanho respeito!
The Haunting of Hill House é a prova de que esse gênero tem salvação, de que nem toda trama de terror precisa se prender a 'jumpscare' para segurar o público, ou tão pouco se prender só ao horror. Dá para apostar em história também! Em um roteiro escrito de uma forma sensível e muito bem pensada; nas pessoas que iria atingir. E me atingiu em cheio.
Falar nisso, Carla Gugino tá maravilhosa! Babei muito sim.
Achei que esse filme só não foi descartável por ser de origem do Venom. Só o que funciona são as cenas de ação, tirando o terceiro ato que é uma tremenda bagunça. De quebra tem seu lado cômico forçado e sem graça, enredo previsível, personagens extremamente descartáveis, até a Anne Weying que tá muito aleatória. Sem falar em todo clichê que me faz até querer desistir de filmes do gênero.
Parece um filme feito de qualquer jeito, só como um passa tempo mesmo. Mas pra mim nem pra isso serviu. Pecou muito, em vários sentidos. Nem Tom Hardy conseguiu salvar.
Tipo... é sério que tem gente que critica o filme por ter começado do nada, sem uma explicação?! Se vai ter uma continuação, é claro que as questões que ficaram no primeiro ato vão ser esclarecidas no próximo. Bom, eu particularmente gosto desse mistério, deixa a trama mais interessante.
A Quiet Place é tenso, tem cenas de tirar o fôlego, mas se prende um pouco aos clichês e, convenhamos, não é tão genial assim. Algumas coisas são acrescentadas na trama (como um recém-nascido), justamente para alimentar o suspense. Porque se formos pela lógica, é até absurdo imaginar que um casal teria filhos em meio a uma situação tão grave. Mas ok. Vamos supor que foi uma gravidez inesperada ou tenha sido uma forma de amenizar o luto.
De qualquer forma é um bom filme. Destaque para Emily Blunt.
Tá aí um bom exemplo do porque prefiro animações com dublagem br. Além de valorizar o trabalho dos nossos dubladores, de quebra temos referências da nossa cultura. E em (Des)Encanto são muitas. Chega passar do limite, mas é muito maneiro ver tantos memes em uma série só. Não é tão boa quanto Rick and Morty (se é que dá pra ficar comparando), mas diverte, traz personagens bem desenvolvidos e uma história com boas críticas.
Bom, nesse aqui a direção tá ótima! Curti o tom dark, sua fotografia e todo o lado humanitário que nos faz refletir como pessoa. Mas a maior falha desse filme é tentar nos prender em algo que já tá mais do que batido. Mesmo pra mim, que amo a franquia. Os clichês poderiam ter parado em JW1, mas há uma abordagem parecida com O Mundo Perdido. O lado bom é que saí do cinema intrigado com o que vai vir depois.
A série melhorou muito, isso é um fato. Eu critiquei bastante a primeira temporada (e tive meus motivos), mas acabei me deparando com uma ótima produção nesse ''segundo ato''.
Apesar do roteiro se prender em um único objetivo - que é acabar com o Processo, a trama acerta em tudo o que pretende entregar; suspense, romance, efeitos especiais, seu toque de ação e uma fotografia que merece destaque. As cores são muito bem usadas, assim como as atuações, algumas delas merecem respeito. De quebra ainda tem a história por trás do Processo que também é algo interessante, ainda mais porque envolve questões que não foram respondidas antes.
Essa segunda temporada de 3% é a prova de que o Brasil tem potencial para produzir uma série tão boa quanto as estrangeiras. Agora sim, boto fé!
Visualmente falando o filme é grandioso, mas não só nesse ponto; o elenco de peso, a trilha sonora, a colocação dos personagens que trouxe à tona o humor e as trocas de farpas que sempre aconteceram entre os heróis, a divisão entre os mesmos que casou perfeitamente nas cenas de ação e outros pontos que contribuíram na trama, THANOS que é o melhor vilão até agora; personagem bem construído, que idealiza/luta por algo e cumpre seu papel (e muito bem) em todos os sentidos. O tipo de vilão que a gente respeita!
''morte'' dos heróis, pela primeira vez vimos no cinema tantos personagens queridos perdendo seu brilho... é impactante, mesmo que a gente tenha uma ideia sobre as reviravoltas. Aliás, pode vir, Capitã Marvel!
Parabéns aos irmãos Russo e todos os envolvidos por nos entregarem esse estouro de filme. E pensar que é só um ''petisco'' do que ainda está por vir nessa fase do MCU!
Caramba, que coisa linda! Os cortes entre as cenas são maravilhosos. Ao contrário do que vi em comentários por aqui, para mim a trilha sonora casou direitinho. É tão delicada, sutil, reflexiva. Se a pessoa não tiver um pouquinho de paciência, não vai se questionar sobre metade do que foi apresentado.
A Ghost Story é um filme contemplação, mas que entrega sua proposta na metade da trama. Uma obra que fala sobre o tempo; qual sua importância, os efeitos dele, e como tudo passa tão rápido, num ''piscar de olhos''. Essa mensagem é mostrada na perspectiva de um fantasma caracterizado sem expressão e com um conceito diferente de 99% das entidades apresentadas em outras tramas. Aliás, achei extremamente interessante em como consegui captar seus ''sentimentos'' por seus gestos e atitudes.
Talvez aquele papel seja uma peça chave do que o personagem falou a respeito do tempo. Beethoven, lembra? Imagine que o pedaço de papel seja o instrumento e o que estava escrito nele, a melodia. A questão não é saber o que estava escrito, mas entender que no fim das contas, um dia tudo vai deixar de existir. Nem mesmo um fantasma vai escapar desse fato. Então que a vida seja apreciada, enquanto se pode.
Enfim. Para mim, um dos melhores filmes de 2017. Sem dúvida!
Sem dúvida uma das coisas mais lindas que eu já vi (3x); a fotografia, trilha sonora, os traços, a forma como a trama aborda algo batido, mas de um jeito tão único... Tudo nesse filme é um deleite para os olhos. Sem falar que é capaz de fazer um coração ''bater de novo''.
Li muitas críticas e infelizmente, a maioria das negativas são dadas por: pessoas que sequer viram o primeiro ou o segundo filme, pessoas que tiveram muita expectativa sobre a franquia e pessoas que não entenderam que desde o segundo longa ficou claro que não se trataria de uma franquia direta e sim um ''jogo de quebra-cabeça''.
Paradox parece uma completa bagunça e até certo ponto, é. Mas o filme explica muito bem as dúvidas que foram geradas no primeiro e no segundo; a interferência no espaço-tempo que acabou criando realidades alternativas.
O que muita gente parece ignorar é todo o diferencial dessa franquia; ela trouxe três filmes bem diferentes, mas que sempre tiveram uma ligação entre si. Enquanto alguém esperava uma ligação direta com a primeira trama (e eu também, desde 2009), eu acabei achando genial e extremamente intrigante o rumo disso tudo. J.J. Abrams sabia o que queria desde o início.
O problema é que Paradox tá sendo levado muito a sério, onde até a construção dos personagens é levada em conta, sendo que em nenhum dos outros filmes foi (a intenção nunca foi ser diferente), e o pessoal elogiou. Aliás! Eu lembro que logo no lançamento do primeiro filme, o mesmo foi recebido com bastante crítica por causa do seu found footage. Hoje, a cambada adora. Eu entendo que gosto não se discute, mas vamos com calma? Haha.
UMA TEORIA: o monstro existia em um mundo paralelo e acabou parando na terra, graças a falha em Paradox. Vendo por esse lado, na verdade, o universo Cloverfield pode conter outras criaturas também. Ou seja... enquanto as pessoas estão ''obcecadas'' nos acontecimentos do primeiro longa, tudo aparenta ser bem maior do que aquilo.
Em resumo, eu também não achei esse terceiro filme muito bom, mas divertido e cheio de teorias; coisa que nós fãs discutimos e gostamos há anos.
Um filme bonito, triste, sensível, clichê, poético, de época, verdadeiro, maduro, com ótimo figurino e uma bela trilha sonora. Dessa vez, a problematização homofóbica não teve seu espaço. Com isso, fica uma liberdade que explora ainda melhor essa temática.
Um ponto importante a destacar é que o que os dois tiveram foi algo verdadeiro. Elio relembrou isso enquanto chorava naquela cena final e não tentou matar a tristeza, seguindo o conselho que seu pai deu (e que conselho). Oliver seguiu sua vida. Não porque estava gostando de outro cara e tinha medo do que poderia acontecer, mas porque ele amava outra pessoa. Acontece.
Ver a aproximação dos personagens, cada vez se tornando mais íntimos, é tão envolvente que até dá pra esquecer que são duas pessoas do mesmo sexo, porque no fim das contas, isso não importa.
Bill Tench; o de maior experiência no FBI, durão, que serve de apoio a Holden Ford; o de aparência sensível, sentimental, mas que tem a ousadia e coragem para tentar entender o que se passa na mente de um serial killer, além de burlar o sistema burocrático que tanto envolve a trama. E Wendy Carr; o toque feminino que esbanja sensualidade e um conhecimento mais coerente sobre as motivações dos assassinos. É um belo trio!
Mesmo nas tramas paralelas, a abordagem foco continua presente; seja na relação entre Holden e Debbie, na família de Bill ou no romance de Wendy. Sempre há uma ponta que liga ao trabalho dos agentes e isso é bem interessante, o roteiro não se perde.
Um dos pontos fortes dessa série é sua fotografia; o tom esverdeado que transmite a constância da vontades, a cautela, persistência, liderança, autoestima. E seu cenário extremamente caprichoso que nos faz viver (ou voltar) na década de 70.
Mindhunter fascina ao tentar lidar com as mentes perturbadas e pela forma como explora isso mesmo com a ausência de violência. Em diálogos pesados, a trama consegue seu toque sutil de humor que exala entre os assassinos caricatos e instigantes. A cada episódio, um deleite; um motivo para entrar cada vez mais nesse mundo dos ''caçadores de mentes''.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraUma coisa a ser observada: Tom é aquele cara bacana, inspirador e divertido, o qual provavelmente merecia um grande amor; uma pessoa tão boa quanto ele. Se formos a fundo no personagem, ele pensa exatamente isso. E aliás, não só ele, como muitas outras pessoas por aí. Às vezes nos achamos tão especiais, dignos, que quando uma pessoa simplesmente nos ''rejeita'', parece que o universo tá nos dando um baita castigo. Mas isso não passa de vitimismo, porque ninguém é obrigado a gostar de mim, você, beltrano, ciclano... Você pode se considerar a melhor pessoa do mundo, não quer dizer que será para outra pessoa, e não há problema nisso. A compatibilidade existe, mas funciona com suas próprias regras.
Alita: Anjo de Combate
3.6 814 Assista AgoraNão conheço o anime, mas tive a impressão que o filme teria sido melhor sem o romance, ou se tivesse um pouco menos. Achei muito clichê e até desnecessário, a trama poderia funcionar perfeitamente sem aquilo. Poderiam trocar o romance por uma amizade/parceria forte entre uma cyborge e um humano. Aos meus olhos, ficaria mais legal. Tirando isso, é um bom filme entre os blockbusters.
Olhos que Condenam
4.7 680 Assista AgoraDepois de The Handmaid's Tale, nenhuma outra produção me fez ter tanto "sangue no olho" como essa minissérie. Uma vontade de gritar e chorar ao longo da trama. De estar apoiando os envolvidos, enquanto sou preenchido por uma tremenda frustração. Um desconforto que parece que nunca vai acabar, até que o episódio termina. E no final de tudo, saber que não só é baseada em fatos reais, como também em algo específico que aconteceu... Tive que me render!
When They See Us é visceral, impactante, competente naquilo que propõe, em todos os sentidos!
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraQue final foi esse?! A impressão que tive foi que a Daenerys nunca existiu, como se ela não tivesse tido um arco tão maravilhoso durante todo esse tempo. Trataram a personagem não só como louca, mas como insignificante. Simplesmente foi jogada no lixo, sem respeito algum. Acho que foi a maior mancada em GoT. Imperdoável!
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraDepois de muito tempo, finalmente vi a versão estendida, o que pra mim fez toda diferença. A versão do cinema parece picotada, cheia de pontas soltas. A estendida tem um roteiro arredondado. Mesmo o filme tendo 3h, consegui ver tranquilamente, o único incômodo foi com a chegada do final que simplesmente virou uma bagunça em todos os sentidos. Visualmente falando então?! Um CGI bem cagado.
Continuo com minha opinião sobre a construção dos personagens que mesmo sendo um pouco melhor na segunda versão, peca no arco final que acaba desconstruindo tudo que foi plantado ao recorrer da trama, especialmente no Bruce/Batman.
Sobre a tão criticada cena "MARTHA", ao meu ver, não se tratou de um simples nome. Bruce viu a mãe morrer, seu pai sussurrou o nome da mesma como um: "eu falhei, deveria ter te salvado". Não tem nada a ver com o nome das duas mães, mas sim o fato do Superman pedir que Batman salvasse Marta. Inclusive, ele citou o nome dela pra não haver ligação com o Clark Kent. Enfim. Senti que o Bruce quis fazer o que seu pai não conseguiu. Claro que o nome ajudou a associar ao passado, mas enfim.
A obscuridade desse filme é um tanto desnecessária. Superman se torna um personagem distante do público, porque é confuso, perdido, descontrolado. Isso prejudicou seu desenvolvimento na hora de entregar o resultado final, que foi sua "morte".
Tem outras bobeiras que normalmente acontecem em filmes do gênero, então acaba sendo "normal", dá pra passar. No fim, acho que era pra ser uma trama de super-heróis diferente e até certo ponto, foi. Eu gostei. Minha indagação sempre vai tá naquele final.
Alguém Especial
3.4 305 Assista AgoraComo eu adoro uma comédia sensata que aborda algo útil pra nossas vidas! Essa, por exemplo, trouxe à tona basicamente o que eu penso sobre relacionamentos; a sua importância de viver isso e um dia parar, quando necessário. É divertido e triste ver o momento de bad da Jenny, porque é exatamente daquele jeito que acontece fora da ficção.
No final, quando o Nate aparece dizendo aquelas coisas (querendo reatar) eu fiquei tipo ''wtf? vão mesmo estragar o filme?!''. Que bom que não passou de um sonho.
CONVENHAMOS! Amar é bom, mas amar também dói. Pode durar a vida inteira, mas também pode ter um prazo de validade. E tudo bem, faz parte! Essa coisa de ''não vivo sem você'' é uma ilusão e ninguém deveria se apegar a isso. Fiquei contente pela mensagem que esse filme passou; junto com um bom humor, trilha sonora e um roteiro agradável. É o tipo de comédia que me atrai.
Special (1ª Temporada)
4.1 207Isso que acabei de assistir foi humor negro? Como conseguiram abordar assuntos tão delicados de uma forma tão leve e descontraída?! Não é como certas comédias por aí que apelam ao ponto de gerar um desconforto, pelo contrário. Paralisia cerebral, por exemplo, que é ainda mais difícil de abordar e acho que fizeram isso muito bem. Talvez pelo fato do próprio Ryan O’Connell ter escrito. E que continue. Quero mais!
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraSe tratando de um filme de origem, eu esperava por um roteiro mais voltado à história do personagem sem tanto resumo, mas muito provavelmente não daria tempo de mostrar tantas cenas incríveis ao longo da trama. Apesar dos cortes brutos e do roteiro apressado, Aquaman consegue se manter ao longo de quase 2h30 de filme, sem ser cansativo, mesmo com os clichês dentro de filmes do gênero.
A produção tá simplesmente maravilhosa, pra ninguém colocar defeito. James Wan (que foi um dos motivos pelo qual eu coloquei fé nesse filme), conseguiu me surpreender mesmo eu já sabendo da sua capacidade como diretor. Trabalhar ''de baixo d'água'' não deve ser uma tarefa fácil, há muito no que pensar pra que o resultado saja tão bom quanto este aqui. Tantas cenas maravilhosas, sequências de ação incríveis!
Mas claro que um filme não vive só disso e, ainda sim, a trama atrai pelo carisma do Jason Momoa, a encantadora Amber Heard, o Patrick Wilson, Nicole Kidman (que dispensa comentários) e o nosso memorável Duende Verde, Willem Dafoe.
Enfim. Achei que foi um filme que cumpriu bem seu papel, um ótimo blockbuster! É o que acontece quando o diretor pode fazer seu trabalho sem intervenções.
''Everything I Need'' tocando nos créditos foi lindo demais!
Born on the wrong side of the ocean
With all the tides against you
You never thought you'd be much good for anyone
But that's so far from the truth ❤
Bumblebee
3.5 538Divertido, simplesmente cumpre seu papel no munto do entretenimento. A mudança de diretor fez diferença! Tá na hora do Michael Bay largar a franquia.
Coisa Mais Linda (1ª Temporada)
4.2 401 Assista AgoraEu realmente não entendo como tem gente que trata uma produção como essa como ''lacração'', querendo tornar tal abordagem pejorativa, sem a menor importância. Na real, parece que esses comentários surgem de pessoas que nunca sentiram na pele coisas como a que Tereza, Helô, Adélia e Lígia sentiram. Ora! Independente disso, acima de tudo, devíamos agir com empatia. Afinal, como não se incomodar com aquele local de trabalho, cheio de ''homens'', carregados de insultos e desprezos, no qual Tereza e Helô se esforçam para ganhar espaço? Ou o racismo que a Adélia sofre, seja de forma sutil ou desenfreada? Vamos simplesmente fingir que tudo isso nunca existiu e existe até hoje?! Lacração?! Ah, por favor!
É evidente que a série não traz nenhum roteiro inovador e talvez sua maravilhosa fotografia seja a cereja do bolo, mas tá aí uma produção brasileira que achei uma delícia de assistir. Leve, mas ousada. Dramática, mas nem tanto. Que traz uma veracidade do ontem e do hoje. Um belo elenco que, por sinal, cumpre muito bem seu papel. Por último, mas não menos importante; sua trilha sonora que resgata gêneros que parecem ter sido esquecidos ao longo dos anos.
Se não é a Coisa Mais Linda, chegou bem perto!
Você (1ª Temporada)
3.7 916 Assista AgoraEu gostaria de fazer uma observação sobre o episódio 08, onde mostra claramente uma relação cheia de falhas, que tem tudo para dar errado, mas que mesmo assim, Beck e Joe insistem em manter. Isso acontece tanto fora da ficção que me fez refletir pela 173762615 vez. Ainda não terminei a série e não vou dizer nada aqui a respeito do que a trama aborda, num geral. Então...
Joe diz o tempo inteiro sobre os problemas de Beck, o que ele passou ao tentar ficar do lado dela. Tentou ignorar o tesão, mas logo foi pego com desculpas para justificar aquilo que estava sentindo de novo. E Beck - ou poderia apelidar quele ''serumaninho'' de furacão, cheia de problemas internos que ao invés de tentar resolvê-los antes, ficou com ciúmes do Joe e usou uma manipulação emocional para fisgar o cara, desta vez dando valor depois que perdeu.
Ou seja... Por um lado; um cara feliz, aparentemente realizado com outra pessoa, mas que não conseguia se contentar com isso, usando a falta de algo (no pior sentido) para justificar seu término. Do outro, uma mulher dependente de outra pessoa, que simplesmente não consegue se manter estável (não que o Joe consiga) e precisa de um apoio. Em ambos os lados, se trata de usar um ao outro. Não é gostar, tão pouco amor. Além de doença, é também uma ilusão.
O ser humano tem essa mania de buscar pelo que é difícil; o tal instinto de caça, sobrevivência. Ou busca pelo que serve de apoio; como aquela pequena pilha de livros usada para substituir a perna de uma cama quebrada. É insano perceber que 90% dos relacionamentos se trata disso. As pessoas vivem buscando algo umas nas outras, sendo que deveriam buscar e encontrar em si mesmas. Está ali, tão perto, o tempo todo consigo, e cometem burrada atrás de burrada para no final lamentarem dizendo que o amor não existe. É loucura! A frustração começa quando você busca em outra pessoa o que já deveria estar em você.
Vamos valorizar mais o que realmente é bom, meu povo. O que nos faz bem. E se sentirem vontade de correr atrás de um Joe ou Beck da vida, passem num psicólogo antes!
Homem-Aranha 2
3.6 1,1K Assista AgoraEssa nota tá muito errada!
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraEm apenas 10 episódios temos aqui uma grande produção dentro desse gênero que anda tão escasso! Uma obra de bons sustos, uma pitada de complexidade e mistérios que se misturam com personagens bem trabalhados e uma fotografia que merece tamanho respeito!
The Haunting of Hill House é a prova de que esse gênero tem salvação, de que nem toda trama de terror precisa se prender a 'jumpscare' para segurar o público, ou tão pouco se prender só ao horror. Dá para apostar em história também! Em um roteiro escrito de uma forma sensível e muito bem pensada; nas pessoas que iria atingir. E me atingiu em cheio.
Falar nisso, Carla Gugino tá maravilhosa! Babei muito sim.
Venom
3.1 1,4K Assista AgoraAchei que esse filme só não foi descartável por ser de origem do Venom. Só o que funciona são as cenas de ação, tirando o terceiro ato que é uma tremenda bagunça. De quebra tem seu lado cômico forçado e sem graça, enredo previsível, personagens extremamente descartáveis, até a Anne Weying que tá muito aleatória. Sem falar em todo clichê que me faz até querer desistir de filmes do gênero.
Parece um filme feito de qualquer jeito, só como um passa tempo mesmo. Mas pra mim nem pra isso serviu. Pecou muito, em vários sentidos. Nem Tom Hardy conseguiu salvar.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraTipo... é sério que tem gente que critica o filme por ter começado do nada, sem uma explicação?! Se vai ter uma continuação, é claro que as questões que ficaram no primeiro ato vão ser esclarecidas no próximo. Bom, eu particularmente gosto desse mistério, deixa a trama mais interessante.
A Quiet Place é tenso, tem cenas de tirar o fôlego, mas se prende um pouco aos clichês e, convenhamos, não é tão genial assim. Algumas coisas são acrescentadas na trama (como um recém-nascido), justamente para alimentar o suspense. Porque se formos pela lógica, é até absurdo imaginar que um casal teria filhos em meio a uma situação tão grave. Mas ok. Vamos supor que foi uma gravidez inesperada ou tenha sido uma forma de amenizar o luto.
De qualquer forma é um bom filme. Destaque para Emily Blunt.
(Des)Encanto (1ª Temporada)
3.9 257 Assista AgoraTá aí um bom exemplo do porque prefiro animações com dublagem br. Além de valorizar o trabalho dos nossos dubladores, de quebra temos referências da nossa cultura. E em (Des)Encanto são muitas. Chega passar do limite, mas é muito maneiro ver tantos memes em uma série só. Não é tão boa quanto Rick and Morty (se é que dá pra ficar comparando), mas diverte, traz personagens bem desenvolvidos e uma história com boas críticas.
Jurassic World: Reino Ameaçado
3.4 1,1K Assista AgoraBom, nesse aqui a direção tá ótima! Curti o tom dark, sua fotografia e todo o lado humanitário que nos faz refletir como pessoa. Mas a maior falha desse filme é tentar nos prender em algo que já tá mais do que batido. Mesmo pra mim, que amo a franquia. Os clichês poderiam ter parado em JW1, mas há uma abordagem parecida com O Mundo Perdido. O lado bom é que saí do cinema intrigado com o que vai vir depois.
A cena do braquiossauro morrendo é uma das mais tristes que já vi! Acabou comigo.
3% (2ª Temporada)
3.8 273 Assista AgoraA série melhorou muito, isso é um fato. Eu critiquei bastante a primeira temporada (e tive meus motivos), mas acabei me deparando com uma ótima produção nesse ''segundo ato''.
Apesar do roteiro se prender em um único objetivo - que é acabar com o Processo, a trama acerta em tudo o que pretende entregar; suspense, romance, efeitos especiais, seu toque de ação e uma fotografia que merece destaque. As cores são muito bem usadas, assim como as atuações, algumas delas merecem respeito. De quebra ainda tem a história por trás do Processo que também é algo interessante, ainda mais porque envolve questões que não foram respondidas antes.
Essa segunda temporada de 3% é a prova de que o Brasil tem potencial para produzir uma série tão boa quanto as estrangeiras. Agora sim, boto fé!
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraVisualmente falando o filme é grandioso, mas não só nesse ponto; o elenco de peso, a trilha sonora, a colocação dos personagens que trouxe à tona o humor e as trocas de farpas que sempre aconteceram entre os heróis, a divisão entre os mesmos que casou perfeitamente nas cenas de ação e outros pontos que contribuíram na trama, THANOS que é o melhor vilão até agora; personagem bem construído, que idealiza/luta por algo e cumpre seu papel (e muito bem) em todos os sentidos. O tipo de vilão que a gente respeita!
Sem falar na...
''morte'' dos heróis, pela primeira vez vimos no cinema tantos personagens queridos perdendo seu brilho... é impactante, mesmo que a gente tenha uma ideia sobre as reviravoltas. Aliás, pode vir, Capitã Marvel!
Parabéns aos irmãos Russo e todos os envolvidos por nos entregarem esse estouro de filme. E pensar que é só um ''petisco'' do que ainda está por vir nessa fase do MCU!
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraCaramba, que coisa linda! Os cortes entre as cenas são maravilhosos. Ao contrário do que vi em comentários por aqui, para mim a trilha sonora casou direitinho. É tão delicada, sutil, reflexiva. Se a pessoa não tiver um pouquinho de paciência, não vai se questionar sobre metade do que foi apresentado.
A Ghost Story é um filme contemplação, mas que entrega sua proposta na metade da trama. Uma obra que fala sobre o tempo; qual sua importância, os efeitos dele, e como tudo passa tão rápido, num ''piscar de olhos''. Essa mensagem é mostrada na perspectiva de um fantasma caracterizado sem expressão e com um conceito diferente de 99% das entidades apresentadas em outras tramas. Aliás, achei extremamente interessante em como consegui captar seus ''sentimentos'' por seus gestos e atitudes.
Sobre o final...
Talvez aquele papel seja uma peça chave do que o personagem falou a respeito do tempo. Beethoven, lembra? Imagine que o pedaço de papel seja o instrumento e o que estava escrito nele, a melodia. A questão não é saber o que estava escrito, mas entender que no fim das contas, um dia tudo vai deixar de existir. Nem mesmo um fantasma vai escapar desse fato. Então que a vida seja apreciada, enquanto se pode.
Enfim. Para mim, um dos melhores filmes de 2017. Sem dúvida!
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraSem dúvida uma das coisas mais lindas que eu já vi (3x); a fotografia, trilha sonora, os traços, a forma como a trama aborda algo batido, mas de um jeito tão único... Tudo nesse filme é um deleite para os olhos. Sem falar que é capaz de fazer um coração ''bater de novo''.
Lindo, simplesmente lindo!
O Paradoxo Cloverfield
2.7 779 Assista AgoraLi muitas críticas e infelizmente, a maioria das negativas são dadas por: pessoas que sequer viram o primeiro ou o segundo filme, pessoas que tiveram muita expectativa sobre a franquia e pessoas que não entenderam que desde o segundo longa ficou claro que não se trataria de uma franquia direta e sim um ''jogo de quebra-cabeça''.
Paradox parece uma completa bagunça e até certo ponto, é. Mas o filme explica muito bem as dúvidas que foram geradas no primeiro e no segundo; a interferência no espaço-tempo que acabou criando realidades alternativas.
O que muita gente parece ignorar é todo o diferencial dessa franquia; ela trouxe três filmes bem diferentes, mas que sempre tiveram uma ligação entre si. Enquanto alguém esperava uma ligação direta com a primeira trama (e eu também, desde 2009), eu acabei achando genial e extremamente intrigante o rumo disso tudo. J.J. Abrams sabia o que queria desde o início.
O problema é que Paradox tá sendo levado muito a sério, onde até a construção dos personagens é levada em conta, sendo que em nenhum dos outros filmes foi (a intenção nunca foi ser diferente), e o pessoal elogiou. Aliás! Eu lembro que logo no lançamento do primeiro filme, o mesmo foi recebido com bastante crítica por causa do seu found footage. Hoje, a cambada adora. Eu entendo que gosto não se discute, mas vamos com calma? Haha.
UMA TEORIA: o monstro existia em um mundo paralelo e acabou parando na terra, graças a falha em Paradox. Vendo por esse lado, na verdade, o universo Cloverfield pode conter outras criaturas também. Ou seja... enquanto as pessoas estão ''obcecadas'' nos acontecimentos do primeiro longa, tudo aparenta ser bem maior do que aquilo.
Em resumo, eu também não achei esse terceiro filme muito bom, mas divertido e cheio de teorias; coisa que nós fãs discutimos e gostamos há anos.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraUm filme bonito, triste, sensível, clichê, poético, de época, verdadeiro, maduro, com ótimo figurino e uma bela trilha sonora. Dessa vez, a problematização homofóbica não teve seu espaço. Com isso, fica uma liberdade que explora ainda melhor essa temática.
Um ponto importante a destacar é que o que os dois tiveram foi algo verdadeiro. Elio relembrou isso enquanto chorava naquela cena final e não tentou matar a tristeza, seguindo o conselho que seu pai deu (e que conselho). Oliver seguiu sua vida. Não porque estava gostando de outro cara e tinha medo do que poderia acontecer, mas porque ele amava outra pessoa. Acontece.
Ver a aproximação dos personagens, cada vez se tornando mais íntimos, é tão envolvente que até dá pra esquecer que são duas pessoas do mesmo sexo, porque no fim das contas, isso não importa.
Mindhunter (1ª Temporada)
4.4 804 Assista AgoraBill Tench; o de maior experiência no FBI, durão, que serve de apoio a Holden Ford; o de aparência sensível, sentimental, mas que tem a ousadia e coragem para tentar entender o que se passa na mente de um serial killer, além de burlar o sistema burocrático que tanto envolve a trama. E Wendy Carr; o toque feminino que esbanja sensualidade e um conhecimento mais coerente sobre as motivações dos assassinos. É um belo trio!
Mesmo nas tramas paralelas, a abordagem foco continua presente; seja na relação entre Holden e Debbie, na família de Bill ou no romance de Wendy. Sempre há uma ponta que liga ao trabalho dos agentes e isso é bem interessante, o roteiro não se perde.
Um dos pontos fortes dessa série é sua fotografia; o tom esverdeado que transmite a constância da vontades, a cautela, persistência, liderança, autoestima. E seu cenário extremamente caprichoso que nos faz viver (ou voltar) na década de 70.
Mindhunter fascina ao tentar lidar com as mentes perturbadas e pela forma como explora isso mesmo com a ausência de violência. Em diálogos pesados, a trama consegue seu toque sutil de humor que exala entre os assassinos caricatos e instigantes. A cada episódio, um deleite; um motivo para entrar cada vez mais nesse mundo dos ''caçadores de mentes''.