Uma das coisas mais atraentes dessa série é a forma como ela usa e abusa da cultura negra/americana. O problema, para nós brasileiros, é que fala de uma cultura diferente da nossa. Conversas sobre músicas, esporte, referências, etc. Tudo um tanto distinto, exceto a crítica social (destaque para a abordagem política e racial) que são bastante objetivas.
Porém, ao mesmo tempo que ela carrega um conteúdo cultural (parte dele que não condiz com o nosso), a trama se torna muito arrastada. Tudo fica ainda menos empolgante quando nos damos conta que ela mostra um herói à prova de balas que parece invencível. Não é a mesma sensação ao vermos Daredevil ou Jessica Jones, já que em situações de risco, nós ficamos apreensivos por eles. É uma das coisas que nos prende ao personagem. Mas Luke Cage tem seu potencial; ele consegue nos atrair graças ao seu jeito desajeitado e ao carisma do Mike Colter.
Falando das atuações, elas são boas. Alguns personagens carregam seu charme (tais como Cottonmouth, Shades, Mariah Dillard, Claire Temple e até a Misty Knight) que contribuem para um bom apreço pela trama, assim como um peso de cenas de ação nos episódios finais que servem para dar um gás. O problema, é que daí, a série passa a se tornar algo extremamente clichê, o que não é novidade entre os filmes de super-heróis. Mas é um ponto que deixamos facilmente passar.
Por fim, Luke Cage acerta ao ter algo diferente entre esse universo da Marvel. Mas infelizmente, para mim e muitas pessoas, seu diferencial não foi o bastante para fazer dessa série o que chamamos de ''badass''. Não é tão gloriosa como muitos críticos expressaram, mas é boa o bastante para ser apreciada.
Filosofia barata, algumas atuações rasas, roteiro batido e situações difíceis de engolir: como eles pisam em um planeta desconhecido tão despreparados? Ok, tudo bem, era um planeta que supostamente tinha vida, mas a personagem Daniels (que inclusive, é a única que parece ter um cérebro) notou a ausência de animais. E pior, eles perceberam que o planeta já estava sendo habitado. Logo, a tal missão para uma colonização acabou se tornando uma missão suicida. Ficou claro que seria mais sensato esperar por algo que já haviam planejado (mesmo tendo riscos) ao invés de arriscarem suas vidas de outra forma e acabarem falhando com o objetivo. Sem falar nas outras atitudes estúpidas.
Uma tripulante acaba deixando a outra em quarentena, sendo que a que estava tão preocupada em não espalhar uma possível infecção, tinha recebido uma pequena rajada de sangue no rosto (cena em que o alien sai das costas do tripulante). E, assim... Por que diabos deixou a outra lá, sendo que ambas tinham sido expostas da mesma forma? Não entendi.
Achei o filme sem emoção, preguiçoso, previsível e sem nada de diferente. Para mim, só acertou nos efeitos especiais, sua violência e no Michael Fassbender.
Alien: Covenant provavelmente será o pior filme da franquia, qual acabou servindo apenas para gerar dinheiro, tendo como base os mistérios do anterior. Ou seja, uma forma de levar os fãs e curiosos ao cinema e entregar para eles essa bomba que pode ser resumida em MESMICE.
Sangrenta, visceral, divertida, cheia de mistérios e uma narrativa bem peculiar. American Gods não é para qualquer pessoa; é preciso aceitar a crítica, a diversidade, entender ao menos um pouco da mitologia grega e respeitar tamanha ousadia que se converte em uma bela adaptação. Sem falar na abertura que é f*da!
Fotografia, roteiro, narrativa, trilha sonora, tudo é simplesmente muito bem construído. Trama que nos faz ter revolta, desconforto, aflição e até uma quantidade de ódio que acaba entrando em nossas veias, mas que é desfeito só por pequenos detalhes positivos em meio à tamanha ignorância humana.
The Handmaid's Tale não é só crítica, mas também uma arma mental contra o opressor.
Sabe por que o filme fracassou na bilheteria? Porque a Lionsgate trouxe mais conversa do que porrada, tiro e bomba. Hoje em dia, uma (possível) franquia como essa precisa disso para se manter. Principalmente uma que está dando o primeiro passo. Por mais que eu e muitas pessoas tenham gostado do diferencial, o público genérico é o que rende dinheiro. Se não agrada esse público, fica difícil ter o bendito lucro para trazer uma sequência. Então, a situação é simples: o cinema foi tomado por pessoas curiosas e a procura de nostalgia. Tiveram isso por uma vez e foi o suficiente. Fora que o filme não é grandioso, então como competir com Transformers, filmes da Marvel, DC, monstros, animais gigantes e todos aqueles filmes que reinam entre os blockbusters?! Difícil.
Meu maior problema com Power Rangers foi a falta de ação e os efeitos especiais que deixaram a desejar. E mesmo gostando da história e os momentos nostálgicos, o roteiro é muito lento e repetitivo. Se a ideia era trazer um filme de origem, que fizesse isso da melhor forma possível. Do contrário, seria melhor um filme bem pipocão para deixar o público grudado nas poltronas apreciando explosões. Assim, ao menos, renderia dinheiro para uma sequência melhor elaborada. Michael Bay faz isso e é uma mina de ouro.
Mas o filme também acerta; os movimentos da câmera, a trilha sonora teen, as sequências de ação bem construídas, as mudanças no traje, o tom que é um pouco sombrio e o pequeno peso emocional do filme (bem ''meh'', só que dá para assistir). A construção dos personagens é clichê, só que ninguém esperava algo diferente. Nem mesmo sobre as situações previsíveis e toda aquela coincidência para que o grupo se reunisse. Afinal, é Power Rangers. Muita coisa da para deixar passar, até mesmo as atuações meia boca. Bryan Cranston, RJ Cyler (Ranger Azul) e o Alpha 5 foram os melhores do elenco. Elizabeth Banks não se encaixou na personagem que inclusive, é um dos pontos negativos no filme. Vilã fraquíssima.
Enfim. No fundo, não dava para esperar por uma mega produção de um reboot dos Rangers. É complicado tentar agradar os fãs, que esperavam por algo nostálgico e ao mesmo tempo trazer uma outra essência. Essa essência deu certo, só que faltou mais investimento por parte do estúdio.
Por que eu vejo tanta gente falando sobre 13 Reasons Why fazer apologia ao suicídio?! De forma alguma vi isso. Eu vi uma trama mostrando a vida de uma garota, semanas antes de ela tirar sua própria vida. Ou seja... a série traz muitos alertas sobre esse assunto. Traz mais pontos positivos do que negativos. Afinal, nós entramos no mundo de Hannah Baker e começamos olhar em nossa volta, começamos notar as pessoas. Pelo menos é desse jeito que deveria ser, certo?! E é engraçado como algumas pessoas vivem dizendo que alguns personagens enfatizam pensamentos e atitudes erradas, mas vamos acordar! A série está mostrando algo que acontece fora da ficção. Sendo errado ou não, precisa ser mostrado!
(marcado como spoiler falo o que achei sobre como abordaram o tema).
Vemos o comportamento dos pais que, mesmo amando tanto ela, não conseguem enxergar que sua filha está passando por problemas. Alô?! Um alerta aos pais!
Vemos o Clay que, mesmo sendo mocinho, é aquele tipo de pessoa que vê e não faz nada. Talvez, ele seja um dos piores. Não vejo que ele teria obrigação de estar do lado de Hannah, mas a série retrata como a compaixão e pequenas atitudes do próximo podem fazer diferença. Pouca ou muita, mas faz.
Vemos todos aqueles adolescentes babacas tomando atitudes babacas. Se eu, você, ou qualquer outra pessoa ver isso, talvez olhe para si e veja o quão podre é. É possível que cause um choque de realidade nessas pessoas e que, de alguma forma, elas aprendam algo.
Vemos aquele Conselheiro que não cumpre seu trabalho, então eis um tapa em todos os profissionais que carregam o dever de fazer a coisa certa e só cruzam os braços. Ou simplesmente não enxergam o que deveriam.
E quando dizem que o suicídio da Hannah pareceu uma vingança, eu digo que deveriam olhar as coisas por um outro ângulo. Até porque, de que forma os personagens saberiam o que aconteceu com uma garota morta? Cada detalhe, cada sentimento... O propósito é esse, fazer com que os ''13 porquês'' se sentissem culpados e causar toda aquela intriguinha entre adolescentes do ensino médio. Sim, daí vem um dos motivos pelo qual a série é fraquinha, porque... Olá?! São problemas baseados em fatos reais, problemas entre ''crianças'', que para muitos podem ser problemas pequenos, dores pequenas, mas para elas, é um ''hannah baker world''.
E para uma pessoa depressiva? Bom... A série mostra uma luz no fim do túnel, de várias formas. Até onde vi por aí, muitas e muitas pessoas começaram a procurar ajuda. Uma grande porcentagem! Infelizmente, uma pessoa que sofre depressão tem muitas chances de cometer suicídio, ela pode acabar fazendo isso vendo ou não a série. Logo...
Quanto as partes técnicas... A fotografia é um dos pontos fortes. Os tons quentes e frios para distinguirmos o passado e o presente podem nos fazer sentir a ausência da Hannah, o machucado na testa do Clay que simboliza sua dor, a trilha sonora que se mistura perfeitamente com as cenas e todas as críticas sociais que foram essenciais na abordagem desse assunto. E o mais interessante nisso, é que o peso dessas críticas saem da boca dos próprios alunos (como Clay e Alex), algo que acaba tendo mais credibilidade.
Confesso que a trama poderia ter acrescentado mais coisas. Poderia até ser mais pesada, porque não vi nada de tão tenso como me falaram (tirando a cena do suicídio que é bem pesada). Só que, na verdade, a única pessoa que poderia julgar o que é pesado ou não, seria a própria Hannah. As várias Hannah's por aí que não são entendidas, são excluídas e até pouco tempo atrás, eram IGNORADAS.
Então, parabéns à Netflix por trazer isso para a nossa realidade. Pois debatemos, e muito. E quanto aos defeitos... toda trama tem, mas o assunto abordado é tão importante, que só o fato de ele estar ali, sendo discutido, já é um um grande passo.
O filme já começa bom com um assunto envolvendo a cultura pop e uma crítica social. As conversas são tão longas e fazem os personagens serem muito naturais... Aquele papinho fiado cheio de informações.
Há atuações indiscutíveis, com cenas icônicas - Mr. Blonde que o diga -, mostradas naquele armazém. Rola uns flashbacks e tem aquele roteiro não-linear que inclusive, é um dos pontos positivos nos filmes do Tarantino. Sempre é!
Cães de Aluguel tem uma história simples, sangrenta, com humor negro e referências à cultura pop, trazendo um roteiro caprichado contendo ótimos diálogos. Só senti falta da trilha sonora. Não foi marcante para mim, como foi em Pulp Fiction.
viram aquele prédio pegando fogo? No começo, quando o pai e a filha estão dentro do carro. É semelhante ao do filme que citei.
De qualquer forma, recomendo que assistam.
Sobre Busanhaeng... lembrando que é um blockbuster, não é? E saiu na frente de muitos!
Americano sabe fazer filme. Mas acho bacana a forma como em um roteiro tão simples, os coreanos conseguem se saírem bem.
Não queria comparar, mas há muito filme americano com essa mesma premissa. Os personagens são rasos, não tem história, etc. E sai uma bosta. A gente até torce para alguns morrerem. Ou não nos importamos quando morrem. Mas os coreanos? Obviamente é diferente. Tudo muito simples, os personagens não têm nada demais, não os conhecemos. Mas ficamos com pena quando morrem, ou torcemos para que não morram. Até pensamos que não vai acontecer nada com tal personagem, mas aí... Enfim. Eles sabem encontrar um jeito de emocionar quem assiste, mesmo tendo tão pouco.
Um outro ponto bastante positivo é a forma como eles trazem seus princípios. Até mesmo em um filme que poderia servir só de entretenimento; sustos, tensões e arrepios, podemos tirar muito mais dele.
Finalizando, esse filme pode ser resumido em uma palavra: ousadia. Coisa que hollywood anda precisando ter mais vezes, se tratando dos blockbusters.
Quase não tenho palavras para descrever minha satisfação após ver essa verdadeira obra prima! É simplesmente fascinante como esse filme prende contendo apenas um cenário. Mas ao final, logo nos damos conta sobre o quão foi importante os diálogos, o roteiro inteligente e as características dos personagens, as quais vão muito além da ficção. Sem falar na forma como o filme entretém com uma simplicidade invejável, se comparando a tanta baboseira que vemos hoje em dia.
"I've had 40 years in the air but in the end, I'm going to be judged by 208 seconds"...
A primeira coisa que gostei nesse filme foi sua trilha sonora. Depois vieram aquelas cenas mostrando o avião em ângulos diferentes, que me fizeram ficar arrepiado. Achei um tanto intenso. Os efeitos sonoros contribuíram muito.
Um outro ponto bom desse filme é que mesmo tendo um roteiro sereno e direto, conseguiu me prender de uma forma absurdamente boa. Ainda que eu já soubesse da quase-tragédia (o que normalmente corta meu ''tesão'' em filmes que já nos mostram uma base de como vai ser o desfecho), esse conseguiu me permitir apreciar a muito bem trabalhada reconstituição, entrar na cabeça de Sully (o que mais me deixou envolvido na trama) e me fez aprender um pouco mais sobre essa tamanha responsabilidade que um piloto carrega nas costas.
Sully não traz o ''novo''. Mas para mim, Clint Eastwood soube conduzir muito bem esse filme, ''competindo'' com a maravilhosa performance do Tom Hanks, ambos trazendo uma bela homenagem ao feito histórico do Capitão Sullenberger.
Bom, isso se trata de um ESPECIAL e acho que eles capricharam nesse presente. Já que todo o roteiro vem com a próxima temporada, imagino que a obrigação da direção está justamente na próxima fase. Sendo assim, nada como um bônus para nos trazer aquela fotografia MARAVILHOSA, junto à sua trilha sonora que sempre nos causa aquele arrepio que nos faz se sentir tão mais envolvido na trama.
Eu esperava que essas 2hrs fosse só um especial básico, repleto de cenas bonitinhas (e suruba, claro). Mas trouxe alguns momentos significativos que continuarão na próxima temporada. E como sempre, Sense8 não deixou de trazer belas mensagens para todos os tipos de pessoas. Coisa linda de se ver.
E nem preciso citar a breve participação da Lana Wachowski, não é?! Achou que escaparia, mas qualquer um a reconheceria com aquela cabelo rosa. Hahaha.
Não é porque a série é brasileira que devemos ficar criticando, claro. Mas também não é porque a série é brasileira que devemos ficar batendo no peito o quanto é boa para tentar nos trazer um orgulho nesse universo cinematográfico e televisivo.
Gosto é gosto, cada um tem sua opinião e devemos respeitar, mas... Acho que ficou bastante óbvio os erros dessa série. A premissa é ótima, mas uma mistura do que já vimos antes com um desenvolvimento fraco e cheio de furos. Eu até vi personagem que tinha sido eliminado, mas no episódio seguinte estava lá de novo.
E aliás, como um local tão evoluído permite que falsos participantes entrem de um jeito tão fácil?! A série sequer explica isso. Assim como deixa de explicar várias coisas (não como se fosse ser explicado depois). E você nota um furo grotesco quando aquele dispositivo que serve como identidade não muda o nome, mas muda a foto. Como foi o caso daqueles dois personagens. É como se o processo facilitasse a entrada deles. Se há um propósito nisso? Vai saber. Fica aí mais uma coisa que não é explicada.
Como a Aline não conseguiu detectar o resto do Ezequiel?? Por que só existe câmeras no local quando os convém? Inclusive, existia uma focada na mesa do Ezequiel, o que facilitaria ver que foi a Michele quem colocou o veneno na bebida. Mas ok, vamos ''supor'' que o Ezequiel viu e fez todo aquele jogo para chegar nela. Mas e as outras pessoas envolvidas e com mais poder que ele? Uma pessoa de dentro morreu, era de se esperar que todos o conselho tentasse descobrir. Mas não.
Aquele teste entre ficar x ir com a grana foi foi totalmente sem sentido com Joana. Se ela estava sendo supostamente ameaçada por alguém que queria pegar parte do dinheiro dela, alguém do ''lado de cá'' que teria grandes chances de acabar com a raça dela, por que ela escolheria ir ao invés de ficar? Ao invés de ir para o ''maralto'', onde poderia se livrar de todos os problemas?
Enfim. É nesse tipo de coisa que notamos a preguiça de desenvolver algo realmente bom. Quer ver um outro exemplo?
Naquela prova dos bonecos, havia uma mulher que eles descobriram ser cega. Mas gente?! Ela não é surda. Em uma situação como aquela, era de se esperar que a outra mulher que estava se engasgando fizesse algum barulho suspeito. Inclusive, o marido dela. Essa é uma situação normal que ao meu ver, aconteceria. Não a mulher ficar lá parada com um sorriso quase que cínico. Mas aparentemente isso serviu para que a suposição do Fernando fizesse um pouco mais de sentido. Se é que teve algum sentido naquilo.
Existem várias outras coisas que eu poderia citar aqui como um furo, mas ficaria longo demais.
As provas? Nada complexas, algumas apenas vagas demais para nos deixar confusos e tornar aquele personagem mega inteligente ao dar uma resposta que não esperávamos. A impressão que tive foi que o conselho era burro e os participantes superiores.
Algumas atuações são bem amadoras, poucas ali salvam e as melhores delas precisam melhorar um pouco mais para que eu tenha orgulho do elenco. A trilha sonora, por mais que trouxe uma cultura do nosso país e quis misturar os dois lados da ficção, não achei que ficou legal numa série futurística. Na verdade, achei algo totalmente fora do padrão. Inclusive, essa trilha sonora estragou o clímax do desfecho. Foi bem estranho, hahaha.
Enfim. A série traz muita coisa meia boca e por mais que seja a primeira brasileira, a Netflix tinha culhões suficiente para nos trazer algo melhor. Uma pena que não foi o caso! Mas não é tão ruim, dá para apreciar algumas coisas, como a fotografia e a evolução de alguns personagens.
Agora é torcer para que a 2ª temporada me faça esquecer dos tantos erros da 1ª.
É tanto tapa na cara da sociedade, tanta crítica envolvida – sem aquele moralismo chato, que nos faz parar para refletir ao final de cada episódio!
Ao meu ver, Black Mirror segue com seu potencial, tendo seu tom diferenciado, misturado em climas pesados, leves, cômicos e aterrorizantes (principalmente psicologicamente falando).
Essa terceira temporada foi ainda mais diversificada. Já começa com aquela belezura de primeiro episódio que tem como base a atual situação da internet. Um DOS problemas do mundo virtual causado pelos navegantes e que provavelmente irá piorar ainda mais com o passar dos anos.
O legal de Black Mirror é isso: nos trazer uma base praticamente certa do que podemos esperar do futuro. OU, do que se passa atualmente, com as consequências da tecnologia.
Três personagens com posições diferentes; o intelectual injustiçado, o mocinho confuso e a ovelha negra que tenta se afastar do seu rebanho. Não diminui nenhum dos três e entendi cada ponto de vista e sentimento que eles passaram, sem que eu os julgasse.
Apesar dos clichês que sempre existem em filmes LGBT, esse aqui conseguiu me trazer incerteza e fez com que eu me identificasse com os envolvidos.
O roteiro é bem simples e acho que conseguiu me ganhar justamente por essa simplicidade. Só achei que pecou um pouco na falta de drama. Porém, é gostoso de ver. Não é nada grandioso, mas é um bom romance.
Those People é um filme delicado, bonito e realista, principalmente no seu desfecho. Não há final infeliz, nem feliz demais. Há um final incerto, assim como a vida.
Os pontos fortes desse filme: a atuação da Blake Lively, sua fotografia e o tão temível predador dos mares. Capricharam no visual desse animal, o CGI é praticamente impecável. Enquanto a atriz, mandou muito bem! Uma das coisas que admiro num ator é sua capacidade de expressar dor para quem está assistindo e ela faz isso de forma bem natural.
Mas o filme tem seus contras... Para um que traz –ou tenta trazer algo realista, houveram alguns momentos superficiais, cenas em que talvez um tubarão não agiria de tal forma. Isso me incomodou um pouco, mas ajudou no entretenimento.
As semelhanças entre Jaws são bem claras e faz o filme ser um tanto clichê. Outro ponto falho é a trilha sonora que não ajuda muito, ela passa bem despercebida e para mim, isso acaba sendo um erro bem considerável, uma vez a ideia do filme é passar tensão para o telespectador. Está aí uma coisa que o diretor deveria ter ''tirado'' do filme de Spielberg.
De qualquer forma, The Shallows tem um roteiro bem acessível à sua premissa e consegue ser um dos melhores filmes do gênero.
A premissa é interessante, instiga o telespectador. Mas certas coisas acabaram quebrando minha conexão com o filme; como alguns furos, clichês e a falta tensão.
Aliás, a única coisa que me deixou tenso, realmente, foi o fato de ela ser surda e muda. É agonizante vermos a personagem passar por uma situação daquelas, mas para mim, acaba não sendo muito aceitável algumas atitudes do assassino, o qual tenta passar uma ar superior e parece mais perdido do que ela. Enquanto que ela não escapa de algumas burrices.
O ''jogo'' entre eles poderia ter sido mais elaborado, poderia haver uma conexão. Como, por exemplo, ele ser algum conhecido, talvez um ex? Isso implicaria no seu desejo de vê-la sofrer, haveria um peso emocional, já que o assassino não tem nada de interessante. Ao contrário dela, que mesmo com tamanha fraqueza, medo, desespero e muita desvantagem, consegue ter garra para tentar ser uma sobrevivente. É legal vermos a evolução da personagem, ela e a atriz são o ponto forte. De resto? Vez ou outra sempre acaba faltando algo.
McGregor mandou muito bem nesse personagem, é bastante convincente. Diferente de muitos filmes nesse estilo psicodélico, Trainspotting conseguiu me entreter e me fez ter uma visão bem mais ampla sobre as pessoas que entram para esse ''país das maravilhas'' (muitas vezes, com passagem só de ida).
As narrações do Renton são muito boas, mesmo com tamanha simplicidade. Faz com que qualquer pessoa entenda cada coisa que ele diz, cada sentido que ele busca, sem deixar de lado toda a base crítica perante a sociedade.
Um outro ponto bastante importante, é observarmos que em momento algum o filme quis passar mensagem moral. Ao menos, não daquelas como: ''não use drogas''. Ele apenas mostra os efeitos da heroína, e demais drogas, e deixa que você tire suas próprias conclusões. Seja sobre a vida do Renton ou qualquer outro personagem ali.
A cena do bebê é realmente chocante. Está aí um outro ponto bastante positivo desse filme: mostrar o lado ''cru'' da vida. Não existe início, meio ou fim perfeitinho. Existe o mundo em que vivemos. O mundo dos viciados. Aquele mundo no qual você precisa fazer muita merda para poder sair.
Vendo por olho nu, acho que o filme foi apenas: reunir mutantes, um drama familiar, efeitos especiais um pouco mais caprichados e um desfecho clichê (tirando a Jean Grey).
Eu saí do cinema tendo uma boa imagem do Apocalypse. Afinal, ele manteve a seriedade. Foi um vilão que começou de um jeito e terminou da mesma forma. Mas depois me dei conta do quanto ele estava mal aproveitado. Ficou bem genérico e praticamente só serviu pra juntar os mutantes. Faltou ousadia.
Não sou fã de X-Men e tenho gostado de como ele vem acontecendo nessa nova fase, mesmo com as falhas na cronologia. Sinto como se X-Men nem fizesse parte da Marvel. Acho um filme de super herói um pouco diferente. Parece um 'blockbuster cult'. Haha.
Mas, infelizmente, eu senti que isso não existiu nesse novo filme. Em outras palavras, eu achei meia boca. Repetitivo em alguns pontos. Parecia uma mistura de First Class com Days of Future Past.
Ainda sim, o filme tem seus pontos bastante positivos, um deles é que manteve sua essência e trouxe um pouco mais de entretenimento. Para um blockbuster, acho isso essencial.
Primeira temporada: é mais trabalhada no roteiro, porém um pouco lenta. Segunda temporada: um pouco mais agitada e tem um roteiro inferior.
Porém, nada que tenha me desanimado. Achei muito bacana como conseguiram manter um equilíbrio entre os três. Não foi cansativo, não foi exagerado em momento algum (e vamos lembrar que se trata de uma série sobre heróis). Em DD, nem o romance é estragado. Eu estava torcendo pra que Matthew e Elektra não se tornassem o típico casal clichê, cheio de drama e momentos desnecessários. E por falar nisso, a tensão sexual é muito boa.
Todos os personagens são muito bem trabalhados e cada um tem seu espaço. Até o jornalista que tenta ''ajudar'' a Karen tem uma pitada de personalidade. Conseguimos captar a visão de cada personagem ali, e caramba, isso é muito raro. Não estamos falando de filme. Estamos falando de uma série! No meio de tantas por aí, com roteiros saturados, mal aproveitados e cheios de censura, DD é um prato cheio.
E nem preciso falar do Punisher e da Elektra, certo?! Deram um show. A escolha dos atores para os personagens foi perfeita, deu certinho.
Tipo, clichê... Mas um ótimo filme adolescente, feito especialmente para adolescentes, com história e problemas adolescentes. Por isso, muitas vezes, acaba sendo julgado de uma forma que para mim, não deveria (o que faz ter uma nota baixa).
Acho que não podem esperar mais do que é mostrado no filme. Até porque, em momento algum o mesmo se dá o trabalho de passar tal impressão.
É uma comédia que não peca no seu principal propósito: entreter. E mesmo que esse gênero esteja tão saturado hoje em dia, The DUFF consegue ficar por cima de várias comédias. Algumas delas, que não servem para nada além de dar boas risadas. O que não é ruim, de fato. Mas aprecio ainda mais filmes desse gênero que carregam uma boa mensagem, algo que possamos nos identificar e levar para a vida. Afinal, existem Bianca's por todo o mundo. A personagem é super divertida, a triz manda muito bem nesse papel, sendo bastante natural. O que por sinal, falta em muitos atores. Bella Thorne é um exemplo. Não achei que convenceu, mesmo sendo uma personagem antipática. Algumas vezes parecia mais forçada do que o normal.
De resto, o filme cumpre seu papel. Só faltou inovar.
Acredito que o fato do Glenn não ter morrido foi para nos dar uma certa ''anestesia'', para confortar o telespectador, ficar confiante de que certos personagens não vão morrer. Até que acontecer o contrário e gerar um impacto maior. Talvez, o que prove isso, são aquelas mortes inesperadas. O que para mim foi chocante.
Aquela cena da família morrendo foi meio que surreal. Parecia que todos os personagens ali estavam tendo um pesadelo. E o Rick usando o machado contra o braço da Jessie?! Nossa.
Tudo bem que eles estão deixando um pouco do roteiro de lado, mas isso vimos nas primeiras temporadas. Tô adorando toda essa tensão da 6ª!
É fácil entender que os produtores precisam disso. Assim como a emissora. Tem que ter ibope, tem que superar expectativas. Porque é assim que uma série vai pra frente.
Então, é bom esquecer um pouco dos furos e aproveitar todo o gás.
Uma das melhores coisas na série é a forma como ela sabe ligas os pontos, como usa referências dentro e fora da realidade. Como usa a Jessica para representar uma mulher que acha que é controlada por seu marido (ou qualquer outro homem).
Vemos uma mulher durona (e isso inclui sua tamanha força), sendo amedrontada por um magrelo, mas que consegue controlar as pessoas. Ou seja, existe uma abordagem psicológica e é exatamente isso que vemos fora da ficção.
A série é muito gostosa de ver. Tem uma intro muito boa, uma fotografia bem simples, mas super convincente. Não tenho do que reclamar das atuações e a trilha sonora é super sutil e muito bem colocada. O vilão é mais um daqueles que não há como odiar (pelo contrário). Por falar nele, David Tennant ofusca a Krysten Ritter, se falarmos em atuação. Não que ela seja ruim. Jamais.
Fora o vilão e a heroína, o resto dos personagens são rasos. Não dá para tirar proveito deles. Só estão ali como ''fantoches'', sempre tendo alguma ligação com a Jessica. Em exceção a Trish, talvez, já que podemos nos identificar com ela da seguinte forma: ''eu gostaria de ter super poderes e fazer a diferença.''
Talvez, o que fez com que muitas pessoas achassem essa série parada, foi o fato de girar em torno apenas de Jessica e Kilgrave. O que foi diferente em Daredevil, já que é cheio de críticas, engloba a sociedade e como a mesma é cheia de problemas... se torna um prato cheio.
Não creio que o Kilgrave tenha morrido, mesmo que ela tenha quebrado seu pescoço. Seu pai havia injetado algo que o fizesse ficar mais poderoso. Certo? Certo. Agora vamos aos detalhes:
Nas preliminares, parece que a Jessica enfim é realmente controlada por ele, o que nos faz pensar que o seu pai conseguiu resultados positivos. Mas nos enganamos e ela consegue virar o jogo. Só que antes disso acontecer, é possível notar total autoconfiança vinda do vilão, como se ele tivesse uma carta na manga. A única ''novidade'' que vemos ali, é o fato de várias pessoas estarem sendo controladas ao mesmo tempo. Mas ele já tinha conseguido isso antes. Ele apenas estava ficando mais forte.
E afinal, ele conseguiu o que queria? Se não tivesse conseguido, não creio que teria matado o pai, já que era sua chance de dobrar sua força.
Outra coisa que podemos observar, foi o pequeno suspense que tivemos na cena final, qual a Jessica recebe várias ligações e mensagens. Alguém aí teve a impressão de que em uma delas, seria o Kilgrave? Mas não foi o que aconteceu. Então, ao mesmo tempo que a direção nos dá uma pequena esperança, ela tira. E com qual objetivo? Gerar um impacto positivo para a segunda temporada. Algo tipo ''Kilgrave's return.''
Se é uma série que fala sobre pessoas com poderes especiais, não podemos descartar essa possibilidade. Quase tudo é possível.
Enfim. É uma série que teve apenas sua primeira temporada, e começou muito bem.
O filme é bem simples, mas carrega uma simplicidade que encanta. Isso se você se envolver na história, ''fazer parte'' dela, daquele mundo, e ''fingir'' que existe algo bom e ruim fora daquele padrão.
A mensagem que recebemos é algo que todo mundo entende, mas nem todo mundo vivencia. E aí fica o problema, porque a maioria das pessoas só conseguem olhar para a desgraça e esquecem das coisas boas que a vida nos oferece. Que nós oferecemos uns aos outros, mas acabamos perdendo.
Tem um trilha sonora que se encaixa muito bem na trama, seja pela letra ou sonoridade. As imagens captadas são bonitas, capazes de passar mais emoção do que se vê na trama. As atuações são boas, a história é boa - uma delícia de se ver, mas que deixa a desejar um pouquinho no final. Só que não me incomodei, já que abordou um tema que vai muito além da ficção.
Achei a nota bastante injusta, tanto aqui quanto a do IMDb. Não achei o desfecho tão ruim. Na verdade, ele é bom, é bonito (..)
Luke Cage (1ª Temporada)
3.7 502Uma das coisas mais atraentes dessa série é a forma como ela usa e abusa da cultura negra/americana. O problema, para nós brasileiros, é que fala de uma cultura diferente da nossa. Conversas sobre músicas, esporte, referências, etc. Tudo um tanto distinto, exceto a crítica social (destaque para a abordagem política e racial) que são bastante objetivas.
Porém, ao mesmo tempo que ela carrega um conteúdo cultural (parte dele que não condiz com o nosso), a trama se torna muito arrastada. Tudo fica ainda menos empolgante quando nos damos conta que ela mostra um herói à prova de balas que parece invencível. Não é a mesma sensação ao vermos Daredevil ou Jessica Jones, já que em situações de risco, nós ficamos apreensivos por eles. É uma das coisas que nos prende ao personagem. Mas Luke Cage tem seu potencial; ele consegue nos atrair graças ao seu jeito desajeitado e ao carisma do Mike Colter.
Falando das atuações, elas são boas. Alguns personagens carregam seu charme (tais como Cottonmouth, Shades, Mariah Dillard, Claire Temple e até a Misty Knight) que contribuem para um bom apreço pela trama, assim como um peso de cenas de ação nos episódios finais que servem para dar um gás. O problema, é que daí, a série passa a se tornar algo extremamente clichê, o que não é novidade entre os filmes de super-heróis. Mas é um ponto que deixamos facilmente passar.
Por fim, Luke Cage acerta ao ter algo diferente entre esse universo da Marvel. Mas infelizmente, para mim e muitas pessoas, seu diferencial não foi o bastante para fazer dessa série o que chamamos de ''badass''. Não é tão gloriosa como muitos críticos expressaram, mas é boa o bastante para ser apreciada.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraFilosofia barata, algumas atuações rasas, roteiro batido e situações difíceis de engolir: como eles pisam em um planeta desconhecido tão despreparados? Ok, tudo bem, era um planeta que supostamente tinha vida, mas a personagem Daniels (que inclusive, é a única que parece ter um cérebro) notou a ausência de animais. E pior, eles perceberam que o planeta já estava sendo habitado. Logo, a tal missão para uma colonização acabou se tornando uma missão suicida. Ficou claro que seria mais sensato esperar por algo que já haviam planejado (mesmo tendo riscos) ao invés de arriscarem suas vidas de outra forma e acabarem falhando com o objetivo. Sem falar nas outras atitudes estúpidas.
Uma tripulante acaba deixando a outra em quarentena, sendo que a que estava tão preocupada em não espalhar uma possível infecção, tinha recebido uma pequena rajada de sangue no rosto (cena em que o alien sai das costas do tripulante). E, assim... Por que diabos deixou a outra lá, sendo que ambas tinham sido expostas da mesma forma? Não entendi.
Achei o filme sem emoção, preguiçoso, previsível e sem nada de diferente. Para mim, só acertou nos efeitos especiais, sua violência e no Michael Fassbender.
Alien: Covenant provavelmente será o pior filme da franquia, qual acabou servindo apenas para gerar dinheiro, tendo como base os mistérios do anterior. Ou seja, uma forma de levar os fãs e curiosos ao cinema e entregar para eles essa bomba que pode ser resumida em MESMICE.
Deuses Americanos (1ª Temporada)
4.1 515 Assista AgoraSangrenta, visceral, divertida, cheia de mistérios e uma narrativa bem peculiar. American Gods não é para qualquer pessoa; é preciso aceitar a crítica, a diversidade, entender ao menos um pouco da mitologia grega e respeitar tamanha ousadia que se converte em uma bela adaptação. Sem falar na abertura que é f*da!
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraFotografia, roteiro, narrativa, trilha sonora, tudo é simplesmente muito bem construído. Trama que nos faz ter revolta, desconforto, aflição e até uma quantidade de ódio que acaba entrando em nossas veias, mas que é desfeito só por pequenos detalhes positivos em meio à tamanha ignorância humana.
The Handmaid's Tale não é só crítica, mas também uma arma mental contra o opressor.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraSabe por que o filme fracassou na bilheteria? Porque a Lionsgate trouxe mais conversa do que porrada, tiro e bomba. Hoje em dia, uma (possível) franquia como essa precisa disso para se manter. Principalmente uma que está dando o primeiro passo. Por mais que eu e muitas pessoas tenham gostado do diferencial, o público genérico é o que rende dinheiro. Se não agrada esse público, fica difícil ter o bendito lucro para trazer uma sequência. Então, a situação é simples: o cinema foi tomado por pessoas curiosas e a procura de nostalgia. Tiveram isso por uma vez e foi o suficiente. Fora que o filme não é grandioso, então como competir com Transformers, filmes da Marvel, DC, monstros, animais gigantes e todos aqueles filmes que reinam entre os blockbusters?! Difícil.
Meu maior problema com Power Rangers foi a falta de ação e os efeitos especiais que deixaram a desejar. E mesmo gostando da história e os momentos nostálgicos, o roteiro é muito lento e repetitivo. Se a ideia era trazer um filme de origem, que fizesse isso da melhor forma possível. Do contrário, seria melhor um filme bem pipocão para deixar o público grudado nas poltronas apreciando explosões. Assim, ao menos, renderia dinheiro para uma sequência melhor elaborada. Michael Bay faz isso e é uma mina de ouro.
Mas o filme também acerta; os movimentos da câmera, a trilha sonora teen, as sequências de ação bem construídas, as mudanças no traje, o tom que é um pouco sombrio e o pequeno peso emocional do filme (bem ''meh'', só que dá para assistir). A construção dos personagens é clichê, só que ninguém esperava algo diferente. Nem mesmo sobre as situações previsíveis e toda aquela coincidência para que o grupo se reunisse. Afinal, é Power Rangers. Muita coisa da para deixar passar, até mesmo as atuações meia boca. Bryan Cranston, RJ Cyler (Ranger Azul) e o Alpha 5 foram os melhores do elenco. Elizabeth Banks não se encaixou na personagem que inclusive, é um dos pontos negativos no filme. Vilã fraquíssima.
Enfim. No fundo, não dava para esperar por uma mega produção de um reboot dos Rangers. É complicado tentar agradar os fãs, que esperavam por algo nostálgico e ao mesmo tempo trazer uma outra essência. Essa essência deu certo, só que faltou mais investimento por parte do estúdio.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraPor que eu vejo tanta gente falando sobre 13 Reasons Why fazer apologia ao suicídio?! De forma alguma vi isso. Eu vi uma trama mostrando a vida de uma garota, semanas antes de ela tirar sua própria vida. Ou seja... a série traz muitos alertas sobre esse assunto. Traz mais pontos positivos do que negativos. Afinal, nós entramos no mundo de Hannah Baker e começamos olhar em nossa volta, começamos notar as pessoas. Pelo menos é desse jeito que deveria ser, certo?! E é engraçado como algumas pessoas vivem dizendo que alguns personagens enfatizam pensamentos e atitudes erradas, mas vamos acordar! A série está mostrando algo que acontece fora da ficção. Sendo errado ou não, precisa ser mostrado!
(marcado como spoiler falo o que achei sobre como abordaram o tema).
Vemos o comportamento dos pais que, mesmo amando tanto ela, não conseguem enxergar que sua filha está passando por problemas. Alô?! Um alerta aos pais!
Vemos o Clay que, mesmo sendo mocinho, é aquele tipo de pessoa que vê e não faz nada. Talvez, ele seja um dos piores. Não vejo que ele teria obrigação de estar do lado de Hannah, mas a série retrata como a compaixão e pequenas atitudes do próximo podem fazer diferença. Pouca ou muita, mas faz.
Vemos todos aqueles adolescentes babacas tomando atitudes babacas. Se eu, você, ou qualquer outra pessoa ver isso, talvez olhe para si e veja o quão podre é. É possível que cause um choque de realidade nessas pessoas e que, de alguma forma, elas aprendam algo.
Vemos aquele Conselheiro que não cumpre seu trabalho, então eis um tapa em todos os profissionais que carregam o dever de fazer a coisa certa e só cruzam os braços. Ou simplesmente não enxergam o que deveriam.
E quando dizem que o suicídio da Hannah pareceu uma vingança, eu digo que deveriam olhar as coisas por um outro ângulo. Até porque, de que forma os personagens saberiam o que aconteceu com uma garota morta? Cada detalhe, cada sentimento... O propósito é esse, fazer com que os ''13 porquês'' se sentissem culpados e causar toda aquela intriguinha entre adolescentes do ensino médio. Sim, daí vem um dos motivos pelo qual a série é fraquinha, porque... Olá?! São problemas baseados em fatos reais, problemas entre ''crianças'', que para muitos podem ser problemas pequenos, dores pequenas, mas para elas, é um ''hannah baker world''.
E para uma pessoa depressiva? Bom... A série mostra uma luz no fim do túnel, de várias formas. Até onde vi por aí, muitas e muitas pessoas começaram a procurar ajuda. Uma grande porcentagem! Infelizmente, uma pessoa que sofre depressão tem muitas chances de cometer suicídio, ela pode acabar fazendo isso vendo ou não a série. Logo...
Quanto as partes técnicas... A fotografia é um dos pontos fortes. Os tons quentes e frios para distinguirmos o passado e o presente podem nos fazer sentir a ausência da Hannah, o machucado na testa do Clay que simboliza sua dor, a trilha sonora que se mistura perfeitamente com as cenas e todas as críticas sociais que foram essenciais na abordagem desse assunto. E o mais interessante nisso, é que o peso dessas críticas saem da boca dos próprios alunos (como Clay e Alex), algo que acaba tendo mais credibilidade.
Confesso que a trama poderia ter acrescentado mais coisas. Poderia até ser mais pesada, porque não vi nada de tão tenso como me falaram (tirando a cena do suicídio que é bem pesada). Só que, na verdade, a única pessoa que poderia julgar o que é pesado ou não, seria a própria Hannah. As várias Hannah's por aí que não são entendidas, são excluídas e até pouco tempo atrás, eram IGNORADAS.
Então, parabéns à Netflix por trazer isso para a nossa realidade. Pois debatemos, e muito. E quanto aos defeitos... toda trama tem, mas o assunto abordado é tão importante, que só o fato de ele estar ali, sendo discutido, já é um um grande passo.
Curtindo a Vida Adoidado
4.2 2,3K Assista AgoraMesmo revendo tantas vezes na Sessão da Tarde, consegui gostar ainda mais desse filme após revê-lo em pleno 2017. Que delícia de comédia!
Década de 80... Que bons tempos para viver um Ferris Bueller.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraO filme já começa bom com um assunto envolvendo a cultura pop e uma crítica social. As conversas são tão longas e fazem os personagens serem muito naturais... Aquele papinho fiado cheio de informações.
Há atuações indiscutíveis, com cenas icônicas - Mr. Blonde que o diga -, mostradas naquele armazém. Rola uns flashbacks e tem aquele roteiro não-linear que inclusive, é um dos pontos positivos nos filmes do Tarantino. Sempre é!
Cães de Aluguel tem uma história simples, sangrenta, com humor negro e referências à cultura pop, trazendo um roteiro caprichado contendo ótimos diálogos. Só senti falta da trilha sonora. Não foi marcante para mim, como foi em Pulp Fiction.
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraNão sei se estou viajando, mas esse filme parece se passar no mesmo universo que Pânico na Torre (info abaixo)
viram aquele prédio pegando fogo? No começo, quando o pai e a filha estão dentro do carro. É semelhante ao do filme que citei.
De qualquer forma, recomendo que assistam.
Sobre Busanhaeng... lembrando que é um blockbuster, não é? E saiu na frente de muitos!
Americano sabe fazer filme. Mas acho bacana a forma como em um roteiro tão simples, os coreanos conseguem se saírem bem.
Não queria comparar, mas há muito filme americano com essa mesma premissa. Os personagens são rasos, não tem história, etc. E sai uma bosta. A gente até torce para alguns morrerem. Ou não nos importamos quando morrem. Mas os coreanos? Obviamente é diferente. Tudo muito simples, os personagens não têm nada demais, não os conhecemos. Mas ficamos com pena quando morrem, ou torcemos para que não morram. Até pensamos que não vai acontecer nada com tal personagem, mas aí... Enfim. Eles sabem encontrar um jeito de emocionar quem assiste, mesmo tendo tão pouco.
Um outro ponto bastante positivo é a forma como eles trazem seus princípios. Até mesmo em um filme que poderia servir só de entretenimento; sustos, tensões e arrepios, podemos tirar muito mais dele.
Finalizando, esse filme pode ser resumido em uma palavra: ousadia. Coisa que hollywood anda precisando ter mais vezes, se tratando dos blockbusters.
12 Homens e Uma Sentença
4.6 1,2K Assista AgoraQuase não tenho palavras para descrever minha satisfação após ver essa verdadeira obra prima! É simplesmente fascinante como esse filme prende contendo apenas um cenário. Mas ao final, logo nos damos conta sobre o quão foi importante os diálogos, o roteiro inteligente e as características dos personagens, as quais vão muito além da ficção. Sem falar na forma como o filme entretém com uma simplicidade invejável, se comparando a tanta baboseira que vemos hoje em dia.
Foi um dos minutos mais bem gastos da minha vida.
Sully: O Herói do Rio Hudson
3.6 577 Assista Agora"I've had 40 years in the air but in the end, I'm going to be judged by 208 seconds"...
A primeira coisa que gostei nesse filme foi sua trilha sonora. Depois vieram aquelas cenas mostrando o avião em ângulos diferentes, que me fizeram ficar arrepiado. Achei um tanto intenso. Os efeitos sonoros contribuíram muito.
Um outro ponto bom desse filme é que mesmo tendo um roteiro sereno e direto, conseguiu me prender de uma forma absurdamente boa. Ainda que eu já soubesse da quase-tragédia (o que normalmente corta meu ''tesão'' em filmes que já nos mostram uma base de como vai ser o desfecho), esse conseguiu me permitir apreciar a muito bem trabalhada reconstituição, entrar na cabeça de Sully (o que mais me deixou envolvido na trama) e me fez aprender um pouco mais sobre essa tamanha responsabilidade que um piloto carrega nas costas.
Sully não traz o ''novo''. Mas para mim, Clint Eastwood soube conduzir muito bem esse filme, ''competindo'' com a maravilhosa performance do Tom Hanks, ambos trazendo uma bela homenagem ao feito histórico do Capitão Sullenberger.
Sense8 (2ª Temporada)
4.3 892 Assista AgoraBom, isso se trata de um ESPECIAL e acho que eles capricharam nesse presente. Já que todo o roteiro vem com a próxima temporada, imagino que a obrigação da direção está justamente na próxima fase. Sendo assim, nada como um bônus para nos trazer aquela fotografia MARAVILHOSA, junto à sua trilha sonora que sempre nos causa aquele arrepio que nos faz se sentir tão mais envolvido na trama.
Eu esperava que essas 2hrs fosse só um especial básico, repleto de cenas bonitinhas (e suruba, claro). Mas trouxe alguns momentos significativos que continuarão na próxima temporada. E como sempre, Sense8 não deixou de trazer belas mensagens para todos os tipos de pessoas. Coisa linda de se ver.
E nem preciso citar a breve participação da Lana Wachowski, não é?! Achou que escaparia, mas qualquer um a reconheceria com aquela cabelo rosa. Hahaha.
3% (1ª Temporada)
3.6 772 Assista AgoraNão é porque a série é brasileira que devemos ficar criticando, claro. Mas também não é porque a série é brasileira que devemos ficar batendo no peito o quanto é boa para tentar nos trazer um orgulho nesse universo cinematográfico e televisivo.
Gosto é gosto, cada um tem sua opinião e devemos respeitar, mas... Acho que ficou bastante óbvio os erros dessa série. A premissa é ótima, mas uma mistura do que já vimos antes com um desenvolvimento fraco e cheio de furos. Eu até vi personagem que tinha sido eliminado, mas no episódio seguinte estava lá de novo.
E aliás, como um local tão evoluído permite que falsos participantes entrem de um jeito tão fácil?! A série sequer explica isso. Assim como deixa de explicar várias coisas (não como se fosse ser explicado depois). E você nota um furo grotesco quando aquele dispositivo que serve como identidade não muda o nome, mas muda a foto. Como foi o caso daqueles dois personagens. É como se o processo facilitasse a entrada deles. Se há um propósito nisso? Vai saber. Fica aí mais uma coisa que não é explicada.
Como a Aline não conseguiu detectar o resto do Ezequiel?? Por que só existe câmeras no local quando os convém? Inclusive, existia uma focada na mesa do Ezequiel, o que facilitaria ver que foi a Michele quem colocou o veneno na bebida. Mas ok, vamos ''supor'' que o Ezequiel viu e fez todo aquele jogo para chegar nela. Mas e as outras pessoas envolvidas e com mais poder que ele? Uma pessoa de dentro morreu, era de se esperar que todos o conselho tentasse descobrir. Mas não.
Aquele teste entre ficar x ir com a grana foi foi totalmente sem sentido com Joana. Se ela estava sendo supostamente ameaçada por alguém que queria pegar parte do dinheiro dela, alguém do ''lado de cá'' que teria grandes chances de acabar com a raça dela, por que ela escolheria ir ao invés de ficar? Ao invés de ir para o ''maralto'', onde poderia se livrar de todos os problemas?
Enfim. É nesse tipo de coisa que notamos a preguiça de desenvolver algo realmente bom. Quer ver um outro exemplo?
Naquela prova dos bonecos, havia uma mulher que eles descobriram ser cega. Mas gente?! Ela não é surda. Em uma situação como aquela, era de se esperar que a outra mulher que estava se engasgando fizesse algum barulho suspeito. Inclusive, o marido dela. Essa é uma situação normal que ao meu ver, aconteceria. Não a mulher ficar lá parada com um sorriso quase que cínico. Mas aparentemente isso serviu para que a suposição do Fernando fizesse um pouco mais de sentido. Se é que teve algum sentido naquilo.
Existem várias outras coisas que eu poderia citar aqui como um furo, mas ficaria longo demais.
As provas? Nada complexas, algumas apenas vagas demais para nos deixar confusos e tornar aquele personagem mega inteligente ao dar uma resposta que não esperávamos. A impressão que tive foi que o conselho era burro e os participantes superiores.
Algumas atuações são bem amadoras, poucas ali salvam e as melhores delas precisam melhorar um pouco mais para que eu tenha orgulho do elenco. A trilha sonora, por mais que trouxe uma cultura do nosso país e quis misturar os dois lados da ficção, não achei que ficou legal numa série futurística. Na verdade, achei algo totalmente fora do padrão. Inclusive, essa trilha sonora estragou o clímax do desfecho. Foi bem estranho, hahaha.
Enfim. A série traz muita coisa meia boca e por mais que seja a primeira brasileira, a Netflix tinha culhões suficiente para nos trazer algo melhor. Uma pena que não foi o caso! Mas não é tão ruim, dá para apreciar algumas coisas, como a fotografia e a evolução de alguns personagens.
Agora é torcer para que a 2ª temporada me faça esquecer dos tantos erros da 1ª.
Black Mirror (3ª Temporada)
4.5 1,3K Assista AgoraÉ tanto tapa na cara da sociedade, tanta crítica envolvida – sem aquele moralismo chato, que nos faz parar para refletir ao final de cada episódio!
Ao meu ver, Black Mirror segue com seu potencial, tendo seu tom diferenciado, misturado em climas pesados, leves, cômicos e aterrorizantes (principalmente psicologicamente falando).
Essa terceira temporada foi ainda mais diversificada. Já começa com aquela belezura de primeiro episódio que tem como base a atual situação da internet. Um DOS problemas do mundo virtual causado pelos navegantes e que provavelmente irá piorar ainda mais com o passar dos anos.
O legal de Black Mirror é isso: nos trazer uma base praticamente certa do que podemos esperar do futuro. OU, do que se passa atualmente, com as consequências da tecnologia.
Those People
3.3 179Três personagens com posições diferentes; o intelectual injustiçado, o mocinho confuso e a ovelha negra que tenta se afastar do seu rebanho. Não diminui nenhum dos três e entendi cada ponto de vista e sentimento que eles passaram, sem que eu os julgasse.
Apesar dos clichês que sempre existem em filmes LGBT, esse aqui conseguiu me trazer incerteza e fez com que eu me identificasse com os envolvidos.
O roteiro é bem simples e acho que conseguiu me ganhar justamente por essa simplicidade. Só achei que pecou um pouco na falta de drama. Porém, é gostoso de ver. Não é nada grandioso, mas é um bom romance.
Those People é um filme delicado, bonito e realista, principalmente no seu desfecho. Não há final infeliz, nem feliz demais. Há um final incerto, assim como a vida.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraOs pontos fortes desse filme: a atuação da Blake Lively, sua fotografia e o tão temível predador dos mares. Capricharam no visual desse animal, o CGI é praticamente impecável. Enquanto a atriz, mandou muito bem! Uma das coisas que admiro num ator é sua capacidade de expressar dor para quem está assistindo e ela faz isso de forma bem natural.
Mas o filme tem seus contras... Para um que traz –ou tenta trazer algo realista, houveram alguns momentos superficiais, cenas em que talvez um tubarão não agiria de tal forma. Isso me incomodou um pouco, mas ajudou no entretenimento.
As semelhanças entre Jaws são bem claras e faz o filme ser um tanto clichê. Outro ponto falho é a trilha sonora que não ajuda muito, ela passa bem despercebida e para mim, isso acaba sendo um erro bem considerável, uma vez a ideia do filme é passar tensão para o telespectador. Está aí uma coisa que o diretor deveria ter ''tirado'' do filme de Spielberg.
De qualquer forma, The Shallows tem um roteiro bem acessível à sua premissa e consegue ser um dos melhores filmes do gênero.
Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KA premissa é interessante, instiga o telespectador. Mas certas coisas acabaram quebrando minha conexão com o filme; como alguns furos, clichês e a falta tensão.
Aliás, a única coisa que me deixou tenso, realmente, foi o fato de ela ser surda e muda. É agonizante vermos a personagem passar por uma situação daquelas, mas para mim, acaba não sendo muito aceitável algumas atitudes do assassino, o qual tenta passar uma ar superior e parece mais perdido do que ela. Enquanto que ela não escapa de algumas burrices.
O ''jogo'' entre eles poderia ter sido mais elaborado, poderia haver uma conexão. Como, por exemplo, ele ser algum conhecido, talvez um ex? Isso implicaria no seu desejo de vê-la sofrer, haveria um peso emocional, já que o assassino não tem nada de interessante. Ao contrário dela, que mesmo com tamanha fraqueza, medo, desespero e muita desvantagem, consegue ter garra para tentar ser uma sobrevivente. É legal vermos a evolução da personagem, ela e a atriz são o ponto forte. De resto? Vez ou outra sempre acaba faltando algo.
Mas é um bom filme!
Trainspotting: Sem Limites
4.2 1,9K Assista AgoraMcGregor mandou muito bem nesse personagem, é bastante convincente. Diferente de muitos filmes nesse estilo psicodélico, Trainspotting conseguiu me entreter e me fez ter uma visão bem mais ampla sobre as pessoas que entram para esse ''país das maravilhas'' (muitas vezes, com passagem só de ida).
As narrações do Renton são muito boas, mesmo com tamanha simplicidade. Faz com que qualquer pessoa entenda cada coisa que ele diz, cada sentido que ele busca, sem deixar de lado toda a base crítica perante a sociedade.
Um outro ponto bastante importante, é observarmos que em momento algum o filme quis passar mensagem moral. Ao menos, não daquelas como: ''não use drogas''. Ele apenas mostra os efeitos da heroína, e demais drogas, e deixa que você tire suas próprias conclusões. Seja sobre a vida do Renton ou qualquer outro personagem ali.
A cena do bebê é realmente chocante. Está aí um outro ponto bastante positivo desse filme: mostrar o lado ''cru'' da vida. Não existe início, meio ou fim perfeitinho. Existe o mundo em que vivemos. O mundo dos viciados. Aquele mundo no qual você precisa fazer muita merda para poder sair.
E sobre a trilha sonora: sensacional.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraVendo por olho nu, acho que o filme foi apenas: reunir mutantes, um drama familiar, efeitos especiais um pouco mais caprichados e um desfecho clichê (tirando a Jean Grey).
Eu saí do cinema tendo uma boa imagem do Apocalypse. Afinal, ele manteve a seriedade. Foi um vilão que começou de um jeito e terminou da mesma forma. Mas depois me dei conta do quanto ele estava mal aproveitado. Ficou bem genérico e praticamente só serviu pra juntar os mutantes. Faltou ousadia.
Não sou fã de X-Men e tenho gostado de como ele vem acontecendo nessa nova fase, mesmo com as falhas na cronologia. Sinto como se X-Men nem fizesse parte da Marvel. Acho um filme de super herói um pouco diferente. Parece um 'blockbuster cult'. Haha.
Mas, infelizmente, eu senti que isso não existiu nesse novo filme. Em outras palavras, eu achei meia boca. Repetitivo em alguns pontos. Parecia uma mistura de First Class com Days of Future Past.
Ainda sim, o filme tem seus pontos bastante positivos, um deles é que manteve sua essência e trouxe um pouco mais de entretenimento. Para um blockbuster, acho isso essencial.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraPrimeira temporada: é mais trabalhada no roteiro, porém um pouco lenta.
Segunda temporada: um pouco mais agitada e tem um roteiro inferior.
Porém, nada que tenha me desanimado. Achei muito bacana como conseguiram manter um equilíbrio entre os três. Não foi cansativo, não foi exagerado em momento algum (e vamos lembrar que se trata de uma série sobre heróis). Em DD, nem o romance é estragado. Eu estava torcendo pra que Matthew e Elektra não se tornassem o típico casal clichê, cheio de drama e momentos desnecessários. E por falar nisso, a tensão sexual é muito boa.
Todos os personagens são muito bem trabalhados e cada um tem seu espaço. Até o jornalista que tenta ''ajudar'' a Karen tem uma pitada de personalidade. Conseguimos captar a visão de cada personagem ali, e caramba, isso é muito raro. Não estamos falando de filme. Estamos falando de uma série! No meio de tantas por aí, com roteiros saturados, mal aproveitados e cheios de censura, DD é um prato cheio.
E nem preciso falar do Punisher e da Elektra, certo?! Deram um show. A escolha dos atores para os personagens foi perfeita, deu certinho.
D.U.F.F. - Você Conhece, Tem ou É
3.3 578 Assista AgoraTipo, clichê... Mas um ótimo filme adolescente, feito especialmente para adolescentes, com história e problemas adolescentes. Por isso, muitas vezes, acaba sendo julgado de uma forma que para mim, não deveria (o que faz ter uma nota baixa).
Acho que não podem esperar mais do que é mostrado no filme. Até porque, em momento algum o mesmo se dá o trabalho de passar tal impressão.
É uma comédia que não peca no seu principal propósito: entreter. E mesmo que esse gênero esteja tão saturado hoje em dia, The DUFF consegue ficar por cima de várias comédias. Algumas delas, que não servem para nada além de dar boas risadas. O que não é ruim, de fato. Mas aprecio ainda mais filmes desse gênero que carregam uma boa mensagem, algo que possamos nos identificar e levar para a vida. Afinal, existem Bianca's por todo o mundo. A personagem é super divertida, a triz manda muito bem nesse papel, sendo bastante natural. O que por sinal, falta em muitos atores. Bella Thorne é um exemplo. Não achei que convenceu, mesmo sendo uma personagem antipática. Algumas vezes parecia mais forçada do que o normal.
De resto, o filme cumpre seu papel. Só faltou inovar.
The Walking Dead (6ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraFiquem atentos!
Acredito que o fato do Glenn não ter morrido foi para nos dar uma certa ''anestesia'', para confortar o telespectador, ficar confiante de que certos personagens não vão morrer. Até que acontecer o contrário e gerar um impacto maior. Talvez, o que prove isso, são aquelas mortes inesperadas. O que para mim foi chocante.
Aquela cena da família morrendo foi meio que surreal. Parecia que todos os personagens ali estavam tendo um pesadelo. E o Rick usando o machado contra o braço da Jessie?! Nossa.
Tudo bem que eles estão deixando um pouco do roteiro de lado, mas isso vimos nas primeiras temporadas. Tô adorando toda essa tensão da 6ª!
É fácil entender que os produtores precisam disso. Assim como a emissora. Tem que ter ibope, tem que superar expectativas. Porque é assim que uma série vai pra frente.
Então, é bom esquecer um pouco dos furos e aproveitar todo o gás.
Jessica Jones (1ª Temporada)
4.1 1,1K Assista AgoraUma das melhores coisas na série é a forma como ela sabe ligas os pontos, como usa referências dentro e fora da realidade. Como usa a Jessica para representar uma mulher que acha que é controlada por seu marido (ou qualquer outro homem).
Vemos uma mulher durona (e isso inclui sua tamanha força), sendo amedrontada por um magrelo, mas que consegue controlar as pessoas. Ou seja, existe uma abordagem psicológica e é exatamente isso que vemos fora da ficção.
A série é muito gostosa de ver. Tem uma intro muito boa, uma fotografia bem simples, mas super convincente. Não tenho do que reclamar das atuações e a trilha sonora é super sutil e muito bem colocada. O vilão é mais um daqueles que não há como odiar (pelo contrário). Por falar nele, David Tennant ofusca a Krysten Ritter, se falarmos em atuação. Não que ela seja ruim. Jamais.
Fora o vilão e a heroína, o resto dos personagens são rasos. Não dá para tirar proveito deles. Só estão ali como ''fantoches'', sempre tendo alguma ligação com a Jessica. Em exceção a Trish, talvez, já que podemos nos identificar com ela da seguinte forma: ''eu gostaria de ter super poderes e fazer a diferença.''
Talvez, o que fez com que muitas pessoas achassem essa série parada, foi o fato de girar em torno apenas de Jessica e Kilgrave. O que foi diferente em Daredevil, já que é cheio de críticas, engloba a sociedade e como a mesma é cheia de problemas... se torna um prato cheio.
Sobre aquele final...
Não creio que o Kilgrave tenha morrido, mesmo que ela tenha quebrado seu pescoço. Seu pai havia injetado algo que o fizesse ficar mais poderoso. Certo? Certo. Agora vamos aos detalhes:
Nas preliminares, parece que a Jessica enfim é realmente controlada por ele, o que nos faz pensar que o seu pai conseguiu resultados positivos. Mas nos enganamos e ela consegue virar o jogo. Só que antes disso acontecer, é possível notar total autoconfiança vinda do vilão, como se ele tivesse uma carta na manga. A única ''novidade'' que vemos ali, é o fato de várias pessoas estarem sendo controladas ao mesmo tempo. Mas ele já tinha conseguido isso antes. Ele apenas estava ficando mais forte.
E afinal, ele conseguiu o que queria? Se não tivesse conseguido, não creio que teria matado o pai, já que era sua chance de dobrar sua força.
Outra coisa que podemos observar, foi o pequeno suspense que tivemos na cena final, qual a Jessica recebe várias ligações e mensagens. Alguém aí teve a impressão de que em uma delas, seria o Kilgrave? Mas não foi o que aconteceu. Então, ao mesmo tempo que a direção nos dá uma pequena esperança, ela tira. E com qual objetivo? Gerar um impacto positivo para a segunda temporada. Algo tipo ''Kilgrave's return.''
Se é uma série que fala sobre pessoas com poderes especiais, não podemos descartar essa possibilidade. Quase tudo é possível.
Enfim. É uma série que teve apenas sua primeira temporada, e começou muito bem.
O Doador de Memórias
3.5 1,4K Assista grátisO filme é bem simples, mas carrega uma simplicidade que encanta. Isso se você se envolver na história, ''fazer parte'' dela, daquele mundo, e ''fingir'' que existe algo bom e ruim fora daquele padrão.
A mensagem que recebemos é algo que todo mundo entende, mas nem todo mundo vivencia. E aí fica o problema, porque a maioria das pessoas só conseguem olhar para a desgraça e esquecem das coisas boas que a vida nos oferece. Que nós oferecemos uns aos outros, mas acabamos perdendo.
Tem um trilha sonora que se encaixa muito bem na trama, seja pela letra ou sonoridade. As imagens captadas são bonitas, capazes de passar mais emoção do que se vê na trama. As atuações são boas, a história é boa - uma delícia de se ver, mas que deixa a desejar um pouquinho no final. Só que não me incomodei, já que abordou um tema que vai muito além da ficção.
Achei a nota bastante injusta, tanto aqui quanto a do IMDb. Não achei o desfecho tão ruim. Na verdade, ele é bom, é bonito (..)
Só em vermos aquelas lágrimas caírem. A visão de liberdade, conhecimento e esperança.