Que filme bonito! Solidão, melancolia, raiva, desajuste, senso de não pertencimento...o filme toca nisso tudo sem ser piegas nem melodramático. Óbvio que ter alguma familiaridade com o universo representado ali facilita tudo, mas o filme não é só para metaleiros ou aficionados em geral. Recomendo muito.
Um único cenário, um "casal" de protagonistas e um clima de teatro filmado perpassando todo o filme. Tinha tudo pra dar errado mas até que funciona surpreendentemente bem. Embora a atuação de Stanley Tucci domine o filme, a química em cena é elogiável, com diálogos espertos desfiados em camadas. No mais, outro homem misógino achando que é dono do mundo e destilando sua ira por não conseguir o que quer. E muita submissão, relações de poder, medo...
À parte os cenários espetaculares e a fotografia deslumbrante, que valem a vista (o filme foi filmado em partes do Niger, Argélia e Marrocos), é difícil ter algum tipo de simpatia aqui. O elenco tá afetado e exagerado no tom blasé, além de a história se perder sozinha na metade final e não chegar a lugar nenhum. Sem contar o tom de comercial da ONU que algumas cenas possuem. Um desperdício.
Filmão hein. Bom enredo, contextualização perfeita com a questão social e as relações de trabalho (muito bom o relacionamento patrão-empregado mostrado), o desemprego que permeia todo o filme, o clima de angústia, a virada de chave pra um terror dos bons na metade final....enfim, tudo certo aqui. Muito bom.
Definitivamente, tá bem longe de ser um filme fácil. É verborrágico, quebrado, estranho em muitos momentos, mas também bonito e com bons diálogos. Mais uma vez Charlie Kaufman dá espaço a personagens excêntricos, solitários, o que permeia toda sua obra. Há um toque teatral demasiado em muitas cenas, faltando fluidez em alguns momentos. Um filme hermético, que talvez caia melhor em uma segunda assistida, mas ainda assim é bom.
Bato palmas pro cinema do Karim Ainouz. Muito louvável a maneira como ele conduz a história, de um jeito humano mas ao mesmo tempo sec e bem real, com um realismo muito bem conduzido de alguém que sabe bem o que está falando. Aqui mais uma vez ele acerta em cheio, em um filme bonito mas também muito duro de ver.
Belo exercício de metalinguagem, contada de uma maneira muito singela e bonita. Há belíssimos momentos, além dos diálogos cortantes e secos (especialmente nos "duelos" entre o pretendente a avó). Belo filme.
Um clássico noir, com ritmo próprio, elenco desfilando na tela, história sendo conduzida, abrindo caminho. Incrível também como a presença de Jack Nicholson está em praticamente 100% do filme, dominando tudo. É uma aula, finalizada com toque de classe.
Bom filme com uma história ok, mas passa a sensação de o elenco estar um pouquinho acima do tom em muitos momentos, com muito estilo e pouco conteúdo, especialmente Rami Malek. O desenrolar também poderia ser melhor pensado, embora o filme melhore na metade final. Ponto positivo pra ambientação noir e pro climão de policial anos 90, além de lembrar demais outras referências do gênero, especialmente Seven.
Boa história, em uma temática não muito explorada e aqui tocada de maneira sutil e em camadas (machismo estrutural, o papel do homem nos relacionamentos, o que se espera, etc), com o filme ganhando muita força na metade final. Tem um ritmo muito lento e uns bons minutos a mais do que o necessário. Mas se deixa ver bem e tem ótimos pontos de discussão e aprofundamento. Bem acima da média.
Perseguições, violência, poucos diálogos, cenários lindos, Mexico...mais um clássico de Sam Peckinpah. Só peca por uma misoginia que grita em muitas cenas, a exemplo de Sob o Domínio do Medo, outro clássico do diretor.
Expectativa muito alta, porém não cumprida. O elenco e a parte técnica, fotografia, cenários, diálogos...tudo no lugar certo, no ponto. Mas falta algo, a direção peca pela frieza, a música é excessiva e se intromete em muitos pontos onde não deveria estar. Enfim, vai ganhar um caminhão de Oscars, mas poderia ir mais longe.
Tenta ressuscitar o estilo bombadão ferido contra o mundo, em uma abordagem modernosa e revisitada. O mundo de Tom Clancy é pra fãs, aficionados pela Guerra Fria. Mas o filme se deixa ver, sem grandes expectativas.
Documentário básico sobre ricos acumuladores de obras de arte se ferrando com falsificações. Tirando o desbunde de ver isso e a história real por si só interessante, o documentário segue um caminho didático e manjado de empilhar depoimentos em meio à ordem cronológica dos fatos. Podia mais.
Wes Craven testando suas técnicas aqui. Tem de tudo: sobrenatural, Sharon Stone, caipiras religiosos extremistas, monstro, nudez, cobras, aranhas, climão de terror anos 80....é um prato cheio!
Ok e bons momentos, com a história sendo melhor que o filme. Tem um pé forte no melodrama, o que em alguns momentos é bastante irritante. A direção é feita pelos filhos do protagonista retratado, o que é curioso. Enfim, se deixa ver.
O mundo não é fácil e não é cor de rosa, e nossas escolhas reverberam e vão e vem, o tempo todo. É um filme complexo, com seu próprio ritmo, porém muito bem dirigido e seguro da sua proposta. Cinema adulto, reflexivo, que não acaba quando termina. Um filmão.
Bom elenco e enredo bacana nessa ficção científica acima da média. Comecei bem com o pé atrás mas o filme ganha força e se leva bem a sério, não enveredando em discussões filosóficas ou religiosas. Não se impressionem pelas notas baixas abaixo.
Filme peso pesado. História carregada, densa, mas muito atual e precisa no enquadramento e retrato proposto. Todo o elenco tá no ponto certo, com destaques óbvios para Christian Malheiros e Rodrigo Santoro, que esbanjam qualidades nos seus momentos. Não há final feliz, passagens mirabolantes, etc, a realidade é dura, a cidade é cinza, corrupta e não dá brecha pra fuga. Um filmaço. Um bom complemento é assistir Sócrates, primeiro filme do diretor Alexandre Moratto, também com Christian Malheiros como protagonista e tão impactante quanto este 7 Prisioneiros.
Filmaço que periga se tornar um clássico. Bom ritmo, histórias entrelaçadas no tom certo, tudo amarrado e claro. As referências a Cidade de Deus são boas e óbvias e a metade final do filme o coloca entre os grandes recentes. O filme dividiu com Bacurau o premio do Jurí em Cannes e se mostra até superior a este.
A dureza do cotidiano machucando a alma e tirando a leveza de tudo. Duro ver o esforço da protagonista em tentar tocar a vida e os inúmeros problemas que vão surgindo, é a realidade exposta sem firulas. Lembra um pouco Benzinho, porém aqui o filme vai mais longe.
Mudando o Destino
3.5 171Que filme bonito! Solidão, melancolia, raiva, desajuste, senso de não pertencimento...o filme toca nisso tudo sem ser piegas nem melodramático. Óbvio que ter alguma familiaridade com o universo representado ali facilita tudo, mas o filme não é só para metaleiros ou aficionados em geral. Recomendo muito.
Buena Vista Social Club
4.3 130 Assista AgoraUma aula de simplicidade, bom gosto, história, arquitetura, boa música. Um deleite, beira a perfeição.
Uma Manhã Suave
2.9 27Um único cenário, um "casal" de protagonistas e um clima de teatro filmado perpassando todo o filme. Tinha tudo pra dar errado mas até que funciona surpreendentemente bem. Embora a atuação de
Stanley Tucci domine o filme, a química em cena é elogiável, com diálogos espertos desfiados em camadas. No mais, outro homem misógino achando que é dono do mundo e destilando sua ira por não conseguir o que quer. E muita submissão, relações de poder, medo...
O Céu Que Nos Protege
3.7 85À parte os cenários espetaculares e a fotografia deslumbrante, que valem a vista (o filme foi filmado em partes do Niger, Argélia e Marrocos), é difícil ter algum tipo de simpatia aqui. O elenco tá afetado e exagerado no tom blasé, além de a história se perder sozinha na metade final e não chegar a lugar nenhum. Sem contar o tom de comercial da ONU que algumas cenas possuem. Um desperdício.
Trabalhar Cansa
3.6 211Filmão hein. Bom enredo, contextualização perfeita com a questão social e as relações de trabalho (muito bom o relacionamento patrão-empregado mostrado), o desemprego que permeia todo o filme, o clima de angústia, a virada de chave pra um terror dos bons na metade final....enfim, tudo certo aqui. Muito bom.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraDefinitivamente, tá bem longe de ser um filme fácil. É verborrágico, quebrado, estranho em muitos momentos, mas também bonito e com bons diálogos. Mais uma vez Charlie Kaufman dá espaço a personagens excêntricos, solitários, o que permeia toda sua obra. Há um toque teatral demasiado em muitas cenas, faltando fluidez em alguns momentos. Um filme hermético, que talvez caia melhor em uma segunda assistida, mas ainda assim é bom.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista AgoraBato palmas pro cinema do Karim Ainouz. Muito louvável a maneira como ele conduz a história, de um jeito humano mas ao mesmo tempo sec e bem real, com um realismo muito bem conduzido de alguém que sabe bem o que está falando. Aqui mais uma vez ele acerta em cheio, em um filme bonito mas também muito duro de ver.
Através das Oliveiras
4.0 56 Assista AgoraBelo exercício de metalinguagem, contada de uma maneira muito singela e bonita. Há belíssimos momentos, além dos diálogos cortantes e secos (especialmente nos "duelos" entre o pretendente a avó). Belo filme.
Chinatown
4.1 635 Assista AgoraUm clássico noir, com ritmo próprio, elenco desfilando na tela, história sendo conduzida, abrindo caminho. Incrível também como a presença de Jack Nicholson está em praticamente 100% do filme, dominando tudo. É uma aula, finalizada com toque de classe.
Nicotina
3.7 53 Assista AgoraAté começa bem mas vai se perdendo no meio de tanto clichê....em alguns momentos apelando para um humor visual bem rasteiro. Nota 5 se muito.
Os Pequenos Vestígios
3.0 394 Assista AgoraBom filme com uma história ok, mas passa a sensação de o elenco estar um pouquinho acima do tom em muitos momentos, com muito estilo e pouco conteúdo, especialmente Rami Malek. O desenrolar também poderia ser melhor pensado, embora o filme melhore na metade final. Ponto positivo pra ambientação noir e pro climão de policial anos 90, além de lembrar demais outras referências do gênero, especialmente Seven.
Força Maior
3.6 241Boa história, em uma temática não muito explorada e aqui tocada de maneira sutil e em camadas (machismo estrutural, o papel do homem nos relacionamentos, o que se espera, etc), com o filme ganhando muita força na metade final. Tem um ritmo muito lento e uns bons minutos a mais do que o necessário. Mas se deixa ver bem e tem ótimos pontos de discussão e aprofundamento. Bem acima da média.
Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia
4.0 101Perseguições, violência, poucos diálogos, cenários lindos, Mexico...mais um clássico de Sam Peckinpah. Só peca por uma misoginia que grita em muitas cenas, a exemplo de Sob o Domínio do Medo, outro clássico do diretor.
Ataque dos Cães
3.7 933Expectativa muito alta, porém não cumprida. O elenco e a parte técnica, fotografia, cenários, diálogos...tudo no lugar certo, no ponto. Mas falta algo, a direção peca pela frieza, a música é excessiva e se intromete em muitos pontos onde não deveria estar. Enfim, vai ganhar um caminhão de Oscars, mas poderia ir mais longe.
Sem Remorso
3.0 283 Assista AgoraTenta ressuscitar o estilo bombadão ferido contra o mundo, em uma abordagem modernosa e revisitada. O mundo de Tom Clancy é pra fãs, aficionados pela Guerra Fria. Mas o filme se deixa ver, sem grandes expectativas.
Fake Art
3.5 25 Assista AgoraDocumentário básico sobre ricos acumuladores de obras de arte se ferrando com falsificações. Tirando o desbunde de ver isso e a história real por si só interessante, o documentário segue um caminho didático e manjado de empilhar depoimentos em meio à ordem cronológica dos fatos. Podia mais.
Benção Mortal
3.0 82Wes Craven testando suas técnicas aqui. Tem de tudo: sobrenatural, Sharon Stone, caipiras religiosos extremistas, monstro, nudez, cobras, aranhas, climão de terror anos 80....é um prato cheio!
O Tradutor
3.8 89 Assista AgoraOk e bons momentos, com a história sendo melhor que o filme. Tem um pé forte no melodrama, o que em alguns momentos é bastante irritante. A direção é feita pelos filhos do protagonista retratado, o que é curioso. Enfim, se deixa ver.
A Filha Perdida
3.6 573O mundo não é fácil e não é cor de rosa, e nossas escolhas reverberam e vão e vem, o tempo todo. É um filme complexo, com seu próprio ritmo, porém muito bem dirigido e seguro da sua proposta. Cinema adulto, reflexivo, que não acaba quando termina. Um filmão.
A Descoberta
3.3 387 Assista AgoraBom elenco e enredo bacana nessa ficção científica acima da média. Comecei bem com o pé atrás mas o filme ganha força e se leva bem a sério, não enveredando em discussões filosóficas ou religiosas. Não se impressionem pelas notas baixas abaixo.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraFilme muito acima da média, bom ritmo e elenco no ponto certo, em uma história baseada em fatos reais (o que valoriza ainda mais o conjunto da obra).
7 Prisioneiros
3.9 318Filme peso pesado. História carregada, densa, mas muito atual e precisa no enquadramento e retrato proposto. Todo o elenco tá no ponto certo, com destaques óbvios para Christian Malheiros e Rodrigo Santoro, que esbanjam qualidades nos seus momentos. Não há final feliz, passagens mirabolantes, etc, a realidade é dura, a cidade é cinza, corrupta e não dá brecha pra fuga. Um filmaço. Um bom complemento é assistir Sócrates, primeiro filme do diretor Alexandre Moratto, também com Christian Malheiros como protagonista e tão impactante quanto este 7 Prisioneiros.
Os Miseráveis
4.0 161Filmaço que periga se tornar um clássico. Bom ritmo, histórias entrelaçadas no tom certo, tudo amarrado e claro. As referências a Cidade de Deus são boas e óbvias e a metade final do filme o coloca entre os grandes recentes. O filme dividiu com Bacurau o premio do Jurí em Cannes e se mostra até superior a este.
A Felicidade das Coisas
3.4 20 Assista AgoraA dureza do cotidiano machucando a alma e tirando a leveza de tudo. Duro ver o esforço da protagonista em tentar tocar a vida e os inúmeros problemas que vão surgindo, é a realidade exposta sem firulas. Lembra um pouco Benzinho, porém aqui o filme vai mais longe.