Um amor impossível. Dois jovens que se amam. Vera e João não encontram espaço, nem tempo, nem identidade que, nesta vida, possa resolver esse amor. Aparentemente tudo lhes é benéfico: as respectivas famílias, os amigos e a terra onde vivem. A questão é o tempo. O tempo que não têm na realidade (os estudos, as famílias, as casas distantes) e o tempo de vida deles próprios - sendo tão novos estão sujeitos ao que a vida lhes trouxe até à altura em que a "história" do filme começa, ligados portanto a uma vida que até então não foi por eles escolhida. Esta é uma das razões, que os leva a um processo de fuga. Fuga essa em regresso possível neste mundo. O desejo de estarem juntos obriga-os, numa espécie de jogo infantil, a fugirem dos amigos, a fugirem de casa, das pessoas e do mundo. Isolados numa floresta, afastam-se de tudo. Fazem um pacto de nunca se separarem, "por nada deste mundo". Um com o outro, um para o outro, são capazes de tudo...