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Ileana Kwasinski

Nomes Alternativos: Ileana Maria Magno Kwasinski | Maria Magno Kwasinski

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Nascimento: 20 de Maio de 1940 (54 years)

Falecimento: 8 de Abril de 1995

Curitiba, Paraná - Brasil

Presente em representativos trabalhos nos anos 70 e 80, Ileana Kwasinski é dotada de uma dramaticidade intensa e magnética. Sua formação em dança clássica distingue-a como uma intérprete de composições requintadas, com um desenho corporal quase performático.
Originária do Paraná, Ileana estréia como atriz em 1964 na produção Um Elefante no Caos, de Millôr Fernandes, e forma-se em 1968 no curso mantido pelo Teatro Guaíra. Trabalha em seguidas montagens no Teatro de Comédia do Paraná. Vem para São Paulo e, em 1969, participa do coro de Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, montagem do Teatro Oficina, onde seu marido, Cláudio Corrêa e Castro, vive o protagonista. Nos anos subseqüentes trabalha em Um Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen, em 1969, e A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato, de Bráulio Pedroso, em 1970.
Compõe o elenco de A Capital Federal, de Artur Azevedo, com direção de Flávio Rangel, em 1972. Em 1974, juntando-se a Jandira Martini, Ney Latorraca, Eliana Rocha, Vicente Tuttoilmondo e Francarlos Reis, funda a Royal Bexiga's Company. O grupo monta os seguintes espetáculos: O Que Você Vai Ser Quando Crescer, em 1974, e Ai de Ti, Mata Hari, ambos direção de Silnei Siqueira, em 1976. Segue-se Um Ponto de Luz, texto e direção de Fauzi Arap, em 1977.
No ano seguinte, integra a produção de Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, em que seu trabalho desperta entusiasmo junto à crítica. Destaque que se repete, em 1982, com sua atuação em O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchekhov, uma grande montagem de Jorge Takla. No mesmo ano, integra a equipe de Morte Acidental de Um Anarquista, ao lado de Antonio Fagundes, pela Companhia Estável de Repertório - CER.
Em 1984 está em duas realizações díspares: O Purgatório, de Mario Prata, e Com a Pulga Atrás da Orelha, vaudeville de Georges Feydeau, em ambos distinguindo-se pela energia e carisma cênico. Sua presença intensa e sua alta experiência dramática encontram em Depois do Expediente, um solo escrito por Franz Xaver Kroetz, com direção de Francisco Medeiros, a grande oportunidade de expressão. Sem proferir sequer uma palavra em cena, sua interpretação rende-lhe prêmios e prestígio.
No ano seguinte, figura no elenco de Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, com direção de Ulysses Cruz. A comédia Trair e Coçar É Só Começar, de Marcos Caruso, surge em 1989, com a qual atravessa anos em cartaz. Em 1991, ao lado de Regina Duarte, integra o elenco exclusivamente feminino de A Vida É Sonho, de Calderón de la Barca, encenação de Gabriel Villela, que lhe confere os prêmios Shell e Apetesp de melhor atriz. Em 1993, está em Seis Graus de Separação, de John Guare, novamente sob a direção de Jorge Takla, novamente chamando a atenção para seu preciosismo na construção da personagem. O último trabalho de Ileana é O Médico e o Monstro, de de Georg Osterman, direção de Marco Nanini, em 1994.
Ao lado de sua carreira como atriz, Ileana desenvolveu também uma atividade como figurinista, especialmente nos anos iniciais de sua carreira no Paraná.
Ileana Kwasinski é supreendida subitamente pelo câncer, que a leva precocemente dos palcos paulistas em 1995.
Sua interpretação em Depois do Expediente provoca no crítico Alberto Guzik reação entusiasmada: "Atriz desenvolta e elegante, dona de excelente tempo cômico, Ileana aceitou o maior desafio de sua carreira ao criar uma figura apagada, insignificante. Não se pode imaginar Depois do Expediente sem sua cuidadosa elaboração gestual, sua expressão apática, inerte. Através de Ileana o drama da solidão dessa mulher atinge o público com impacto quase insuportável. Sua atuação intensa, controlada segundo a segundo, exibe tal precisão técnica e autodomínio que hipnotiza o espectador. Embora penoso, difícil, destinado a platéias especiais, Depois do Expediente não pode deixar de ser visto".

Cônjuge: Cláudio Correia e Castro
Filho: Guilherme Correia e Castro

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