Krapp tem o hábito de, em todo aniversário, gravar uma fita magnética, meditando sobre o ano que passou, ao separar “o joio do trigo”.
Por meio da peça, Beckett nos faz espectadores do 69º aniversário de Krapp, no qual ocorre uma ruptura do seu processo habitual, pois, ouvindo a fita de seu 39º aniversário, ele percebe que além de não viver o futuro ansiado na juventude, não consegue estabelecer qualquer vínculo de compreensão ou identificação com o seu próprio eu de décadas atrás.