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9Número de Fãs

Nascimento: 14 de Outubro de 1937 (86 years)

Paris, França - França

Nascido em Paris em 1937, o cineasta tem entre seus admiradores nomes como Jean-Luc Godard, Jean-Marie Straub, Claire Dennis, Raoul Ruiz e o brasileiro Carlos Reichenbach. Sua filmografia, premiada pelos mais importantes festivais internacionais, como Cannes e Berlim, mereceu, entretanto, muito pouca circulação no Brasil. Moullet acumula também destacada atividade como crítico, iniciada aos 18 anos de idade na prestigiosa revista Cahiers du Cinéma. Seus textos são reconhecidos como fundamentais para a Nouvelle Vague e os novos cinemas que eclodiram nos anos 1960 em países como a ex-Tchecoslováquia, Hungria, Brasil e Polônia, entre outros. Seu trabalho crítico aborda diretores como Fritz Lang, Cecil B. DeMille, Jean-Luc Godard, Gerd Oswald, Miklós Jancsó e Catherine Breillat. Autodefinido como um cineasta cômico, Moullet é considerado como herdeiro de Jacques Tati, pela percepção visual e sonora, e de Alfred Jarry, por sua capacidade de oscilar no absurdo. O cineasta também é filiado a uma família de cineastas marginais que escolheram exprimir-se na primeira pessoa do singular (assim como Philippe Garrel e Jonas Mekas). Seu longa de 1966 “Brigitte et Brigitte” conta com participações dos cineastas Samuel Fuller, Claude Chabrol, Eric Rohmer e André Téchiné. Seus longas seguintes incluem um autêntico filme B (“Les Contrebandières”, 1967), um western psicológico com o mítico ator Jean-Pierre Léaud (“Une Aventure de Billy le Kid”, 1971, nunca lançado na França, mas de boa circulação no exterior) e uma paródia de dramas românticos (“Anatomie d'un Rapport”, 1975, co-dirigido com a sua esposa Antonieta Pizzorno, ficção documental sobre a sexualidade de um casal logo após 1968, estrelado pelo próprio Moullet, Christine Hebert e Antonietta Pizzorno). A maior parte dos filmes que realizou a seguir organizam-se em torno dos princípios de “Anatomie d’un Rapport”: Luc Moullet no papel principal, voz off, humor, imagens do quotidiano, oscilação entre a ficção e o documentário, autobiografia e comédia. A partir dos anos 1980, Moullet inicia uma produção de curtas-metragens de humor, realizados entre as filmagens de seus longas. Em 2000, o curta “Le Systeme Zsygmondy” foi premiado no Festival de Cannes, onde, em 1979, “Genèse d'un Repas” havia sido laureado. Em 1987, no mesmo festival, o longa “La Comédie du Travail” venceu o Prêmio Jean Vigo - uma premiação concedida a jovens diretores (Moullet tinha 50 anos à época). “Les Sièges de l'Alcazar”, longa de 1989, é considerado pela crítica como filme a respeito da cinefilia de todos os tempos. Vivendo atualmente momento de celebração de sua carreira, Moullet viu recebida com entusiasmo uma caixa de DVDs reunindo seus primeiros oito longas-metragens lançada em 2007 na França e Estados Unidos (veja texto ao final). Em 2009 Moullet novamente causou sensação no Festival de Cannes ao apresentar "La Terre de la Folie", um tratado sobre as relações entre a loucura e a região francesa dos Alpes do Sul, terra de origem do cineasta (segundo ele, local que teria mais loucos assassinos ou suicidas do que outros territórios similares). Também em 2009, o cineasta ganhou importante retrospectiva de sua obra organizada pelo Centre George Pompidou, em Paris. Para o presidente do Centre Pompidou, Alain Seban, o cineasta é dono de uma obra “inventiva e divertida, que inspirou e estimulou artistas de todas tendências, de Jean-Luc Godard a Claire Dennis”. Para Jean-Marie Straub, “depois de Moullet, estamos há muito tempo à espera de um cineasta tão importante como ele e que mostre tanta liberdade. “Les Contrebandières” já era um filme extraordinário, e “Une Aventure de Billy Le Kid”, é uma obra-prima, o melhor filme com Jean-Pierre Léaud e um dos raros filmes surrealistas franceses. Luc Moullet é sem dúvida o único herdeiro de Buñuel e Tati.” Além da exibição da filmografia de Moullet, o evento promove a sua vinda para apresentar sessões e conversar com o público nas três capitais em que a programação é exibida. Também está sendo organizada uma publicação inédita no Brasil sobre a obra de Luc Moullet. A curadoria e organização geral do evento é assinada por Francisco Cesar Filho e Rafael Sampaio. A produção do evento é da Klaxon Cultura Audiovisual, em colaboração com Associação do Audiovisual, com patrocínio do Banco do Brasil.

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