Velozes e Furiosos 7 tinha de tudo para ser um filme descartável, mas após a tragédia durantes as gravações com a morte do ator Paul Walker, um dos protagonistas da obra, o longa teve que tomar um outro rumo. Assim, o longa se transforma de uma ação com carros super potentes para uma grande homenagem ao ator falecido e a sua franquia.
Para recomeçarem suas vidas, Dominic (Vin Diesel), Brian (Walker) e Letty (Michelle Rodriguez) voltam aos Estados Unidos após vários acontecimentos conturbados em Londres. Porém, Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, está focado em se vingar de Dominic Toretto sem poupar custos, em memória do seu falecido irmão: Owen. Com isso, essa grande família terá que se unir novamente em busca pela paz tão desejada, ou não, por eles.
O sétimo projeto da saga pode ser visto como um conjunto de emoções para seus fãs. Pois, o diretor James Wan (Invocação do Mal) faz a junção dos melhores elementos narrativos da franquia durantes esses 14 anos em apenas um filme, transformando a tragédia em uma grande homenagem não só ao Walker, mas também à toda a equipe de Velozes e Furiosos.
Cores como foco, é um dos principais elementos da direção de arte. A personalidade e o destino de cada personagem é nitidamente transparecida pelos tons de cores, principalmente nos carros. Além disso, a montagem dá impressão de que vários ciclos estão sendo abertos e fechados, assim como os efeitos utilizados na transição de uma cena para a outra que enfatizam esses términos.
A perda é um sentimento que assola toda a obra, e mesmo sem saber o fim que será dado à Brian O'Conner, é possível vivenciarmos seu fim em cada uma de suas cenas. Esse referente é algo novo para a narrativa da saga, para isso os carros são deixados de lado e toda a emoção da adrenalina, por diversas vezes, é trocada pela emoção da dor. Com isso, alguns erros de continuação são passados despercebidos, pois há algo mais relevante no contexto para ser notável.
Com exageros à parte, vai ser difícil a franquia conseguir produzir outro Velozes e Furiosos que supere esse, talvez, essa jamais seja a intenção. Já que, como o próprio Torretto diz, "eu não tenho amigos, eu tenho uma família". E Wan soube representar muito bem a união e o amor dessa família nesse sétimo longa.
Por: Caroline Venco