Peter Parker também conhecido como o Espetacular Homem-Aranha é sem sombra de dúvidas o herói mais popular da Marvel, campeão de vendas nos quadrinhos por anos e um dos personagens mais cativantes e querido pelos leitores.
Criado por Stan Lee e Steve Ditko, desde seu surgimento na Amazing Fantasy #15 de 1962, o Amigão da Vizinhança foi adaptado nas mais diversas mídias, desde os famosos “desenhos desanimados” da Marvel, que tinham uma animação beirando ao ridículo, até os estrondosos sucessos de bilheteria. Foram diversas adaptações da história, você com certeza sabe: “Jovem nerd, órfão, é criado pelos seus tios, até que vê sua vida mudar após a picada de uma aranha radioativa, logo uma tragedia acaba ensinando o verdadeiro significado de ser um herói e ele aprende que com grandes poderes vem grandes responsabilidades” – Simplesmente épico!
O Aranha é sem sombra de dúvida um marco nas histórias em quadrinhos e na cultura pop, então como a dona de um personagem tão marcante pode tratar ele com tanto desprezo? Simples, tudo em prol daquela agenda vermelha, a agenda Woke!
Como todo personagem de quadrinhos americanos, o Aranha sempre teve altos e baixos, não é todo dia que é lançado uma “Ultima Caçada de Kraven”, “Tormento” ou “Homem-Aranha Nunca Mais”, e tudo bem, faz parte do jogo, algumas histórias com o passar dos tempos acabam sendo melhor quistas pelos fãs (como é o caso da Saga do Clone), ou seja, não é sobre isso que estamos falando, mas sim sobre momentos verdadeiramente humilhantes, onde o personagem foi destruído em prol de atender uma turba militante barulhenta que, apesar das bravatas, não consome cultura pop, mas faz questão de atacar a mesma.
Abaixo, uma pequena lista colocada em ordem cronológica dos piores momentos do Cabeça de Teia na mão da Marvel (e da Sony).
Miles Morales
Vamos começar pelo marco zero da lacração, Miles Morales. Miles foi criado por Brian Michael Bendis, inspirado em uma imagem de Donald Glover vestido de Homem-Aranha e por influência do momento político, na época, 2008, estávamos à beira da eleição de Barack Obama como primeiro presidente afro descendente dos EUA e segundo editor-chefe da Marvel da época: "Quando estávamos planejando o Ultimatum, percebemos que estávamos à beira da eleição do primeiro presidente afro-americano e reconhecemos que talvez fosse tempo para dar uma boa olhada em um dos nossos ícones.",
Ultimatum foi uma mega saga que teve influência na morte de Peter Parker Ultimate e foi onde Miles Morales apareceu pela primeira vez.
De fato, apesar de ser o primeiro Homem-Aranha negro, Miles não foi o primeiro Latino a usar o uniforme, Miguel O’Hara, o Aranha 2099, era meio-mexicano e foi o personagem título da série Homem-Aranha 2099 nos 90.
Apesar de um início realmente muito bom, dando sequência em uma das histórias mais emocionantes do Aranha (“A Morte do Homem-Aranha Ultimate”), a Marvel não deixaria de lado a oportunidade de usar Miles para lacrar.
Principais pontos de lacração:
- Miles não apenas substitui o Peter de um universo alternativo, ele vem para o universo 616, numa iniciativa chamada de All New, All Different Marvel, que trouxe não apenas o Miles para 616 mas também criou a Thor Jane Foster, o Capitão Sam Wilson, deu mais destaque para a Capitã Marvel, com isso Miles passou a fazer parte do universo Marvel mantendo o nome de Homem-Aranha, fazendo com que atualmente dois personagens com o mesmo nome existam nas HQs atuando em Nova York.
- Na saga Guerras Secretas, Miles tem grande destaque enquanto o Peter mal tem ações, no final graças a um ato de compaixão do Miles com o vilão Homem-Molecular que o universo Marvel tradicional é restaurado.
- Miles foi o pivô da saga Guerra Civil 2 onde Carol Danvers tem uma visão de que Miles mataria o Capitão América. Assim como em Guerras Secretas, Peter Parker é praticamente deixado de lado nesse evento.
- Na animação da Sony, Homem-Aranha no Aranhaverso, Miles é introduzido ao grande público, apesar de um primeiro filme bem construído, sua sequência é extremamente militante, com direito a Gwen feminista, caderno do Black Lives Matter e textos de “Salvem crianças trans”, mas o principal momento de humilhação dessa história é quando Miles Morales sozinho consegue simplesmente escapar de qualquer outra versão do Aranha.
- No jogo da Sony, Spider-man 2, vemos que Miles Morales é um Homem-Aranha melhor, isso inclusive é dito pelo próprio Peter Parker.
Tecelão de Teia
O que começou com uma boa ideia, uma aventura pelo multiverso com diversas versões do Aranha, acabou se tornando a desculpa perfeita para inserir personagens mais diversos, o mais recente caso aconteceu em 2023 com a introdução de uma versão do personagem abertamente gay que atende pela alcunha de tecelão de Teia.
Homem-Aranha do Tom Holland
Mas essa não é apenas nos quadrinhos ou nas adaptações de Miles Morales que a Marvel tem lacrado, na mais recente trilogia do Homem-Aranha, agora interpretado por Tom Holland, existem uma série de adaptações progressistas para agradar uma minoria e diminuir o personagem.
Começando pela mais grave:
- Ausência do Tio Ben. Tudo bem, ninguém aguenta mais um filme de origem, mas o que houve com o Tio Ben? Ele que sempre foi o ponto chave para a transformação do Peter, aquele que traz um peso e uma balança moral que regem as ações do herói foi simplesmente ignorado, pior, sua celebre frase acaba sendo proferida pela Tia May, que na nova versão deixou de ser uma senhora simpática para se tornar uma MILF.
- Elenco de apoio diverso: Mary Jane deixa de ser uma ruiva estonteante (que acaba virando uma supermodelo nos quadrinhos) para virar Michelle Jones, uma perfeita representante do barangaverso. Ned Leeds deixa de ser um homem loiro que se tornou o Duende Macabro para virar um gordinho samoano inspirado no Ganke, amigo gordo do Miles Morales nas HQs e Flash Thompson deixa de ser americano para se tornar indiano, ainda vale ressaltar que no primeiro filme conhecemos Liz Allen, que nos quadrinhos também era loira, para virar uma menina negra. Gwen Stacy? Harry Osborn? Nem sinal.
Seu Amigão da Vizinhança: Homem-Aranha
E eis que chegamos na mais nova adaptação do Aranha em uma série animada, lançada recentemente na Disney+, essa serie tem tantos problemas que fica difícil saber por onde começar.
Bom, vamos ao que já está se tornando padrão: A ausência da figura paterna, tio Ben simplesmente não existe, o Peter inclusive ganha seus poderes após a morte/sumiço do Tio, ou seja, não existe o fator paterno na construção dos valores do herói.
Aqui também temos a tia May na versão MILF.
Elenco absurdamente diverso, primeiro que não temos Gwen, MJ, Liz Allen, Flash Thompson etc., nada disso, saem os personagens clássicos e entra Nico Minoru, uma personagem que não tem nenhuma relação com o Aranha, sendo uma bruxa dos Fugitivos nas HQs e não um personagem recorrente da HQ do Aranha, para completar colocaram ela como Lésbica, algo que ela não é nos quadrinhos.
Alem dela temos Pearl Pangan, que de uma mulher branca virou negra, outra personagem que não tem ligação com o aranha e é nos quadrinhos uma heroína chamada Wave.
Lonnie Lincoln deixou de ser albino e virou um jovem negro colega de Parker na escola, Norman e Harry também passaram a ser negros, com Harry no estilo “Eu preciso”, Amadeus Cho, coadjuvante das histórias do Hulk aparece aqui para poder ter mais personagens orientais.
Curt Connors trocou de gênero e de cor, passando a ser Carla Connors, uma mulher negra.
Com apenas dois episódios já tivemos várias cenas de racismo em relação ao personagem do Lonnie, muito provavelmente para justificar sua transformação no criminoso conhecido como Lapide.
E as imagens promocionais já mostram que até mesmo o Rei do Crime vai ter sua etnia trocada.
A serie também mostra um Peter Parker que não prende bandidos e que acredita que palavras machucam.
A descaracterização dos personagens é tamanha que mal dá para reconhecer que se trata de uma série animada do Aranha, se comparada com a clássica dos anos 90 é simplesmente uma vergonha.
Com exceção do Peter, praticamente todos os homens brancos foram reduzidos a estereótipos racistas e criminosos.
Com tudo isso que tem sido feito, com o dinheiro gasto em cada uma dessas produções, fica a pergunta: Por que a Marvel odeia o Aranha?