“Ainda Estou Aqui” estreou no México, Argentina, Uruguai, Equador e Peru, dando continuidade a fase de lançamento na América Latina, e confirmando seu apelo na região. Apenas no México, onde ocupa 171 salas, a produção já foi vista por 16,3 mil pessoas, contando as sessões de pré-estreia. Na Argentina, o primeiro dia de exibição atraiu 1,1 mil pessoas para as 41 salas que exibem o longa. A recepção por parte da crítica também tem sido calorosa, no Clarín, maior jornal argentino, o crítico Pablo O. Scholz definiu o filme como “apaixonante, que se torna cada vez mais comovente à medida que se desenvolve, e um dos melhores trabalhos de Salles como diretor”.
Para o também argentino La Nación, María Fernanda Mugica descreve a atuação de Fernanda Torres como um pilar de sustentação do filme: “o trabalho da atriz é brilhante, de uma forma nada ostentosa e construído a partir da sutileza. O arco da personagem Eunice é complexo: aquela vida idílica e divertida do começo do filme é seu ponto de vista, que muda quando ela se torna uma mulher em busca de respostas e justiça pelo desaparecimento do marido, ao mesmo tempo em que tenta reconstruir a vida de sua família. Torres habita cada passo desse caminho com realismo e sensibilidade surpreendentes, acompanhada de um elenco que também exibe essas qualidades e se destaca como um todo”.
“Ainda Estou Aqui” estreou nesta sexta-feira, 21, nos cinemas da Espanha e Inglaterra — países em que a crítica também abraçou o filme. No jornal de maior circulação da Espanha, El País, Carlos Boyero destaca a força da dupla formada por Walter Salles e Fernanda Torres para abordar a história da família Paiva. “Salles narra essa tragédia com complexidade e sutileza. Você tem a sensação de que tudo é real. É um bom filme sobre um tema sombrio, o da perda definitiva do paraíso. E tem uma excelente atriz, sóbria, com classe, revelando o que acontece dentro dessa mulher dilacerada, sem fazer o menor estardalhaço, sem pedir que você tenha pena dela, com um olhar e uma atitude permanentemente dignos. O nome dela é Fernanda Torres.”
Para Sergi Sánchez, do jornal La Razón, o filme é um “elogio da mãe coragem”, e para Salvador Llopart, do La Vanguardia, “um dos mais emocionantes em anos”. Além da crítica nas principais publicações da América Latina e Espanha, “Ainda Estou Aqui” recebeu novamente o apoio de um aliado importante em sua divulgação, Alejandro González Iñárritu. O vencedor do Oscar e diretor de “Amores Perros” e “O Regresso”, disse:
“Walter Salles faz brilhar a luz do cinema por uma fenda na intransponível muralha da violência. Um filme de profunda elegância e delicadeza, apesar da brutalidade que retrata”, afirma o cineasta.
No Brasil, “Ainda Estou Aqui” chega a sua 16ª semana em cartaz em 650 salas do circuito, totalizando mais de 5,1 milhões de espectadores. No mundo, o filme já soma US$ 26 milhões arrecadados, mesmo estando presente em menos de 20 países. Destaca-se por ter vendido 300 mil ingressos na França, e por se aproximar deste número de público também em Portugal. Sua rota de lançamentos continua no dia 27 de fevereiro, quando chega à Austrália, e 12 de março, quando estreia na Alemanha.
Imagem: Sony Pictures/Divulgação