O CEO da Disney, Bob Iger, reconheceu publicamente que a estratégia do estúdio nos últimos anos pecou pelo excesso, ao priorizar a quantidade de lançamentos em detrimento da qualidade — especialmente no universo cinematográfico da Marvel. Durante uma chamada com investidores nesta quarta-feira (6), Iger destacou o recém-lançado Thunderbolts como o "primeiro e melhor exemplo" da nova abordagem da empresa para seus filmes.
"Sabemos que, no entusiasmo de alimentar nossa plataforma de streaming com mais conteúdo, acabamos exigindo demais de nossos criativos, inclusive da Marvel, o que resultou em uma produção excessiva", admitiu o executivo. "Aprendemos que quantidade não gera necessariamente qualidade. Perdemos um pouco do foco. Agora, ao concentrar mais a atenção nos filmes, acreditamos que o resultado será melhor. E Thunderbolts é prova disso."
O filme, que estreou no último fim de semana arrecadando US$ 76 milhões, apresenta personagens menos conhecidos do público em comparação com figuras como Capitão América e Thor. Mesmo assim, foi bem recebido por crítica e público, com 3.8 estrelas no Filmow e nota A- nas pesquisas de satisfação da CinemaScore. Especialistas acreditam que, apesar de um início mais modesto, o longa terá fôlego duradouro nas bilheteiras — algo que os lançamentos recentes da Marvel, como As Marvels e Quantumania, não conseguiram alcançar.
A Disney também vem alimentando o interesse pelo longa ao revelar o significado do asterisco no título: os personagens de Thunderbolts agora serão conhecidos como Os Novos Vingadores, com retorno confirmado para Avengers: Doomsday, previsto para 2026.
Imagem: Marvel Studios/Divulgação