Planeta dos Homens

1976

Planeta dos Homens

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salvando

O Planeta dos Homens apresentava quadros de humor baseados em sátira de costumes, crítica social e paródias de programas de rádio e televisão.
Os macacos Charles Sócrates e Gibinhar (vividos por Orival Pessini) são representantes de um planeta habitado por uma raça de símios superinteligentes, são enviados à Terra para investigar o comportamento dos homens e entender por que eles ainda não superaram problemas como a fome, a guerra e a poluição.
Foi a partir dessa paródia do clássico Planeta dos Macacos, série de ficção científica norte-americana, que Max Nunes e Haroldo Barbosa conceberam O Planeta dos Homens.

O programa mostrava quadros de humor baseados em sátira de costumes, crítica social e paródia a programas de rádio e televisão. Era a continuação de um tipo de programa que eles próprios haviam criado como TV1-TV0, Faça Humor, Não Faça Guerra e Satiricom.

O Planeta dos Homens era um programa de esquetes curtos, com duração média de cinco minutos. Visualmente, era arrojado, com cenários constituídos de módulos em forma geométrica totalmente brancos, sem portas ou janelas, com alguns poucos elementos de cena.

O Planeta dos Homens reestreou em março de 1977, com esquetes um pouco mais longos, cada um com dez minutos em média.

Além dos macacos, um dos grandes sucessos do programa era o quadro estrelado por Kika (Clarice Piovesan) e Xuxu (Stênio Garcia). Ela, uma mulher fogosa e romântica que demandava atenção e carinho constantes. Ele, um trabalhador incansável que se via em apuros todas as vezes que a mulher dizia: “Xuxu, apaga a luz”. O quadro fez tanto sucesso que, em 1978, transformou-se em um programa independente: Kika e Xuxu.

Sátira política
Criação: Max Nunes e Haroldo Barbosa
Redação: Hilton Marques, Afonso Brandão, J. Rui, Jô Soares, Sérgio Rabello, Afonso Brandão, Redi, Alfredo Camargo, Luís Fernando Verissimo, Jésus Rocha, Alfredo Camargo, Marcos César, Expedito Fagioni e Caulos
Direção: Paulo Araújo
Período de exibição: 15/03/1976-03/01/1982
Horário: às segundas, 21h

Em março de 1977, a sátira política passou a fazer parte da receita do programa, já que a censura parecia estar afrouxando sua vigilância. Naquele momento, já era possível criar quadros como o do repórter que entrevistava o diretor do Grêmio Recreativo Escola de Samba Aprendizes da Democracia. Apesar de garantir que a escola ensaiava muito, o diretor não sabia dizer quando os foliões sairiam em desfile pela avenida.

Em outro quadro, Paulo Silvino e Jô Soares eram dois apresentadores insanos de um telejornal, e faziam todo tipo de piadas sobre a inflação e os custos de vida.

A Censura, de vez em quando, ainda atuava. A censora que trabalhava diretamente vigiando O Planeta dos Homens, conhecida como “Dona Mariana”, cortava quadros e falas que, muitas vezes, alteravam o sentido da piada. Se o quadro tinha dois minutos, por exemplo, e o final era cortado, o quadro não podia mais ir ao ar. Ao mesmo tempo, um esquete antes censurado era reavaliado e liberado, entrando no programa.

O presidente João Baptista Figueiredo era figura constante nas sátiras de O Planeta dos Homens. Como o presidente era apaixonado por cavalos, havia um cavalinho que entrava em cena acompanhado do bordão “Eu prendo e arrebento”, referência a uma fala do presidente durante uma entrevista, que se transformou na sua marca.

Bordões: (Agildo Ribeiro) - “Pára com essa campainha, sua múmia paralítica!”; ''“Coisa horrorosa!”; ''Mais a Bruna - uma referência a beleza da atriz Bruna Lombardi'';.
(Jô Soares) -“Não me comprometa” e “Vai pra casa, Padilha!”.
(Clarice Piovesan) - ''Xuxu, apaga a luz”.
(Paulo Silvino) - “Dá uma pegadinha” e “Eu perco logo a fala”.
Outros bordões repetidos pelo público foram: “Quem mandou votar no homem” – quando alguém reclamava do custo de vida –; “Querias, mas não te dou”, “Não se pode elogiar”, “Perguntar não ofende” e “Lá vai barão!”, todos aludindo à situação econômica do país.

Período de exibição: 15/03/1976-03/01/1982

Estreia Brasil:
15 de Março de 1976
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