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Richard Burton

Nomes Alternativos: Richard Walter Jenkins

184Número de Fãs

Nascimento: 10 de Novembro de 1925 (58 years)

Falecimento: 5 de Agosto de 1984

Pontrhydfen, País de Gales - Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Richard Burton, CBE (pseudônimo de Richard Walter Jenkins), foi um ator britânico nascido no País de Gales. Poucas vezes, na história, houve um caso como de Burton. Era famosíssimo por alguns motivos: seus trabalhos nas telas e nos palcos, e sua vida agitada pessoal e,principalmente, sua longa e vulcânica paixão por Elizabeth Taylor.

Foi o penúltimo dos doze filhos da família Jenkins. Seu pai era apaixonado por poesia. Ele não pensava em ser ator, mas sim em ser professor.
Estreou no teatro aos dezessete anos pelas mãos do dramaturgo Emilyn Williams. O nome artístico Burton ele buscou em um professor que desde a adolescência o incentivou a seguir a carreira de ator. Ele se formou em Oxford e serviu durante três anos na Real Força Aérea Britânica, Burton era apaixonado pelos palcos.

Em Londres ficou conhecido por suas interpretações das obras de Shakespeare, principalmente Hamlet, Otelo e Henrique IV. Em abril de 1961, Burton recebeu o prêmio Tony (o Oscar do teatro), de Melhor Ator por um musical, mostrando sua versatilidade. Na Broadway, sua versão de Hamlet, deixaram os críticos delirando: ''Uma interpretação eletrizante e de arrebatadora vitalidade', dizia o New York Times. Para o World Telegraph, era ''tão lúcida e sensível que dela se falará durante anos''.

Rodou o seu primeiro filme em 1949, ''The Last Days of Dolwyn''. Seu filme de maior sucesso nesse período foi ''Eu Te Matarei, Querida!/My Cousin Rachel'' (1952), dirigido por Henry Koster. durante a filmagem, não eram muito cordiais as relações do recém chegado astro com Olivia de Havilland, a protagonista do filme, ela não queria saber de repartir as honras do estrelado com um completo desconhecido, mas o trabalho de Burton foi unanimemente elogiado. Hedda Hopper, temida colunista de Hollywood, deu as boas vindas a ''um dos atores mais emocionantes que vi nos últimos anos'', e Burton, recebeu sua primeira indicação ao Oscar. Burton ganhou o Globo de Ouro de Nova Estrela.

O segundo sucesso de Burton foi no épico histórico bíblico, ''O Manto Sagrado/The Robe'', notável por ser o primeiro filme a ser produzido no CinemaScope. O filme foi um sucesso comercial, arrecadando US $ 17 milhões contra um orçamento de US $ 5 milhões, e Burton recebeu sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Alcançou o status de estrela internacional só nos anos 60, quando atuou ao lado de sua mulher Elizabeth Taylor em grandes produções como 'Cleópatra'' em 1963; ''Gente muito importante/The V.I.P.s'' em 1963.

Em 1964, Burton interpretou Thomas Becket, o arcebispo de Canterbury que foi martirizado por Henrique II da Inglaterra, na adaptação cinematográfica da peça histórica de Jean Anouilh, ''Becket, o Favorito do Rei/Becket''. Tanto Alpert quanto o historiador Alex von Tunzelmann, observaram que Burton apresentou um desempenho eficaz e contido, contrastando com o retrato maníaco de Peter O'Toole, co-ator e amigo. Peter Rainer, classificou Burton como "extraordinário". Kenneth Turan, do Los Angeles Times, apreciou a química de Burton na tela com O'Toole e pensou que seu retrato de Becket serviu como "um lembrete de quão bom era um ator Burton". O filme recebeu doze indicações ao Oscar, incluindo Melhor Ator por Burton e O'Toole; eles perderam para Rex Harrison por My Fair Lady (1964).

O triunfo de Burton nas bilheterias continuou com sua próxima aparição como clérigo dr. T. Lawrence Shannon em ''A Noite do iguana/The Night of the Iguana'' (1964), de Tennessee Williams, dirigido por John Huston, o filme também foi criticamente bem recebido. Alpert acreditava que o sucesso de Burton se devia à forma como ele variava sua atuação com as três personagens femininas, cada uma das quais ele tenta seduzir de maneira diferente: Ava Gardner (a dona do hotel), Sue Lyon (a turista americana núbil) e Deborah Kerr (a pobre e reprimida artista). O sucesso de ''Becket'' e ''A Noite do Iguana'' o levou a revista Time a chamá-lo de "o novo Sr. Box Office".

Burton, estrelou ao lado de Claire Bloom e Oskar Werner em ''O Espião que Veio do Frio/The Spy Who Came In from the Cold'' (1965), uma espionagem da Guerra Fria.história sobre um agente de inteligência britânico, lhe valeu mais uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.

Richard Burton e Elizabeth Taylor casaram-se e divorciaram-se duas vezes. O primeiro casamento foi em 1964 e terminou em divórcio em 1973. O segundo foi em 1975 e terminou um ano depois. Isso tudo ocorreu por conta do alcoolismo de Richard. No ano de 1975, Richard e Elizabeth adotaram uma menina alemã, a quem deram o nome de Maria Taylor Burton. Devido aos escândalos na vida privada, sua aparição conjunta no drama conjugal ''Quem tem medo de Virginia Woolf?/Who's Afraid of Virginia Woolf?'', baseado numa obra de Edward Albee despertou grande expectativa na imprensa sensacionalista. Foi um filme que falava da vida conjugal de muitas brigas entre ele e a esposa. Eles mesmos protagonizaram o filme. recebeu elogios da crítica, com o crítico de cinema Stanley Kauffmann, do The New York Times chamando-o de "um dos filmes americanos mais ridiculamente honestos já feitos". Kaufman observou que Burton é "absolutamente convincente como um homem com um grande lago de náusea nele, no qual navega com arrependimento e diversão compulsiva", e Taylor "faz o melhor trabalho de sua carreira, sustentado e agressivo". O filme deu o Oscar de Melhor Atriz para Taylor, e mais uma indicação de Melhor Ator, para Burton, que para muitos deveria ter levado.

O penúltimo filme de Burton da década foi ''Ana dos Mil Dias/Anne of the Thousand Days' (1969), pelo qual ele recebeu US $ 1,25 milhão, foi um sucesso comercial, mas recebeu opiniões mistas dos críticos.

Em 1969, Burton desfrutou de um grande sucesso comercial com Clint Eastwood no filme de ação da Segunda Guerra Mundial, ''O Desafio das Águias/Where Eagles Dare''; ele recebeu uma taxa de US $ 1 milhão mais uma parcela da bilheteria bruta do filme. De acordo com sua filha Kate Burton, “Ele fez isso por nós, crianças, porque continuamos perguntando a ele: 'Você pode fazer um filme divertido que possamos ver?'

Em 1974, Burton foi para Roma filmar ''Viagem Proibida/Il viaggio'',sob a direção de Vittorio De Sica. Estrela do filme: Sophia Loren. Antes Burton perguntou a Sophia se poderia ficar hospedado com ela e o marido Carlo Ponti. O casal concordou e Burton embarcou com um médico, uma enfermeira, um secretário e dois guarda-costas. Ele tinha começado um tratamento de desintoxicação e estava sem beber havia algumas semanas. Ao saber disso Elizabeth Taylor, foi atrás dele, tentando reconciliação. Houve. Durou apenas nove dias.

Em 1976, Burton recebeu um Grammy na categoria de Melhor Gravação para Crianças por sua narração de ''O Pequeno Príncipe'' de Antoine de Saint-Exupéry .

Em 1977, depois de apresentações de sucessos da peça ''Equus', acabou virando filme, e valeu a sétima indicação ao Oscar para Burton.

Seu último grande filme no cinema foi ironicamente seu último ''1984/Nineteen Eighty-Four'' (1984), dirigido por Michael Radford, baseado no romance de George Orwell de 1949. O filme foi indicado ao prêmio BAFTA de melhor direção de arte e ganhou dois Evening Standard British Film Awards de Melhor Filme e Melhor Ator. O filme foi aclamado pela crítica.

Após o segundo divórcio de Liz Taylor, casou-se com a modelo Susan Hunt. Bebedor inveterado, foi durante esse casamento que tentou mais uma vez parar de beber. Após seis anos, o casamento acabou e voltou a beber muito. Ainda se casaria com a assistente de produção da BBC, Sally Hay.

Fez mais de quarenta filmes e foi indicado ao Oscar de melhor ator por sete vezes, embora nunca tenha sido premiado. Burton morreu de cirrose hepática, aos 58 anos, depois de um violento processo de autodestruição, que o levou a tomar, durante muitos anos, uma garrafa de vodca todas as manhãs. Encontra-se sepultado no Cemitério Vieux, Céligny, Genebra na Suiça.

Cônjuge: Sally Burton (de 1983 a 1984), Suzy Hunt (de 1976 a 1982), Elizabeth Taylor (de 1975 a 1976), Elizabeth Taylor (de 1964 a 1974), Sybil Williams (de 1949 a 1963)
Filhas: Kate Burton, Jessica Burton

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