As canções originais interpretadas pelos melhores artistas indies dos EUA dos últimos anos são incríveis (ouvi bem antes de assistir), imaginei que se me agradasse o quanto a trilha me agradou, seria um dos meus favoritos, mas ela é utilizada de um jeito tímido, o que não é bem um defeito, já a trilha com a música original do Alex G faz mais jus ao ritmo, que é lento e melancólico, no fim, o filme é uma junção de clipes tentando trazer uma nostalgia dos anos 90 e início dos anos 2000 e, se a gente for só por esse lado da vibe, de ser quase um Twin Peaks geração Z, é tudo muito bem feito, tirando as atuações (os atores são bons, mas aqui pareciam não saber o que estavam fazendo), os personagens são passivos e parecem não ter nenhum propósito, enfim, a narrativa é pobre, mas deve agradar quem gosta de procurar sentido em coisas desnecessariamente complicadas.
Admito que o fato do filme mostrar com boa técnica o meio urbano (prédios e hotéis) com um protagonista branco e padrão (bonito) se envolvendo em aventuras sexuais prende a atenção, mas no terço final essa "tolerância" se esgota, já que não tem profundidade. Estamos diante de um protagonista sociopata, grande parte dos dramas são fabricações da mente dele (porque claramente se sente muito importante), a atuação monótona de Ruaridh Mollica até tem uma elegância comedida que combina com essa tese, mas o filme não ajuda, ele joga o esforço do ator no lixo fazendo tudo ficar extremamente repetitivo e estendido. Fez de tudo para não ser mais um filme trágico sobre trabalhadores do sexo, mas acabou sendo o que lutou contra, não que eu ache que há algo de bom no meio da prostituição ou pornografia moderna, mas dá para ir além de reproduzir o que já sabemos. Outro ponto positivo que o livra do zero é o fato de mostrar bem a forma de se relacionar gay moderna, que se resume em networking (educação e criação de imagem pública) e compartilhamento de imagens e experiências privadas sem intimidade real.
Você só sabe que está velho quando fazem um filme que se passa num ano distante que você tinha 16 anos e os personagens têm a mesma idade que você tinha. É um "filme televisivo" e bem simples, os dramas parecem tirados da série Skins (que era ótima, claro), mas adorei a representatividade "gay indie" do início dos anos 2000, onde o protagonista ouve Hot Chip e outras bandas de "indie rock" da época. Surpreso com a participação do Josh O'Connor interpretando Jonno, mais ainda ao saber que ele é co-roteirista do filme. Para fechar, a música original do Olly Alexander é divertida e, mesmo sendo superficial, ainda consegue ser melhor que o vagamente parecido "Uma Ideia de Você" (filme de 2024), já que aqui o casal é adolescente e podemos relevar grande parte dos pormenores.
Que coisa mais aleatória e sem alma! Uma celebração da co-dependência, um efeito claro da anuência aos moldes empresariais e ao capitalismo afetivo, um lixo!
Podia ter gostado menos se não tivesse achado tão divertido, porque os problemas são abundantes, o filme é projetado para ser amado até por defensores do capitalismo, ele defende: machismo ("esquerdomachismo"), patriarcado, família, casamento (monogamia), educação em casa e disciplina exacerbada (militarismo, esportes e caça). Alguns vão julgar o filme como ruim por ele não "doutrinar" do jeito certo, mas não iria por aí. Por exemplo, quando as crianças recorrem a argumentos e dizem coisas "rebuscadas" eu só acho engraçado, mas de fato, somente a habilidade de enxergar bem situações não devem levá-las muito longe (no mundo que vivemos, pelo menos). Mas é isso, o máximo que conseguíamos há 10 anos era trazer um socialismo "de grife" e agradar, depois foi a vez de Parasita, o que virá ainda?
Com certeza, vai ser um filme muito bem falado, sendo da A24 e com produtores famosos por trás (tipo Emma Stone), não teria como ser diferente, então tá, beleza, Torres, a gente já entendeu que você é excêntrico e inexpressivo, mas ficou claro com esse debut que sua visão de mundo é encantada (por mentiras estadunidenses) e limitada tal qual o protagonista! Mas para os limitados é isso, o protagonista é um imigrante, logo, o filme é "politicamente responsável". Não é, chega a ser assustador como alguns autores se confundem com suas criações e parece que nem tentam ir além do esperado. No fim, mal montado, ficou confusa a apresentação da mãe e transformar a Tilda Swinton na real protagonista (demorei a entender que o título é sobre ela) é um tiro no pé, gerou um desequilíbrio, e quando o Alejandro finalmente se destaca (por causa da "bondade" da americana!) não dá pra acreditar muito.
Acho que existem alguns pontos que quebram a credibilidade do filme e ele só funciona suspendendo muito a descrença e na ausência de opinião profunda sobre educação (fora do perfil de estudante ou pai de um), porque muitos dos desdobramentos ocorrem por causa dos posicionamentos da protagonista e não porque "uma escola funciona assim", ou seja, parece feito para amedrontar a sociedade como um todo, mas em especial estudantes de pedagogia ou que fazem licenciatura. Aqueles alunos do jornal da escola são os futuros whistleblowers da civilização!
E para mim ficou claro que a funcionária era realmente a ladra, ela devia estar passando por algum tipo de dificuldade que o filme resolve não abordar, não consigo imaginar uma mãe que deixaria o filho na mesma escola depois de tal acontecido, então ela passa a instrumentalizar a inteligência do filho para causar perturbação, mas não entendi o que aquela dupla ou trio de garotas da turma fazia sempre se deslocando...
Quê? Oi? Não entendi nada. Eu fiquei os 20 minutos iniciais tentando entender qual era o "chamado" do filme ou se era só isso de dois adolescentes brancos cishéteros e padrões falando e fazendo besteira, só que de um modo alternativo (parado) e não como uma comédia de um estúdio gigante mostraria. Acho que os autores esquecem que parte do apelo de comédias como Superbad se dá pelo fato dos protagonistas não serem padrões. É claro que essa parte dos "perfis" não foi decisiva, mas a parte de nada parecer minimamente verossímil sim. Uma pena, já que eu amo filmes recentes que se passam nos anos 90 e achei o outro filme do diretor bem decente (esse preferi nem terminar). Até onde vi, um festival inevitável de clichês tentando ser algo mais, mas palmas para o elenco esforçado e que conseguiu transformar diálogos pavorosos em algo quase aceitável (já falavam cringe em 1991?)
Fã ou hater? Um texto duro com imagens tão monótonas que podiam ser substituídas por simples ilustrações, a sensação é de estar ouvindo um "audiobook audiovisual", mas com grande valor "psico-sociológico", histórico e político.
Caraca, uma das relações mais tóxicas que já vi representadas, um homem que quer se matar por causa de uma mulher, a "garota maníaca fada dos sonhos" sem responsabilidade afetiva que nem o diretor está convencido que ela ama o cara! O pior mesmo é que isso não é exatamente explorado, é tudo bem ele ser assim. Quer dizer então que ele era ciumento com ela, mas por que ela saía sem avisar para um
? Eles não trocam uma palavra por um ano, e voltam num cumprimento, meu deus, não é possível que ninguém viu o quanto isso é errado em vários níveis e ultrapassa todos os limites da verossimilhança.
Dá muito tempo de tela para pessoas que defendem abuso físico e a família do criminoso, tinha oportunidade de fazer algo bem mais incisivo, mas aparentemente a Netflix ficou com medo por essa ainda ser uma prática existente nos EUA, para terem a desculpa de estarem convencendo e falando de forma branda. De toda forma, é complicado viver numa sociedade em que é naturalizado e que se torna concebível na cabeça de um pai ou uma mãe achar que precisa recorrer a um negócio desses, se alguém precisava ser responsabilizados eram eles também, mas claro, "os filhos são como são com zero influência de vocês!" E o hipócrita de marca maior com filhos piores do que os dos outros, e morreu acreditando que a culpa era deles e não porque era um safado que não cuidou deles direito.
Todos os princípios que um filme que tem co-produção da Globo Filmes tenta passar vão por água abaixo quando a gente sabe quem é Buchecha, né? O próprio filme é obrigado a vazar um pouco do verdadeiro (só ver a posição catequizadora dele diante da entrevista no Jô). E não era para ser sobre Claudinho e Buchecha? De repente, é um drama de reconciliação entre pai e filho (que é muito bem interpretada pelos atores envolvidos, mas) que não condiz com a realidade. Sem falar que o Claudinho, além de ser do mesmo jeito o tempo todo, serve apenas para ajudar o amigo em tudo e para trazer o pai de novo para a vida dele. O filme ainda emociona pela nostalgia, mas trouxeram os daddy issues e deram uma resolução pouco convincente, mesmo tudo sendo envolvente.
Não fosse esse ritmo insuportável, seria mais interessante. E como assim não tem vítimas? Quase todo mundo que está ao redor do Markus é uma vítima dele! A amoralidade de achar que num contexto de abuso de menor de idade, o menor pode ter contexto e background para estar consciente e "virar o jogo" é o cúmulo da desonestidade.
Tá foda ver esse homem chorando tanto na velhice. Ele só ensaia algo de interessante ao desenvolver um pouco a ideia de fim do mundo, mas quando sai disso foca quase totalmente na retórica, "o mundo está acabando e as pessoas estão preocupadas com assunto x..." Ué, querido, você está preocupado de volta.
Critiquem o que for, mas a qualidade técnica de terror é maravilhosa, também não são muitos diretores que conseguem fazer cenas com multidões e planos abertíssimos sem que a gente posso listar vários erros, o desenho de produção (direção de arte) e fotografia são ótimos, mesmo com o score meio repetitivo e o som sem muito destaque, assistir em alta qualidade ou no cinema fazem a experiência ser suficientemente boa.
Sempre rola uma auto-manipulação quando me deparo com algo do Julián Hernández, será que sempre assisto cansado? Porque não acontece de eu ficar acordado num filme dele. Também me pergunto se o meu problema é com a linguagem, com a visão dele e, se as cenas eróticas são para gente não sentir tesão e não passarem nenhuma verdade, o objetivo está sendo alcançado. De início, nutria muita simpatia por Bramadero e O Céu Dividido, mas não vi sentido no que veio depois. É para ter empatia por criador de conteúdo do OnlyFans no fim do mundo? Por ora é isso, acho que tem mais de uma década que nada dele parece ter algo a acrescentar.
Acho que poupei meu tempo não vendo essa bobeira até o fim. Emerald Fennell é uma das cineastas mais pueris da nossa época, a incompetência dela é alarmante, mas o Barry Keoghan é uma preciosidade.
Não nutro muito simpatia pela Sandra Kogut desde que tive que assistir um de seus filmes do início dos anos 2000 para uma disciplina na UnB. Não bastasse ter achado chatíssimo, a professora atribuiu uma nota ruim a minha crítica ao filme na época. De toda forma, fui assistir esse sem preconceito, mas pareceu uma reclamação por admissão no rol de diretoras com documentários sobre política brasileira recente ao lado da Petra Costa e Maria Ramos. Infelizmente esse aqui deve ser um dos piores exemplares dessa leva, talvez pelo simples fato de querer ser muito neutro (não ter crítica contundente) ou também pode ser por ter muito envolvimento da Globo (Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil). Fato é que ele escolhe um lado, mas a crítica ao "oponente" é frouxa e ao "aliado" inexistente (se teve, perdi), esquece de realmente ligar o passado aos eventos de 8 de janeiro (fica no passado recente das eleições de 2022), então serve mais à "Esquerda" devota ("Lula salvador") e/ou da rica com casa boa, carro do ano, filho na escola privada (ou na Federal) etc. que teve o seu escolhido eleito em 2022.
A mulher acha que está sendo seguida e vai ouvir Gimme More de boa, socorro. Ultrapassou as boas-vindas sendo muito longo, daria para passar essa mensagem de um jeito bem mais objetivo. De toda forma, por que alguém alguém namoraria alguém com aquela diferença de idade toda? E por que resolvemos fazer o que não queremos só para viver um "romance"? Vida de encontro é foda, para mulher cishet é a pior coisa.
I Saw The TV Glow
3.0 29As canções originais interpretadas pelos melhores artistas indies dos EUA dos últimos anos são incríveis (ouvi bem antes de assistir), imaginei que se me agradasse o quanto a trilha me agradou, seria um dos meus favoritos, mas ela é utilizada de um jeito tímido, o que não é bem um defeito, já a trilha com a música original do Alex G faz mais jus ao ritmo, que é lento e melancólico, no fim, o filme é uma junção de clipes tentando trazer uma nostalgia dos anos 90 e início dos anos 2000 e, se a gente for só por esse lado da vibe, de ser quase um Twin Peaks geração Z, é tudo muito bem feito, tirando as atuações (os atores são bons, mas aqui pareciam não saber o que estavam fazendo), os personagens são passivos e parecem não ter nenhum propósito, enfim, a narrativa é pobre, mas deve agradar quem gosta de procurar sentido em coisas desnecessariamente complicadas.
Sebastian
2.0 1Admito que o fato do filme mostrar com boa técnica o meio urbano (prédios e hotéis) com um protagonista branco e padrão (bonito) se envolvendo em aventuras sexuais prende a atenção, mas no terço final essa "tolerância" se esgota, já que não tem profundidade. Estamos diante de um protagonista sociopata, grande parte dos dramas são fabricações da mente dele (porque claramente se sente muito importante), a atuação monótona de Ruaridh Mollica até tem uma elegância comedida que combina com essa tese, mas o filme não ajuda, ele joga o esforço do ator no lixo fazendo tudo ficar extremamente repetitivo e estendido. Fez de tudo para não ser mais um filme trágico sobre trabalhadores do sexo, mas acabou sendo o que lutou contra, não que eu ache que há algo de bom no meio da prostituição ou pornografia moderna, mas dá para ir além de reproduzir o que já sabemos. Outro ponto positivo que o livra do zero é o fato de mostrar bem a forma de se relacionar gay moderna, que se resume em networking (educação e criação de imagem pública) e compartilhamento de imagens e experiências privadas sem intimidade real.
Bonus Track
3.0 10Você só sabe que está velho quando fazem um filme que se passa num ano distante que você tinha 16 anos e os personagens têm a mesma idade que você tinha. É um "filme televisivo" e bem simples, os dramas parecem tirados da série Skins (que era ótima, claro), mas adorei a representatividade "gay indie" do início dos anos 2000, onde o protagonista ouve Hot Chip e outras bandas de "indie rock" da época. Surpreso com a participação do Josh O'Connor interpretando Jonno, mais ainda ao saber que ele é co-roteirista do filme. Para fechar, a música original do Olly Alexander é divertida e, mesmo sendo superficial, ainda consegue ser melhor que o vagamente parecido "Uma Ideia de Você" (filme de 2024), já que aqui o casal é adolescente e podemos relevar grande parte dos pormenores.
Está Tudo Bem Comigo?
3.1 71 Assista AgoraQue coisa mais aleatória e sem alma! Uma celebração da co-dependência, um efeito claro da anuência aos moldes empresariais e ao capitalismo afetivo, um lixo!
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraPodia ter gostado menos se não tivesse achado tão divertido, porque os problemas são abundantes, o filme é projetado para ser amado até por defensores do capitalismo, ele defende: machismo ("esquerdomachismo"), patriarcado, família, casamento (monogamia), educação em casa e disciplina exacerbada (militarismo, esportes e caça). Alguns vão julgar o filme como ruim por ele não "doutrinar" do jeito certo, mas não iria por aí. Por exemplo, quando as crianças recorrem a argumentos e dizem coisas "rebuscadas" eu só acho engraçado, mas de fato, somente a habilidade de enxergar bem situações não devem levá-las muito longe (no mundo que vivemos, pelo menos). Mas é isso, o máximo que conseguíamos há 10 anos era trazer um socialismo "de grife" e agradar, depois foi a vez de Parasita, o que virá ainda?
Problemista
3.3 8Com certeza, vai ser um filme muito bem falado, sendo da A24 e com produtores famosos por trás (tipo Emma Stone), não teria como ser diferente, então tá, beleza, Torres, a gente já entendeu que você é excêntrico e inexpressivo, mas ficou claro com esse debut que sua visão de mundo é encantada (por mentiras estadunidenses) e limitada tal qual o protagonista! Mas para os limitados é isso, o protagonista é um imigrante, logo, o filme é "politicamente responsável". Não é, chega a ser assustador como alguns autores se confundem com suas criações e parece que nem tentam ir além do esperado. No fim, mal montado, ficou confusa a apresentação da mãe e transformar a Tilda Swinton na real protagonista (demorei a entender que o título é sobre ela) é um tiro no pé, gerou um desequilíbrio, e quando o Alejandro finalmente se destaca (por causa da "bondade" da americana!) não dá pra acreditar muito.
A Sala dos Professores
3.9 141 Assista AgoraAcho que existem alguns pontos que quebram a credibilidade do filme e ele só funciona suspendendo muito a descrença e na ausência de opinião profunda sobre educação (fora do perfil de estudante ou pai de um), porque muitos dos desdobramentos ocorrem por causa dos posicionamentos da protagonista e não porque "uma escola funciona assim", ou seja, parece feito para amedrontar a sociedade como um todo, mas em especial estudantes de pedagogia ou que fazem licenciatura. Aqueles alunos do jornal da escola são os futuros whistleblowers da civilização!
E para mim ficou claro que a funcionária era realmente a ladra, ela devia estar passando por algum tipo de dificuldade que o filme resolve não abordar, não consigo imaginar uma mãe que deixaria o filho na mesma escola depois de tal acontecido, então ela passa a instrumentalizar a inteligência do filho para causar perturbação, mas não entendi o que aquela dupla ou trio de garotas da turma fazia sempre se deslocando...
The American Society of Magical Negroes
2.0 7 Assista AgoraNão fica claro o tipo de humor do filme, parece uma comédia tímida quando podia ser bem mais expansiva, mas muito bom mesmo assim!
Snack Shack
3.7 3Quê? Oi? Não entendi nada. Eu fiquei os 20 minutos iniciais tentando entender qual era o "chamado" do filme ou se era só isso de dois adolescentes brancos cishéteros e padrões falando e fazendo besteira, só que de um modo alternativo (parado) e não como uma comédia de um estúdio gigante mostraria. Acho que os autores esquecem que parte do apelo de comédias como Superbad se dá pelo fato dos protagonistas não serem padrões. É claro que essa parte dos "perfis" não foi decisiva, mas a parte de nada parecer minimamente verossímil sim. Uma pena, já que eu amo filmes recentes que se passam nos anos 90 e achei o outro filme do diretor bem decente (esse preferi nem terminar). Até onde vi, um festival inevitável de clichês tentando ser algo mais, mas palmas para o elenco esforçado e que conseguiu transformar diálogos pavorosos em algo quase aceitável (já falavam cringe em 1991?)
Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo
1.8 37 Assista AgoraNão fizeram exibição teste? Inacreditável terem dado sinal verde pra essa bomba.
Não é o Homossexual que é Perverso, mas a Situação …
4.1 46Fã ou hater? Um texto duro com imagens tão monótonas que podiam ser substituídas por simples ilustrações, a sensação é de estar ouvindo um "audiobook audiovisual", mas com grande valor "psico-sociológico", histórico e político.
Não Tem Volta
2.2 24Caraca, uma das relações mais tóxicas que já vi representadas, um homem que quer se matar por causa de uma mulher, a "garota maníaca fada dos sonhos" sem responsabilidade afetiva que nem o diretor está convencido que ela ama o cara! O pior mesmo é que isso não é exatamente explorado, é tudo bem ele ser assim. Quer dizer então que ele era ciumento com ela, mas por que ela saía sem avisar para um
trabalho secreto
Todos Nós Desconhecidos
3.8 210 Assista AgoraAs gays brancas atacam novamente. Filme insuportável.
A Sociedade da Neve
4.2 727 Assista AgoraComo se conectar emocionalmente a um filme superficial, mainstream e netflixzado? Google pesquisar.
Acampamento Infernal: Pesadelo Adolescente
2.7 8 Assista AgoraDá muito tempo de tela para pessoas que defendem abuso físico e a família do criminoso, tinha oportunidade de fazer algo bem mais incisivo, mas aparentemente a Netflix ficou com medo por essa ainda ser uma prática existente nos EUA, para terem a desculpa de estarem convencendo e falando de forma branda. De toda forma, é complicado viver numa sociedade em que é naturalizado e que se torna concebível na cabeça de um pai ou uma mãe achar que precisa recorrer a um negócio desses, se alguém precisava ser responsabilizados eram eles também, mas claro, "os filhos são como são com zero influência de vocês!" E o hipócrita de marca maior com filhos piores do que os dos outros, e morreu acreditando que a culpa era deles e não porque era um safado que não cuidou deles direito.
Nosso Sonho
3.8 182Todos os princípios que um filme que tem co-produção da Globo Filmes tenta passar vão por água abaixo quando a gente sabe quem é Buchecha, né? O próprio filme é obrigado a vazar um pouco do verdadeiro (só ver a posição catequizadora dele diante da entrevista no Jô). E não era para ser sobre Claudinho e Buchecha? De repente, é um drama de reconciliação entre pai e filho (que é muito bem interpretada pelos atores envolvidos, mas) que não condiz com a realidade. Sem falar que o Claudinho, além de ser do mesmo jeito o tempo todo, serve apenas para ajudar o amigo em tudo e para trazer o pai de novo para a vida dele. O filme ainda emociona pela nostalgia, mas trouxeram os daddy issues e deram uma resolução pouco convincente, mesmo tudo sendo envolvente.
Casa de Verão
3.0 15Não fosse esse ritmo insuportável, seria mais interessante. E como assim não tem vítimas? Quase todo mundo que está ao redor do Markus é uma vítima dele! A amoralidade de achar que num contexto de abuso de menor de idade, o menor pode ter contexto e background para estar consciente e "virar o jogo" é o cúmulo da desonestidade.
Ricky Gervais: Armageddon
3.5 15Tá foda ver esse homem chorando tanto na velhice. Ele só ensaia algo de interessante ao desenvolver um pouco a ideia de fim do mundo, mas quando sai disso foca quase totalmente na retórica, "o mundo está acabando e as pessoas estão preocupadas com assunto x..."
Ué, querido, você está preocupado de volta.
Feriado Sangrento
3.1 410Critiquem o que for, mas a qualidade técnica de terror é maravilhosa, também não são muitos diretores que conseguem fazer cenas com multidões e planos abertíssimos sem que a gente posso listar vários erros, o desenho de produção (direção de arte) e fotografia são ótimos, mesmo com o score meio repetitivo e o som sem muito destaque, assistir em alta qualidade ou no cinema fazem a experiência ser suficientemente boa.
The Trace of Your Lips
2.2 3Sempre rola uma auto-manipulação quando me deparo com algo do Julián Hernández, será que sempre assisto cansado? Porque não acontece de eu ficar acordado num filme dele. Também me pergunto se o meu problema é com a linguagem, com a visão dele e, se as cenas eróticas são para gente não sentir tesão e não passarem nenhuma verdade, o objetivo está sendo alcançado. De início, nutria muita simpatia por Bramadero e O Céu Dividido, mas não vi sentido no que veio depois. É para ter empatia por criador de conteúdo do OnlyFans no fim do mundo? Por ora é isso, acho que tem mais de uma década que nada dele parece ter algo a acrescentar.
Saltburn
3.5 869Acho que poupei meu tempo não vendo essa bobeira até o fim. Emerald Fennell é uma das cineastas mais pueris da nossa época, a incompetência dela é alarmante, mas o Barry Keoghan é uma preciosidade.
No Céu da Pátria Nesse Instante
1.5 1Não nutro muito simpatia pela Sandra Kogut desde que tive que assistir um de seus filmes do início dos anos 2000 para uma disciplina na UnB. Não bastasse ter achado chatíssimo, a professora atribuiu uma nota ruim a minha crítica ao filme na época. De toda forma, fui assistir esse sem preconceito, mas pareceu uma reclamação por admissão no rol de diretoras com documentários sobre política brasileira recente ao lado da Petra Costa e Maria Ramos. Infelizmente esse aqui deve ser um dos piores exemplares dessa leva, talvez pelo simples fato de querer ser muito neutro (não ter crítica contundente) ou também pode ser por ter muito envolvimento da Globo (Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil). Fato é que ele escolhe um lado, mas a crítica ao "oponente" é frouxa e ao "aliado" inexistente (se teve, perdi), esquece de realmente ligar o passado aos eventos de 8 de janeiro (fica no passado recente das eleições de 2022), então serve mais à "Esquerda" devota ("Lula salvador") e/ou da rica com casa boa, carro do ano, filho na escola privada (ou na Federal) etc. que teve o seu escolhido eleito em 2022.
Cat Person
3.0 17A mulher acha que está sendo seguida e vai ouvir Gimme More de boa, socorro. Ultrapassou as boas-vindas sendo muito longo, daria para passar essa mensagem de um jeito bem mais objetivo. De toda forma, por que alguém alguém namoraria alguém com aquela diferença de idade toda? E por que resolvemos fazer o que não queremos só para viver um "romance"? Vida de encontro é foda, para mulher cishet é a pior coisa.
Segredos de um Escândalo
3.5 336 Assista AgoraSe a composição da Elizabeth fosse melhor, seria uma obra-prima.