Filme bonito porém previsível. Se fosse pra escolher um filme sobre a WWII pra categoria, o concorrente russo "Paraíso" que foi um dos pré-selecionados merecia muito mais...
“Era o Hotel Cambridge” é um filme de ficção documental que conta o dia a dia de um grupo de refugiados e moradores de um prédio ocupado pela FLM (Frente de Luta por Moradia). Dirigido pela incrível Eliane Caffé, o filme se desenvolve bem, experimenta em sua linguagem mas frustra por conta da limitação de seu roteiro.
A diretora retorna uma parceria antiga com o ator Zé Dummont que contracena com muitos estreantes que atuam contando sua verdadeira história muitas vezes. A gravação do filme ocorreu dentro de uma ocupação verdadeira o que acabou levando o roteiro do filme a seguir rumos que primeiramente não estavam previstos. A montagem inicial do filme com fotos e efeitos sonoros já nos mostravam a experimentação que viria a seguir com conversas de Skype e vídeos do embate com a polícia se misturando com a narrativa ficcional.
O filme possui grandes acertos como a direção de fotografia, emociona porém pode frustrar a quem pensava ver um filme fechado com começo, meio e fim. Apesar de ter sim uma história fechada o filme retrata a realidade de uma sociedade que luta (pois “quem não luta tá morto”) para ser respeitada e ter dignidade. Espere um filme político e o encare como um documentário da encenação diária. Espero que esse filme (de terror) ganhe um final logo, enquanto isso continuamos todos refugiados desse hotel chamado Brasil.
Em 2011, Terrence Malick produz o lindíssimo Árvore da Vida onde na metade do filme ele descide contar um pouco do começo da vida. O que aconteceu foi que, como sempre nos filmes do Malick, muita coisa havia ficado de fora na montagem. Não só querendo aproveitar tais cenas mas também expandindo a ideia, Malick cria então um documentário/jornada do Big Bang até a morte de nosso sol.
Através de lindas cenas químicas e filmagens de lugares inóspitos com efeitos especiais, Malick nos guia pelo universo com falas filosóficas na voz de Cate Blanchett. Porém é nisso que ele tropeça. Diferente das narrações em off de Árvore da Vida ou de outros de seus filmes (como Além da Linha Vermelha) as falas à Mãe (natureza?) não tem muito peso, no geral na próxima fala de Blanchet eu já havia esquecido da anterior. É então que o filme se torna massante em seus 90 minutos, apesar de visualmente maravilhoso. Esperando ansiosamente pela versão menor em IMAX narrada pelo Brad Pitt.
Lee Chandler (Casey Affleck) é um zelador faz tudo que precisa revisitar seu passado quando seu irmão morre e a tutela de seu sobrinho cai em suas mãos. Desde o começo do filme percebemos que a personagem de Affleck possui uma carga que, no decorrer do filme, nos é mostrada através de flashbacks que além de nos contar a sua história, serve para nos mostrar a relação de Lee com sua família expondo assim suas fraquezas.
Uma das maiores qualidades do filme é que, apesar da história pesada, ele é incrivelmente divertido. E o diretor utiliza isso como arma ao fazer cortes secos de situações engraçadas para outras extremamente tristes, levando o espectador em uma montanha russa de emoções.
Manchester à Beira-Mar se destaca com um elenco ótimo (destaque para Michelle Williams que rouba a cena) alinhado ao roteiro bem amarrado e direção no ponto. Um filme pra rir ou chorar.
No labirinto das favelas de Mumbai existe uma força da natureza à solta. Um homem com um verdadeiro daemon dentro de si a procura de seu alimento espiritual. Esta fera encontra o amor em seu labirinto. Como ele buscando alimento, porém o alimento carnal. Psycho Raman (Raman Raghav 2.0) narra o encontro entre um assassino e um policial nas ruas da maior cidade da índia, mas não se iluda, esse não é um filme de “policia e ladrão”. O filme é um thriller psicológico totalmente imprevisível e a todo tempo surpreendente, inclusive ao se apropriar do nome de um assassino em série da década de 1960 na Índia. Usar analogias gregas para descrever o filme pode parecer um tanto colonizador da minha parte, porém, além de casar perfeitamente, estamos falando de culturas que possuem o ancestral indo-europeu em comum.
Falando agora na mitologia hindu: O personagem Ramanna afirma ter uma conexão direta com o divino. Algumas vezes este deus o chama de Rama, não só como sinal de intimidade mas também de respeito ao chamá-lo pelo nome de um dos avatares do deus Vishnu da cultura Hindu. Uma das etimologias possíveis para seu nome traz o significado de “aquele que entra em qualquer lugar” e é responsável pelo controle do mundo. Isso é o que Ramanna faz, ele está onde quer estar e irá fazer aquilo que for preciso para balancear a vida em sua volta. O contraponto de Ramanna é Raghavan, um policial que vive um caos em sua vida e tem o apoio de sua “namorada” chamada Simmy. A analogia com a crença hindu não é atoa já que o deus Vishnu é casado com a deusa Lakshimi.
Alinhado com uma trilha sonora incisiva e surpreendente, o filme avança em seus capítulos em uma narrativa rápida com desdobramentos inesperados e carregada de simbologias. O que vemos é um filme sobre encontrar sua alma gêmea, ou até, uma relação similar ao Coringa e Batman: ambos possuem suas cicatrizes, são forças contrárias, porém se completam. Um necessita da existência do outro. E no final vemos um ritual da passagem de um manto e finalmente assumem o legado de Raman Raghav.
É estranho, incomoda, parece arrastar cada minuto que você passa nele mas enche os olhos, ouvidos e principalmente a mente. É certamente um filme que marca... Espero ver mais trabalhos da Anita e do incrível João Atala nos próximos anos. Pra quem gosta de Marco Dutra, David Lynch ou obras que pegam um lugar e transformam ele num mundo completamente diferente esse filme é um prato cheio.
Bons conceitos que não foram bem aplicados. Apesar disso o diretor Tarsem Singh já se provava desde o começo que sabia dar um ótimo estilo a um filme. Pena que ele só tenha pegado roteiros ruins ultimamente...
O filme é bom até, parece piada, o terceiro ato. Logo no "Pestige" o filme peca não respeitando o realismo proposto em todo o restante do filme e com um mistério óbvio. Assim como todos, os irmãos Nolan não são perfeitos, e foi nesse filme em que eles erraram.
Filme que te faz pensar na vida e nas suas decisões. A direção é perfeita, a história não é tão "boa" mas é amarrada ao ponto de te fazer pensar até onde suas ações influenciam outras pessoas no mundo. É o tipo de filme que te faz deitar a cabeça no travesseiro e pensar: "e se..."
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Aeroporto Central
3.4 7 Assista AgoraEsse filme chegou a circular nos cinemas do país fora dos Festivais?
Terra de Minas
4.2 260 Assista AgoraFilme bonito porém previsível. Se fosse pra escolher um filme sobre a WWII pra categoria, o concorrente russo "Paraíso" que foi um dos pré-selecionados merecia muito mais...
Era o Hotel Cambridge
4.2 99“Era o Hotel Cambridge” é um filme de ficção documental que conta o dia a dia de um grupo de refugiados e moradores de um prédio ocupado pela FLM (Frente de Luta por Moradia). Dirigido pela incrível Eliane Caffé, o filme se desenvolve bem, experimenta em sua linguagem mas frustra por conta da limitação de seu roteiro.
A diretora retorna uma parceria antiga com o ator Zé Dummont que contracena com muitos estreantes que atuam contando sua verdadeira história muitas vezes. A gravação do filme ocorreu dentro de uma ocupação verdadeira o que acabou levando o roteiro do filme a seguir rumos que primeiramente não estavam previstos. A montagem inicial do filme com fotos e efeitos sonoros já nos mostravam a experimentação que viria a seguir com conversas de Skype e vídeos do embate com a polícia se misturando com a narrativa ficcional.
O filme possui grandes acertos como a direção de fotografia, emociona porém pode frustrar a quem pensava ver um filme fechado com começo, meio e fim. Apesar de ter sim uma história fechada o filme retrata a realidade de uma sociedade que luta (pois “quem não luta tá morto”) para ser respeitada e ter dignidade. Espere um filme político e o encare como um documentário da encenação diária. Espero que esse filme (de terror) ganhe um final logo, enquanto isso continuamos todos refugiados desse hotel chamado Brasil.
Voyage of Time: Life's Journey
3.6 45Em 2011, Terrence Malick produz o lindíssimo Árvore da Vida onde na metade do filme ele descide contar um pouco do começo da vida. O que aconteceu foi que, como sempre nos filmes do Malick, muita coisa havia ficado de fora na montagem. Não só querendo aproveitar tais cenas mas também expandindo a ideia, Malick cria então um documentário/jornada do Big Bang até a morte de nosso sol.
Através de lindas cenas químicas e filmagens de lugares inóspitos com efeitos especiais, Malick nos guia pelo universo com falas filosóficas na voz de Cate Blanchett. Porém é nisso que ele tropeça. Diferente das narrações em off de Árvore da Vida ou de outros de seus filmes (como Além da Linha Vermelha) as falas à Mãe (natureza?) não tem muito peso, no geral na próxima fala de Blanchet eu já havia esquecido da anterior. É então que o filme se torna massante em seus 90 minutos, apesar de visualmente maravilhoso. Esperando ansiosamente pela versão menor em IMAX narrada pelo Brad Pitt.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraLee Chandler (Casey Affleck) é um zelador faz tudo que precisa revisitar seu passado quando seu irmão morre e a tutela de seu sobrinho cai em suas mãos. Desde o começo do filme percebemos que a personagem de Affleck possui uma carga que, no decorrer do filme, nos é mostrada através de flashbacks que além de nos contar a sua história, serve para nos mostrar a relação de Lee com sua família expondo assim suas fraquezas.
Uma das maiores qualidades do filme é que, apesar da história pesada, ele é incrivelmente divertido. E o diretor utiliza isso como arma ao fazer cortes secos de situações engraçadas para outras extremamente tristes, levando o espectador em uma montanha russa de emoções.
Manchester à Beira-Mar se destaca com um elenco ótimo (destaque para Michelle Williams que rouba a cena) alinhado ao roteiro bem amarrado e direção no ponto. Um filme pra rir ou chorar.
Raman Raghav 2.0
3.4 10No labirinto das favelas de Mumbai existe uma força da natureza à solta. Um homem com um verdadeiro daemon dentro de si a procura de seu alimento espiritual. Esta fera encontra o amor em seu labirinto. Como ele buscando alimento, porém o alimento carnal. Psycho Raman (Raman Raghav 2.0) narra o encontro entre um assassino e um policial nas ruas da maior cidade da índia, mas não se iluda, esse não é um filme de “policia e ladrão”. O filme é um thriller psicológico totalmente imprevisível e a todo tempo surpreendente, inclusive ao se apropriar do nome de um assassino em série da década de 1960 na Índia.
Usar analogias gregas para descrever o filme pode parecer um tanto colonizador da minha parte, porém, além de casar perfeitamente, estamos falando de culturas que possuem o ancestral indo-europeu em comum.
Falando agora na mitologia hindu: O personagem Ramanna afirma ter uma conexão direta com o divino. Algumas vezes este deus o chama de Rama, não só como sinal de intimidade mas também de respeito ao chamá-lo pelo nome de um dos avatares do deus Vishnu da cultura Hindu. Uma das etimologias possíveis para seu nome traz o significado de “aquele que entra em qualquer lugar” e é responsável pelo controle do mundo. Isso é o que Ramanna faz, ele está onde quer estar e irá fazer aquilo que for preciso para balancear a vida em sua volta. O contraponto de Ramanna é Raghavan, um policial que vive um caos em sua vida e tem o apoio de sua “namorada” chamada Simmy. A analogia com a crença hindu não é atoa já que o deus Vishnu é casado com a deusa Lakshimi.
Alinhado com uma trilha sonora incisiva e surpreendente, o filme avança em seus capítulos em uma narrativa rápida com desdobramentos inesperados e carregada de simbologias. O que vemos é um filme sobre encontrar sua alma gêmea, ou até, uma relação similar ao Coringa e Batman: ambos possuem suas cicatrizes, são forças contrárias, porém se completam. Um necessita da existência do outro. E no final vemos um ritual da passagem de um manto e finalmente assumem o legado de Raman Raghav.
Mate-me Por Favor
3.0 232 Assista AgoraÉ estranho, incomoda, parece arrastar cada minuto que você passa nele mas enche os olhos, ouvidos e principalmente a mente. É certamente um filme que marca... Espero ver mais trabalhos da Anita e do incrível João Atala nos próximos anos. Pra quem gosta de Marco Dutra, David Lynch ou obras que pegam um lugar e transformam ele num mundo completamente diferente esse filme é um prato cheio.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraPrimeira novela mexicana da Marvel...
A Cela
3.1 394 Assista AgoraBons conceitos que não foram bem aplicados. Apesar disso o diretor Tarsem Singh já se provava desde o começo que sabia dar um ótimo estilo a um filme. Pena que ele só tenha pegado roteiros ruins ultimamente...
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraParece que foi dirigido por uma criança de 10 anos.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraCadê meu ar?
O Grande Truque
4.2 2,0K Assista AgoraO filme é bom até, parece piada, o terceiro ato. Logo no "Pestige" o filme peca não respeitando o realismo proposto em todo o restante do filme e com um mistério óbvio. Assim como todos, os irmãos Nolan não são perfeitos, e foi nesse filme em que eles erraram.
Guerra dos Mundos
3.2 1,3K Assista AgoraComeço perfeito. Depois fica MUITO ruim.
Babel
3.9 996 Assista AgoraFilme que te faz pensar na vida e nas suas decisões. A direção é perfeita, a história não é tão "boa" mas é amarrada ao ponto de te fazer pensar até onde suas ações influenciam outras pessoas no mundo. É o tipo de filme que te faz deitar a cabeça no travesseiro e pensar: "e se..."