Esse título traduzido engana um pouco. O filme não é sobre um grande truque; ele é sobre "o prestígio", a vontade de ser aplaudido no final, de ganhar a atenção do público. Como o Edu disse, o filme não é sobre truques, é sobre o humano. O objetivo do filme não é mostrar ilusionismos; se fosse isso, o diretor não teria perdido tempo construindo dois protagonistas obcecados pra serem um melhor que o outro. Se você assiste ao filme procurando por pistas de como esse "grande truque" é feito, você perde a chance de ver o que os protagonistas são capazes de fazer pelo "prestígio".
Excelente documentário. Triste ver crianças sendo ensinadas a odiar o outro, sem ao menos darem a oportunidade de conhecerem o 'inimigo'. Infelizmente, se a pureza de crianças continuar a ser quebrada, essa guerra nunca vai ter fim.
Interessante ver as pessoas dizendo que ela foi 'burra'. O que eu vi ali foi uma menina que quer chamar a atenção dos garotos, como as meninas da escola dela chamavam. Pais conservadores não deixavam a sexualidade da filha se libertar, deixando de conversar sobre sexo ou dizendo pra ela devolver o sutiã sexy, que ela tanto quis usar. O pai é um protetor que não deixa a filha crescer, mas não se importa em ver pessoas jovens vestindo pouca roupa, peças colantes, ou nenhuma no seu trabalho. A garota, como qualquer adolescente nessa idade, precisa de alguém pra conversar, que a entenda, caso contrário, ela vai encontrar em outro lugar, como a internet. O estuprador enxerga isso e se aproveita. Quando ela descobre no shopping como ele realmente é, ele começa a elogiá-la, o que ela tanto queria. Pro quarto foi um passo. Lá, ele se aproveita novamente da fragilidade dela. O que ela quer é alguém pra dizer o quanto ela é bonita, e ele se aproveita disso. Muitos podem dizer que ela gostou, mas eu poderia dizer que ela sofreu da Síndrome de Estocolmo (apesar de ela não ter sido raptada), já que ela nutria um amor por ele. Só depois é que ela percebe que ele mentiu pra ela ao dizer que ela era a única, a mais bela. Ela não foi burra, ela só não teve informações o suficiente. Ela tinha 14-15, em nenhum momento mostrou que os pais conversaram sobre ela sobre sexo, me fazendo crer que eles superprotegeram ela do mundo, esquecendo de dizer o quanto ele é cruel.
Parece que as pessoas que julgam o Assunção atuando como padre acham que todo padre é santo e não comete crime; e qualquer ator que vá atuar como padre tem que ter um passado 'digno', porque não pode 'manchar' a imagem dos padres, que já é bastante manchada, por sinal...
Django tem todo o clichê do Tarantino, desde o sangue voando à cena da mesa (onde os personagens estão sentados conversando e a câmera vai sendo guiada em volta deles), passando pelas frases que mais tarde irão virar estampa na camisa de algum fã, e isso tudo nunca deixa de ser bom. É tanto tiroteio que chega a dar um susto em quem não espera nada de uma cena. Taranta faz um excelente roteiro ao misturar o cômico e o sério. Ele sabe ousar e ousa tanto que tira sarro de uma pseudo-KKK.
E o elenco é de um talento incrível: Christoph Waltz, ali, é como se fosse o protagonista. Não tem como não se encantar pelo Doctor Schultz e sua eloquência. Seu personagem ganhou minha atenção mais que Django, e ele, mesmo movido pela vingança, é praticamente uma continuidade do alemão. Mas Jamie Foxx não perde pontos. A frieza dele é vista nos olhos, assim como o desespero e o medo da personagem da Kerry Washington, que não precisava falar NADA pra transmitir o que sentia. E o já fichinha S. L. Jackson? O personagem é de dar ódio e desprezo, e isso só se confirma na cena da biblioteca e na final. No filme, ele não é o escravo negro ajudante, ele é o branco ajudante, já que se curva ao seu chefe e segue seus passos. Atuações impecáveis, inclusive aquelas dos atores não famosos. Cada personagem ali tem um papel e não é de simplesmente figurar, o que torna o filme ainda melhor. E não digam 'Se o Schultz tivesse...', se ele tivesse feito, nunca teríamos uma sequência daquelas que só me fez lembrar de Kill Bill e um final mais que justo.
Por fim, pra quem ainda verá, antes de entrar na sala, façam o favor a si mesmos de ir ao banheiro, porque sair da sala numa parte que acalmou é cilada. Não tem cena nenhuma ali que dá uma acalmada pra você ir ao banheiro. Além de favorecer a você, favorece àquele que não quer que ninguém passe na frente. E tem cena extra!!
O Grande Truque
4.2 2,0K Assista AgoraEsse título traduzido engana um pouco. O filme não é sobre um grande truque; ele é sobre "o prestígio", a vontade de ser aplaudido no final, de ganhar a atenção do público.
Como o Edu disse, o filme não é sobre truques, é sobre o humano. O objetivo do filme não é mostrar ilusionismos; se fosse isso, o diretor não teria perdido tempo construindo dois protagonistas obcecados pra serem um melhor que o outro.
Se você assiste ao filme procurando por pistas de como esse "grande truque" é feito, você perde a chance de ver o que os protagonistas são capazes de fazer pelo "prestígio".
Promessas de um Novo Mundo
4.6 72Excelente documentário.
Triste ver crianças sendo ensinadas a odiar o outro, sem ao menos darem a oportunidade de conhecerem o 'inimigo'. Infelizmente, se a pureza de crianças continuar a ser quebrada, essa guerra nunca vai ter fim.
Confiar
3.4 1,8K Assista grátis*muitos spoilers*
Interessante ver as pessoas dizendo que ela foi 'burra'.
O que eu vi ali foi uma menina que quer chamar a atenção dos garotos, como as meninas da escola dela chamavam. Pais conservadores não deixavam a sexualidade da filha se libertar, deixando de conversar sobre sexo ou dizendo pra ela devolver o sutiã sexy, que ela tanto quis usar. O pai é um protetor que não deixa a filha crescer, mas não se importa em ver pessoas jovens vestindo pouca roupa, peças colantes, ou nenhuma no seu trabalho.
A garota, como qualquer adolescente nessa idade, precisa de alguém pra conversar, que a entenda, caso contrário, ela vai encontrar em outro lugar, como a internet. O estuprador enxerga isso e se aproveita. Quando ela descobre no shopping como ele realmente é, ele começa a elogiá-la, o que ela tanto queria. Pro quarto foi um passo.
Lá, ele se aproveita novamente da fragilidade dela. O que ela quer é alguém pra dizer o quanto ela é bonita, e ele se aproveita disso. Muitos podem dizer que ela gostou, mas eu poderia dizer que ela sofreu da Síndrome de Estocolmo (apesar de ela não ter sido raptada), já que ela nutria um amor por ele. Só depois é que ela percebe que ele mentiu pra ela ao dizer que ela era a única, a mais bela.
Ela não foi burra, ela só não teve informações o suficiente. Ela tinha 14-15, em nenhum momento mostrou que os pais conversaram sobre ela sobre sexo, me fazendo crer que eles superprotegeram ela do mundo, esquecendo de dizer o quanto ele é cruel.
País do Desejo
1.9 57Parece que as pessoas que julgam o Assunção atuando como padre acham que todo padre é santo e não comete crime; e qualquer ator que vá atuar como padre tem que ter um passado 'digno', porque não pode 'manchar' a imagem dos padres, que já é bastante manchada, por sinal...
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraBANG BANG!
Django tem todo o clichê do Tarantino, desde o sangue voando à cena da mesa (onde os personagens estão sentados conversando e a câmera vai sendo guiada em volta deles), passando pelas frases que mais tarde irão virar estampa na camisa de algum fã, e isso tudo nunca deixa de ser bom. É tanto tiroteio que chega a dar um susto em quem não espera nada de uma cena. Taranta faz um excelente roteiro ao misturar o cômico e o sério. Ele sabe ousar e ousa tanto que tira sarro de uma pseudo-KKK.
E o elenco é de um talento incrível: Christoph Waltz, ali, é como se fosse o protagonista. Não tem como não se encantar pelo Doctor Schultz e sua eloquência. Seu personagem ganhou minha atenção mais que Django, e ele, mesmo movido pela vingança, é praticamente uma continuidade do alemão.
Mas Jamie Foxx não perde pontos. A frieza dele é vista nos olhos, assim como o desespero e o medo da personagem da Kerry Washington, que não precisava falar NADA pra transmitir o que sentia.
E o já fichinha S. L. Jackson? O personagem é de dar ódio e desprezo, e isso só se confirma na cena da biblioteca e na final. No filme, ele não é o escravo negro ajudante, ele é o branco ajudante, já que se curva ao seu chefe e segue seus passos.
Atuações impecáveis, inclusive aquelas dos atores não famosos. Cada personagem ali tem um papel e não é de simplesmente figurar, o que torna o filme ainda melhor.
E não digam 'Se o Schultz tivesse...', se ele tivesse feito, nunca teríamos uma sequência daquelas que só me fez lembrar de Kill Bill e um final mais que justo.
Por fim, pra quem ainda verá, antes de entrar na sala, façam o favor a si mesmos de ir ao banheiro, porque sair da sala numa parte que acalmou é cilada. Não tem cena nenhuma ali que dá uma acalmada pra você ir ao banheiro. Além de favorecer a você, favorece àquele que não quer que ninguém passe na frente. E tem cena extra!!
Vida longa ao Taranta!
Beije Quem Você Quiser
3.2 13"C'est bizarre la vie"